MÁSCARAS!

                              MÁSCARAS!

Estamos às traças, jogados ao chão
Sem graça e temerosos na corda bamba
Ficamos entristecidos e já sem razão
Pra cantar no chuveiro ou batucar o samba

Caíram todas as máscaras e as farsas
Proliferam falcatruas, denúncias mil
Atingindo todas as tribos, todas as raças
De leste a oeste, de norte a sul do Brasil

Brotaram joio e espinho em desalinho
Permanecem a água impura e o ar viciado
Faz-se a obstrução de todos os caminhos
Assemelham-se ao mais terrível tornado

A situação é grave e a fome é maior
Ricos no conforto, pobres ao relento
É preciso crer que um mundo melhor
Possa voltar das cinzas com novo alento

Aos governantes cabem os deveres cumprir
Há riquezas espalhadas no solo por inteiro
Cumpre-nos qualificar o povo para produzir
Como forma de evitar intromissão do estrangeiro

É preciso reformular atitudes e abolir os comparsas 
Lutar pela conquista da justiça que está no ostracismo
Não compactuar com os focos de corrupção e farsas
Exigir dos governantes eleitos  atitudes de civismo

Cada um de nós precisa colaborar com a Nação
A Deus pertence dar a última e definitiva sentença
Para que tenhamos um ciclo de maior evolução
Onde o novo homem, íntegro, pela razão, vença

                       KATIA CHIAPPINI