BAILANDO NAS RIMAS
Bailando, bailando
As rimas se insinuando
Escrevo cantarolando
Cantando e dançando
Rimas vão procurando
As palavras saltitando
Coração vai pululando
E os amores lembrando
Sentimentos chamando
Rimas se acomodando
O amor se delineando
E os corações pulsando
Bailando e continuando
Rimas vão se entrelaçando
Juras de amor espalhando
E sonhos formatando
Me vejo rodopiando
Versos acalentando
Os sonhos chamando
A fé reencontrando
A carta registrando
Ao amor enviando
Sorrindo, ou chorando
Nos versos me abrigando
Eu me vejo esperando
A presença desejando
O abraço se aninhando
Em dois corpos bailando
Sem fronteiras festejando
O encontro aprisionando
Entre beijos saciando
Essa paixão sem comando
KATIA CHIAPPINI
Pensamentos,poesias e crônicas de minha autoria,para os apreciadores de gotas poeticas. Essas constituem um bálsamo para a paz espiritual,cujas ondas se inserem na harmonia do cosmos.
sábado, 24 de fevereiro de 2018
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
DIAS CONFUSOS!
DIAS CONFUSOS!
Sabe?
Sei
Sim
Soube
Suei
Faço
Fé
Finalmente
Forte
Fui
Mapas
Mensagens
Ministrei
Moldei
Muitos...
Amando
Amealhando
Minguando
Mofando
Amuei...
Paciente
Pensei
Pincelar
Povoar
Pulsar
Saturei
Serenei
Sinalizei
Sofri
Surtei
Grave
Greve
Gritos
Grosseiros
Grunhidos
Basta
Bestificaram
Bipolarizaram
Bolsa família
Burlaram
Sabe?
Sem fim
Simplificaram
Sonegaram
Sumiram...
KATIA CHIAPPINI
Sabe?
Sei
Sim
Soube
Suei
Faço
Fé
Finalmente
Forte
Fui
Mapas
Mensagens
Ministrei
Moldei
Muitos...
Amando
Amealhando
Minguando
Mofando
Amuei...
Paciente
Pensei
Pincelar
Povoar
Pulsar
Saturei
Serenei
Sinalizei
Sofri
Surtei
Grave
Greve
Gritos
Grosseiros
Grunhidos
Basta
Bestificaram
Bipolarizaram
Bolsa família
Burlaram
Sabe?
Sem fim
Simplificaram
Sonegaram
Sumiram...
KATIA CHIAPPINI
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
NOVA ESCRITORA
NOVA ESCRITORA
A moça me confessou;
Que escrevia muito
A inspiração enlaçou
Seu rabisco fortuito
Ela guardava o caderno
Na mesa de cabeceira
Seria o lugar eterno?
Seria o lugar certeiro?
Cresceu, se tornou avó
Continuava a rabiscar
Mas fadado a virar pó
Os textos iriam amarelar
Disse-lhe, um certo dia:
- Mostre seu trabalho
Era o que ela queria
Ser coringa no baralho
Começou a se soltar
Soltou versos singelos
Escolheu publicar
No grupo poético ''Elos''
Leram as suas rimas
Comentaram, gostaram
Floresceu a autoestima
Rimas se espalharam
Presenteou-me bombons
Acompanhou-me à casa
Criança de coração bom
Agora, feliz, criou asas
É a ex-aluna, Jussara
E eu, eterna professora
É mulher especial e rara
É a nossa nova escritora!
KATIA CHIAPPINI
A moça me confessou;
Que escrevia muito
A inspiração enlaçou
Seu rabisco fortuito
Ela guardava o caderno
Na mesa de cabeceira
Seria o lugar eterno?
Seria o lugar certeiro?
Cresceu, se tornou avó
Continuava a rabiscar
Mas fadado a virar pó
Os textos iriam amarelar
Disse-lhe, um certo dia:
- Mostre seu trabalho
Era o que ela queria
Ser coringa no baralho
Começou a se soltar
Soltou versos singelos
Escolheu publicar
No grupo poético ''Elos''
Leram as suas rimas
Comentaram, gostaram
Floresceu a autoestima
Rimas se espalharam
Presenteou-me bombons
Acompanhou-me à casa
Criança de coração bom
Agora, feliz, criou asas
É a ex-aluna, Jussara
E eu, eterna professora
É mulher especial e rara
É a nossa nova escritora!
KATIA CHIAPPINI
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
O PRETO NO BRANCO
O PRETO NO BRANCO
O preto no branco lembra a interferência das notas pretas de um piano mesclando-se com as notas brancas, essas últimas, alvas como a nuvem de sonhos diletos.
Brancos e negros mesclam seu sangue pelo casamento e escolhem viver entrelaçando as raças nessa união.
Quando uma garota diz estar namorando um rapaz, mas é vista aos beijos com outro, é comum ouvir essa expressão antiga ao se pronunciar dizendo:
- Afinal, vamos colocar o preto no branco?
Nesse sentido quer dizer dar ciência aos fatos e definir qual é a verdade, esclarecer as intenções da moça.
Trata-se de um sentido figurado que visa esclarecer uma situação que envolve dúvida.
O preto seria o da tinta da caneta e o branco lembra o papel onde se escreve, quando se escreve alguma explicação solicitada.
Há telas belíssimas em preto e branco nas quais o artista quer dar um contexto social, como transmitir, na tela, a pobreza, ou definir um caráter intimista, singelo, em seu quadro, como no esboço de um rosto feminino.
Temos as fotos em preto e branco, mais antigas como as dos nossos avós, com novos significados e novas perspectivas e que deslizam para um projeto mais simples, mas igualmente belo.
Exemplo de telas notáveis em preto e branco são as de Chema Madoz, fotógrafo espanhol premiado em 2000, com suas telas em exposição no Centro Cultural de Madrid.
A obra de Madoz viaja entre o surrealismo e o conceptualismo.
Modernamente alguns estudiosos buscam reverter esses preconceitos, de modo a salientar que a raça negra colaborou intensivamente para a cultura dos povos.
A discriminação é crime. Todos somos seres humanos e dignos de respeito.
Não é a cor que nos define e sim o caráter.
Mas, infelizmente, se há um furto no supermercado e estão saindo do local, um preto e um branco, revistam o negro, em primeiro lugar, supostamente o culpado.
Pretos e negros são irmãos na música, na literatura, na direção de filmes, na atuação em trilogias premiadas. Nas guerras e revoluções se destacam com igual fibra e patriotismo.
Na liderança política há negros cujos ideais são exemplos a seguir e que a literatura têm nos revelado ao longo dos anos.
No Brasil, em 20 de novembro foi criado o dia da Consciência Negra trazendo uma reflexão sobre a inserção do negro e da cultura afro na sociedade brasileira.
A data foi escolhida em razão da morte de Zumbi dos Palmares, líder que defendeu o Quilombo dos Palmares contra expedições militares que pretendiam trazer negros fugidos novamente para a escravidão a que eram submetidos.
Amas de leite negras deram seu leite do peito para muitas crianças brancas, nascidas nos lares de grandes senhores de escravos.
O preto no branco leva a muitas e remotas considerações no mundo todo.
Mas o principal é integrar todas as raças num contexto de harmonia, solidariedade e justiça.
O caminho é longo e muitas batalhas ainda serão travadas contra as discriminações de raça, cor, religião, diversidade de gênero.
Grupos extremistas vingam por todo o planeta.
Mas desejo que o tempo e a consciência de cada homem possam se modificar e evoluir no sentido de deixar seu semelhante, de qualquer credo ou tribo, viver com direitos iguais.
Antes disso, estaremos voltando ao tempo das cavernas e praticando barbáries indescritíveis que seguem nos envergonhando como seres humanos.
Somos, ora dia, ora noite, ora tristeza, ora alegria. Somos surpreendidos pelos contrastes e antagonismos da vida.
Quando a noite escura descobre a Lua para assistir nossos secretos momentos, é na claridade da aurora que descansamos e despertamos para seguir o brilho do Sol e compartilhar de tão intensa energia.
Volto agora aos meus estudos de piano onde as notas brancas me entendem, me ouvem e resolvem o tema sonoro. E me faço acompanhar das notas pretas que representam breves nuances de tristeza e de uma melancolia saudosista. Uma melancolia que leva aos sonhos ainda não realizados mas constantemente sonhados. Em noites de verão, entre as flores que a primavera guardou para nos emprestar. E compor o cenário de nossos eternos e especiais desejos.
KATIA CHIAPPINI
O preto no branco lembra a interferência das notas pretas de um piano mesclando-se com as notas brancas, essas últimas, alvas como a nuvem de sonhos diletos.
Brancos e negros mesclam seu sangue pelo casamento e escolhem viver entrelaçando as raças nessa união.
Quando uma garota diz estar namorando um rapaz, mas é vista aos beijos com outro, é comum ouvir essa expressão antiga ao se pronunciar dizendo:
- Afinal, vamos colocar o preto no branco?
Nesse sentido quer dizer dar ciência aos fatos e definir qual é a verdade, esclarecer as intenções da moça.
Trata-se de um sentido figurado que visa esclarecer uma situação que envolve dúvida.
O preto seria o da tinta da caneta e o branco lembra o papel onde se escreve, quando se escreve alguma explicação solicitada.
Há telas belíssimas em preto e branco nas quais o artista quer dar um contexto social, como transmitir, na tela, a pobreza, ou definir um caráter intimista, singelo, em seu quadro, como no esboço de um rosto feminino.
Temos as fotos em preto e branco, mais antigas como as dos nossos avós, com novos significados e novas perspectivas e que deslizam para um projeto mais simples, mas igualmente belo.
Exemplo de telas notáveis em preto e branco são as de Chema Madoz, fotógrafo espanhol premiado em 2000, com suas telas em exposição no Centro Cultural de Madrid.
A obra de Madoz viaja entre o surrealismo e o conceptualismo.
Modernamente alguns estudiosos buscam reverter esses preconceitos, de modo a salientar que a raça negra colaborou intensivamente para a cultura dos povos.
A discriminação é crime. Todos somos seres humanos e dignos de respeito.
Não é a cor que nos define e sim o caráter.
Mas, infelizmente, se há um furto no supermercado e estão saindo do local, um preto e um branco, revistam o negro, em primeiro lugar, supostamente o culpado.
Pretos e negros são irmãos na música, na literatura, na direção de filmes, na atuação em trilogias premiadas. Nas guerras e revoluções se destacam com igual fibra e patriotismo.
Na liderança política há negros cujos ideais são exemplos a seguir e que a literatura têm nos revelado ao longo dos anos.
No Brasil, em 20 de novembro foi criado o dia da Consciência Negra trazendo uma reflexão sobre a inserção do negro e da cultura afro na sociedade brasileira.
A data foi escolhida em razão da morte de Zumbi dos Palmares, líder que defendeu o Quilombo dos Palmares contra expedições militares que pretendiam trazer negros fugidos novamente para a escravidão a que eram submetidos.
Amas de leite negras deram seu leite do peito para muitas crianças brancas, nascidas nos lares de grandes senhores de escravos.
O preto no branco leva a muitas e remotas considerações no mundo todo.
Mas o principal é integrar todas as raças num contexto de harmonia, solidariedade e justiça.
O caminho é longo e muitas batalhas ainda serão travadas contra as discriminações de raça, cor, religião, diversidade de gênero.
Grupos extremistas vingam por todo o planeta.
Mas desejo que o tempo e a consciência de cada homem possam se modificar e evoluir no sentido de deixar seu semelhante, de qualquer credo ou tribo, viver com direitos iguais.
Antes disso, estaremos voltando ao tempo das cavernas e praticando barbáries indescritíveis que seguem nos envergonhando como seres humanos.
Somos, ora dia, ora noite, ora tristeza, ora alegria. Somos surpreendidos pelos contrastes e antagonismos da vida.
Quando a noite escura descobre a Lua para assistir nossos secretos momentos, é na claridade da aurora que descansamos e despertamos para seguir o brilho do Sol e compartilhar de tão intensa energia.
Volto agora aos meus estudos de piano onde as notas brancas me entendem, me ouvem e resolvem o tema sonoro. E me faço acompanhar das notas pretas que representam breves nuances de tristeza e de uma melancolia saudosista. Uma melancolia que leva aos sonhos ainda não realizados mas constantemente sonhados. Em noites de verão, entre as flores que a primavera guardou para nos emprestar. E compor o cenário de nossos eternos e especiais desejos.
KATIA CHIAPPINI
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
FILOSOFANDO NA PRAIA
FILOSOFANDO NA PRAIA
Tanto mar para nos banhar
Tanta areia aos nossos pés
Mas como a beleza enxergar
Se andamos em marcha-ré ...
Tantos amigos buscamos
Tantos amores queremos
Mas os seres não amamos
Fingimos: não os temos
Então vem a inverdade
Pés na lama e cinismo
Vendemos a dignidade
Em nome do casuísmo
Fingimos ser os heróis
Agradamos os boçais
Depois em maus lençóis
Perdemos as referenciais
O mundo é louco, é hostil
Em tempo de tempestade
O povo cansou e já senil
Perdeu a sua identidade
KATIA CHIAPPINI
Tanto mar para nos banhar
Tanta areia aos nossos pés
Mas como a beleza enxergar
Se andamos em marcha-ré ...
Tantos amigos buscamos
Tantos amores queremos
Mas os seres não amamos
Fingimos: não os temos
Então vem a inverdade
Pés na lama e cinismo
Vendemos a dignidade
Em nome do casuísmo
Fingimos ser os heróis
Agradamos os boçais
Depois em maus lençóis
Perdemos as referenciais
O mundo é louco, é hostil
Em tempo de tempestade
O povo cansou e já senil
Perdeu a sua identidade
KATIA CHIAPPINI
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
MINICONTO RELÂMPAGO
Miniconto relâmpago
Um homem presenciou sua mulher escorregar para baixo de uma prateleira de supermercado e ficou parado no mesmo lugar, sem nenhuma alteração no olhar.
O amigo que estava com o casal estranhou e a mulher perguntou atônita:
- Mas não pensas em socorrer tua mulher que levou uma queda brusca?
- Ah! pensei que ela estivesse procurando o preço promocional daquela mercadoria anunciada com desconto, porque me pareceu que a tabuleta tinha se desprendido e caído no chão.
KATIA CHIAPPINI
Um homem presenciou sua mulher escorregar para baixo de uma prateleira de supermercado e ficou parado no mesmo lugar, sem nenhuma alteração no olhar.
O amigo que estava com o casal estranhou e a mulher perguntou atônita:
- Mas não pensas em socorrer tua mulher que levou uma queda brusca?
- Ah! pensei que ela estivesse procurando o preço promocional daquela mercadoria anunciada com desconto, porque me pareceu que a tabuleta tinha se desprendido e caído no chão.
KATIA CHIAPPINI
ALEGRIA, ALEGRIA...
ALEGRIA, ALEGRIA...
Entre os sentimentos que experimento nas férias de verão à beira mar, destaco a sensação que tenho de que todos estão desfrutando os melhores momentos do ano.
O fato de vê-los na praia é prazeroso porque a alegria se espalha por todos os lados.
Crianças brincam no mar, idosos ganham as ondas, casais de namorados namoram mais, os vendedores ambulantes sorriem para os veranistas e fazem descontos nas mercadorias. Os donos das barracas, próximas ao mar, se deslocam para levar os lanches até as barracas dos veranistas.
Nossos vizinhos acabam por nos emprestar, com um sorriso, algum utensílio doméstico que, por vezes, esquecemos na cidade.
Profissionais de Educação Física ensinam as danças e os passos das coreografias da moda, realizadas nas aulas gratuitas, na areia da praia.
Nas calçadas caminham famílias inteiras, à noite, frequentando os bares litorâneos e buscando a música das bandas locais.
Na cidade as vozes dos povos de outras'' bandas'' exibe seu sotaque diferenciado.
Os idiomas revelam a presença de estrangeiros na praia.
A alegria toma conta do tempo e do espaço de verão.
Os amigos se encontram e se abraçam de modo diferenciado e a hospitalidade se faz presente nas rodas de chimarrão e nos churrascos, ao entardecer.
As garagens das casas recebem uma tribo feliz que vem para ''jogar conversa fora ''mas nunca a amizade.
Areia e mar, falésias de grandes dimensões, penhascos e rochas, belas lagoas, tudo isso faz a natureza se mostrar pródiga em encantos naturais, tornando-se convidativa aos veranistas.
Estou em Torres, a mais bela praia do litoral riograndense, onde vislumbro essa alegria, tema de meu texto de hoje.
Todas as desavenças parecem ter permanecido nas cidades e todos os sorrisos parecem ter vindo, como parte indispensável da bagagem .
Ao escrever essas linhas, vislumbro da janela, as famílias passando em direção à praia de mar. As crianças ajudam carregando seus brinquedos. Não podem faltar os baldes,nem as formas para fazer estrelas do mar, cavalos marinhos e peixes, com a areia úmida.
E os castelos de areia são feitos com as mãos e com a ajuda de pás de plástico que são compradas junto com os baldes de brinquedo.
A alegria vai à praia vestida de inúmeras faces sorridentes e receptivas.
Crianças, jovens, adultos e pessoas idosas, compartilham do mesmo clima de verão e vestem fragmentos de alegria e felicidade.
As economias feitas durante o ano viajaram para a praia e são responsáveis em dar o suporte para os gastos das famílias.
Os padrinhos colaboram com as finanças e os tios e avós aumentam a mesada da criançada.
Um pouco do esforço coletivo reverte em novas possibilidades e o veraneio fica mantido. Vale à pena solicitar a colaboração de todos em prol de um bem estar familiar e agregador.
Não percebo, durante o veraneio, aquelas pessoas estressadas no trânsito. Ao contrário, vejo motoristas dos carros de passeio que fazem sinal para que os pedestres possam atravessar as ruas com tranquilidade.
Em todos os lugares a alegria transparece.
Pode ser o efeito da natureza unida ao tempo de férias e a possibilidade de reunir a família em torno da mesa de jantar.
Pode ser a chamada para um carteado em família, para um jogo de futebol na praia, para a prática de outros esportes de areia.
Pode ser pela espera de um convívio mais estreito com filhos e netos, pelo diálogo que renasce em clima de veraneio.
O fato é que a alegria que percebo, todos os anos, desde a minha infância, é real durante as férias na praia de meu andar.
A calmaria de ambientes convida à prática da meditação, ao exercício da leitura, à comunicação saudável.
Até os homens se prontificam para lavar a louça ou a própria roupa para auxiliar suas mulheres, sempre atribuladas, com a organização de todas as tarefas domésticas.
Gostaria que ,cada vez mais, essa alegria superasse nossas preocupações e nos tornassem mais humanos e solidários em nossos lares, como se fosse uma trégua em tempo de guerra.
Vamos demonstrar esse contentamento nos salões de festa, nos jantares promovidos pelos clubes que frequentamos, na caminhada à beira mar, nas brincadeiras com os netos, nas rodas de piadas de salão, na roda de pescadores e seus ''causos'' mentirosos que fingimos acreditar.
Vamos espalhar a alegria onde nos for possível!
Vamos viver intensamente o lazer de nossos verões antes que o inverno da vida se interponha, célere e implacável.
KATIA CHIAPPINI
Entre os sentimentos que experimento nas férias de verão à beira mar, destaco a sensação que tenho de que todos estão desfrutando os melhores momentos do ano.
O fato de vê-los na praia é prazeroso porque a alegria se espalha por todos os lados.
Crianças brincam no mar, idosos ganham as ondas, casais de namorados namoram mais, os vendedores ambulantes sorriem para os veranistas e fazem descontos nas mercadorias. Os donos das barracas, próximas ao mar, se deslocam para levar os lanches até as barracas dos veranistas.
Nossos vizinhos acabam por nos emprestar, com um sorriso, algum utensílio doméstico que, por vezes, esquecemos na cidade.
Profissionais de Educação Física ensinam as danças e os passos das coreografias da moda, realizadas nas aulas gratuitas, na areia da praia.
Nas calçadas caminham famílias inteiras, à noite, frequentando os bares litorâneos e buscando a música das bandas locais.
Na cidade as vozes dos povos de outras'' bandas'' exibe seu sotaque diferenciado.
Os idiomas revelam a presença de estrangeiros na praia.
A alegria toma conta do tempo e do espaço de verão.
Os amigos se encontram e se abraçam de modo diferenciado e a hospitalidade se faz presente nas rodas de chimarrão e nos churrascos, ao entardecer.
As garagens das casas recebem uma tribo feliz que vem para ''jogar conversa fora ''mas nunca a amizade.
Areia e mar, falésias de grandes dimensões, penhascos e rochas, belas lagoas, tudo isso faz a natureza se mostrar pródiga em encantos naturais, tornando-se convidativa aos veranistas.
Estou em Torres, a mais bela praia do litoral riograndense, onde vislumbro essa alegria, tema de meu texto de hoje.
Todas as desavenças parecem ter permanecido nas cidades e todos os sorrisos parecem ter vindo, como parte indispensável da bagagem .
Ao escrever essas linhas, vislumbro da janela, as famílias passando em direção à praia de mar. As crianças ajudam carregando seus brinquedos. Não podem faltar os baldes,nem as formas para fazer estrelas do mar, cavalos marinhos e peixes, com a areia úmida.
E os castelos de areia são feitos com as mãos e com a ajuda de pás de plástico que são compradas junto com os baldes de brinquedo.
A alegria vai à praia vestida de inúmeras faces sorridentes e receptivas.
Crianças, jovens, adultos e pessoas idosas, compartilham do mesmo clima de verão e vestem fragmentos de alegria e felicidade.
As economias feitas durante o ano viajaram para a praia e são responsáveis em dar o suporte para os gastos das famílias.
Os padrinhos colaboram com as finanças e os tios e avós aumentam a mesada da criançada.
Um pouco do esforço coletivo reverte em novas possibilidades e o veraneio fica mantido. Vale à pena solicitar a colaboração de todos em prol de um bem estar familiar e agregador.
Não percebo, durante o veraneio, aquelas pessoas estressadas no trânsito. Ao contrário, vejo motoristas dos carros de passeio que fazem sinal para que os pedestres possam atravessar as ruas com tranquilidade.
Em todos os lugares a alegria transparece.
Pode ser o efeito da natureza unida ao tempo de férias e a possibilidade de reunir a família em torno da mesa de jantar.
Pode ser a chamada para um carteado em família, para um jogo de futebol na praia, para a prática de outros esportes de areia.
Pode ser pela espera de um convívio mais estreito com filhos e netos, pelo diálogo que renasce em clima de veraneio.
O fato é que a alegria que percebo, todos os anos, desde a minha infância, é real durante as férias na praia de meu andar.
A calmaria de ambientes convida à prática da meditação, ao exercício da leitura, à comunicação saudável.
Até os homens se prontificam para lavar a louça ou a própria roupa para auxiliar suas mulheres, sempre atribuladas, com a organização de todas as tarefas domésticas.
Gostaria que ,cada vez mais, essa alegria superasse nossas preocupações e nos tornassem mais humanos e solidários em nossos lares, como se fosse uma trégua em tempo de guerra.
Vamos demonstrar esse contentamento nos salões de festa, nos jantares promovidos pelos clubes que frequentamos, na caminhada à beira mar, nas brincadeiras com os netos, nas rodas de piadas de salão, na roda de pescadores e seus ''causos'' mentirosos que fingimos acreditar.
Vamos espalhar a alegria onde nos for possível!
Vamos viver intensamente o lazer de nossos verões antes que o inverno da vida se interponha, célere e implacável.
KATIA CHIAPPINI
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
ABRAÇO...
ABRAÇO...
Abraço o que há de vir
Abraço quem consentir
Abraço para poder sentir
Abraço a quem me seguir
Abraço para não agredir
Abraço o dia a surgir
Abraço quem vai partir
Abraço sem me despedir
Abraço a quem me pedir
Abraço e digo pra não ir
Abraço pra me descontrair
Abraço pra me redimir
Abraço após me despir
Abraço quem me faz sorrir
Abraço o corpo pra sentir
Abraço: deixo a vida fluir
Abraço o amor a se exibir
Abraço para poder conduzir
Abraço para o ato consumir
Abraço a quem desejo seduzir
KATIA CHIAPPINI
Abraço o que há de vir
Abraço quem consentir
Abraço para poder sentir
Abraço a quem me seguir
Abraço para não agredir
Abraço o dia a surgir
Abraço quem vai partir
Abraço sem me despedir
Abraço a quem me pedir
Abraço e digo pra não ir
Abraço pra me descontrair
Abraço pra me redimir
Abraço após me despir
Abraço quem me faz sorrir
Abraço o corpo pra sentir
Abraço: deixo a vida fluir
Abraço o amor a se exibir
Abraço para poder conduzir
Abraço para o ato consumir
Abraço a quem desejo seduzir
KATIA CHIAPPINI
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
FRAGMENTOS DE VIDA!
FRAGMENTOS DE VIDA
Passo firmes, lentos e perto
Simulando, ou se insinuado
Um diálogo claro e discreto
Um abraço firme enlaçando
Nuvens em ondas, aragem
Num chamamento sem par
A chuva e depois a estiagem
Querem nosso sonho embalar
Trigais vergando com a brisa
Pássaros em revoada no céu
Areia que o mar avança e pisa
Nos surpreendem já sem véus
Lua e Sol se escondem discretos
Porque há uma luz que emana
Dos protagonistas do amor secreto
Do desejo que dois corpos chama
KATIA CHIAPPINI
Passo firmes, lentos e perto
Simulando, ou se insinuado
Um diálogo claro e discreto
Um abraço firme enlaçando
Nuvens em ondas, aragem
Num chamamento sem par
A chuva e depois a estiagem
Querem nosso sonho embalar
Trigais vergando com a brisa
Pássaros em revoada no céu
Areia que o mar avança e pisa
Nos surpreendem já sem véus
Lua e Sol se escondem discretos
Porque há uma luz que emana
Dos protagonistas do amor secreto
Do desejo que dois corpos chama
KATIA CHIAPPINI
domingo, 4 de fevereiro de 2018
AMIGO!
AMIGO
Vem sem que o chame
Sabe prestar atenção
Se o tiver proclame
É o de boa intenção
Não some sem avisar
Nele se pode acreditar
Tem o valor de ficar
E ternura demonstrar
Amigo é joia preciosa
Não se vende por vintém
Tem intensidade e prosa
Sua presença é um bem
Amigo é pra toda obra
É afinidade inconteste
Não dá o bote de cobra
Nem é banido como peste
Sabe demonstrar lealdade
Sem medo de se arriscar
Acredita na cumplicidade
Quer a amizade preservar
Amigo é sinal de paz
Como a meditação do dia
Nos sugere nele acreditar
Em prol de visível sintonia
KATIA CHIAPPINI
Vem sem que o chame
Sabe prestar atenção
Se o tiver proclame
É o de boa intenção
Não some sem avisar
Nele se pode acreditar
Tem o valor de ficar
E ternura demonstrar
Amigo é joia preciosa
Não se vende por vintém
Tem intensidade e prosa
Sua presença é um bem
Amigo é pra toda obra
É afinidade inconteste
Não dá o bote de cobra
Nem é banido como peste
Sabe demonstrar lealdade
Sem medo de se arriscar
Acredita na cumplicidade
Quer a amizade preservar
Amigo é sinal de paz
Como a meditação do dia
Nos sugere nele acreditar
Em prol de visível sintonia
KATIA CHIAPPINI
sábado, 3 de fevereiro de 2018
EM ALVOS LENÇÓIS DE CETIM
Em alvos lençóis de cetim
Em lençóis de cetim
Em vestimentas carmim
Concordamos pelo''sim''
Sonhamos com festim
Escolhemos o gim
Comprado no botequim
Dedilhamos o bandolim
Sonhamos com querubins
Nos doamos, ambos, enfim
Saboreamos o amendoim
Afrodisíaco, pois sim...
Em Berlim ou Bombaim
Esse é um conto de folhetim
Que estou lendo no jardim
Enquanto rego o jasmim
Mas muito antes do fim
Adivinho em meu camarim
Carícias em lençóis de cetim
KATIA CHIAPPINI
Em lençóis de cetim
Em vestimentas carmim
Concordamos pelo''sim''
Sonhamos com festim
Escolhemos o gim
Comprado no botequim
Dedilhamos o bandolim
Sonhamos com querubins
Nos doamos, ambos, enfim
Saboreamos o amendoim
Afrodisíaco, pois sim...
Em Berlim ou Bombaim
Esse é um conto de folhetim
Que estou lendo no jardim
Enquanto rego o jasmim
Mas muito antes do fim
Adivinho em meu camarim
Carícias em lençóis de cetim
KATIA CHIAPPINI
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
QUADRINHA DE FINAL DE SEMANA!
Quadrinha de final de semana!
Em todo e qualquer hemisfério
Amor é sentimento de difícil acesso
Ora nuvem passageira, ora mistério
Guardamos a esperança do regresso
Amor é sentimento de difícil acesso
Ora nuvem passageira, ora mistério
Guardamos a esperança do regresso
KATIA CHIAPPINI
ACEITAÇÃO
ACEITAÇÃO
Se não vier, nada quer
Se é longa a espera, já era...
Quando chorou, blefou
Quando faltou, ignorou
Sem tristeza, beleza!
Analise e não realize
Beba água, sem mágoa
Respire e se admire
Paz e calma na alma
Tudo gira, mas prefira
Quem vem e lhe convém
Diz que ama e chama
Espere e se recupere
Essa cena vale à pena
Se disser e vier
Aceite e se deleite
E risonha se ponha
A festejar, qual preamar
KATIA CHIAPPINI
Se não vier, nada quer
Se é longa a espera, já era...
Quando chorou, blefou
Quando faltou, ignorou
Sem tristeza, beleza!
Analise e não realize
Beba água, sem mágoa
Respire e se admire
Paz e calma na alma
Tudo gira, mas prefira
Quem vem e lhe convém
Diz que ama e chama
Espere e se recupere
Essa cena vale à pena
Se disser e vier
Aceite e se deleite
E risonha se ponha
A festejar, qual preamar
KATIA CHIAPPINI
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018
DECISÃO...
DECISÃO...
Sabe, quando você
Corta seu cabelo
E ele nem vê?
Sabe, quando
Usa roupa nova
E fica sonhando?
Sabe, quando pensa
Em sair pra dançar
E acaba ficando tensa?
Porque ele nem quer
E você adora
Explodir-se mulher?
Pois saiba ser e agir
Não fique amuada
Está na hora de partir
Sabe, se não tem jeito
Desista desse amor
Erga bem seu peito
Peça o seu sorvete
Escolha um bom livro
Leia-o ao Sol poente
Na calada da noite
Decida-se a amar
Entre beijos e açoites
Esqueça essa tristeza
Aceite outra paixão:
- Faça-se cama e mesa
KATIA CHIAPPINI
Sabe, quando você
Corta seu cabelo
E ele nem vê?
Sabe, quando
Usa roupa nova
E fica sonhando?
Sabe, quando pensa
Em sair pra dançar
E acaba ficando tensa?
Porque ele nem quer
E você adora
Explodir-se mulher?
Pois saiba ser e agir
Não fique amuada
Está na hora de partir
Sabe, se não tem jeito
Desista desse amor
Erga bem seu peito
Peça o seu sorvete
Escolha um bom livro
Leia-o ao Sol poente
Na calada da noite
Decida-se a amar
Entre beijos e açoites
Esqueça essa tristeza
Aceite outra paixão:
- Faça-se cama e mesa
KATIA CHIAPPINI
QUERIA SER MAIS...
QUERIA SER MAIS...
Mais pertinente
Mais paciente
Mais ciente
Mais consistente
Mais consciente
Mais prudente
Mais evidente
Mais coerente
Mais valente
Mais permanente
Mais transparente
Mais independente
Mais gente
Mais condizente
Com a época vigente
Com o povo carente
Mais latente
Mais efervescente
Como quem se sente
Tanto foz como nascente
Eu queria ser mais...
KATIA CHIAPPINI
Mais pertinente
Mais paciente
Mais ciente
Mais consistente
Mais consciente
Mais prudente
Mais evidente
Mais coerente
Mais valente
Mais permanente
Mais transparente
Mais independente
Mais gente
Mais condizente
Com a época vigente
Com o povo carente
Mais latente
Mais efervescente
Como quem se sente
Tanto foz como nascente
Eu queria ser mais...
KATIA CHIAPPINI
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