Um cravo na lapela
Um sino na capela
Um clarão de vela
Uma simples aquarela
São imagens belas
Tão singelas
Menos aquelas
De nossas favelas
Algumas são ritos
Outras são mitos
Imagens de conflitos
Dos corações aflitos
Na noite ouço apitos
Nas prisões os gritos
Na rua há delitos
Nunca antes vistos
Indiferente passa
Seja qual for a raça
O ser que nada abraça
E que teme a mordaça
O país que se descobre
Bajula o sangue nobre
Deixa que roubem o cobre
E o homem vil encobre
O cidadão empobrece
O patrão o desmerece
E mesmo com as preces
A cesta básica encarece
E essa terra varonil
Que se diz mãe gentil
Está com febre e com frio
Ninguém sabe, ninguém viu
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
POBRE TERRA DESRESPEITADA!
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