Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

segunda-feira, 30 de junho de 2014

NÃO DESISTA DE SER VOCÊ!

                  NÃO DESISTA DE SER VOCÊ!

Somos simples mortais
Erramos mas vivemos
Não nos cabe fazer mais
Do que já fazemos

Se o amor findou
Erga sua prece
E se nada restou
Então recomece

A chama se apagou?
Isso ainda não sei
Se a tempestade desviou
Depois decidirei

Se foi simples garoa
Aceite as atenções
Quem sabe a safra boa
Está nas previsões

Se tudo já tentou
E não obteve créditos
Ele nunca confiou
Em seus méritos

Mas só não desista
De ser você
Tenha fé e insista
Creia no que vê

Se o amor se rebelou
E não veio te buscar
Se o vento levou
Não fique a chorar

Dê-se um intervalo
E as ideias reveja
Antes de conquistá-lo
Pense no que almeja

Se for recomeçar
Deixe a idade de lado
É preciso apressar
Esse passo mais pesado

Quem ama de verdade
Ouve a voz da razão
Se entrega com vontade
E vence a sua indecisão

                                KATIA CHIAPPINI
                   e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com






sábado, 28 de junho de 2014

SARAU POÉTICO!

                          SARAU POÉTICO!

Uma vez por mês nos reunimos para assistir e participar de um sarau de poesia, entre outros tantos da cidade.
Mas sempre é um mistério. Não se sabe quem comparecerá. As pessoas vão se chegando algo tímidas e ocupam as cadeiras existentes. Mas a sala fica quase vazia e não deveria ser assim.
E mesmo que a entidade tenha uma vida já estruturada não consegue reunir mais adeptos da arte de fazer rimas. É preciso sair no corredor e convidar algumas pessoas que por ali circula para prestigiar o evento. Os governantes não se preocupam em destinar uma sede para que os participantes possam se reunir e melhor planejar as atividades literárias.
E o auditório não permanece em silêncio total. Como são poucas as pessoas presentes, fica parecendo uma pequena reunião de família e as conversas paralelas interrompem as apresentações.
As palmas são tímidas e as publicações dos poetas locais ficam, passivamente, em cima de uma mesa, e se torna difícil concretizar o desejo de ver as obras expostas serem vendidas como pretendem seus autores. Sempre procuro obtê-las porque sou uma leitora assídua e procuro prestigiar os colegas que se esmeram em publicar seus livros.
Então, se vê alguns poetas pegar as obras expostas e sair de fila em fila para tentar vendê-las pessoalmente.
E não há recursos para promover oficinas e cursos que seriam importantes complementos para quem escreve e quer publicar seus textos corretos, quanto à concordância, como quanto à logicidade e coerência.
E sem uma verba específica, sem local próprio nada se desenvolve e os saraus podem se extinguir por falta de público.
Os participantes são pessoas idosas e que se dedicam já por hábito.
Mas e os jovens? Será que não têm sensibilidade ? Será que a tecnologia os desviou das rimas poéticas? Ou será que se envergonham de fazer poesia?
Sem incentivo, sem sede própria, sem oficinas, sem poder convidar poetas de renome para dar palestras, os encontros vão se perdendo.
As vezes um pipoqueiro entra na sala, ou um vendedor de sucos ou refrigerantes. E sem cerimônia faz sua oferta sem se preocupar se deve fazer silêncio naquele recinto cultural. 
Outras pessoas saem antes do término do evento.
E como é difícil viver só de literatura?
Quantos talentos não têm a oportunidade de mostrar seus textos?
Onde estão os patrocinadores? E os direitos autorais que deixam a desejar?
Parece que só um grupo fechado consegue se infiltrar, com sucesso, no meio da literatura. Se não houver uma indicação ou se não conhecerem pessoas influentes que sirvam de padrinhos, vão passar uma vida escrevendo e deixando nas gavetas os seus textos, sem utilidade. Se não houver a preocupação de sistematizar uma política voltada para novos autores, muitos deles vão se perder e perder o estímulo e a esperança de serem descobertos e reconhecidos.
Temos o exemplo de Cora Coralina, de Goiás, que só aos 73 anos conseguiu publicar seus livros. E isso ocorreu porque alguns professores universitários a descobriram e a própria universidade se encarregou de providenciar e patrocinar seus poemas e textos regionais e do folclore local.
E, ainda foi premiada, recebeu honras e louvores e foi a mulher mais destacada de sua época.
Então, os saraus poéticos ainda engatinham em busca de auxílio governamental para que seus membros se multipliquem. As entidades sofrem privações de toda ordem e quem se dedica a elas sabe que é uma tarefa árdua e uma constante busca por dias melhores, onde autores e poetas possam ampliar seu pequeno mundo e atingir sua meta.
Imaginem se os poetas cansarem de fazer seus versos? Quem falará da beleza da flor, do canto dos pássaros, da pujança das cachoeiras, do olhar diferente dos enamorados? Quem descreverá em versos a vez primeira?
Pensando bem, nem vou pensar num mundo sem poesias. Seria como pensar num mundo desprovido de sensibilidade, sem expressão, controlado por robôs, chips, sensores, radares, câmeras.
Enquanto eu tiver alguma esperança, vou continuar a frequentar os saraus e convidar mais pessoas para os eventos.
E vou prestigiar os organizadores, os batalhadores e os poetas tão puros e que ainda acreditam na sensibilidade dos homens de boa vontade.
E sou poetisa também, com muita honra.  E por ideal, por escolha.
E não saberia ficar sem escrever e descrever tantas belezas que me cercam.
Enquanto eu respirar as rimas misturadas com o próprio ar, vou ´precisar compartilhar meus anseios e preocupações com outras almas puras  e que ainda me entendam.
E vou fazer uma roda com outros poetas e convocá-los a ir para o meio da roda, um após outro, declamar uma poesia para brincar comigo e resgatar momentos puros de minha infância.
E, quem sabe, consigo chamar atenção dos poetas de rua e, com algum auxílio, fundar uma pequena agremiação dos esquecidos, mas tardiamente, por mim, lembrados.
E a estátua de Apolinário Porto Alegre? Um historiógrafo, poeta e jornalista? (1844-1904)
Foi roubada de uma praça de Porto Alegre e nunca mais o governo do Estado se preocupou em recuperá-la: um descaso lamentável.
Roubaram também a esperança do povo, o desabrochar da cultura que, até hoje, ainda caminha à passos lentos.
E isso que Apolinário foi político de renome e o primeiro presidente empossado da Sociedade do Partenon Literário, inaugurado em 1868: primeira entidade dos poetas riograndendes.
Restou apenas uma rua com seu nome, uma Escola e um bar na cidade baixa.
E se houvesse oportunidade, poderíamos tomar conhecimento,num desses saraus poéticos, da importância de Apolinário Porto Alegre, por exemplo, e resgatar seus inúmeros feitos em prol da cultura.

                                   KATIA CHIAPPINI
                       e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com




O QUE É POESIA?

                       O QUE É POESIA?

Há poesia épica, profética
Poesia lasciva, intempestiva
Poesia de cordel e do menestrel
Poesia para o pobre e a do nobre
Dita nos porões ou em salões
Poesia dos boêmios e dos abstêmios

A poesia é larva, é lavra
É a hora calma ou um carma
É interstício ou vício
É guarida, arte preferida
Ela se alastra e se basta
E faz bem a quem a tem

É dom perceptível, sensível
Transborda energia, filosofia
É declamada e cultuada
É atemporal e fundamental
Tem doce ginga e não míngua
É apelo e do amor é o selo

É corajosa e criteriosa
É rima que a todos anima
É incremento, fermento
Antes acolhe do que tolhe
Está no interlúdio,no prelúdio
Dos bem-amados e enamorados

Onde ela viceja ela enseja
Pura magia e harmonia
É imponente sentinela
Efervescente e bela
É surreal e manancial
E algo me diz e me faz feliz

                                       KATIA CHIAPPINI
       
                          e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com



terça-feira, 24 de junho de 2014

COMEMORANDO 35.000 ACESSOS!

ARTE CIRCENSE: TATI: FILHA
UMA CANÇÃO: MARI: NETA
UM TOQUE AO PIANO: KATIA

MEUS AGRADECIMENTOS AOS LEITORES DE INSPIRAÇÕES.
KATIA

Tatiana Fachinello

Cover Etta James- I'd Rather Go Blind

Tears in Heaven

Right Here Waiting - Tutorial

Ebb Tide de Robert Maxwell

Charles Aznavour She Piano

Cavalgadas - Tutorial

CONVERSANDO COM O LEITOR: 35.000 ACESSOS!

           OBRIGADA POR 35.000 ACESSOS!

Agradeço, mais uma vez aos leitores que me acompanham no blog inspirações que começou com uma brincadeira de minha neta, aos 10 anos, quando me chamou e disse:
-Vovó, escreve aqui tuas poesias que eu abri um blog para ti.
Só por curiosidade passei alguns trabalhos que tinha e tenho em cadernos. Na outra manhã fui olhar o número de acessos e a surpresa me fez continuar e lá se vão dois anos e meio desses textos autorais.
Uma atividade que me dá tanto prazer como o de escrever é a de compor músicas ao piano ou interpretar um repertório popular ou erudito.
Minha neta estava em minha casa, numa tarde tranquila e pediu que tocasse pára ela.
Então, colocamos no youtube alguns arranjos de minha autoria e acabei de postar, acima, como devem ter percebido, para compartilhar com os leitores e  comemorar esses 35.000 acessos obtidos.
Obrigada pela atenção de todos e lembrem-se:
- Enquanto houver um leitor haverá um poema escrito em  ''Inspirações''.
E esse blog que realmente me inspira, é para o leitor. Quando penso que, ao entardecer, algumas pessoas aqui estarão para ler um poema ou crônica, minha alma se aquece e me inspira novos poemas.
A vida é um poema que vamos descobrindo, pouco a pouco. 
Mas precisamos reconhecer suas belezas e criar os momentos de felicidade que povoarão nossos sonhos.
MUITO OBRIGADA! ( sigam comigo e estarei sempre aqui)
        

                                       KATIA CHIAPPINI
        
       
                             e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com









domingo, 22 de junho de 2014

O VERDE!

                               O VERDE...

Viva o verde musgo da renda
Da rede feita pela prenda
Do dólar tradicional
Viva o verde claro da parede
O da limonada que mata a sede
O verde da floresta tropical

Viva o verde-mar tão lindo
Que olha o céu infindo
E que de dia espera o sol
Aguarde o verde da sinaleira
Ame o de nossa Bandeira
Que é verde-esperança e farol

Viva o verde da palmeira
O da centenária figueira
Dos verdes campos do Brasil
Viva o verde-esmeralda
O verde da pastilha Valda
E desses rios verde-anil

Verdes dos barões assinalados
Desses bravos soldados
Que lutam por um ideal
E de um tenente mais moço
Que naufragou no poço
Dos teus verdes olhos:sem igual

                                   KATIA CHIAPPINI

Dedico esses verso à amiga NEÍSA ,que completou suas bodas de prata. E conquistou um soldado verde-esperança e que lhe jurou amor eterno olhando para seus olhos verdes e lindos.                          
katia ( colega de magistério )



NÃO CRIAR LAÇOS É NÃO VIVER...

                    Não criar laços é não viver...

Se logo se levantou
E o leito, então, deixou
Café da manhã recusou
Nem uma foto revelou

Se não telefonou
Encontro não marcou
Se da agenda riscou
Se desconsiderou

Se rastro não deixou
Prometeu mas não voltou
Se o recado não chegou
Se o amigo nada falou

Se apenas disfarçou
Se o abraço sufocou
Se carinho não demonstrou
Se o riso congelou

Se o pranto não brotou
Se consolo não precisou
Então, laços não criou
Não se responsabilizou

Se por carência procurou
Mas o amor não revelou
Os sentidos não desabrochou
A indiferença prosperou

O corpo que, então, vibrou
Logo, em seguida, se fechou
O desamor se avolumou
E a solidão veio e pousou

Se a paixão não desembarcou
E na alma não ancorou
Se o coração não marcou
O compasso e se retirou

É sinal de que não arriscou
Em muitos leitos andou
Mas nunca se apaixonou
Nem lembranças guardou

Desfez laços e vagou
Como vampiro só sugou
Nem lembranças deixou
E a paz nunca encontrou

                                 KATIA CHIAPPINI
                  e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com






sábado, 21 de junho de 2014

A VIDA É SUA!

                           A VIDA É SUA!

Seja você
E queira ser
Quem tenta vê
Seu valor crescer

Ache um recanto
Equilibre-se
Depois do pranto
Anime-se

Não imite
Reinvente
Quem se permite
Fica contente

Ame-se mais
Reflita
Se triste demais
Admita

Enquanto vivo
Exercite a fé
Seja mais festivo
Abrace o que vier

Em ninguém se fie
Sem ter certeza
Antes que confie
Peça cartas à mesa

Revele seu dom
Seja o melhor
Encontre o tom
Limpe o suor

Viva com convicção
Você vencerá
Faça sua lição
E a vida sorrirá

Inveja não tenha
Julgar?não o faça
Com decisão vença
Mostre sua raça

Ame alguém em paz 
A alma pede em prece
Quem se doa traz
A felicidade que floresce

                                     KATIA CHIAPPINI



CORA CORALINA

               CORA CORALINA ( 1889-1985)

Segundo Carlos Drumond de Andrade, no fim do século passado, nasceu a mulher mais importante de Goiás.
Seu nome era Ana Lins Guimarães Peixoto Bredas, Aninha ou Ana Bredas. Mas usava como pseudônimo Cora Coralina. Sua instrução se resumiu à escola primária.
Desde menina gostava de ler em casa e usar as palavras com adequação e alguns sinônimos mais elaborados, o que tornava sua linguagem diversificada. Seu exemplo foi sua bisavó que era boa leitora.
Nessa época a mulher dita''sabichona''não era bem vista e Cora Coralina logo percebeu que seria difícil falar de seus escritos que vieram logo, em sua infância. Cora Coralina cresceu e se casou. Era dedicada aos afazeres domésticos e ela mesma fazia pães e doces para vender e sustentar os filhos.
Ela foi professora primária. Mas sentiu que precisava escrever e deixar verter essa inspiração que atormentava sua alma como se fosse um vulcão pronto para a explosão. Mas guardava seus cadernos como se fossem, e eram, um segredo inviolável.
Mais tarde, quando ficou viúva e tendo criado seus filhos que foram deixando a casa, voltou-se para suas atividades literárias. Teve sua obra descoberta pelos sobrinhos, netos, estudantes e professores universitários. E a primeira publicação fez aos 73 anos de idade, patrocinada pela Universidade Federal de Goiás, em cinco edições.
Esse documento é , ao mesmo tempo, a história do folclore e da poesia regional.
Em 1983 Cora Coralina foi escolhida a intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores e pela Folha de São Paulo. Nessa ocasião lançou ''Meu livro de Cordel'' e ' Vintém de Cobre''. Essa última obra foi uma das cinco melhores do ano em concurso promovido pelo Museu de Literatura de São Paulo.
Seus temas se prendiam à vida rural e agrícola, lendas e algumas preocupações de cunho social. Dessa época podemos citar;
'' Mulheres da Vida', ''O menor abandonado', '' Oração do pequeno delinquente'' e '' Oração do presidiário''.
Cora Coralina analisa o sistema educacional da época condenando a prepotência e se preocupa com a evolução cultural.
Escreveu'' A oração do Milho'' e o'' Poema do Milho', onde salienta o valor do milho não só como sustento das famílias de Goiás.
Cora Coralina era uma poetisa lírica natural e seu canto era de esperança. Foi adepta da vida simples, do trabalho, da perseverança, como propulsora de uma nova era onde houvesse paz.
Aos noventa anos de idade era capaz de narrar, com coerência, os fatos que vivenciara.
Sua sabedoria era empírica e vinha do desejo de criar e recriar a beleza da forma na poesia e o sentido da vida.
Ela dizia;
-Minha poesia cascateia há milênios, já estava viva e eu nem era nascida.
 Então,ela veio correndo num veio longínquo de cascalho.
Frases de Cora Coralina:
-Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir e chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri no caminho incerto da vida que o mais importante é decidir.
- Se temos que esperar que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. S e for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
-Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves da alma.
-Eu sou aquela mulher que fez escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.
- O saber se aprende com os mestres e a sabedoria com a vida.

                                   KATIA CHIAPPINI


                      e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com

sábado, 14 de junho de 2014

ÁGUAS DE MIM.

                           ÁGUAS DE MIM


Um choro sereno
Ou um estopim
Grande ou pequeno
Vem o choro em mim

Um oceano
Águas assim
Um choro insano
Águas de mim

Um choro sentido
Rega o jardim
Enfraquecido
Águas de mim

Choro em cascata
Que lava o meu pago
Que rega a mata
Águas que trago

Choro espalhado
Que enche um barril
Armazenado
De abril a abril

Chorei nesse mundo
Para respirar- enfim -
Choro bem profundo
São águas de mim

Um mar de paixão
E um Arlequim
No bloco da sedução
Esperem por mim

Que eu colha o amor 
Como o cravo do jardim
Que o sol seque a dor
E as águas de mim


                                     KATIA CHIAPPINI
                       e-mail:katia _fachinello42@homail.com







sexta-feira, 13 de junho de 2014

ESCREVA!

  
                ESCREVA: ( DEDIQUE  A VOCÊ.)
   

Escrever é exercitar a imaginação, é coordenar o pensamento, concentrar as ideias e  tentar ordená-las no texto.
Escrever é acariciar a você mesma, no sentido de que pode compartilhar mágoas e alegrias de seu dia. É se sentir acompanhada, é poder desabafar e aliviar a inquietação ou a ansiedade.
Escrever é criar imagens próprias e agilizar a mente. É criar um espaço para  ficar em quietude interior e desenrolar os sentimentos nas linhas do texto.
Escrever é deixar a fantasia desabrochar para não mutilar o mundo interior e não deixar inerte esse potencial que temos. Só ele nos permite criar ,seja pela expressão falada ou escrita.
Danuza Leão, conhecida dama da sociedade, irmã de Nara Leão, falou que nada lhe deu tanto prazer como o fato de ter descoberto a escrita. Ela foi modelo, estilista. Seu nome estava sempre em evidência, em publicações internacionais ligadas à moda.
Um dia resolveu publicar um livro e outro se seguiu. Descobriu que era mais feliz escrevendo do que desfilando. E disse, numa de suas entrevistas:
-Se você gosta de escrever, escreva mais, muito mais.
E completou: 
-Nem que seja para colocar nas gavetas, inicialmente.
Não precisamos ser profundos conhecedores da gramática para escrever. Basta escrever o que lhe vem à mente, com naturalidade .
Os fantasmas do idioma você pode consultar, pouco a pouco, conforme as dúvidas apareçam. E, cultivando o hábito de ler será um bom conhecedor de sinônimos, das regras de concordância, do discurso direto, da logicidade e adequação do texto ao título proposto. 
Voltaire era advogado mas gostava mesmo era da Literatura. Essa que o tornou famoso.
Érico Veríssimo foi bancário e farmacêutico, antes de se tornar o grande romancista. A oportunidade de escrever lhe foi dada na Livraria do Globo, em Porto Alegre. Buscou um emprego que lhe permitiu unir o útil ao agradável .Antes de romancista foi cronista. Algumas de sua crônicas estão reunidas no livro'' Um certo Henrique Bertazo''.
Essa paixão pelos livros e pela escrita, quando descoberta, traz um mundo encantado ao nosso alcance e acumulamos experiências. Enquanto precisamos estudar os assuntos, consultar material inerente ao ofício, aproveitamos para ampliar conhecimentos.
Por outro lado,há pessoas formadas em letras que não gostam de escrever e se dirigem para outras atividades. E teriam as condições necessárias para escrever com propriedade. Mas se dão conta de que não possem esse dom e não tentam provar aos outros uma qualidade que não lhes despertou atenção. E se isso fizessem seriam pessoas frustradas e suas carreiras ,no que tange à Literatura, seriam um verdadeiro caos.
O ato de escrever é intuitivo, espontâneo, antes de ser amparado por regras gramaticais.
Se você tem vontade de escrever, comece agora. Faça um diário ou simples anotações e guarde. Vá juntando esse material e um dia coloque as ideias em ordem. Mostre seus escritos à pessoas que possam orientar seus textos e leia muito. Leia assuntos educativos, diversificados.
Quem começa a escrever com continuidade vai perceber seu avanço em pouco tempo.Nada é melhor do que treinar e se exercitar com determinação.
Você vai adquirindo gosto pelo trabalho e quando percebe já se apaixonou por sua criação.
Não pense que o simples fato de não saber pontuar o texto seja um empecilho.
Veja, se você  escreve uma frase direta, sem intercalar ou inserir trechos,você só coloca o ponto final.
Se notar uma pausa no discurso direto, coloque vírgulas.
Se o trecho for um pouco maior, quem sabe, coloque o ponto e vírgula. 
Se estiver escrevendo e deixar em aberto o pensamento, coloque reticências.
Se usar pergunta direta,use o interrogação.
Se ficar admirado, ou quiser demonstrar um sentimento de emoção,use o ponto de exclamação.
Claro, antes de aceitar passivamente esses tópicos que lembrei sobre pontuação, se permita consultar sua gramática e observar diversos exemplos, ou trechos de autores.
Mas não deixe que sua vontade de escrever fique contida em você.
Conheci pessoas que me disseram:
 -Sei escrever do meu modo, mas não mostro para ninguém.
Um dia fiquei curiosa e perguntei para uma delas:
-E o que faz com seus escritos?
-Guardo para ler e recordar minha vida. 
Então, por que não se inscrever numa oficina literária? Ou num grupo fechado de terceira idade, se esse for o caso?
Pense a respeito e se gostar do ofício comece praticando. Assim, terá o que mostrar se quiser continuar. E poderá encontrar um meio de obter orientação, desde que procure um auxílio, um grupo de apoio.
Tenha como indispensável o hábito de ler bons autores para ampliar seu conhecimento e interpretação minuciosa dos temas .
Assim poderá obter uma cultura pessoal e diversificada.
Como sabemos que do nada não se cria nada, sabemos também que uma simples palavra lida num bom livro pode nos dar a ideia para um tema. Ou uma pista para ser capaz de desenvolver um discurso enriquecido com os estudos pessoais.
Mas não escreva só na areia num mundo de sonhos de verão.
Faça de você um escritor leigo mas entusiasta e feliz.
Seja você um cronista, um contista, um poeta...
Mas seja...

                                    KATIA CHIAPPINI


                                   



quarta-feira, 11 de junho de 2014

CELEBRANDO A VIDA!

                         CELEBRAÇÃO!

Ao olhar a lista do vestibular dos aprovados em Direito, percebi outro olhar na minha direção. Nos cumprimentamos por mais uma conquista e conversamos no bar da faculdade, enquanto um café nos era servido.
Uma carona hoje, outra amanhã e muitas mais, com o consentimento de meus pais, foram nos aproximando, passo a passo No meio do curso confirmamos o desejo de casar na igreja.
Véu e grinalda, juras de amor, lua de mel, a viagem ao Uruguai, nos uniram num relacionamento sério.
Agora, em novo papel, na ocasião, se avolumavam as fraldas, as roupinhas de bebê, os sucos, sopas, a hora do banho e todos os cuidados que uma mãe acumula.
Eu era estudante, mãe, esposa, professora alfabetizadora, aluna de inglês e relembrava meus ensinamentos de piano, num pequeno espaço de tempo que criava para esse fim.
Depois, diretora de escola e, de certa forma, responsável pelos filhos alheios, quase não tinha mais o tempo de me dedicar à caminhada matinal no parque. Quando a vice-diretora chegava bem cedo, eu ainda conseguia pedalar ou recuperar meus passos mais rápidos no exercício matinal.
Os dias foram me acompanhando, à galope, até o tempo da aposentadoria.
O casamento durou 33 anos e por circunstâncias outras, ruiu. Mas é um assunto já superado e não vou me estender a esse respeito, mesmo porque, hoje, pode durar apenas 33 horas.  
Com os filhos já criados e independentes fui recuperando minha vida e direcionando meus passos e meu interior.
Hoje escrevo poemas e os publico em coletâneas e jornais de literatura, locais. Em cada texto transbordo vida e energia e compartilho meu trabalho nas redes sociais, em meu blog pessoal e autoral.
Pesquiso melodias e providencio arranjos próprios para apresentar aos meus alunos de piano e os escrevo em partituras.
Comecei a lecionar pessoas de terceira idade. Elas vinham a mim por intermédio da Casa de Cultura de Porto Alegre.As razões eram diversificadas. Algumas pessoas tinham artrite e o movimento ao piano não deixaria atrofiar os dedos das mãos. Outras estavam se sentindo solitárias e voltavam a conviver através da atividade musical Ainda outras estavam voltando a praticar essa arte que haviam abandonado por motivo de profissão, casamento, filhos ou falta de recursos financeiros disponíveis para ornamentar sua vida. E outras indicações seriam as de obter melhores níveis de concentração, atenção, memória, sociabilidade e auto-estima.
E, quando ouço uma linda valsa soando dos pesados dedos e dos tímidos compassos, de nada mais preciso para ser feliz.
Preciso me preocupar com a saúde do corpo e mantenho as caminhadas ,musculação, hidro-ginástica e natação.
São várias possibilidades de estar inserida em grupos sociais cujas atividades afastam da solidão e do sentimento de inutilidade, tão prejudicial ao ser humano.
Minha vida pessoal é rica em atividades. Tento atender às necessidades do corpo e do espírito em meu planejamento de vida.
Leciono Português e Matemática para meus netos e estou à disposição para orientá-los nas demais disciplinas porque tenho formação superior em Pedagogia da Educação. Estimulo meus pequenos. E todos eles já estão no caminho da música e da dança.
Um novo amor não está fora de cogitação porque é um projeto audacioso em minha idade, mas não impossível.
Ainda pretendo passear de mãos dadas à beira mar, com os pés descalços na areia e a constelação de estrelas iluminando meus passos e outros passos ao meu lado.
Quem sabe, aceito um convite para velejar na costa litorânea e descanso meu corpo em outro corpo ávido de íntimas emoções.
Ou me contento em permanecer apenas um pensamento no seu  pensamento, ou ultima esperança na desesperança...
Mas o que importa é que celebro a vida em todas as suas formas e possibilidades. E a idade não me impede de prosseguir inovando.
E essa celebração está ligada a minha fé. Ela impulsiona o meu andar, tocando em frente tudo o que seja sinônimo de vida plena e produtiva.
E, se eu puder ainda celebrar o amor como celebro a vida, certamente, vou ser feliz, em outras dinâmicas de foro íntimo, se esse momento estiver escrito nas estrelas.



                                  KATIA CHIAPPINI




terça-feira, 10 de junho de 2014

PENSAMENTO!

     PENSAMENTO: EM INSPIRAÇÕES

    COMO PODES ME OFERECER ROSAS SE AINDA NEM               RETIRASTE OS ESPINHOS?                          Katia.

AMO AS PALAVRAS!

                     AMO AS PALAVRAS!

As palavras conquistam
Como conquista o amor
Diversas formas tomam
E as tenho ao meu dispor

Parece que elas me impelem
E me apresentam sinais
Mas antes que se revelem
Já tenho escrito outras mais

Depois as divido em rimas
As palavras me presenteiam
São alvo de minha estima
E em meus poemas passeiam

A inspiração me afronta
Vem me buscar incerta
Exige que eu esteja pronta
Para escrever como oferta

A palavra em mim aflora
Em crônicas ou poesias
É meu caminho de outrora
E não me tem vazia

Posso informação dar
Ou conduzir à emoção
Lindo sonhos arrolar
Iluminando a escuridão

A palavra aconselha
Ajuda o discernimento
Do saber é a centelha
Da história é documento

A palavra escrita ou falada
É exercício do pensamento
De uso essencial na jornada
É da alma o linimento

Antes simples pergaminho
Hoje digital, mais inserida
Como safra de um bom vinho
Nunca a verei preterida

Escrever e ler é um vício
E me apraz compartilhar
Mas é antes um bom indício
Do saber que se quer buscar

                                   KATIA CHIAPPINI
                      e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com



AOS NAMORADOS COM CARINHO!

                      AOS NAMORADOS!

                                  Tenham segredos
                                  Belos enredos
                                  Sem ter medo

                                  Sejam serenos
                                  Nem pequenos
                                  Nem menos

                                  Sejam ouvidos
                                   Queridos
                                  Aquecidos

                                 Pela fogueira
                                 Certeira
                                 E verdadeira

                                Pelo formato
                                De fato
                                Do ato

                               Sejam fortes
                               Sejam norte
                               E suporte

                              Sejam amantes
                              Vibrantes
                              Provocantes

                              Se avizinhem
                              Se aninhem
                              Não definhem

                             Sejam paixão
                             União
                             Comunhão

                            Sem impor grade
                            Para a saciedade
                            Que deixa saudade

                           Saudade que acolhe
                           Que o amor recolhe
                           Antes que se desfolhe



                           KATIA CHIAPPINI 
                    e-mail: katia_fachinello42@hotmail.com

                             

                          
                             
                            

                        
                    
                        

                          
                         
                            

                         
                        
                         


                                 
                      
                               
                             
                  

                               
                               
                               

                              
                             
                             

                             
                           
                             

                          
                          
                        

                              
                               
                                             



domingo, 8 de junho de 2014

MENSAGEM!

         TATI, MARIANA,KARINA E KATIA

ESTAMOS DESEJANDO AOS LEITORES QUE ESSE DIA DOS NAMORADOS POSSA SER COMEMORADO COM ALEGRIA.
TODOS NÓS JÁ TIVEMOS, TEMOS OU TEREMOS UM NAMORADO.
MAS NÃO EXIJA PERFEIÇÃO E SIM DEVOÇÃO, LEALDADE, CUMPLICIDADE E COMPANHEIRISMO.
QUANDO VOCÊ PENSA EM SAIR ,E ANTES QUE PENSE ONDE QUER IR, SE PENSAR EM CONVIDAR O NAMORADO, É SINAL DE QUE GOSTA DE SUA COMPANHIA.
SE DISSER ONDE VAI, CASO SAIA SÓ, SE TELEFONAR, CASO SE ATRASE, SE TROUXER UMA GULOSEIMA DA RUA, TUDO ISSO É SINAL DE CONSIDERAÇÃO E AMIZADE
MAS NÃO SE ESQUEÇA DAS FLORES, PERFUMES, DISCOS BOMBONS, OU DE UM PRESENTE SURPRESA.
E SE GOSTAR DE CONVERSAR COM SEU PARCEIRO, ENTÃO ESTARÁ NO CAMINHO CERTO, PORQUE, DEPOIS QUE OS FILHOS CRESCEM E GANHAM O MUNDO, VOCÊ VAI TER MAIS TEMPO PARA DAR ATENÇÃO AO PARCEIRO, JÁ MAIS IDOSO. E SE CONVERSAR OS ASSUNTOS DE SEU DIA E SE INFORMAR DOS ASSUNTOS DO COMPANHEIRO, SERÁ PERFEITO. DEPOIS QUE A PAIXÃO SE AQUIETA E QUE O AMOR PERMANECE MAIS TRANQUILO, O DIÁLOGO É INDISPENSÁVEL PARA MANTER O CASAL UNIDO.
É MUITO TRISTE A SOLIDÃO A DOIS .NUNCA DEIXE QUE ACONTEÇA.
E, SE QUISER AMOR DÊ SEU AMOR. E SEJA SOLIDÁRIO DIVIDINDO-O COM OS SEMELHANTES QUE NECESSITAM DELE E PRESTE ATENÇÃO ÀS OBRAS DE CARIDADE.
E VIVA O AMOR COMO CONDIÇÃO DE FELICIDADE, FERTILIDADE E LEALDADE.
SE FOR TOMAR UM NOVO RUMO EXPONHA SEUS MOTIVOS E NÃO FUJA COMO SE FOSSE UMA CONDENADA SEM DISCERNIMENTO, SEM CORAGEM DE ENFRENTAR DE CARA LIMPA, UMA CONVERSA ESCLARECEDORA. 
DEIXE UMA BOA IMPRESSÃO, AO SAIR.
AMORES DESFEITOS CAUSAM SOFRIMENTO. MAS NÃO É PRECISO DEIXAR UM RASTRO DE ÓDIO, DE DISCÓRDIA E DE PÂNICO PARA OS FILHOS.
ADULTOS DEVEM SE ENTENDER PORQUE PARA OS FILHOS É DIFÍCIL A COMPREENSÃO DE UMA SEPARAÇÃO TUMULTUADA.
SE HOUVER AMADURECIMENTO HAVERÁ RESPEITO E UM MELHOR ENTENDIMENTO.
E A SAÚDE MENTAL FICARÁ GRATIFICADA.




FELIZ DIA DOS NAMORADOS!( EM 12/6)

KATIA CHIAPPINI

CONFLITOS E SENTIMENTOS

       CONFLITOS E SENTIMENTOS NOSSOS

Estava escrito nas estrelas
Mas o destino apagou
E  paixão? não vou tê-la
Se o amor não vingou

Admiro a constelação
De estrelas ofuscantes
Pedi aos céus proteção
Nada será como antes

Já fui a estrela Dalva
Mas estou já sem vida
Restou só um chá de malva
Para cicatrizar a ferida

Eu seria simples e a menor
Estrela desse universo
Mas teria brilho maior
Se o amor fosse meu verso

O céu me prometeu
Eu estava fadada a ser
Feliz como me conheceu
Com motivo para viver

Passei tal qual meteoro
Ou um simples cometa
Não mais paixão nos poros
Só uma sombra no planeta

Vejo no Cruzeiro do Sul
Uma família feliz
Sou do Rio Grande do Sul
Mas uma flor sem matiz

Não sou como o sol do dia
Sou mais a lua crescente
Pronta a germinar na agonia
Pra viver o amor novamente

Mas vejo que ele está fugindo
Já tive a melhor parte
Vou adormecer pedindo
Pra despertar em Marte

E quem vier me buscar
Que faça a espacial viagem
Pra terra só vou voltar
Com amor e paixão na bagagem

                                     KATIA CHIAPPINI
                     e-mail;katia_fachinello42@hotmail.com