MARINHEIRO SEM CAIS
Marinheiro sem rumo e sem cais
É o que vive de frágeis ilusões
Parece não ver, ao seu redor, os sinais
E se deixa enganar por vãs emoções
Não se prende a nenhum laço afetivo
Vai na onda: segue a procissão
Quer amores, mas não que ser cativo
Quer se envaidecer como um pavão
Um dia chega a velhice e o recolhe
Não veleja em linha reta: faz curvas
Um grandioso amor não o escolhe
E passa a navegar em águas turvas
Deixa filhos bem distantes, espalhados
De norte a sul, quase sem assistência
Aos poucos vai ficando desleixado
Como desleixada é sua consciência
Quer viver os últimos dias em solidão
Porque não quer ver ninguém ao lado
Como admitir que não cumpriu a missão
E que nada deixou para ser lembrado?
KATIA CHIAPPINI
MARINHEIRO SEM AMOR E SEM CAIS
ResponderExcluirPobre vivente!
ResponderExcluirSIM,POBRE VIVENTE.ACHO QUE CONHEÇO UM QUE PREFERE FICAR SOZINHO A SE ARRISCAR UM POUCO,NESSA VIDA!
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