CONTRAPONTO
Penso ser quem eu sou
Ainda há muita incerteza
Penso acumular mas dou
Mas sem nitidez e clareza
Dou por mera carência
Quero ter algum carinho
Dou por conveniência
Quero ser o irmãozinho
Prometo cuidar de alguém
Só para lhe parecer servil
Pago a outro algum vintém
E sigo um lobo no covil
Se digo sim, não sou franco
Engano e disfarço, se puder
Me faço de surdo e de manco
E faço apenas o que quiser
Nesse mundo de torpeza
Em que vinga a vã utopia
Trabalho não põe a mesa
Só bajulação e hipocrisia
KATIA CHIAPPINI
CONTRAPONTO
ResponderExcluirDesabafar em versos é respirar submerso.
ResponderExcluirGK
EXCELENTE O SEU COMENTÁRIO,CARO GUGU KELLER! PARABÉNS!
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