REFLEXÕES EM PAUTA
( sinal de alerta )
Lembra da corrida do saco, da quermesse na Escola, do jogo de amarelinha, do bil-bo-quê, das bolinhas de gude?
Lembra das cinco marias, de pular corda, do iô-iô, do passa-anel, de jogar pedrinhas no rio, de rolar nas dunas de areia, de virar cambalhota?
Lembra do jogo de caçador, do dorminhoco, do esconde-esconde, do jogo das cadeiras, da vaca amarela, de brincar de roda?
Poderíamos tentar reviver algumas dessas atividades para retornar a um estilo de vida mais saudável.
As crianças vivem uma pseudo-felicidade, sem perceber que dedicam muitas horas aos aparelhos eletrônicos e seu manuseio.
E são capazes de quebrar um vidro da mesa da sala, num surto psicótico, pela inabilidade em ultrapassar as fases mais difíceis de um jogo de computador.
Por outro lado, costumam se trancar nos quartos, enquanto os pais estão ausentes, sem que esses saibam que tipos de imagens ou assuntos, seus filhos estão acessando.
O comportamento do filho vai sofrendo alterações na medida que lhe falta o necessário acompanhamento e boa formação familiar.
Quando menos se espera, a criança abandona seu grupo social, incluindo os amigos do time de futebol. Ao mesmo tempo, se recusa a manter um diálogo com os pais, quando necessário.
E troca seu mundo real, o de sua responsabilidade, pelo mundo virtual e fantasioso.
Passamos a perceber que se acentuam alguns sintomas de problemas neurológicos a se instalarem, quase que de imediato.
Para reverter esse quadro vamos precisar do auxílio de profissionais competentes e sugeridos para a solução dos problemas comportamentais.
Esse esforço conjunto deve agregar pais, educadores, psicólogos, psiquiatras, terapeutas, uma assistente social, orientadores educacionais,clube de pais e mães da comunidade.
É necessário voltar ao equilíbrio e fazer entender que os aparelhos eletrônicos devem ser acessados para estudos, consultas, leituras exigidas pela Escola. E, se tornarem mais uma das atividades da vida do adolescente. E nunca a única.
Os pais podem congregar a família em jantares programados e solicitar o não uso dos smartphones nessas ocasiões, bem como solicitar que seja mantida a televisão desligada.
Os professores podem sugerir o não uso dos celulares durante as aulas. Na hora do recreio, se o aluno estiver ansioso, pode rá conferir suas ligações.
Vamos trocar o uso exagerado dos eletrônicos pelo uso do bom-senso, tão esquecido em nossos dias.
Sob pena de voltarmos a agir como ''Narciso'' que se ajoelhava à beira do rio para admirar o reflexo da própria figura.
E se perdia na fragilidade de seu comportamento, cujo ponto crucial era o excesso de vaidade.
E se permitia endeusar o próprio Ego.
E só a ele, ao senhor Ego, dedicava seu tempo
KATIA CHIAPPINI
REFLEXÕES
ResponderExcluirEsta é a grande verdade! Muitas doenças físicas são originadas Do que as crianças veem ficando sempre grudadas nestes aparelhos eletrônicos que desbancaram o diálogo entre pais e irmãos e nem querem mais saber dos lindos contos da Vovó, como era no meu tempo. Vou trabalhar como " contador de histórias" à partir dos meados deste mês, em escolas municipais de minha cidade, e em creches e até em asilos... Veja só!... Quero alegrar também os idosos que lá são jogados, sem muitas vezes, terem uma visita sequer... Para as crianças pretendo resgatar brincadeiras como as que você sugeriu no texto e eu muito brinquei e ensinei para meus alunos durante os anos que fui professora (foram mais de 30 anos em sala de aula). Quero resgatar estas atividades lúdicas que ficaram para trás e não podemos deixar que se percam na poeira da distancia e nem deixar que os nossos pequeninos Seres e jovens percam sua cabeça neste mundo virtual... Não é que eu não faça parte dele, também; pois uso muito o computador, celular, enfim, mas é diferente... Tem que haver um controle partindo dos adultos responsáveis caso contrário, esta nova geração será uma geraçõ viciada e doente...
ResponderExcluirFico pasma ao ver os namorados sentados no mesmo sofá e cada um só no celular sem se falarem!!!... Mas que tipo de namoro é esse?
Sei que a vida mudou; os tempos são outros, mas tudo deve ter limites.
Eu me pergunto: _ onde esta o encantamento da vida e o amor? Cadê o romantismo entre os jovens? para onde se foram as lindas emoções?
Acredito que a maioria nem sabe o que é isto porque não tem tempo para pensa , nem sentir as belezas que o mundo, embora cheio de complicações oferece para quem se ama...
Vou tentar fazer alguma coisa para mudar um pouco esta situação e despertar o gosto pela leitura e pela poesia, neste meu novo trabalho... Amo poesia e leituras e podem rir de mim, mas sou romântica e sonhadora apesar dos meus 74 anos muito bem vividos... Sei que já escrevi demais, mas este é um assunto que me faz pensar no futuro desta gente nova... Um abraço...
Querida escritora e comentarista.Muito bem complementado o texto com suas reflexões à flor da pele, quase palpáveis. Esse trabalho que vai iniciar é meritório e faz a diferença na formação dos jovens.Parabéns pela decisão de realizá-lo. Excelente iniciativa que só poderia vir de uma professora que abraçou seu ideal,independente das dificuldades encontradas. Também lecionei por 33 anos e sei avaliar esse trabalho todo, no sentido de interagir com a turma de alunos, com empenho e carinho.
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