Eu de ti, um dia, já precisei
Tu também precisaste de mim
Mas não me deixei ficar à mercê
Das inverdades que não tinham fim
Basta que saibas que eu precisei
Lembro-me bem da vez primeira
Criar tantos laços jamais sonhei
Tu foste o mastro e eu a bandeira
Houve, sim, tantas e vãs promessas
Como é comum em toda trajetória
É preciso se recompor, sem pressa
Sem contar, antes, com a vitória
Sabemos que os sonhos iludem
Mas quem, na existência, não os tem?
As juras de amor só confundem
Quem tem e quem não tem um bem
Confesso: precisei eu, precisaste tu
Precisamos nós de um amor
Hoje me vejo relendo as cartas do baú
Sem significado, sem perfume ou cor
KATIA CHIAPPINI
PRECISAMOS TODOS DE UM AMOR VERDADEIRO!
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