Meu pai, Antonio Chiappini, de saudosa memória e alguns de seus irmãos, eram poetas natos e de grande sensibilidade
Transcrevo um soneto do meu tio Francisco Chiappini, em tempos idos.
VIOLINISTA CEGO
Triste,levado pela mão do guia
Ei-lo que as ruas a vagar,percorre
Tangendo em cada porta uma harmonia
Que nasce n'alma e d'alma também morre
Que perfeição, que som,que melodia
Quando seu arco pelas cordas corre
Há certos laivos de melancolia
No som que lânguido no espaço morre
Se a música é divina, santa e bela
Não há nada que possa escrevê-la
Se o violino do cego está a vibrar
E, ao vê-lo,, pela rua, porta em porta
Eu penso ver a própria arte absorta
Pobre, inválida e triste a mendigar.
FRANCISCO CHIAPPINI
RECOLHIDO POR KATIA CHIAPPINI
MEU TIO FRANCISCO CHIAPPINI, POETA NATO, COMO SEUS IRMÃOS DA FAMÍLIA CHIAPPINI, MINHA FAMÍLIA, FEZ ESSE SONETO.
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