VIOLINISTA CEGO
Triste,levado pela mão do guia
Ei-lo que as ruas a vagar,percorre
Tangendo em cada porta uma harmonia
Que nasce n'alma e d'alma também morre
Ei-lo que as ruas a vagar,percorre
Tangendo em cada porta uma harmonia
Que nasce n'alma e d'alma também morre
Que perfeição, que som,que melodia
Quando seu arco pelas cordas corre
Há certos laivos de melancolia
No som que lânguido no espaço morre
Quando seu arco pelas cordas corre
Há certos laivos de melancolia
No som que lânguido no espaço morre
Se a música é divina, santa e bela
Não há nada que possa escrevê-la
Se o violino do cego está a vibrar
Não há nada que possa escrevê-la
Se o violino do cego está a vibrar
E, ao vê-lo,, pela rua, porta em porta
Eu penso ver a própria arte absorta
Pobre, inválida e triste a mendigar.
Eu penso ver a própria arte absorta
Pobre, inválida e triste a mendigar.
FRANCISCO CHIAPPINI ( MEU TIO)
MEU TIO. IRMÃO DE PAPAI: AMBOS ERAM POETAS.
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