Abismo é uma barreira usual
Que nos afasta do ente querido
É desinteresse não casual
De quem não se sente envolvido
Falsas juras de um grande amor
São ditas ao longo dos dias
Nos iludimos mesmo que cause dor
Teimamos em aceitar a fantasia
São sentimentos contraditórios
Onde sonhos se mesclam à realidade
Não confesso nada em oratório
Mas sei que convivo com a inverdade
São sentimentos jamais assumidos
Eivados de indecisão pelo desertor
O ser nega a própria libido
Porque insiste em fugir do amor
Talvez no ocaso e ainda à espera
O abismo se torne definitivo
Vai preferir viver de quimeras
Sem declarar seu amor abrasivo
KATIA CHIAPPINI
QUEM CAVA O ABISMO SE DESEQUILIBRA E CAI NO PRECIPÍCIO E JAMAIS SAI DA ESCURIDÃO ONDE ESCOLHEU PERMANECER.
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