CAOS CIRCULANTE
As vezes me perco e me junto
Perdida num extenso labirinto
Me afasto do alvo, do conjunto
Porque triste a minha alma sinto
É uma mágoa e um arrepio
Ou uma lágrima no pálido rosto
Do calor humano restou o frio
Porque nada encontro, só desgosto
Quero deixar aos queridos netos
Um solo fértil, um mundo justo
Mas todo o bem recebe um veto
E vence o mal a qualquer custo
A perversidade que impune aflora
Se deve à doença social que avança
O esforço próprio há muito se ignora
Só quem aceita propina não dança
O que me entristece é a injustiça
Essa mania de querer tirar vantagem
Cultua-se a corrupção e a cobiça
Promessas vãs pedem passagem
A família não mais consegue agregar
Os relacionamentos atuais são casuais
Pais e filhos se desencontram no lar
O fim de uma era está a dar sinais
KATIA CHIAPPINI
CAOS CIRCULANTE
ResponderExcluirLindo texto...parabéns!
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