LÁSTIMA
Lástima que a essa vida
Não consiga nos ensinar
A juventude tão distraída
A ninguém quer escutar
Lástima: não se intimide
O egoísmo vem: se põe
Não há mais quem duvide
De que o bem não se impõe
Lástima, não mais se viu
Foram-se nossos neurônios
Vivemos com o curto pavio
Fingimos ser, ainda, idôneos
O que chamamos de amor
Já chega querendo seguir
Não é mais um grão-senhor
Vem o ato de posse, usufruir
Lástima! essa vilã: a pressa
Vem acelerar o bel-prazer
Sem conteúdo e sem essa
De cortejar, de surpreender
As tranças de Rapunzel
Já foram ponte para o sedutor
Hoje resta a Torre de Babel:
- Confusa é a linguagem do amor!
KATIA CHIAPPINI
LÁSTIMA!
ResponderExcluir