Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

sábado, 30 de setembro de 2017

HÁ DUAS VIAS NO AMOR: SENTIMENTOS RECÍPROCOS.

   
                 HÁ DUAS VIAS NO AMOR: 
                 SENTIMENTOS RECÍPROCOS

Não vale à pena essa insistência
Se houver só uma via não é amor
A vã aceitação, ou permanência
Trará  desconforto, tristeza, dor

Não se pode amar pelos dois
Não creia : é premissa unilateral
Ou há doação mútua ou depois 
Será um triste tormento, irreal 

Não temos tão largos ombros 
Para dupla carga ir acumulando
Não se vive sobre escombros
Sem mútuo afeto no comando

Ninguém merece esse papel
De esperar sem esperança
É preciso arrancar esse véu 
Para enfrentar outra andança

Um subjuga porque outro cede
A desproporção não tem prumo
Amor que é amor não se pede
Se não fluir, que siga outro rumo

Ninguém vai mudar ninguém
Não acredite em vãs promessas
Deixe o amor pegar outro trem
Viver pela metade não interessa

KATIA CHIAPPINI




sexta-feira, 29 de setembro de 2017

EM VIAS DE CAOS

                         EM VIAS DE CAOS

Tropeça o mundo sem trégua
O caos é profundo e sem régua
Tropeça na pedra, é ave de rapina
Como água em queda, o caos é má sina

A guerra ferrenha, vinga sem direção
Não há quem venha aplaudir a devastação
O preso tem regalias além do que deveria
Planeja suas baixarias e vinga na anarquia

O enfermo vegeta com a falta de leitos
Não há sinal de alerta, a saúde não tem jeito
O explorador domina e quem precisa obedece
O mal não se recrimina e todo o bem fenece

A família inexiste, tornou-se desolação
O ser se descobre triste, sem consideração
O professor é humilhado, é alvo de violência
Percebe estar ilhado, sem fé e sem referência

Há o abate de animais, a mata é devastada
Vai deixando seus sinais, como carta marcada
A natureza se vinga, há tragédia em toda parte
Quero a última pinga, antes de acordar em Marte

KATIA CHIAPPINI

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

FORÇA IMUTÁVEL

                       FORÇA IMUTÁVEL

Mesmo que eu não fale mais teu nome
A inspiração continua a me nortear
É um exercício que faço e me consome
É a força imutável do tempo de amar

Permanece o estado de nossa alma
A se impregnar de atos de amor
Porque na tormenta ou na hora calma
Ainda pulsa o coração, ainda nasce a flor

Quem já amou pode pensar que se desliga
Mas as imagens vêm e se insinuam ternas
A força de nossa energia age e se interliga
A um profundo sentimento que não hiberna

Mesmo velado o grande amor existe
Quando negado ainda é forte presença
Ainda que frágil e enxovalhado persiste
Porque é tanto salmo como é esperança e crença

KATIA CHIAPPINI

terça-feira, 26 de setembro de 2017

INDECISÕES E INCONSTÂNCIA

            INDECISÕES E INCONSTÂNCIAS

Parecias estar totalmente à deriva
Ao sentir o toque de minha mão
Sem dúvida tomei a iniciativa
Porque quis provocar definição

Fiquei muito tempo ao teu lado
Nunca esqueceste o meu sorriso
Parecia que eu tinha te agradado
Quando perdemos  nosso juízo

Percebi que não querias arriscar
Voltaste atrás, embora eu não
Não tomaste a decisão de amar
Perdeste a ocasião e a emoção

Depois falaste em recomeçar
Não aceitei- fiquei sem graça -
Não sou aventura para estar
Sendo alvo de falsas ameaças

Quem não demostra coragem
Está fadado ao esquecimento
Vou planejar uma longa viagem
E esquecer do meu sofrimento

Enquanto analisas quem somos
Partirá da estação o último trem
A felicidade está onde a pomos
Vou partilhar a minha muito além...

KATIA CHIAPPINI 

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

UM TEMPO PARA LEMBRAR ...

                UM TEMPO PARA LEMBRAR...

Um dia fui ao bate-papo
Alguém logo me respondeu
Seria um príncipe ou sapo?
Ou apenas quem me leu?

Antes nos apresentamos
Com curiosidade normal
Falamos de nós e de planos
De um ou outro tema banal

Na noite seguinte. de novo
Se encontrava o candidato
Teria tentáculos de polvo
Ou seria pessoa de trato?

 A Webcam nunca vingou
Nada de malícia ou arapuca
E assim nossa noite continuou
Propiciando a ''aventura ''maluca

Mas só a palavra já tensiona
E um sentimento, breve, aflorou
Tal qual o som da acordeona
Ou do poema que se declamou

Houve, ora ''vibrato''ora adágio
Não sei me expressar muito bem
Talvez houvessem algum estágios
Na tentativa de me fazer refém

Disse que viria no verão
Para andar na areia, ao luar
Eu seria a paisagem, então
E me deixaria desvendar

Mas a realidade, um dia, veio
Tão implacável quanto cruel
Pois quando o príncipe não veio
Apagou-se a brasa e o fogaréu

Ficou a nuvem passageira
E o suplício de uma saudade
Guardei os sonhos na algibeira
Mas ainda procuro a identidade

KATIA CHIAPPINI

sábado, 23 de setembro de 2017

MINHA QUERÊNCIA, ONTEM, HOJE E SEMPRE

         Minha querência, ontem , hoje e sempre

Não vejo mais as cores de minha infância quando cavalgava por campos e várzeas, córregos e pontes.
Guardo a lembranças desses pagos, desde a primeira vez que lá cheguei.
Refiro-me à Santana do Livramento, onde fica a estância São Miguel do Sarandi, fronteira com o Uruguai.
Os patrões eram os meus tios Léo e Bebê, pessoas carinhosas que me acolheram desde os meus 7 anos de idade, quando o Minuano, o trem da época, me transportava até a cidade. 
Lá na estação rodoviária estava meu querido vovô Bica que me acenava de longe e que fazia questão de me esperar.
Eu costumava ficar alguns dias com meus queridos avós e depois meus tios me levavam para passar as férias, na casa da estância.
Uma das aventuras era acampar, longe de casa, onde se preparava a fogueira para espantar o bicharedo que rondava as barracas.
Costumávamos tomar banho nos riachos que cortavam a propriedade, usando boias feitas de pneus que eram acorrentados em árvores.
No domingo a comida era farta e tínhamos à mesa todo o tipo de iguarias campeiras. O churrasco se espalhava em travessas sobre a mesa grande. O feijão, feito com carne de ovelha, era um manjar dos mais saborosos e, certamente, eu não voltaria a desfrutar dele na cidade.
Na rádio local se ouvia o cancioneiro maior de nome Teixeirinha, cuja voz parecia ecoar no horizonte. Os Serranos, o Conjunto Farroupilha e os Irmãos Bertussi, eram os grupos musicais gaudérios de sucesso. Mas sempre havia um declamador para apresentar os versos de Jaime Caetano Braun, um pajador famoso nesse rincão.
Nos momentos de lazer a peonada frequentava os rodeios dominicais, jogava truco, ia pescar e contar os ''causos'' de galpão.
A prenda mais bonita era a minha tia Bebê, dama cheia de estilo e habilidades incontestáveis.
Minha tia Bebê empalhava cadeiras, costurava favos de mel na vestimenta do meu tio que fazia questão de usar bombachas.
Ainda pintava lindos quadros, tocava acordeon, fazia compotas de doces caseiros, bem como ''fabricava'' linguiça, sabão ,requeijão e coalhada.
À tardinha, quem quisesse poderia participar da roda de mate, pois era a hora do descanso.
A estância se tornou ponto de encontro obrigatório para meus primos e eu, que aguardávamos, com ansiedade, pelo período de férias escolares, a cada ano.
Em certa ocasião, meus primos e eu, aprendemos a preparar as ovelhas para a exposição anual. Nosso trabalho era pentear todas elas, de modo que o pelo ficasse solto, brilhoso e bem penteado.
Precisávamos pegar entre os dedos um pequeno chumaço de cada vez, abrir com os dedos e depois passar um pente especial, até trabalhar todo o pelo da ovelha. E quem terminasse sua parte recebia uma mesada do tio Léo. Cada tarefa feita tinha uma compensação monetária.
Outra tarefa gratificada, regiamente, era a de mexer os tachos de doces, sobre o fogo de chão. Os tachos continham, entre outras guloseimas, figos, abóboras ,batata doce. E era necessário mexer por longo tempo até chegar no ponto certo.
Cada um de nós ficava por 15 minutos mexendo os tachos e não era permitido ir para o final da fila para fugir da tarefa.
A estância tinha um gerador próprio, ao invés de luz elétrica.
Todos deviam se recolher aos seus quartos, às 22 h. E meia hora depois, era desligado o gerador.
Minha tia me emprestava um lampião à querosene para que eu pudesse ler um pouco antes de dormir.
Às 6 h da manhã deveríamos ir para a mesa onde o café estava servido. E deixar os quartos livres para que a copeira desempenhasse suas funções do dia.
Os horários das refeições, do banho, da volta para casa, depois das cavalgadas, deveriam ser observados e cumpridos à risca.
No dias de chuva ficávamos brincando com os jogos de tabuleiro. Ou inventávamos textos para apresentar em forma de peça de teatro, ou entoávamos trovas com acompanhamento de violão.
Essas são as melhores lembranças de minha infância e de toda uma vida.
Meus tios, Léo e Bebê, foram meus segundos pais e melhores amigos.
Gosto de pensar que desses dias tiro as forças das quais necessito para vencer as intempéries.
As lembranças da infância na estância São Miguel do Sarandi são as mais significativas e gratificantes para uma criança que cumpriu boa parte de sua vida num internato, tendo sua permanência com os pais e irmão comprometida.
Fui essa criança e meus tios tornaram possível essa convivência em família, entre os primos queridos. 
Essa estância e seus encantos já vestiram as minhas rimas, trovas, contos e crônicas.
Ao final da tarde o Sol se recolhia para renascer envolto em insuperável beleza, bem como minhas lembranças me fazem renascer, a cada dia.
E essa gauchada hospitaleira reverencia suas tradições, assim como eu os reverencio.
Saudades de minha querência amada e inesquecível.
São Miguel do Sarandi permitiu que eu me desenvolvesse sadia, alegre, e gratificada com a convivência dos primos.
São Miguel do Sarandi é parte importante em minha visão de companheirismo, ternura e amizade.
Meus tios Léo  Bebê foram elos preciosos a criar os laços de uma amizade duradoura e que me ensinaram a amar meu semelhante .
E essas lembranças me fizeram acreditar que a vida vale à pena.
E acredito, também, que as penas não sejam permanentes em nossa vida.


                                     KATIA CHIAPPINI

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

PARA QUEM JÁ AMOU...

                    PARA QUEM JÁ AMOU

Quando você foi embora
Levou os tempos mágicos
Fiquei sem chão e agora
Vivo os meus dias trágicos

Sinto o calor da carícia
Como a areia que o mar beijou
Lembro de toda malícia
Do frêmito que o amor deixou

Na intimidade te vejo
Em ondas meu corpo fala
Porque vai além do desejo
Esse coração que não cala

Colhemos flores no jardim
E frutos junto ao pomar
Estendemos a rede, enfim
E nos embalamos ao luar

Parece que virás me ver
Quando uma brisa me acena
Detalhes teimam em reviver
Teu toque na noite serena

Não o toque de recolher
Ou de um violão melódico
Mas o toque que faz viver
Quando volta o amor pródigo

KATIA CHIAPPINI

terça-feira, 19 de setembro de 2017

QUERO...

                                QUERO...

                    Quero o que almejo
                    Percebo o que vejo
                    Quero esse ensejo
                    De externar desejo

                    Assim, de lampejo
                    Sinto e antevejo
                    Colho o teu beijo
                    E os olhos marejo

                    Entoarei o solfejo
                    Dedilharei o arpejo
                    Quero tocar realejo
                    E te tocar, sem pejo

                    KATIA CHIPPINI


domingo, 17 de setembro de 2017

RETALHOS DE QUADRINHAS REUNIDAS.

 RETALHOS DE QUADRINHAS REUNIDAS

                      1- Retalho é gota de orvalho
                      Que chega bem de mansinho
                      Com a saudade me espalho
                      Na rede de meu ranchinho

                      2- Há uma estrela cadente
                      Há a fonte dos desejos
                      Faça um pedido ''caliente''
                      E espere na boca seu beijo

                      3- Se o amor a mim viesse
                      Eu jamais o encontraria
                      Ele nasce mas não cresce
                      Se desfaz como a ventania

                      4- A sensualidade é uma arte
                      Onde a mulher se faz dengosa
                      O homem quer fazer a sua parte
                      A mulher quer dispensar a prosa

                      5- Não estás onde eu estou
                      Esse amor parece barganha
                      Ele já se cansou e migrou
                      E cansei da espera tamanha

                       6- Essa grama verdejante
                      Quer a brisa da manhã
                      Sou um simples viajante
                      À procura da alma irmã

                      7- O piano tem o toque perfeito
                      Pode ser de paz ou de guerra
                      O primeiro repousa no leito
                      O segundo é o grito de guerra

                           KATIA CHIAPPINI

 E uma colcha de retalhos em forma de quadrinhas.

Se tu soubesses...( se ainda soubesses)

                                               SE TU SOUBESSES...
...                    ( se ainda soubesses)

                    Se tu soubesses como eu te quero
                    Serias cravo e meu Arlequim
                    E sei que a vida vale porque espero
                    Ser mais que rosa - ser o teu jardim -

                    Se ainda ouves meu amargo canto
                    Que ecoa muito além da esperança
                    É que não soube sufocar meu pranto
                    A cada dia dessa minha andança

                    Queria ser a fada que adivinha
                    Transformar os sentimentos loucos
                    E entender como não te aninhas
                    E só implores com lamentos roucos

                    Sou tua seara, sereia e dei sinal
                    De que te quero e deixo acontecer
                    Sou tua febre, vício e manancial
                    E a felicidade que não queres ter

                                       KATIA CHIAPPINI

                         e-mail : katia_fachinello42@hotmail.com

sábado, 16 de setembro de 2017

QUERIA QUE SOUBESSES DE MIM

          QUERIA QUE SOUBESSES DE MIM

                          Queria que acreditasses
                          Foste o cravo preferido
                          Mas queria que me amasses
                          Com semblante comovido

                          Que jogasses serpentina
                          Ou comprasses  bom-bocado
                          Pra mimar tua Colombina
                          Qual Arlequim apaixonado

                          Queria ter varinha mágica
                          Para fazer o meu pedido
                          Que fosses dádiva minha
                          E que nunca tivesses ido

                         Não quero a esperança vã
                         Nem ter falsas emoções
                         Nem quero nozes e avelãs
                         Pra disfarçar as intenções

                          Mas que lembrasses de mim
                          E do canto do relógio cuco
                          Colhemos rosas no jardim
                          E cachos de uvas, para o suco

                           Deitaste comigo na rede
                           Num deleite  abrasador
                           Não tive mais fome e sede
                           Dispensei lençol e cobertor

                           Só queria que soubesses
                           Que perdi o jeito de amar
                           Mas eu posso fazer preces
                           E esperar Deus me avisar

                                KATIA CHIAPPINI



 A dor da perda nos fragiliza,sempre vamos lembrar dos momentos felizes.
Recordar nos faz sentir que a vida segue e nunca cessa. Recordar o sofrimento é ter oportunidade de recomeçar com novo olhar.
E recomeçar é ter esperança de buscar entre um leque de opções, aquela que nos fará feliz.
E recomeçar é também dar sentido à vida e não ter medo de se arriscar.


                      KATIA CHIAPPINI

                    Lembra de que a grama verdejante
                          Recebe a brisa suave a cada manhã
                          Segue a vida tal qual um fiel viajante
                          Até encontrar conforto numa alma irmã


      Harmoniza o teu coração elevando as mãos em orações e        agradecimentos pelas bênçãos alcançadas em teu caminhar. 
     Harmoniza com os teus semelhantes e pratica ações solidárias.







Porto Alegre Terra Amada-homenagem para minha cidade, na semana farroupilha-composição própria.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A DOR DE AMOR

                       A DOR DE AMOR

A dor é chuva fininha
Que vai se cristalizando
Dentro ou fora de linha
O desamor vai tatuando

É uma dor bem cruel
Não tem substituição
Não se desfaz no bordel
É a dor da indefinição

E todas as suas vertentes
Deságuam na solidão
A dor de amor é frequente
É a dor da desolação

Mas se amar é sofrer
Não amar é sofrer mais
Sofrer é também viver
Só ele nos torna pais

Amor e dor unidos
Vão alternando a vida
Após momentos sofridos
Encontramos a guarida

Amor, desamor e dor
São vinhos da mesma pipa
Escolha vigiar o amor
Que a felicidade antecipa

KATIA CHIAPPINI






COLCHA DE RETALHOS DE PENSAMENTOS

                        COLCHA DE
                        RETALHOS DE
                        PENSAMENTOS

1- Mesmo que ao dedilhar a viola reste uma só corda para tocar a dor, é possível compor uma sinfonia

2- Você pode voltar às cidades que já visitou, mas não pode voltar à idade que passou. Então, curta essa última em primeiro lugar.

3- Não é porque a realidade se transformou num sonho que vamos deixar de sonhar novamente.

4- Ao acordar sorria com magia, alegria,energia e harmonia...

5- A arte de ser feliz se envolve na melodia e nos poemas de rimas incandescentes e repletos de juras de amor.

6- A importância da amizade
   Não se contesta em plenário
  Ou somos fiéis de verdade
  Ou a vida vira um calvário 

7- Enfrente os seus monstros até que se transformem em fadas

8- O cravo decidiu se aventurar
   Colheu sua rosa com desvelo
   O jardim perdeu um belo par
   Que não resistiu a outro apelo 

9- Poetas já acordam com a inspiração a pedir socorro para se expressar nas pautas do caderno e nas linhas da alma

10- Estamos sem ar puro, em apuros, num dia escuro e sem futuro

KATIA CHIAPPINI

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

REFLEXÃO ATUAL

             


             REFLEXÃO ATUAL
             Judas era o favorito
             E traiu sem dó seu Deus
             Seguimos até o infinito
             Imitando os fariseus

               KATIA CHIAPPINI

terça-feira, 12 de setembro de 2017

UM PENSAMENTO PARA OS LEITORES

           PENSAMENTO AOS LEITORES

Tenho a síndrome dos pensamentos inquietos. Então compartilho alguns deles quando a inspiração me leva a fazê-lo.

                        KATIA CHIAPPINI

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

NÃO ME PEÇAS...

                      NÃO ME PEÇAS...

Não me peças, não mais
O que ainda não posso dar
Aguarda que venham os sinais
Tenta sentir e respirar meu ar

Convém antes entender
É preciso aparar os defeitos
Não se pode nunca querer
Alguém de qualquer jeito

Nem ganhei a linda flor
Nem aquele suave perfume
Espero pelo meu laçador
O que disse que me assume

Nem dei a volta na praça
Estando contigo ao meu lado
Só me abanas de tua vidraça
Nem ganhei o disco de fado

Busco o gentil cavalheiro
Com quem por vezes sonhei
Passou o amor primeiro
Mas eu também já passei

Busco um breve tremular
Que ataca pernas e braços
Aquela sensação de amar
Sem ritmo ou compasso

Não me peças nada mais
Espera por essa mulher
Ouvirás sussurros e ''ais''
Só quando ela bem quiser

A dama quer dar as cartas
Dirá se é um voto ou veto
Talvez revele as curvas fartas
Rumo ao manancial secreto

KATIA CHIAPPINI

CONSUMISMO

                       CONSUMISMO

São inúmeras tentações
A nos desviar do dever
Somos alvo de apagões
Onde o ter anula o ser

Queremos justificar  
Nossos desvios e tramas
E aceitamos nos servir
De falcatruas e da lama

Bajulações, falsos elogios
Vamos dando a toda gente
O povo ganha roupa no frio
E não um trabalho decente

Aprender a consumir afetos
É pensar sobre a que veio
Antes amar filhos e netos
E não vir ao mundo à passeio

Quem se doa ao semelhante
Consome o que é suficiente
Tem um sorriso no semblante
Dorme a paz dos inocentes

KATIA CHIAPPINI

domingo, 10 de setembro de 2017

SEMANA FARROUPILHA

                  SEMANA FARROUPILHA

Gaúcho,recolhe as tradições
Joga o teu laço e aprisiona
Tuas lutas e participações
Tua vestimenta que apaixona

Colhe tua prenda com geito
Dança a Chimarrita com ela
Relembra os teus bravos feitos
E o namoro ao luar, na cancela

Fala da estância, altaneiro
Pois dela advém o teu sustento
Fala do valor do gado leiteiro
Do trabalho, da cavalgada ao vento

Ensaia aquela dança do facão
Assiste a prenda na dança da fita
Sorve o mate amargo no galpão
E alimenta o ''cusco'' que se agita

Assa a carne no esperado domingo
Dedilha a viola que chora e ponteia
Nessa breve vida só faz bingo
Quem se arrisca e não foge da peleia

KATIA CHIAPPINI

sábado, 9 de setembro de 2017

UM DIA DE SÁBADO

                      UM DIA DE SÁBADO

UM DIA DE SÁBADO

Quero agradecer por mais um ano de vida e pelo prazer que tenho de sorrir para meus filhos, netos e amigos.
Agradeço por poder compartilhar as rimas de minha estima.
Agradeço pela convivência com meus alunos de piano que tornam cada encontro um evento, ou um espetáculo, como disse meu gentil aluno, Pedro Argenti, um certo dia.
Agradeço pela proteção divina que me cobre com seu manto a cada dia.
Agradeço por deitar a cabeça no travesseiro e poder dormir, tranquilamente, sem perder o sono, a cada noite .Agradeço aos meus alunos do magistério que me permitiram orientá-los. E agradeço o carinho recebido, por 33 anos de exercício da profissão, em sala de aula..
Agradeço o fato de não emitir julgamentos em relação aos meus semelhantes e de só interferir, ou aconselhar, quando solicitada.
E agradeço pelo Sol da manhã, a espalhar seus raios para harmonizar minha frequência interior.
Que Deus me permita viver cercada de amizades sinceras, que sabemos, são os melhores tesouros dessa vida.

Agradecendo as felicitações,desejo a todos um feliz dia de sábado.

KATIA CHIAPPINI