DESOLAÇÃO
Quisera eu que meu olhar na jornada
Não cruzasse com o teu, persistente
Sinto-me agora uma rosa desfolhada
Que deixou o buquê, furtivamente
Já não sou a suave fada encantada
Nem teu manancial ou etérea sereia
Meus suspiros não ecoam na jornada
O sangue em brasa não queima na veia
Percebi que alguns sonhos hibernaram
Outros ficaram ocultos no passado
Perfumes, flores e bombons migraram
Ao tempo das conquistas, relembrados
Hoje os romances são monossilábicos
Sem comprometimento: veja por si só
Os olhares não olham: são estrábicos
E o vento espalha,triste, o que virou pó
KATIA CHIAPPINI
DESOLAÇÃO
ResponderExcluirBem atual, adorei o desfecho do poema. Um abraço!
ResponderExcluirOBRIGADA,É SEMPRE UM INCENTIVO PARA ESSA DAMA!
ResponderExcluirLindo o poema
ResponderExcluirlinda a biografia.