POEMA:AMOR
POEMA
AMOR
Amor, guarida infinda
Quando me arrasta me basta
É uma travessura bem-vinda
De imaginação vasta
É hora calma, é carma
É interstício, é paraíso
É sentimento que desarma
É causa para perder o juízo
Se for sincero eu o quero
Quem o perde, fica sem eixo
Não tenho pressa, eu espero
Sou paciente e não me queixo
É hora de lançar o anzol
O amor me habita e grita
Quero-o esperando o arrebol
Ou na madrugada que se agita
Nele me ponho e me disponho
Amor é lume ,é perfume
Está entre a realidade e o sonho
Entre o desprendimento e o ciúme
Percorre léguas sem trégua
Inventa sutilezas no toque
Não se mede com uma régua
E precisa de novo enfoque
Energiza nossas veias, é ceia
É misterioso ,é candura
Convida a rolar na areia
Remete à juventude pura
Amor se insere e nos espanta
É uma escalada minuciosa
Entre sulcos e fendas se agiganta
Muitos, os gemidos, pouca é a prosa
O amor é o melhor dos troféus
Ora acelera, ora desacelera
Caem as roupas e todos os véus
Esvaziando o compasso de espera
KATIA CHIAPPINI
AMOR
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