NOSSOS CONFLITOS

                      NOSSOS CONFLITOS

Sabe-se pouco sobre a vida
Tentamos fazer previsões
Incógnitas são indefinidas
Enganosa são as deduções
Mal formulados os refrões


O tempo é de insanidade
A natureza nos reclama
Sobreviver: só de saudade
Ninguém tem a quem ama
Ninguém ama a quem chama


Os valores todos se invertem
Tudo tem jeito de carnaval
A desordem impera e se diverte
Louros a tudo o que é banal
Ao modismo sensacional


Mandam os filhos nos pais
Os alunos fazem deboche
Desintegram-se os canais
O homem virou fantoche
Desde que a moral afrouxe


De um lado evuluimos
Com tecnologia e ciência
De outro nos destruimos
Porque  ausentes a consciência,
Bons princípios e decência


Falta-nos a solidariedade
Precisamos nos reciclar
De nada vale a habilidade
Sem saber a razão de lutar
Sem ter ideais pra almejar



Pobre homem deslumbrado
Pelos bens ditos materiais
Não será o filho desejado
Nem logrará o amor dos pais
Nem a fartura dos mananciais


O egoísmo pegou uma senha
E garantiu seu lugar na fila
Pra servir à ambição, a lenha
Vai servir ao mal que aniquila
Onde está a minha Tequila?

                                              KATIA CHIAPPINI
                              e-mail;katia_fachinello@hotmail.com