DORES EMOCIONAIS
DORES EMOCIONAIS
Acredito que as dores emocionais precisam de mais atenção.
Se enfrentamos um mal estar físico, vamos ao médico, tomamos os remédios receitados e nos curamos.
Mesmo que façamos uma cirurgia, temos alta, voltamos para a casa e continuamos a realizar nossas tarefas.
As dores da alma só são curadas com palavras amigas, com grupos de terapia, com a presença das pessoas amigas que nos confortam e atendem, e cuja presença é o princípio da cura.
Quando estamos tristes, quando perdemos um ente querido, quando ficamos desempregados, quando a gravidez é inesperada, todas essas circunstâncias nos remetem aos amigos e familiares.
As dores da alma nem sempre são percebidas e chamam menos atenção do que as dores físicas.
Temos a tendência de subestimar essas dores que não surgem ecoando e sendo percebidas a tempo e hora As dores da alma são ocultadas, são tímidas, são invisíveis externamente.
É preciso que nossos olhos e ouvidos identifiquem o sofrimento do semelhante e seu momento de fragilidade, que , por si só, pede nossas providências. Se não houver a preocupação de interagir quando alguém está depressivo, essa pessoa pode tomar remédios por conta própria e chegar a óbito.
As dores de nosso interior pesam mais ,nos fazem sofrer mais e roubam nossa autoestima.
Em momentos de calamidade pública, as angústias se multiplicam e fica difícil passar por tantas dores internas sem esmorecer.
Nesse momento, a solidariedade se impõe e precisa ser exercitada. Cada um de nós pode colaborar de alguma forma. Podemos nos envolver em voluntariado, em doações de roupas e alimentos, em ajuda financeira para instituições específicas e idôneas.
É possível sair às ruas e constatar pessoas que falam sozinhas, que brigam com os transeuntes, que se encontram fora de si.
São os fantasmas e andarilhos sem rumo, já esquecidos pela sociedade.
Outros, deitados sobre trapos nos pedem cigarro .mesmo passando fome.
E, se tivermos a ideia de preparar um alimento e levar, ainda ficam reclamando e, quando viciados em drogas pesadas, jogam fora a refeição que lhes é oferecida.
Às vezes, podemos ,simplesmente, fazer uma ligação para um órgão público e denunciar maus tratos, ou solicitar alguma providência em forma de um socorro rápido para alguma situação extrema. .
De alguma forma, podemos nos preocupar em devolver uma parte do pouco que temos, ajudando os que nada possuem.
Reconhecer a gratidão a Deus, pela situação estável que conseguimos, é retribuir ao próximo uma fração do que temos, demonstrando que compreendemos o senso de humanidade que devemos ter.
As dores da alma são vistas e sentidas pelos seres de bom coração, pelas pessoas que seguem os ensinamentos de Cristo.
Não é na igreja e nos cultos religiosos que se encontram os corações solidários.
Só as boas ações identificam os verdadeiros cristãos.
Quem ajuda o próximo não fica desamparado.
Quem não se preocupa em interagir com seus irmãos desprotegidos, pode hibernar na própria solidão e em seu casulo impenetrável.
Quem souber ser solidário, não morrerá solitário!
A vida é curta ,mas sempre nos dá tempo para mudar nossas atitudes e evoluir espiritualmente.
Basta não perder tempo!
KATIA CHIAPPINI
DORES EMOCIONAIS
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