QUER ACREDITAR EM SEUS DEVANEIOS?
Quem acredita em suas próprias suposições parece estar fugindo da vida. Como fazer questão de criar problema onde não há? Que mecanismo de defesa é esse que está sempre no automático e não se desliga?
Que visão estreita de todo um conjunto de acontecimentos que deveriam confirmar as palavras e as ações?
Como acreditar no que se supõe e se afirma como verdadeiro pode ser algo bom?
Eu creio em possibilidades amplas que a vida se nos apresenta .Não se pode ignorar um sentimento real e puro e preferir duvidar das circunstâncias que levam a crer , que futuras ações, se bem conduzidas, podem trazer a felicidade. Precisamos avaliar o carinho, o companheirismo, as horas de diálogo, a espera, a paciência, as atenções contínuas e, de quebra, tantas rimas feitas, tantas noites aguardando a presença virtual.
E quem não se desliga de suas nebulosas acaba entrando em estado de ansiedade e não se permite ser feliz. E nem correr atrás de um sonho acalentado. Ao contrário, quem assimila os acontecimentos e sabe lidar com eles, prefere viver o dia a dia e não o passado que ficou de lado. O que temos para viver é o presente e ele começa quando um novo ciclo vem e nos surpreende e encanta.
Mas de que vale construir por tanto tempo um momento especial?
Depois deixar que suposições errôneas destruam tudo?
E alguém pode se arvorar da vida de uma pessoa e inventariar ela toda, e se intitular um juiz inquisidor?
Ou seria mais interessante e racional viver aquele momento e se preocupar com os fatos que pertencem só a quem está em pauta?
A vida de cada um é um mundo à parte e não se pode invadir e duvidar de tudo e de quem amamos. Porque, na verdade, o verdadeiro amor precisa de confiança e de respeito. E precisa iniciar quando se dá o primeiro contato, quando as pessoas se comunicam e se interessam uma pela outra.
E só pode ter credibilidade se, depois de acertar alguns ponteiros, puder seguir em frente sem cobranças repetidas e sem sentido algum. A não ser que se exija perfeição das pessoas, o que não passa de um ideal que percorremos durante toda a vida e que nunca alcançamos. Apenas, nos tornamos melhores e mais humanitários, aos olhos de nosso semelhante, como nos ensinou Cristo.
E de que adianta duvidar de uma pessoa que passa longe por 22 horas e só se comunica por 2 horas, a cada noite? E como fica esse tempo todo que cada um se ocupa com sua vida e que não há essa visibilidade pública?
E será que para ser feliz precisamos ser punidos por ter uma vida social e amizades para conviver? E não são as amizades que nos confortam quando precisamos? Se temos uma vida transparente e se estamos em paz com nossa consciência ,isso não basta? Se temos o amor de nossa família e todo o apoio, e se amamos filhos e netos, se somos pessoas respeitáveis, isso não basta? Como, de uma hora para outra, uma pessoa vai deixar de ser séria se com seriedade viveu toda a vida?
E se não fosse confiável ficaria casada por mais de 33 longos anos?
Então, não se cria certezas partindo e parindo suposições.
O certo é confiar nas pessoas, a menos que fatos novos nos façam duvidar. Do contrário não há chance de um relacionamento se tornar real. Apenas entre as duas pessoas deve haver lealdade. E não é lícito um prejudicar o outro e nem se portar com falsidade.
Mas é uma arte tentar agradar, permanecer junto nas horas boas e ruins, mostrar preocupação, deixar de lado o egoísmo e a vaidade.
Só que se não aprendermos isso, se não olharmos para o outro com um olhar de carinho, nada vamos construir. Só faremos castelos de areia e não uma relação sedimentada em valores cristãos que aprendemos em nosso lar. São esses valores que nos tornam fortes, batalhadores, pessoas de personalidade atuante e não meras ovelhas dentro de um rebanho que vai para o mesmo matadouro.
E se cada um não tiver princípios sólidos e se não souber defendê-los, vai correr o risco de se deixar levar por atalhos e labirintos onde a prisão da alma será fatal. E onde será conduzido e aprisionado por outros seres déspotas e imprevisíveis em seu poder de dominação.
E a liberdade individual será só uma palavra que ficará restrita aos livros, aos dicionários. E, ainda, à bandeira dos inconfidentes da república que a idealizaram, na Capitania de Minas Gerais, no Brasil do século XVII. A frase escrita em latim, libertas quae sera tamen, quer dizer, liberdade ainda que tardia.
KATIA CHIAPPINI
Quem só cuida dos outros esquece de cuidar de si e de se modificar com os ciclos da vida e com a boa convivência que não reconhece, porque não ampliou seus conceitos.
ResponderExcluirPonderação é o segredo. O respeito ao próximo é o caminho seguro para um bom relacionamento
ResponderExcluirSim,acredito na ponderação,bom senso,respeito e um voto de confiança verdadeiro.
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