MEU RINCÃO:
SANTANA DO LIVRAMENTO
Meu rincão bem-amado
Minha terra e querência
Olhar esse pago rasgado
É voltar á minha essência
Santana abençoada
Do avô, da avó e tios
Dos primos, da alvorada
Das cachoeiras e rios
És meu segundo berço
Santana da fronteira
A ti eu não desmereço
Desde a vez primeira
Lembro das brincadeiras
E travessuras sem fim
Dessa gente hospitaleira
Que ainda chama por mim
Na estância-uma raridade-
Eu subia em árvores-adorava-
Desde a mais tenra idade
Pelos campos cavalgava
Ao ver o gaúcho no campo
E as prendas nas panelas
Eu dizia:''aqui eu acampo''
Como o Quero-quero:''sentinela''
E a boiada lagarteando
Fico perdida a olhar
O mascate vem chegando
Tecidos e rendas vem mostrar
Domingo tem fogo de chão
Tem churrasco e o contador
De ''causos''-lá no galpão-
Tem prenda enfeitada com flor
Rincão é mais que um chão
É a paixão pela terra
É um querer bem com razão
Que não se acanha com guerra
Santana do Livramento
-Essa querência me enlaça
É emoção com sentimento
Como o da primeira valsa
KATIA CHIAPPINI
e-mail;katia_fachinello42@hotmail.com
Dedico esses versos aos primos queridos, com os quais estive, na fronteira, e com os quais tive oportunidade de conviver e relembrar fatos de minha infância na estância São Miguel do Sarandi, fronteira com Uruguai.
E para a mais bela prenda desse rincão, minha tia Bebê, quero deixar um agradecimento especial pela acolhida que me foi dada, na ocasião.
Fico com a saudade que só existe para aqueles que viveram grandes sentimentos. E os melhores momentos ficam tatuados no coração e nunca se desfazem porque são sinceros e significativos.
Katia
LIVRAMENTO: GENTE HOSPITALEIRA
ResponderExcluirLindo, Tia Kátia! Também lembrei da minha infância, lá em Panambi!
ResponderExcluirSim,são lindos esses momentos em família,nada melhor do que o aconchego dos entes queridos
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