Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ENSAIO

                   ENSAIO SOBRE AS MÃOS

Há mãos de internet
Que o virtual prioriza
Outras que fazem frete
Há mãos de sacerdotisa

Há mãos de cientistas
De físicos de tenacidade
Mãos de ambientalistas
Pela sustentabilidade

Mãos de tantas etnias
Em luta pela liberdade
Escrevendo à revelia
Tratados sobre a igualdade

Existem mãos generosas
Mãos que distribuem pão
Mãos que espalham rosas
Ou salmos em oração

Mãos que conduzem cegos
Mãos sensíveis de Braille
Que ampliam o saber e o ego
Que conduzem o par no baile

Mãos de Da Vinci -Leonardo -
Mãos perfeitas de Mona Lisa
Mão que carrega o fardo
E que a recompensa não visa

Há mãos que impõem a cura
E outras de energia vital
Que a roupa do filho costura
Lava e estende no varal

Mãos que recriam sons
De Mozart, Bach, geniais
Que dão à melodia o tom
Que se entoa nas catedrais

Mãos de Niemeyer, criadoras
De cidades, palácios, monumentos
Mãos de arte incentivadora
Que exalam beleza e movimento

Mãos de médicos dedicados
Que removem tumores e dores
De enfermeiros perfilados
Quais dedicados pastores

Mãos de parteiras competentes
Que trazem ao mundo crianças
Mãos que socorrem adolescentes
Perdidos em suas andanças

Mãos de notáveis pacifistas
Erguendo bem alto os dois dedos
Um simbolismo simplista
Significando vitória, sem medos

Há mãos maduras, com sinais
Ao nascer do sol já na terra
Lavrando e colhendo milharais
Derrubando árvores com serra

Há mãos sangrando entre espinhos
E perdoando seus algozes
Há mãos que protegem seus ninhos
Há mães que erguem suas vozes

Mãos que aplaudem em cena
Como aplaudem em formatura
Mãos apertam outra mão pequena
Afastando o filho da amargura

Homens de colarinho branco
Roubaram muitas centenas
Choraram um falso pranto
Não honraram do terço as dezenas

Há muitas mãos a se estender
Mas não são confiáveis pontes
Apertá-las, como saber ?
Melhor lavar as nossas na fonte

São as que não honram a votação
Aniquilando o que tocam
São as mãos da corrupção
Que a justiça não mais invocam

Mas há mãos entrelaçadas
Dos namorados em serão
Que se encontram na madrugada
Transformam brasa em explosão

Mãos de um vigor astuto
Que tocam o corpo inquieto
Instalam-se nos redutos
E trazem o céu pra mais perto


                                     KATIA CHIAPPINI
                   E-mail: katia_fachinello42@hotmail.com




















quinta-feira, 29 de novembro de 2012

HITLER : ESSE NÃO É O CARA !

            A PALAVRA DE HOJE É HITLER !

Hitler o povo te chama
Pra ver a destruição
Pois quem o mal proclama
Apenas corrompe a Nação

Maldita tua existência
E o campo de concentração
Dá arrepios tal prepotência
E tantos corpos ao chão

Onde está a esperança !
Que líder foi esse ? meu Deus !
Que matou velho e criança
Negro, aleijado e judeu ?

Suicidar-se não é sofrer
É fugir para não enxergar
O povo explorado a viver
A criança órfão a chorar

Como se pode viver
E acima de Deus se julgar
Sem nunca se arrepender
Sem saber sequer amar !

E só o inferno reviver
E o idoso eliminar
E na humanidade bater
E  própria mulher judiar!

E nunca se arrepender
De um dia ter nascido
De ser monstro, não um ser
Que morreu sem ter morrido

Pois o mal gerou revolta
Nunca será esquecido
O que fez não terá volta
Deixou o povo oprimido

Hitler tão endiabrado
Teve perda total do sentido
Não soube rejeitar o pecado
Nem ser amado, só temido

Não acatou nenhum aviso
Foi um ser mal havido
Uma concepção de improviso
Um ditador pervertido

Que a qualquer tempo -verdade -
Pode voltar majestoso
Porque prolifera a maldade
Que volta em círculo vicioso

Já há ameaças fatais
Basta no tempo ocioso
Fixar os olhos nos jornais
Perceber um texto odioso

Há um olhar inimigo
Amealhando  muita gente
Que não percebeu o perigo
Que não reconheceu a serpente

Há outro Hitler -um sufoco -
Com igual veneno indecente
Mais louco que os pobres loucos
Com a maldade latente

Conspirando, assim, nessa era
Desconfiem da cara sem sal
Do olhar mordaz, de fera
Da agressividade anormal

Hitler a terra te cobre
Erga-se o povo -atenção -
Escolha-se um homem nobre
Para dirigir cada Nação

É preciso contestação
Pacificamente se posicionar
Abaixo a dominação
Convém com fé protestar

Levante-se o povo cristão
Sem luta não há progresso
Escute-se a voz da razão
Não se deixe a justiça em recesso


                                    KATIA  CHIAPPINI
                                    E -mail :
                                    katia_fachinello42@hotmail.com




domingo, 25 de novembro de 2012

14.000 acessos !

                                                        Esta festa é sua !


                           A alegria é minha
                   Coloquei meu blog na rua
                            felicidade maior não se avizinha
                      
                       M U I T O,  M U I T O  OBRIGADA !

É um prazer renovado o que sinto quando me comunico em versos e prosas. Levito, me transporto, sonho, renovo minhas forças e compartilho tantos sentimentos, por certo, imensuráveis
Mas você é minha bússola, meu farol, razão desse blog.
Penso em , de alguma forma, fazer de você uma companhia, um aliado nessas rimas que falam de amor, de amizade, de gente que sofre mas não desiste de si. 
A realidade só existe para podermos dela fugir e nos beneficiar com a magia do sonho e depois retornar às nossas responsabilidades mais leves, mais ternos. 
E você, meu leitor, existe para caminhar lado a lado nesses devaneios necessários à alma de toda gente. 
Estejamos juntos : é esse o meu desejo. 

Katia Chiappini
E-mail: katia_fachinello42@hotmail.com 
( nova conta do hotmail )

domingo, 18 de novembro de 2012

QUERÊNCIA !

                  Querência de minha infância       

Querência : eterna companheira
Palco de meus amores
Lembrança de uma vida inteira
Não vejo mais tais cores

Estância de minha infância
Entre as rimas a mais preciosa
Presença em minhas andanças
Seja em versos, seja em prosa

Troteando por campos e serras
Junto aos primos companheiros
Guardo na memória essas terras
Lar de meus tios hospitaleiros

Preparava-se a fogueira
Pra o bicharedo espantar
Era tal qual fiel lareira
No acampamento ao luar

Os pneus viravam boias
Eram presos às correntes
Banhos de açude - uma joia -
Como brincar nas vertentes

No domingo comida farta
Todos os tipos de iguarias
Melhores dias de minha vida
Vividos em constante alegria

Meu tio inventava sabores
Eu o ajudava sem pestanejar
Cachaça ,mel, limão nos licores
Butiá e pitanga : colhia-se no pomar

O chimarrão, rádio ligado
São costumes da gauchada
Teixeirinha com seu canto inspirado
Faziam parte do fim da jornada

Tia bebê, minha prenda amada
Sempre o esteio da família
Em qualquer lida habilitada
Mãe dedicada e melhor filha

Fazia campeiras com favo de mel
Roupas de natal para o peão
Sabia usar a tela e o pincel
Empalhar cadeiras, assar o pão

A estância foi pouso obrigatório
De uma criançada feliz
Da natureza observatório
E eu a melhor aprendiz

Aprendi a pentear ovelha
Eu e meus primos ao redor dela
A participação era parelha
Mesmo feita à luz de vela

Às 22h apagava-se a luz
Antes movida a gerador
A disciplina ao quarto conduz
Para rezar ao santo protetor

Às 6h da manhã o café matinal
Ao meio dia era servido o almoço
Reunião familiar sem igual
Entre os manjares e o alvoroço

Canjica, mexerica, leite puro
Lembro da espuma em colarinho
Eu dançava uma valsa no escuro
E cantarolava, de mansinho

Dedilhava o acordeon, à vontade
Campeava do gaúcho a tristeza
O sol se recolhia ao final da tarde
E renascia, insuperável, em beleza

Agradeço aos tios Léo e Bebê
Merecedores de toda admiração
Par perfeito - nem mais se vê -
Vestem minhas rimas de emoção

                                  KATIA CHIAPPINI
                                  Nova conta :
                   E-mail: katia_fachinello42@hotmail.com






quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O TELEFONE

                              UM AUXILIAR  : O TELEFONE

A voz do interlocutor
Do outro lado da linha
Reflete amor ou desamor
Que em minha alma se avizinha

Mesmo que o prazer seja breve
Vale ter um momento fugaz
Sinto a alma mais leve
E a voz do amado me apraz

Voluntários, de noite e de dia
Estão prontos para auxiliar
Minha alma quando em agonia
Não aceita os riscos de amar

A saudade de um bom amigo
Ou de familiares ausentes
Se torna menor se consigo
Torná-los, pela voz, presentes

O telefone está ao meu dispor
Para ser útil ao semelhante
Se peço ou retribuo um favor
Recebo um sorriso radiante

Desligo se estiver desconfiado
Não posso a vida arriscar
Cuidado com o dissimulado
Que usa o telefone pra lesar.

Serve ao estudo e ao trabalho
Está em todos os nossos lares
Combina tanto o jogo do baralho
Como a hora do chopp nos bares

O telefone serve à denúncia
Quando a agressão acontece
E disso não cabe renúncia
A omissão não enobrece

Nas brigas com o ser amado
Espero -melhores dias virão -
Conservo o telefone ao seu lado
Tendo fé na reconciliação

Para cultivar o amor eu falo
Mas ofender não faço questão
Se estiver em dúvida me calo
Atendo a voz da razão
                                                   KATIA CHIAPPINI

E-MAIL:  ( Nova conta a partir de novembro )
KATIA_FACHINELLO42@HOTMAIL.COM

domingo, 11 de novembro de 2012

A DAMA FACEIRA.

                    VONTADE DE VIVER

A senhora é dama faceira
Com seus 94 anos de idade
Continua queira ou não queira
Símbolo, de jovialidade

Para ela o almoço é uma festa
A turma é fiel e madura
Fica atenta ao som da seresta
Que os males da alma cura

A roupa cuidada é impecável
Realça o corpo franzino
A dama se mantém adorável
Pois já possui um tipo fino

É de ver a idade maior
Perfilar-se para cantar
Em francês, letra de cor
Como não sensibilizar ?

Nesses versos e rimas que faço
Eis os que a dama me inspirou
E essa verdade lhes passo 
-Esse canto me emocionou.

Iniciou timidamente
Soltou a voz  de mansinho
Para brilhar num repente
Qual bela rosa sem espinho

Colares, pulseiras e anéis
Porta na frágil figura
Tanto admira os menestréis
Como exibe sua formosura

A dama não mostra cansaço
Tem aroma de jasmim
A filha apoia o seu braço
Com dedicação de querubim

É simples vontade de viver
As pessoas lhe querem bem
Sinto a energia do seu ser
Sabe viver como lhe convém

Com esse jeito de proceder
É um marco de esperança
Soube bons frutos colher
Semeou para a  bonança

A filha não deixa por menos
E a dama não perde o alvoroço
É deusa como deusa é Vênus
É  a rainha do almoço

A dama se apoia na bengala
Mas nada lhe rouba a vibração
É  vontade de viver - não se abala -
Antes embala o seu coração

                                    KATIA  CHIAPPINI

Para a amiga Janete e uma gentil dama de 94 anos - sua mãe -
com carinho e grande admiração.


                                                           E-MAIL : 
katia_chiappini42@hotmail.com ( nova conta) 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

NOVA CONTA DO HOTMAIL.

                       COMUNICAÇÃO

Queridos amigos:
Estou comunicando meu novo e-mail, a partir de novembro de 2012 : katia_fachinello42@hotmail.com ( em minúscula)
Estou a disposição para atender sugestões de temas,  comentários sobre os textos ou quaisquer outras questões referentes aos trabalhos aqui postados. Esse blog é o meu e o seu recanto de simples poesia mas de valor estimativo e sem precedentes. É como me comunico com o seu interior e desfio o meu nesse rosário de contestações e ansiedades. É meu modo de tentar compartilhar os fatos da vida e sua essência.
Continuem comigo porque só assim posso estar presente nesse espaço. Sem meus leitores não teria estímulo para seguir escrevendo com tanta alegria

Agradeço as atenções  e espero você aqui comigo, a cada dia um pouquinho, como parte de seu lazer e de seus momentos de tranquilidade.

                         KATIA  CHIAPPINI


           E-mail : katia_fachinello42@hotmail.com   

domingo, 4 de novembro de 2012

RECOMEÇANDO A VIVER !

                            RECOMEÇAR



Conheci uma senhora com brilho próprio, pequena em estatura mas grande em determinação, e cuja idade foi um mistério, para suas amigas, por algum tempo. Tanto poderia ter 50 como 60 ou 70 anos de idade. Ficou viúva antes dos quarenta anos e criou, com a força divina, cinco filhos, encaminhando-os para os bancos universitários, fato esse, do qual se orgulha. O trabalho, sem dó nem piedade, ocupava todo o seu tempo. Um novo amor não estava planejado para acontecer em sua vida e nem tempo havia.
Mas a fé nunca a abandonou, sendo o traço marcante de sua personalidade. Hoje, com os filhos já criados, tem orgulho dos netos e bisnetos que vieram completar seus dias. Mas tem sua casa própria e preferiu ficar morando sozinha depois que seus filhos construíram nova família e foram deixando o ninho materno. Mas consegue assistir os filmes que gosta, fazer suas viagens, ouvir músicas, frequentar o clube e as aulas de hidro-ginástica.
Frequentei as aulas, na turma de Lulu -esse é seu apelido -onde a conheci. Ela é uma dama risonha que a todos encanta. E o grupo está junto faz um longo tempo. Onde quer que estejamos, Lulu faz questão de registrar nossos momentos em sua máquina de fotos. E depois nos presenteia com as cópias, sem aceitar remuneração alguma : o faz por amizade.
Descobrimos que ela gostaria de ter uma boneca grande, com rostinho de bebê, para colocar sempre em sua cama. E Célia, grande amiga de Lulu, percebeu esse seu desejo e nos comunicou.
Quando elas passeavam Lulu parava em todas as vitrines onde houvessem bonecas em exposição. Disse-nos Célia que os olhos da amiga brilhavam e ficamos sensibilizadas ao saber disso.
Talvez fosse uma maneira de Lulu lembrar dos filhos pequenos ao redor da mesa tosca mas sempre bem arrumada, se comprasse uma boneca. Ou recuperar sua infância perdida em meio a tantos afazeres domésticos que não lhe permitiram ter uma boneca para brincar. Ou poderia querer  a boneca como se fosse um amuleto de sorte.
Foi por ocasião do aniversário de Lulu, que Célia reuniu uns trocados para que a presenteássemos com o bebê, que já tinha apreciado nas lojas  do shopping. As colegas da hidro colaboraram e reunimos o valor necessário para efetuar a compra. A colega Eunice, artista plástica, fez um belo cartão, contendo nossas mensagens de aniversário. Depois da aula de hidro fomos lanchar com Lulu, para as devidas homenagens. Em meio aos comes e bebes, em dado momento, Célia pediu a palavra e entregou uma caixa , lindamente decorada, contendo a boneca dos sonhos de Lulu
Olhamos ,ansiosas, para o que viria depois. Ela olhou para o pacote e começou a chorar e a emoção dela foi a mesma nossa.Lulu amou o presente e nunca esperou ser lembrada de um modo tão especial.
A seguir retirou a boneca da embalagem, passou-a de mão em mão, colocando-a depois em seu colo, como se criança fosse.
Começamos a imaginar a data do batizado do bebê, a do primeiro aniversário e outras datas que Lulu inventaria para brincar com a boneca. Apenas uma maneira de ampliar o encantamento de nossa amiga aniversariante .Celinha -esse é o seu nome - só não festejaria seus quinze anos porque a dona, por sua vez, já acumulara em seu currículo muitos bolos de aniversário e muitas velinhas coloridas e assopradas. Mas desde esse dia sabemos que a boneca e sua dona conversam e dormem juntas
A boneca recebe atenções especiais, ganha roupinhas novas, serve de confidente, é acariciada. E já nem se sabe quem é a boneca e quem é a dona. E ninguém toca na boneca sem permissão da dona.
Há uma simbiose perfeita e essa fantasia inocente deu um novo alento para Lulu : preencheu a casa e o seu coração dela. Aquela boneca  representava a hora da terapia de sua dona - a mais feliz -
Esse foi o recomeçar de Lulu, já aos 70 anos de idade. No ano seguinte será diferente a motivação, mas o importante é nunca desistir de si mesma .Junto com a boneca presenteamos  nossa amiga com sincera amizade, através desse gesto simbólico. E nossa presença no dia de seu aniversário nos trouxe a certeza do valor de uma afeição desinteressada e verdadeira.   
E realizamos um sonho de infância de uma menina pobre, que, já aos sete anos de idade, vendia os pastéis que sua mãe fazia. 
A boneca representou uma forma dessa dama lembrar de suas amigas, já maduras, mas cuja sensibilidade só lhe trouxe alegria.
Agora pode despertar com o bebê ao seu lado, arrumar a cama com uma linda colcha de cetim, ajeitar a boneca,  entre as almofadas, deitada de barriga para cima, sendo o principal ornamento da casa.
Assim como  a querida amiga Lulu, precisamos de novos estímulos e de nova direção. Necessitamos nos reinventar a cada momento, abrir os nossos espaços, alegrar o coração, renovar as amizades e a vida social. Mais importante do que trocar os móveis de lugar ou as cores da parede, é descobrir como prosseguir na caminhada .É se deixar tocar pelo espírito solidário e pelos valores cristãos.
Recomeçar é perceber que o sol nos aquece todos os dias, é agradecer as bênçãos de Deus, interagir com nosso semelhante , é sintonizar com a harmonia da natureza , é sentir a energia própria e a do cosmos que nos envolve.
Recomeçar é buscar dentro de si a centelha divina.
E se essa lhe parecer uma lenda, que seja a mais significativa.
E se lhe parecer uma fábula que nos deixe a seguinte mensagem :
- O que seria da realidade se não existisse o sonho, como matéria prima, para dar forma aos sentimentos e impulsionar o desejo de todos quantos queiram recomeçar ?

                                      KATIA CHIAPPINI

              DEDICO ESSE TEXTO À MARIA LUÍSA FRAGA.

              Desejo que continue uma pequena-grande mulher.
               Receba minha admiração e seja aquela mulher que se
                quer conhecer para jamais esquecer.



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

NÃO CHORE !

                  NÃO CHORE PELOS MORTOS
( Pela passagem do dia dos finados )

Nossos mortos, ainda que sejam tantos
Devem ser lembrados por boas ações
Não precisam de tantas lágrimas e prantos
E sim de nossas frequentes orações

Sejamos solidários enquanto forem vivos
E não sentiremos a culpa tardia
Que os laços fraternais sejam extensivos
Sobretudo aos doentes em agonia

Se dedicação houver, que seja gratuita
Nossos familiares merecem o melhor
Não sejamos apenas presença fortuita
Cuidemos dos idosos em sua hora pior

E quando Deus chamar -é a sina -
Nossas lágrimas virão sem avisar
Consciência limpa, como a da menina
Não tem motivo pra se lamentar

Viajar antes mesmo do esperado
É desígnio divino e inadiável
Quem se preparou partirá resignado
Pois amou seu próximo, incansável

Então sem chorar saibamos viver
Os mortos nos protegem do além
Eles oram por nós sem esmorecer
E nossas lágrimas não lhes convém

Antes peçamos sua intervenção
Nas horas difíceis mas sem choro
No outro plano está a perfeição
E vivem os anjos a cantar em coro

Ao invés de por eles chorar
Choremos com eles em vida
Incutir a fé e o amor ofertar
É consolar a pessoa querida

É preciso chorar por nós mesmos
E dar livre passagem ao pranto
Semear amor e não viver à esmo
É pedir - Deus cubra-nos com seu manto -

Se carinho dedicarmos aos nossos
E os cuidados a qualquer preço
Antes de ver nosso corpo virar ossos
Nossa alma estará feliz em novo endereço

                                     KATIA CHIAPPINI
EMAIL:
 K.TREEN2@HOTMAIL.COM