CAOS!

                       EM VIAS DE CAOS!

Tropeça o mundo
Sem trégua
Vem o caos profundo
Perdeu-se a régua

Tropeça na estrada
Desmorona
Como alma penada
Estaciona

A guerra é das almas
Sem direção
Não se batem palmas
Para a escravidão

O preso enlouquece
Não há saída
Na cela padece
Perdeu a corrida

O enfermo vegeta
Há falta de leito
A vida nada conserta
Vem o preconceito

O dominador explora
Quem precisa obedece
Todo o mal aflora
Todo o bem fenece

A família existe
Todos separados
Os seres ficam tristes
E os corações revoltados

O professor se humilha
Sofre de agressão
Sente-se só - numa ilha -
Perdeu a fé na educação

Há o abate de animais
Nas matas há devastação
Não se respira mais
Predomina a poluição

A natureza se vinga
A terra treme: - se parte -
Quero a última pinga
E depois acordar em Marte

                                     KATIA CHIAPPINI