FALANDO FRANCAMENTE
Sob as peças de roupa íntima
Há especial enredo amoroso
A razão se corrompe, ínfima
Em face ao apelo dengoso
Qual dos olhos -colírio -
As mãos, de abril a abril
Tocam o cerne do delírio
Provocando desejo febril
Sob a roupa de fina renda
O corpo nu é ofertado
Trocam-se as oferendas
E gestos tresloucados
É tempo fértil de mil delícias
Ele e ela inventam suas artes
Deitam, na terra entre carícias
E acordam, atordoados em Marte
KATIA CHIAPPINI
FALANDO FRANCAMENTE
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