Hoje a palavra minha
Vem sem obrigação de rimar
Vem para conclamar
O respeito às mulheres
Tão fortes embora frágeis
Tão abnegadas em seus lares
Embora pareçam libertas
Mas é só aparência
A mulher ainda não sabe
Se desprender dos grilhões
Nem da escravatura velada
Onde a ditadura masculina
Ainda quer mascarar e negar
Que finge querer amar
Mas que não ama mais
O homem quer pular
Preencher muitos leitos
Ser uma nuvem passageira
Procurando apenas seguir
Para onde?
Alguém sabe?
Eu não tenho essa pretensão
Sou apenas simples mulher
Só sinto que o egoísmo
Tira a convivência sadia
Pune o amor verdadeiro
Que bem no íntimo
Sim, gostaria
De se manifestar
Sem ter o campo minado
E a mulher segue
Não sabe onde ancorar
Mas sabe navegar
E navegar é preciso!
Ancorar?
Só se achar porto seguro
Único,especial,confiável
Onde os segredos e desejos
Possam ser confessados
Num especial recanto
Onde mãos em prece
Agradeceriam a descoberta
Que se faria secreta
Oba! e até a rima voltou
Quando o texto se encerrou
Deixo uma breve esperança
E uma fé sem explicação
Pois teimo em acreditar
Que o amor virá sem manha
Penetrando, de vez, nas entranhas
KATIA CHIAPPINI
UMA PROSA POÉTICA OU TENTATIVA DE FAZÊ-LA...
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