POUCAS PALAVRAS, MUITA DESORDEM --
Essa situação de caos que nos assola começou em eras passadas, mesmo porque nada acontece sem razão e nem de uma hora para outra.
Faz alguns anos que Pelé falou e críticas sofreu ao se manifestar:
- O Brasil não é um país sério. Quando era presidente da França, Charles de Gaulle, um embaixador brasileiro, Carlos Alves de Souza Filho, disse exatamente as mesmas palavras que Pelé proferiu.
E, na época, essa manifestação foi atribuída ao presidente da França, Charles de Gaulle. E toda a imprensa internacional citou a frase e atribuiu à Charles de Gaulle. Depois se esclareceu sobre a autoria da frase.
Os acontecimentos em pauta, passam pela quebra da moralidade pública, pela falta de escrúpulos, pela ambição desmedida em prol da riqueza e do poder.
As atitudes parciais que beneficiam poucos e que compram votos, são acolhidas por aqueles que se deixam corromper.
As altas taxas de juros, a queda do produto interno bruto, a retração da economia, acabam por gerar muitos males e, inclusive, a perda de emprego do brasileiro.
O aumento de impostos sem racionar gastos, as campanhas milionárias, a não contensão da inflação, a alta do dólar, o saque aos cofres públicos através do ''Caixa 2'', geram descontrole na condução do país como um todo, como uma unidade política que deve merecer todos os esforços para não sucumbir nessa avalanche de atos e fatos lamentáveis e inquestionáveis.
E os sonegadores de impostos ocupam altos cargos nessa escalada e, muitas vezes, não sofrem punição.
A situação foi se agravando a partir da descoberta de tantos focos de corrupção, de norte a sul desse Brasil.
Os presos pertencentes aos altos escalões governamentais começaram a se multiplicar e atingiram um número nunca visto antes.
A partir do mensalão, para falar na época atual, outros escândalos financeiros se deram a conhecer e as operações que visam desmantelar os focos de corrupção não tiveram trégua.
E Dilma não conseguiu governar desde que assumiu suas funções, recentemente. A confusão se estabeleceu e desestabilizou o governo e os conflitos tomaram vulto.
Tantos desvios levaram a população a reagir .E as manifestações de rua cresceram e não pararam mais.
Um grupo não quer o afastamento de Dilma e outro quer que isso seja feito.
Mas o que ressalta aos olhos é que se estabeleceu uma equação de difícil solução.
Pois, independente de ser à favor ou contra Dilma, a desonestidade se infiltrou em todos os partidos. E parlamentares teimam em não querer deixar seus cargos, mesmo que seus nomes estejam em listas negras e já divulgados na imprensa oficial.
O fato é que a população se encontra sem amparo, totalmente desprotegida e sem saber em quem confiar.
Como exercer o direito do voto sem conseguir entender essa parafernália que se estabeleceu no país?
Onde está a seriedade?
Quando virá a mudança? E o restabelecimento dos valores morais e cívicos? Onde se escondeu a ética?
Os que se colocam a favor do impeachment dizem que é culpa grave se omitir e não tomar medidas contra a corrupção.
A lei da improbidade administrativa considera que a ação ou omissão dos governantes é crime.
Alem disso, a delação premiada se fez presente e deu novos elementos para fortalecer a opinião da oposição.
Temos, em contrapartida, a manifestação de juristas, advogados, fazendo o contraponto. Os professores universitários e alguns membros do Ministério Público divulgaram manifestos em carta aberta e abaixo -assinado contra o impeachment.
Os que se colocam contra o impeachment dizem que até o momento não se constatou crime de responsabilidade civil. E que nenhum ato da Presidenta Dilma se enquadra em crime passível de afastamento do governo. E sendo assim, seu afastamento seria um golpe contra a democracia, porque Dilma foi eleita com maioria dos votos.
Não saberia tomar partido e nem teria a necessária competência para me colocar como defensora de uns contra outros.
Não é minha intenção.
O que creio ser merecedor de atenção é o fato de que, seja qual for a decisão, após esse domingo histórico, em 17 de abril de 2016, sejam mantidas as investigações iniciadas . E sejam dados os devidos passos jurídicos em prol da continuidade dos processos iniciados.
E que haja punição efetiva e consciente em favor do povo brasileiro que exige justiça e condições favoráveis para cumprir com suas obrigações cívicas e profissionais.
Após a votação concluída, certamente, o estudo do Artigo 85 da lei maior, vai ser estudado em suas minúcias, porque se refere aos crimes de responsabilidade que viabilizam o impeachment. As regras estabelecidas não podem ser violadas por nenhum presidente nem atentar contra a Constituição Federal.
Então, o momento é dos mais delicados que esse país já viveu.
E o povo sofrido prece ter chegado ao limite máximo da tolerância.
E não é para menos, porque os altos salários de poucos justificam a desigualdade social e ao aviltamento dos salários de muitos trabalhadores que pagam seus impostos e estão dispostos a não perder a esperança nas transformações em prol da justa aplicação das leis, para restabelecer a confiança perdida.
E todos desejamos que o crescimento do Brasil retome suas rédeas porque estagnou, infelizmente, desde que o Congresso Nacional só se ocupa dos assuntos de seu próprio interesse, dos conchavos costurados e perpetuados, das grandes somas de dinheiro desviadas pelos corruptos de plantão.
Deus seja louvado!
KATIA CHIAPPINI
OBS: esse texto foi escrito em 2016, mas de lá para cá a situação piorou e as delações premiadas levantaram um tornado de indignação.
Urge que providências sejam tomadas para que o povo brasileiro possa viver em paz, dentro dos padrões de ilibada conduta.
Custe o tempo que custar!
PARA MEU BRASIL!
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