As vezes me pego
E isso não nego
Porque costumo
Pensar no poeta
Que lança sua seta
Sem saber o rumo
Poeta de ilusões
De todos os rincões
De ilações desmedidas
Que perdeu sua flor
Sem jamais supor
A triste despedida
Que sofre no leito
Repousa em meu peito
Aquela dor sentida
Que no ser acredita
Mesmo que reflita
No desamor evidente
Que canta ao léu
Que sonha com o céu
Na medida incerta
Depois vai ao chão
Se apoia em outra mão
E de novo desperta
Pobre poeta insano
De um viver desumano
De amor aviltado
Que se recusa a crescer
E só quer reviver
Um amor acabado
Que diz que sente
Que o passado é presente
E acredita em fantasma
Que vai se debilitar
E voltar a enfrentar
Sua crise de asma
KATIA CHIAPPINI
SER POETA É QUERER DEIXAR TRANSBORDAR OS MAIS PUROS SENTIMENTOS DA ALMA.
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