Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

quinta-feira, 29 de maio de 2025

O VENTO


                                 O VENTO


Vento que sopra mais suave

Em tantos e belos momentos 

Estou hoje em tua aeronave

Quando sou só sentimentos


Vento que verga o coqueiro

Que bate suave na janela

Traz meu amor em seu veleiro

Enquanto faço a prece na capela


Vento que embala o sonho

Que sopra na areia do mar

Em teu abraço eu me ponho

Colhe minha face pra beijar


Vento que ainda apaga o fogo

Minha lareira deixa sim, acesa

Estou ensaiando especial jogo

De sedução entre a cama e a mesa


KATIA CHIAPPINI

ABRAÇO


                               ABRAÇO


Em tons mais morenos

Em muitas e loiras faces

Em abraços nos perdemos

Quantos forem os enlaces


Entre os povos itinerantes

Entre os povos desamparados

O abraço se faz vibrante

Traz promessas e recados


Amizades abraços geram

Entre sorrisos imediatos

Bons fluídos então liberam

E trazem momentos gratos


Abracem seus pais e filhos

Abrace seu esforço na vida

Busque promissores trilhos

Cure com fé as suas feridas


Em seu derradeiro suspiro

Diga com muito respeito

Perdão ; - eu os admiro

-Fiz o melhor de meu jeito


KATIA CHIAPPINI


KATIA CHIAPPINI


O PIANO

                                  PIANO


Notas graves em sons de trovão 

Notas  agudas em sons de cotovia

Tom maior que lembra finalização

Tom menor que traduz melancolia


Do piano ecoa um som singelo

E uma imersão na sinfonia

Entre os corações cria forte elo

Brilha nos palcos e na liturgia


A técnica exige rígido empenho

E uma criteriosa metodologia

Mas. sim. uma certeza eu tenho

A interpretação traz total magia


Tanto vale o som nobre e erudito

 Como a criação simples e popular

O piano não que gerar conflito

Quer  apenas os corações agregar


Tocar piano é uma doce terapia

Que cura o ser quando entristecido

Ativa a memória e traduz empatia

 Descobre o talento antes adormecido


Piano amigo deixo meu depoimento

Agradecendo a presença em meu lazer

A melodia joga minha tristeza ao vento

Os sons e os tons me ensinam a viver


KATIA CHIAPPINI


    

GUARDEI

GUARDEI

Guardei como de costume

A folha seca e enrugada

Guardei o vidro de perfume

E aquela poesia declamada


Guardei as palavras ditas

Aos sussurros pulsantes

Guardei os laços de fita

Guardei o anel de brilhante


Guardei todas as emoções

Que provocaste de mansinho

Guardei mil recordações

E as juras feitas no ninho


Guardei o lenço perfumado

E o livro de belas poesias

O teu sorriso iluminado

Lembrei em meio á agonia


Guardei na alma a esperança

Guardei as promessas de amor

Beijos e abraços na andança

Como um legado promissor


Guardei minhas decepções

No velho baú junto a janela

Perderam-se as minhas emoções

Orei a todos os santos na capela


A vida tem muitas facetas

Alegria  dor regam a saudade

E o amor pinga em gorjetas

No mirante da felicidade


KATIA CHIAPPINI








 

terça-feira, 25 de março de 2025

SE

                                     SE...

Se você não viu o pôr do sol na praia

 Se não brincou de amarelinha

Se nunca foi travessa e fugiu da raia

S e não jogou pedra na casa da vizinha

Se não fugiu para namorar no porão

Se não foi pescar pelo menos uma vez

Se não pediu para o namorado dar a mão

 Se ainda não aprendeu a jogar xadrez

Se não brincou na chuva quando criança

Se não escondeu o boletim da escola

Se não chorou  de tristeza na andança

Se não aprendeu a nadar ou jogar bola

Se os desafios não soube contornar

Se não sofreu por amor ou paixão

Se fugiu da vida sem nunca batalhar

Se tudo isso ocorreu, viveu só de ilusão


KATIA CHIAPPINI

domingo, 24 de novembro de 2024

SENTIMENTOS CONFUSOS

                SENTIMENTOS CONFUSOS


Quando crianças brincavam

Maria e João eram amigos

Na mesma escola estudavam

Protegiam- se quando em perigo 


Na juventude eram unidos

Amigos de estudos e de festas

Um era do outro apoio bem-vindo

João surpreendia Maria com serestas


Quando adulto João amou Maria

Que por sua vez disse amar Milena

João ficou confuso e sua agonia

Fez com que saísse de cena


Maria só queria aventura

Arrependida quis voltar para João

Viu-o deitado sobre sua amargura

Magro, triste e em depressão


Maria aflita pediu seu perdão

João não a perdoou jamais

Estremecidos, Maria e João

Viveram sem sentido e sem ideais


KATIA CHIAPPINI





quinta-feira, 14 de novembro de 2024

FUGA

                                    FUGA


Hoje lutamos, sem trégua, dia após dia

Para não sair correndo por aí ao léu

Mas nos vemos em constante agonia

Só que ainda queremos chegar ao céu


Parece que não nos direcionamos

As características do ser mudaram

Já perdeu o valor o que assimilamos

E bajulamos os amigos que restaram


Fugimos da honestidade por receio

De sermos o soldado de passo certo

Precisamos portar máscaras em meio

Aos descaminhos que estão por perto


A fuga nos torna vulneráveis

Mas a circunstância nos obriga

Erramos muito, somos instáveis

Mas o perdão de Deus me abriga


KATIA CHIAPPINI