DOIDA?
Doida fagueira, festiva, fogueira
Insinuante, trepidante, faceira?
Ou doida mulher que se quer dengosa
Mulher tão atrevida quanto ardilosa?
Doida porém suave, de bela figura
Ou doida de fato e não mais pura?
Venha como vier e tenha doce perfume
Com riso solto e quadris ondulantes
Seja superior e domine o ciúmes
Disfarce o gênio e seja cativante
Seja travessa mais sempre uma rosa
De gestos delicados e harmoniosa
Entre o raiar do dia e da noite
Sejamos ora doidas e e ora afoitas
Na conguista de beijos e açoites
Mesmo escondidas entre as moitas
Essa doidice movimenta a vida
Mas nem sempre nos dará guarida
Seja como for temos que equilibrar
O doce molejo e a malemolência
Ora esperando na sala de estar
Ora no quarto em efervescência
E tudo o mais que vier a acontecer
Fará o brilho do olhar renascer
São os mistérios da vida que hão de vir
São os momentos de magia a surgir
Entre espinhos e flores estamos a sonhar
Mas mil carícias irão nos acordar
Somos, as mulheres, doidas de atar
Mas também somos doidas de amar
KATIA CHIAPPINI
DOIDA? CAPAZ!
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