Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

domingo, 29 de novembro de 2015

NATAL!

                                  NATAL!


                       FESTAS NATALINAS!
Estamos perto das festas natalinas.Vamos iniciar nosso empenho por uma noite de luz, onde os familiares tenham sorrisos e abraços para ofertar, bem mais do que presentes e mais presentes que tiram a concentração das reflexões.
Antes da ceia em família convide a dona da casa para fazer uma prece em agradecimento pela possibilidade dessa reunião natalina.
Quantos lares estão incompletos?
Quantos seres humanos não se encontram em lar algum?
O simples fato de reunir é uma das melhores bênçãos recebidas aos finais de ano.
Desde já vá perdoando os erros alheios porque você também os tem. Você pode achar que nunca erra. Mas, um dia, pode ser acometida de um surto violento e cometer atos de vandalismo. E isso a circunstância do momento vai determinar. Então, não se pode prever agora.
''Dessa água não beberei''é um ditado que se revela sempre atual.
Isso nos leva a pensar que é imprescindível investir na educação, na sociabilidade e espírito de justiça.
Um bom comportamento e uma estrutura com bases sólidas, no lar, podem conter os atos desproporcionais aos fatos, dos quais decorrem nosso arrependimento.
Pense que você se educa uma vida toda para, na hora que precisar, mostrar que é capaz de racionalizar suas atitudes e de não agir por instinto.
As festas natalinas precisam recuperar o verdadeiro sentimento do Natal em Cristo. Esse que segue pregado na cruz porque os homens não o reconheceram. Esse que gostaria de abraçar toda a humanidade e de ser aceito como nosso único guia e protetor.
Brinque mais com suas crianças, visite mais seus velhinhos, leve sua vovó ao cinema, convide seu vovô para jantar num belo local.
Faça ligações telefônicas e peça notícias de sua tia mais velha e única irmã de sua mãe.
Leve brinquedos ao lar das crianças carentes, aos orfanatos e asilos.
Convide uma criança para passar o Natal em sua casa e compre um presente para ela. Deixe que brinque com seus filhos.
Natal é amor e não tempo de discórdia.
Aproxime-se de quem se distanciou por motivo fútil.
Não espere que lhe procurem.Tome a iniciativa porque um dos dois precisa fazê-lo. Quanto antes se decidir por desfazer as desavenças, mais rápido vai se sentir uma pessoa melhor e humanitária. E humilde o bastante para reconhecer seus defeitos e, assim, saber perdoar os de seus semelhantes.
Perdoar ,amar ,ter fé e esperança, são sentimentos nobres e que podem promover a paz entre as famílias.
Que esse Natal seja um momento de refletir sobre nossa evolução espiritual. E sempre que atingir um objetivo ,estabeleça outro. Sua missão é contínua e a vida lhe sugere atitudes promissoras, saudáveis e norteadoras.
Seja o melhor de você mesmo.Lute por seus ideais. Mas não sonhe algo impossível porque perderia tempo e energia em vão.

                                FELIZ NATAL EM CRISTO!

                                          KATIA CHIAPPINI

                                    NATAL É TEMPO DE PAZ!

                                    PAZ E AMOR!é o que lhes desejo.

sábado, 28 de novembro de 2015

SAUDADE INCONTIDA!

                     SAUDADE INCONTIDA

Saudade é gota de orvalho
Que se aproxima e me fala
Com a saudade me espalho
Quando a rede me embala

Saudade é consolação
E lembrança de alguém
Ela nos rouba o verão
E até o sono que não vem

A saudade incapacita
De tentar um recomeço
A alma antes calma se agita
Parece que vira do avesso

Saudade é como arco-íris
De inesperada presença
Quando vieres ou partires
Ela se mostrará mais densa

A fonte de água secou
Sequei meu pranto também
A saudade me implorou:
- Não se torne minha refém

A saudade ainda alertou:
- Acalme o seu sofrer
De tristeza já chorou:
- Procure amar e viver

                                       KATIA CHIAPPINI

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

TEMPO DE ORAÇÃO

                    TEMPO DE ORAÇÃO

Obrigada,Senhor!
Estou em teus passos
Dedico-te meu fervor
E todo o meu cansaço

Ofereço-te as alegrias
Mais do que tristezas
Quero força na agonia
Quero estar em tua mesa

Abençoa a humanidade
E os de boa conduta
Ensina que a liberdade
É responsável e adulta

Obrigada por meus pais
Pelos amigos diletos
Por amores eventuais
Por amores secretos

Agradeço a ti Senhor
Pelas oportunidades
Sigo-te onde for
Estudo tua verdade

Obrigada, figura divina
Pelo pão de cada dia
E pela dor que ensina
A resgatar a sabedoria

És o Senhor da paz
E do meu compasso
És o único capaz
De conduzir meu passo

Piedade aos maltratados
Que ocupam as avenidas
Doentes e amargurados
Num beco sem saída

Ilumina os governantes
Para reverter a injustiça
O descaso é palpitante
Parte de falsas premissas

Ultrapassar as marés
É ajudar ao semelhante
A ciência já admite a fé
Revela-a em teu semblante

                                       KATIA CHIAPPINI
                        e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com

       VOTOS DE FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

ENTRE ATOS E FATOS

                      ENTRE ATOS E FATOS

Atos nos são prometidos
Sem vontade e firmeza
Fatos são indefinidos
Nada é feito com clareza

Pássaros cortam o ar
Flores enfeitam andores
Tudo está em seu lugar
Menos as dores e amores

O alazão corre ao vento
As marés recebem os rios
Só os meus passos lentos
Sofrem atalhos e desvios

A flecha o arco já lançou
O alvo ainda não atingiu
O barco ainda não ancorou
Espero no calor ou no frio

A nuvem deixa a chuva rolar
Uma lágrima vejo escapar
O semáforo vem me avisar:
-Sinal vermelho para amar

Preciso provocar qual amante
Cravo e rosa aparam as arestas
Se meu deslizar for insinuante
Minha noite terá sabor de festa

                                       KATIA CHIAPPINI


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

UM PENSAMENTO!

                           Um Pensamento:
                                           
A distância só aproximará o afeto se esse tiver como ponto de partida a afinidade e a certeza de que o sentimento não será esquecido.

KATIA CHIAPPINI

MATURIDADE

    
                             MATURIDADE
                     Minha tia querida:
                     Zaida Chiappini)

Ainda vejo velhinhos bem cuidados por seus filhos. Filhos de outra geração, onde a educação ensinava a respeitar os mais idosos. E os pais não deixavam de mostrar aos filhos que seus avós eram duplamente pais e, muitas vezes, arrimo de família.
Convivo com pessoas idosas que costumo visitar para conversar. As pessoas apreciam esses encontros e gostam de relembrar seu áureos dias de juventude, seus amores e seus amigos.
Mas quando nos envolvemos nessa sutil missão ,não podemos abandoná-la. Seria um crime criar vínculos e, repentinamente, descuidar das visitas.
Os idosos que frequentam asilos percebem que seus filhos vão fazer o pagamento mensal e retornam às casas sem visitá-los, em seus aposentos.
Conversei com algumas dessas pessoas e percebi que são deixadas nessas instituições, mesmo sem que haja um motivo plausível. Algumas me falaram em incompatibilidade de gênios, para tentar justificar o abandono que sofreram.
Então, ou fazemos questão de mostrar solidariedade, ou não nos envolvemos com as pessoas idosas. Elas criam expectativas e se sofrerem com nossa ausência, sem que haja uma explicação, ficarão desoladas e até depressivas.
Certa ocasião toquei piano no salão de uma dessas instituições. Isso porque fui visitar uma pessoa amiga que lá se encontrava e queria me ouvir.
Ela me levou ao local e logo aos primeiros acordes percebi que os idosos deixaram a sala da televisão para se sentarem ali no auditório e poder participar desse instante, onde a música foi o destaque maior.Todos queria cantar ao som do piano e um coral de vozes cansadas se fez lindo.
A terceira idade precisa viver momentos de alegria porque muito já sofreu e já se dedicou com afinco, ao criar uma família.
Precisamos dar aos idosos a liberdade de ir e vir, de fazer um curso de seu interesse. Os vovós precisam dessa continuidade para se sentirem úteis e produtivos.
Não podemos tratá-los com impaciência, com desprezo. Essa atitude é maldosa. E quando chegar a nossa vez, poderemos sofrer de solidão e do mesmo desprezo que demonstramos para com os nossos.
E se tiverem a chance de amar novamente, vamos permitir que sejam felizes. O amor na maturidade é um renascer de sentimentos contidos, quase esquecidos. E esses sentimentos têm um sentido especial. E mais forte e intenso se tornam porque nos apegamos à vida de modo que as vibrações amorosas se vestem de luz, de esperança. E a renovação da alma é a renovação da vida.
A maturidade precisa ser respeitada, reconhecida como base de nossas vidas, como esteio nas horas difíceis. E nossa gratidão será, para os vovôs, o melhor presente e a melhor prova de nosso reconhecimento pela dedicação que nos transmitiram. 
Convidem seus avós para festejar o Natal e o Ano Novo. Só esse convite já os deixará cientes desse reconhecimento que merecem vivenciar.
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO JUNTO AOS AVÓS...

KATIA CHIAPPINI

terça-feira, 24 de novembro de 2015

NEM SEI COMO DIZER...

                    NEM SEI COMO DIZER...

Nem sei se ainda eu devo
Desejar que ele seja feliz
Nem sei se ainda me atrevo
Mas pensei bem e já o fiz

Posso deixar por escrito
Votos de um próspero ano
Se eu não puder dar o grito
Nem um sussurrar insano

Está chegando novo ano
Que seja feliz em família
Não me disse seus planos
Me desviou de sua trilha

Mas felicidades eu desejo
Enquanto estou por aqui
Sei que um futuro não vejo
Nem sei se algum dia eu vi

Planos juntos só em sonhos
Desses que tenho sem querer
Nos sonhos dele não me ponho
Não sou mais seu bem-querer

Passando ou não a nuvem densa
Estou em minha plenitude
Onde a sabedoria compensa
A perda da etérea juventude

                                      KATIA CHIAPPINI 


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

INDECISÕES AMOROSAS

                   INDECISÕES AMOROSAS
       

Se o amor fosse
E se viesse
Amor seria

Se me seguisse 
Me prometesse
Acreditaria

Se me restabelecesse
Me enriquecesse
Não esqueceria

Se a teia tecesse
Laços fortalecesse 
Feliz me faria

Se ouvisse a prece
E me dissesse
Que me queria

Se suor vertesse
Se o corpo tremesse:
-Sinal de magia-

Se acontecesse
No instante esse
Eu desfaleceria

KATIA CHIAPPINI

domingo, 22 de novembro de 2015

BRIGAS

                              BRIGAS

É preciso maturidade
Para saber discutir
Mesmo dizendo verdades
Brigar não é agredir

Se não houver clareza
Outro nada pode fazer
Um se julga realeza
E não admite perder

Se os ânimos se alteram
É preciso jogar ao vento
Se palavras rudes liberam
Não há o entendimento

Nos educa a didática
Para aprender a ouvir
Na hora de por em prática
Pecamos por não admitir

Ofender supera o bater
Marca para toda vida
Perdoamos sem querer
Mas não curamos a ferida

Sem deixar tudo explicar
Um se julga com razão
Castiga por se rebelar
Diante da argumentação

Sem nada tentar resolver
Porque não se comunicou
Um dia lhe resta padecer
Pois do seu amor se afastou

Não adianta ser o ''garanhão'' 
Porque sabe vociferar mais
O amor não terá solução
Só as aventuras banais

                                   KATIA CHIAPPINI





sábado, 21 de novembro de 2015

EXPECTATIVA!

                           EXPECTATIVA!
Se não estamos 
E não somamos
Nos mascaramos
Nos agitamos
E lucro damos 

Mágoas? por anos
Sofremos danos
 E desenganos
De modo insano

E tropeçamos
Mas esperamos
Nos arvoramos
E levantamos

O ser ingrato
Vil e insensato
É só aparato 
Bicho do mato

O anonimato
Faz fugir dos atos
E o ser sem trato
Se torna ingrato

Seres inviáveis
Nem somos ágeis
Somos só frágeis
E descartáveis

Aprisionados 
Desvalorizados
Somos acuados
Desmoralizados

Mas esperamos
Justiça sem panos
A terra plantamos
Suor derramamos

Quem não destrói
Não puxa lençóis
Mesmo ''office-boys''
Somos, sim, heróis

                                       KATIA CHIAPPINI 


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

QUADRINHAS ROMÂNTICAS

                QUADRINHAS ROMÂNTICAS

Se colho flores lindas
Ou olho as fotografias
Lembro das bem-vindas
Lembro de uma melodia

Se na montanha eu subir
Meu grito vai ecoar
Depois me calo para ouvir
A natureza me falar

Se a onda do mar gelada
Me derrubar, à toa
Vou esperá-lo na calçada
Mesmo na fria garoa

Ele virá ao entardecer
No tempo e hora que for
E a lua nova vai nos ver
Nas travessuras de amor

A quadrinha disse o recado
Me preparo- ele pode vir-
Vamos estar lado a lado
Enquanto a paixão existir

                                    KATIA CHIAPPINI

ESTÂNCIA QUERIDA!

                      ESTÂNCIA QUERIDA!

Estância é terra amada
Que o trabalho conquista
Orgulhosa a peonada
Segue do capataz a pista

O gado é investimento
Todo o cuidado é pouco
O veterinário está atento
Não faz ouvidos moucos

Estância é exuberância
Vejo as garças da janela
É o chão de minha infância
Me embalei na cancela

O rebanho é marcado 
À ferro e fogo sem dó
Disfarça e olha pro lado
Onde caminha a carijó

No feijão há carne de ovelha
O leite espumante é morno
Vejo a turminha parelha
A cavalgar pelo entorno

A acordeona abre o fole
Xotes e milongas vão soar
Com os ''causos''não se bole
E nem se atreva a duvidar

As prendas enlaçam os pares
A bailanta é tradição
A fogueira corta os ares
Há churrasco e chimarrão

No domingo há rodeio
Bocha,'' truco'' e gritaria
As damas dão um passeio
E voltam com a ventania

O gaúcho, altivo e matreiro
Tem a têmpera de aço
O cavalo é fiel companheiro
E avança num largo passo

O mascote traz a magia
É o camelô das estâncias
Tanto vende bijuterias
Como seda em abundância

Confesso que ao pago remonto
Como parte da identidade
Tios e primos ainda encontro
No rodeio de minha saudade

                                KATIA CHIAPPINI

 Dedico esses versos saudosos aos meus tios Léo e Clementina Brochado. E aos primos Mário,Walter, Ricardo, Ronaldo,Vera, Vânia, Nelly, Aura Maria.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

QUADRINHAS!

                            QUADRINHAS

Penso em pétalas de flores
Colocadas sobre o leito
No verão e nos amores
E como os quero perfeitos

Penso numa cabana
Com rede pra me embalar
Não sou doidivana
Exerço o direito de amar

Penso no mar revolto
E na brisa nos cabelos
Nos pés na areia soltos
No céu e o luar: quero vê-los

Penso em meu lado criança
E em meu gato de estimação
Era tempo de esperança
De sonho e de ilusão

Penso na promessa feita
Que tive como certa
Como não fiz a colheita
Eu deixei a porta aberta

Só fecharei minha janela
Para que não possa pular
Serei uma atenta sentinela
E talvez me deixe conquistar

Mas a realidade implacável
Volta a me despertar
Será que um ser adorável
Ainda está a me esperar?

Penso que não há idade
Que seja possível conter
A presença de uma saudade
E a esperança de bem viver


                                   KATIA CHIAPPINI

Mensagem: não há idade que possa envelhecer a esperança!

SE MEU CORAÇÃO FALASSE...

              SE MEU CORAÇÃO FALASSE

Se meu coração falasse
Falaria de teus enredos
Como se me assoprasse
Teus guardados segredos

Meu coração em alegria
Faria o teu se definir
Por simples telepatia
Viríamos a nos descobrir

Se meu coração batesse
Um pouco mais e bem forte
Um único batimento desses
Seria tua direção e Norte

Se de coração em prontidão
Eu te levasse para a ilhota
Farias bolinhas de sabão
E eu viraria cambota

Se de coração bem leve
Eu me rolasse na areia
Virias a mim em breve
Brincarias com tua sereia

Se teu coração sem via
Adotasse minha devoção
Uma aliança eu pediria
Pra selar a nossa união

                                          KATIA CHIAPPINI





terça-feira, 17 de novembro de 2015

FUGA

                                    FUGA

Não se revela
Só apela
Engana aquela
Deixa sequela

Pinta o rosto dela
Na aquarela
Esconde a tela
Da flor bela

Se diz sentinela
Simples balela
Mas o barco à vela
Não conhece ela

Se esconde dela
Tal qual entretela
Na linha paralela
Some na ruela

Não vai à capela
Acender a vela
Vai na casa dela
Mas pula a janela

                               KATIA CHIAPPINI





segunda-feira, 16 de novembro de 2015

PEDIDOS!

                               PEDIDOS

Pedi ao anjo da guarda
Um amor terra à terra
Um soldado de farda
Para brincar de guerra

Pedi para o sabiá
Cantar em minha janela
Pra cuidar se vem de lá
Meu amor no barco à vela

Pedi mistério e magia
Ao duende encantado
E quem me quer ou queria
Para acordar do meu lado

Pedi ao louro que fale
O nome do meu sedutor
E se cale para que eu embale
Meu corpo e os sonhos de amor

Pedi emprestado à fada
Sua varinha de condão
Meu coração é geada
Quero-o fogo e paixão

Pedi ao gênio ''Aladim''
Flores raras em meu vaso
Pedi que devolva para mim
O grande amor de meu ocaso

                                        KATIA CHIAPPINI

PENSO AO LER ESSA FRASE!

Queridos leitores,sou brasileira e estou pensando sobre essa frase...pensando muito...
Leia o tema ''´PENSE'', a seguir, nesse blog ''Inspirações''.

KATIA CHIAPPINI

domingo, 15 de novembro de 2015

PENSO!

                        
                             PENSO! (ainda existo )

Penso que se não falar de amor não estarei vivendo. Desde remotas eras se fala desse sentimento especial. Não se compõe uma melodia que não fale de amor, não se escreve um poema que não o insinue nas entrelinhas.Não se faz serenata se não houver a amada.
Não se escreve um livro que não seja romanceado, com exceção dos livros científicos e técnicos.
Não se trabalha com fervor se não for para levar o alimento para o lar, onde os filhos exigem atenção e o pão de cada dia. Ou para sustentar os pais idosos que nos criaram com sacrifício e a quem devemos reciprocidade .O amor faz girar o mundo, e em todas as situações, se faz presente. É por amor que os navegadores saem a navegar para desbravar e  descobrir outros mundos. É por amor que se escalam montanhas. É por amor que os astronautas sobem num foguete interplanetário.
E mesmo sofrendo algum acidente grave, e usando prótese, encontramos aficionados de esportes radicais insistindo em seguir competindo.
O amor tira o cidadão das drogas, desde que queira ser tratado e se mostre dócil. As terapias de grupo, onde todos compartilham seus problemas, promovem a recuperação de pessoas com síndrome do pânico, com depressão e outras doenças psico-somáticas.
As pessoas com Síndrome de Down, se atendidas em escolas especiais ou centros de lazer e esportes, podem desenvolver uma habilidade não esperada. E podem se tornar mais independentes em relação aos hábitos de higiene pessoal, por exemplo. 
Podem empacotar os volumes, levar os carrinhos para o lugar de onde foram tirados, ajeitar as prateleiras do supermercado.
O amor torna o filho adotivo tão agradecido que, muitas vezes, é ele que assiste aos pais ,na doença, dando-lhes o atendimento devido e o conforto até o último suspiro.
Então o que está acontecendo com o mundo?
Por que tanto desamor?
Será que os homens não enxergam que guerras geram mais guerras?
Será a ambição desmedida? A ganância por fortuna e poder?
Quanto tempo ainda levaremos para perceber que a vida simples é a vida feliz? Que a humildade torna o homem grandioso e que a prepotência o destrói?
Será falta de fé? Ou de bom-senso?
Depois da tempestade virá mesmo a bonança?
Os fatos e atos praticados pelos homens de hoje nos deixam perplexos, acuados, tristes. Estamos preocupados com os descaminhos, com a discriminação, com a violência, com o descaso dos governantes em relação ao povo sofrido, com a não aplicação das leis vigentes, com a corrupção generalizada, com a decadência dos costumes, com a permissividade. Preocupa-nos a falta de critérios, de parâmetros que nos sirvam de modelo. Preocupa-nos a má aplicação das verbas públicas que não se voltam para a educação, a saúde ou moradia:necessidades básicas de sobrevivência.
Preocupa-nos as falcatruas praticadas na aplicação dos planos de previdência que se eximem de cobrir doenças graves. Ou que sobem, de modo absurdo, a contribuição dos idosos que ultrapassam a idade de 60 ou 70 anos. Sendo que todos pagam muitos anos de plano para depois não poder usufruir seus reais e propagados benefícios 
Muitos países possuem bomba atômica, nuclear ou de outra ordem. Então, temos impressão que outra guerra mundial não se precipitou porque  se um determinado país lançar uma bomba, outros o seguirão e nada sobrará na face da terra. O temor da represália e das consequências bélicas é que está segurando a terceira guerra mundial.
Mas até quando se alongará essa insegurança entre os povos?
E essa maldição que é o fanatismo religioso a que ponto irá chegar e quando será contido?  E quem terá forças para conter os radicais?
E quem conterá os homens -bomba? E os falsos líderes que proliferam e conduzem os incautos?
Não temos essas respostas, temos probabilidades e não certezas.
Parece que toda evolução tecnológica está nos destruindo. A destruição vai além das construções sólidas. Há muito já destruiu o sentido da solidariedade, da humanidade entre os povos.
O mundo está doente e a cura parece estar muito longe dos olhos e da inteligência do homem.
Há forças ocultas, há um quarto poder, um quinto, um sexto...
E estamos cada vez mais perdidos no planeta.
Amor ou ódio? 
Tem gente que não se definiu, outros que não têm consciência, outros que lutam contra si mesmos e o emaranhado se torna cada vez maior .Fecha-se o cerco, sem tréguas .E não se percebe que uma terrível fatalidade se aproxima. É questão de tempo. Embora esteja mais do que em tempo, a qualquer tempo, da humanidade buscar estratégias para se salvar das pragas que criou e que são em número maior do que as 7 pragas do Egito.
Quem sabe o Sermão da Montanha, os Salmos Bíblicos e a oração de São Francisco possam tirar das trevas a humanidade. E acender uma luz antes que se vislumbre o fim do túnel.
Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome, não nos deixeis cair em tentação, livrai-nos da destruição e de todo mal.
AMÉM!  

                                       KATIA CHIAPPINI


                                                     e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com


sábado, 14 de novembro de 2015

SENTIMENTOS ( à flor da pele )

                            SENTIMENTOS
                           ( À FLOR DA PELE )

Eu não sou o teu castigo
Sou tua flor e teu tesouro
Estarás seguro comigo
Sou raiz e ancoradouro

Quero estar naquela igreja
No verão e na praia te ver
Pedir que Deus nos proteja
Em nome do bem-querer

Quero um olhar carinhoso
E a presença no abraço
Um carinho tão dengoso
Como aquele que te faço

Quero a melodia suave
E o bom vinho pra brindar
Estudar a pauta e a clave
Pra compor à beira-mar

Quero-te sempre ao meu lado
Em cada nova alvorada
Quero ouvir um lindo fado
Ser tua fada encantada

Quero todos os teus gestos
E todos os jeitos de amar
Fiquei inerte qual objeto
Aguardando o teu regressar

Quero tua explosão natural
E aquele especial''vibrato''
A paixão é apelo visceral
E o amor um sentimento nato

Quero a melodia suave
Depois o Bolero de Ravel
A primeira ouviremos na nave
A segunda no motel...

                                   KATIA CHIAPPINI


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

COLETÂNEAS

                            COLETÂNEAS

Coletâneas são obras publicadas em sistema de cooperativismo. Reúnem grupos de poetas na mesma obra .Cada um deles escreve o seu texto e a união de todo esse trabalho é organizado em forma de livro comunitário. É uma maneira de agregar pessoas interessadas em divulgar seus textos e que de outra forma não poderiam fazê-lo.
As coletâneas possibilitam ingressar no mundo das letras lapidadas.
Elas representam o início de uma jornada em direção ao livro solo.
O grupo se dá a conhecer e conhece outros grupos de poetas. O campo vai se ampliando através da participação em outras coletâneas. Trata-se de um congraçamento sócio-cultural.
As editoras se encarregam de recolher o material, combinar a diagramação, capa, revisão e demais fases do processo de criação da obra. Há muito trabalho envolvido e muitas pessoas trabalhando para chegar ao momento da edição, divulgação, publicação e lançamento. Outro grupo se encarrega de fazer contato com as livrarias para que se envolvam na divulgação para o grande público. Um livro colocado em lugar de destaque, nas prateleiras, é uma grande possibilidade. O trabalho é minucioso e exige paciência e determinação.
A capa do livro deve ser feita com material de boa qualidade e a ilustração precisa acompanhar o título do livro, precisa falar por si só.
A cada autor é atribuído um valor a pagar de acordo com a tiragem solicitada. Se a edição se esgotar, segue-se a segunda edição. 
Esse é um trabalho de formiguinha: o de bater, quase que de porta em porta, para oferecer o livro. Há autores que aproveitam a feira do livro da capital e de algumas cidades do interior de seu Estado.
Vender exige criatividade e atividade programada.
As coletâneas de autores novos enfrentam a concorrência acirrada por um lugar ao sol. E ainda estamos longe de conseguir a valorização do escritor e o incentivo financeiro.
Existem grupos de escritores independentes que não se filiam às editoras e editam os seus próprios livros. Mas precisam conseguir uma banca na feira do livro que os aceite. É todo um trabalho que ainda não se alinhavou e que é esquecido pelas políticas públicas.
Quem pertence a uma coletânea sabe que o faz por ideal, por um especial talento que vem de Deus. E sabe que precisa escrever para desabafar, para se sentir gente, para respirar inspiração e transpirar junto às gotas de suor a liquidez das rimas poéticas que se transformam em necessidade vital. Empobrecidos de sentimentos, os homens se penduram, como tábua de salvação, aos livros de poesia em busca de ternura, leveza, espiritualidade. Criam o interlúdio e se deitam na rede de suas varandas ou nas redes sociais para, simplesmente, ler. E na leitura reencontram seu eu essencial, seu lazer, sua criança interna que pede um sorriso e um novo olhar para a vida. E, na leitura buscam a energia motivadora da vida e a tranquilidade interior.  
Merecem nossos agradecimentos toda a equipe responsável pela edição das coletâneas que cumpre o seu papel cultural e o de socializar os grupos de poetas.
A inspiração não pode ser contida porque jorra como a cachoeira, não pode ser represada porque precisa se expandir de rio em mar: um mar de rimas que se dispõem em versos que se elevam ao universo dos sentimentos que a própria razão desconhece.
E quando estiver triste multiplique o número de poemas até sentir que as rimas lhe devolveram a tranquilidade perdida.
Aquela tranquilidade que foge quando os amores se distanciam e levam o poeta a fazer serenatas e versos para desabafar a dor e curar os males da alma.

                                       KATIA CHIAPPINI 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A BARATA NO VESTIÁRIO DA LOJA

              SUA MAJESTADE: A BARATA

Em certa ocasião fui às compras com minha filha Tati, na praia de Torres, na temporada de mais um verão deslumbrante.
Entramos numa loja, no centro, percebemos a aparência cuidadosa e a organização impecável das prateleiras.
Mas, ao se dirigir ao vestiário, minha filha avistou uma barata que vinha em sua direção. Ela saiu correndo e foi parar na esquina da quadra onde estávamos,em plena calçada. Resulta que desde bem pequena sempre teve pavor de ver uma barata correndo. E quando isso acontecia ela começava a gritar bem mais do que deveria. E cresceu sem perder esse hábito, como se tivesse uma visão do fim do mundo.
Ao ouvir a gritaria a atendente da loja perguntou-me:
-O que houve com sua filha?
Eu respondi:
- Ela viu uma barata no vestiário.
A atendente ficou sem jeito e se desculpou pelo ocorrido.
Mas, a essa altura, precisei sair da loja para ver se a filha ainda estava na esquina. Ela me viu logo e fez sinal para que eu fosse ao seu encontro.
Falei com a vendedora e expliquei que minha filha ia desistir da compra.
Ela ainda tentou argumentar: 
- Mas senhora, a loja recebeu mercadoria nova e temos toda a linha de verão em maiôs, duas peças, saídas de banho rendadas.
E eu, nervosa para encontrar minha filha e meio desligada disse:
- Mas moça, minha filha e eu não costumamos fazer compras em lojas que têm baratas. 
Não preciso dizer que a vendedora me fulminou com o olhar e ficou paralisada, sem poder me responder.
Retirei-me ,rapidamente ,indo ao encontro da filha. Essa estava indignada. Mas comecei a rir, ela se desarmou e tratamos de ir à praia nos beneficiar com o sol, a brisa e o mar. 
E mesmo, estávamos na mais bela praia do Rio Grande do Sul: a praia de Torres.

                                       KATIA CHIAPPINI