POBRES MÃES
( sem o seu dia )
Rainha sem coroa
Fada sem varinha
Está andando à toa
Saindo fora da linha
É mãe da calçada
Sem eira nem beira
É mãe abandonada
Sem quem a queira
Pobre, já preterida
O filho nos braços
É a mãe desnutrida
Mostrando cansaço
Mães são tantas!
Sós, a perambular
Sem velha manta
Sem sequer se abrigar
São mães em agonia
Carregando traição
Sem cria e sem via
Sem compreensão
Pois, aos tropeços
Pegam roupas cerzidas
Vestem-nas do avesso
Para comprar comida
Há ainda outras mães
De homens de gravata
Qual raivosos cães
A se valer de bravatas
São mães de políticos
Cujos valores apodrecem
Mães em estado crítico:
- Não suportam a dor: falecem.
KATIA CHIAPPINI
POBRES E DESPROTEGIDAS MÃES!
ResponderExcluirColocando o dedo nas chagas sociais...é isso aí, infelizmente!
ResponderExcluirO meu abraço, Katia.
Beatriz
Obrigada,é triste mas é real, cara Beatriz!
ResponderExcluirPoema de grande profundidade...
ResponderExcluirVárias reflexões tira-se dos versos, das estrofes...
Mães que com zelo, cuidam de seus rebentos... E esses em suas jornadas escolhem em faze-las felizes ou infelizes.
Há mães que morrem de orgulho do bom orgulho.
Há mães que morrem de desgosto, porque a maledicência herdou seus filhos.
OBRIGADA,CARO ESCRITOR ADILSON PELO COMENTÁRIO E PELO ENTENDIMENTO DO TEXTO NAS MESMAS PROPORÇÕES QUE EU PRETENDI DAR AO TEMA.
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