MUSA DESERTORA
A musa é desertora
Abandonou a situação
Não se vê inspiradora
E sim, brinquedo de ocasião
Bruna inspirou Quintana
Foi musa por excelência
Foi amor que não veio à tona
Nem pecou pela inconsequência
Há amores tolos e vividos
Na escuridão da cegueira
São sentimentos idos
E jogados pela ribanceira
Só meras ilusões invocam
E têm os dias contabilizados
As musas nem os provocam
Nem portam rendas e babados
Nem compram novos vestidos
Nem rendas ou lençóis de cetim
Porque esses amores indefinidos
Melhor saber que terão um fim
A musa ainda é uma diva
Está a telefonar na cabine
Sabe que tem um jeito que cativa
Mas deixou de se expor na vitrine
KATIA CHIAPPINI
MUSA DESERTORA
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