O MEU AMOR !
O meu amor - esse sujeito -
É meu ar rarefeito
Vem com esse seu jeito
De quem se diz perfeito
De quem julga ter direito
De quem promete respeito
E elogia meu trejeito
E se espreguiça em meu leito
Para abraçar o meu peito
Para derrubar preconceito
E obter mais proveito
Se vem me mimar não o rejeito
Nele me encaixo e me deito
E declaro que é meu eleito
KATIA CHIAPPINI
Pensamentos,poesias e crônicas de minha autoria,para os apreciadores de gotas poeticas. Essas constituem um bálsamo para a paz espiritual,cujas ondas se inserem na harmonia do cosmos.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
O DIA !
O DIA É SEU...
O dia que não for dia
De esperar algo de bom
É só lembrar da alegria
De saborear um bombom
Dia após dia o viver
Desafia o ser humano
Aceite se reerguer
Não faça nada insano
Todo o dia é uma festa
Se o coração bater forte
Apare cruéis arestas
Procure na vida o seu norte
Se relacione sempre bem
Não perca amigos por nada
Valorize mais o que tem
Não perca o rumo na estrada
Chorar, sorrir e rezar
Se lamentar é possível
Menos se acomodar
E ficar sem combustível
Não se deite na fama
É regra de bem viver
O trabalho lhe chama
Só ele faz crescer
Perdoe e reconsidere
Não há mesmo perfeição
O amigo que hoje fere
Amanhã será a salvação
Com cabeça erguida siga
Cumprindo sua missão
Faça da coragem sua viga
Pra embasar a construção
Temos que entoar o hino
Regar flores no canteiro
Ouvir o soar do sino
E sorrir ao pipoqueiro
O dia será de efervescência
Se a fé vier primeiro
Ouça antes a consciência
E descanse no travesseiro
KATIA CHIAPPINI
e-mail: katia_fachinello42@hotmail.com
O dia que não for dia
De esperar algo de bom
É só lembrar da alegria
De saborear um bombom
Dia após dia o viver
Desafia o ser humano
Aceite se reerguer
Não faça nada insano
Todo o dia é uma festa
Se o coração bater forte
Apare cruéis arestas
Procure na vida o seu norte
Se relacione sempre bem
Não perca amigos por nada
Valorize mais o que tem
Não perca o rumo na estrada
Chorar, sorrir e rezar
Se lamentar é possível
Menos se acomodar
E ficar sem combustível
Não se deite na fama
É regra de bem viver
O trabalho lhe chama
Só ele faz crescer
Perdoe e reconsidere
Não há mesmo perfeição
O amigo que hoje fere
Amanhã será a salvação
Com cabeça erguida siga
Cumprindo sua missão
Faça da coragem sua viga
Pra embasar a construção
Temos que entoar o hino
Regar flores no canteiro
Ouvir o soar do sino
E sorrir ao pipoqueiro
O dia será de efervescência
Se a fé vier primeiro
Ouça antes a consciência
E descanse no travesseiro
KATIA CHIAPPINI
e-mail: katia_fachinello42@hotmail.com
TENTANDO CONTINUAMENTE
TENTANDO VIVER !
Fiz do mal o bem
O bem foi o recomeço
O recomeço trouxe o vintém
O vintém novo endereço
Novo endereço eu quis
Quis amizades sinceras
Sinceras é o que se diz
Se diz que o bem nos espera
Nos espera e o ideal conforta
Conforta e deve prevalecer
Prevalecer na luta é o que importa
Importa é tentar viver
Viver como um ser eficiente
Ser alguém com decisão
Decisão é preciso ter
Ter um plano em cada ação
Ação se quer propor
Propor e dar a mão a Deus
Deus é o melhor professor
Professor dos filhos Seus
Filhos Seus plantam sementes
Sementes de esperanças
Esperanças regam as mentes
As mentes em suas andanças
Andanças seguem em evolução
Evolução do corpo e da alma
Alma se concentra na meditação
Meditação que traz luz e calma
Calma se torna sabedoria
Sabedoria se torna humildade
Humildade irradia simpatia
Simpatia gera oportunidade
Oportunidade se vale da regra
Da regra do bem viver
Bem viver é querer trégua
E na trégua permanecer
KATIA CHIAPPINI
Fiz do mal o bem
O bem foi o recomeço
O recomeço trouxe o vintém
O vintém novo endereço
Novo endereço eu quis
Quis amizades sinceras
Sinceras é o que se diz
Se diz que o bem nos espera
Nos espera e o ideal conforta
Conforta e deve prevalecer
Prevalecer na luta é o que importa
Importa é tentar viver
Viver como um ser eficiente
Ser alguém com decisão
Decisão é preciso ter
Ter um plano em cada ação
Ação se quer propor
Propor e dar a mão a Deus
Deus é o melhor professor
Professor dos filhos Seus
Filhos Seus plantam sementes
Sementes de esperanças
Esperanças regam as mentes
As mentes em suas andanças
Andanças seguem em evolução
Evolução do corpo e da alma
Alma se concentra na meditação
Meditação que traz luz e calma
Calma se torna sabedoria
Sabedoria se torna humildade
Humildade irradia simpatia
Simpatia gera oportunidade
Oportunidade se vale da regra
Da regra do bem viver
Bem viver é querer trégua
E na trégua permanecer
KATIA CHIAPPINI
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
PORTO ALEGRE: MINHA CIDADE
PORTO ALEGRE DE MEU SONHAR !
Porto Alegre faceira qual lebre
Nos feriados respirando calma
É minha sina e minha febre
Pedacinho tatuado na alma
O laçador laça o minuano
Depois solta o danado de novo
Está brincando - não é insano -
Logo vira a estátua do povo
As prendas dançam tão belas
O pôr do sol é um esplendor
As praças parecem aquarelas
E o cais do porto é um divisor
Letras e artes se destacam
A arquitetura enfeita a cidade
Pensadores aqui desembarcam
Para o fórum da liberdade
Somos referência em transplantes
Em tecnologia e exportação
Mas o povo segue confiante
E ainda luta contra a exploração
Ainda há gente sofrida
E carencia de dirigentes sérios
Gente forte e destemida
Em busca de novos critérios
A gauchada é hospitaleira
Cuida do churrasco como da reza
O fogão à lenha, a chaleira
E o mate amargo não se despreza
Há uma mistura de raças
Em Porto Alegre dos casais
É uma querência cheia de graça
É a mais bela das capitais
Os barcos avistam as ilhas
E os pássaros em revoada
Porto Alegre é como filha
Entre amada e idolatrada
Não vou deixar esse chão
Nem minha fé e esperança
Amo o farol e o calçadão
Como amei a boneca de trança
KATIA CHIAPPINI
Porto Alegre faceira qual lebre
Nos feriados respirando calma
É minha sina e minha febre
Pedacinho tatuado na alma
O laçador laça o minuano
Depois solta o danado de novo
Está brincando - não é insano -
Logo vira a estátua do povo
As prendas dançam tão belas
O pôr do sol é um esplendor
As praças parecem aquarelas
E o cais do porto é um divisor
Letras e artes se destacam
A arquitetura enfeita a cidade
Pensadores aqui desembarcam
Para o fórum da liberdade
Somos referência em transplantes
Em tecnologia e exportação
Mas o povo segue confiante
E ainda luta contra a exploração
Ainda há gente sofrida
E carencia de dirigentes sérios
Gente forte e destemida
Em busca de novos critérios
A gauchada é hospitaleira
Cuida do churrasco como da reza
O fogão à lenha, a chaleira
E o mate amargo não se despreza
Há uma mistura de raças
Em Porto Alegre dos casais
É uma querência cheia de graça
É a mais bela das capitais
Os barcos avistam as ilhas
E os pássaros em revoada
Porto Alegre é como filha
Entre amada e idolatrada
Não vou deixar esse chão
Nem minha fé e esperança
Amo o farol e o calçadão
Como amei a boneca de trança
KATIA CHIAPPINI
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
BONS TEMPOS !
TEMPO DE FACULDADE!
Costumava intercalar temporadas de um convívio familiar na estância de meus tios em Livramento, com as temporadas de verão, na praia, junto aos meus pais e irmão. Esse foi um tempo feliz.
Depois entramos na adolescência e intensificamos os estudos. Logo veio a idade adulta e durante a mesma tive outros momentos felizes que se reportam ao convívio na faculdade. As colegas tinham sonhos, ambições e uma certa ansiedade de conseguir um lugar ao sol. Nessa época tive amigas inseparáveis e uma turma confiante e
identificada com os compromissos assumidos. Lembro de um diálogo que tive com elas :
- Katia, você não acha que chegou a hora de namorar ?
- Não me vejo tão apressada, nem considero que seja urgente.
- Mas não pensa que podemos ficar para ''titia''?
- Quando chegar o momento o candidato vai se apresentar a mim.
- Sim, mas vamos ao baile da Arquitetura ?
- Claro, está combinado.
Interessante foi constatar, anos depois, que nenhuma de minhas amigas havia se casado e que estavam se aperfeiçoando em suas profissões, preferencialmente.
Eu, de temperamento tranquilo, encontrei meu namorado e marido, quando fui ler a lista de conteúdos programados para o vestibular, sua data e horário.
Olhando para a lista afixada na parede e sentindo outro olhar, ao meu lado, conversa vai e conversa vem, consegui minha primeira carona até minha casa. Convidei uma amiga que ficou depois de mim, em sua casa.
Estudamos junto para o vestibular .
Casei durante o terceiro ano de faculdade.
Papai me disse, certo dia, essas palavras:
- Katia, minha filha, já estás formada em Pedagogia
- Sim, meu pai.
- Sabes que faltam 15 dias para o vestibular de Direito ?
- Mas papai, estou lecionando e seguindo uma carreira.
- Eu sei, mas podes tentar, com certeza.
- Mas o que você tem em mente ?
- Bem, a primeira faculdade foi para adquirir qualificação e a segunda pode ser para arranjar marido.
E, realmente, o marido se apresentou a mim, no primeiro dia, como relatei.
Estou a lembrar do ambiente sadio e culturalmente intrigante, onde nossos conceitos eram postos à prova, a todo instante. Os professores eram admirados por sua postura .Ao entrarem no recinto, levantávamos para cumprimentá-los. Após formados, haviam encontros anuais e festivos, ao final de cada ano.
O ambiente universitário é um modo de ensaiar para enfrentar os desafios da vida cotidiana.
Em minha casa, onde nos reuníamos para estudar por ocasião das provas, era servido um lanche reforçado, no meio da madrugada.
Eu não dizia o que estava preparando e intercalava o lanche trivial com sopas, pizza caseira, omelete e outras guloseimas.
Era comum emprestarmos os cadernos aos alunos que, por motivo de força maior, não frequentavam algum dia de aula. Os professores atendiam até no intervalo e seguiam, sentados em suas mesas, a dar explicações para que não ficássemos com dúvidas.
Tive um colega de 55 anos, prefeito de uma pequena localidade no interior do Estado. Ele ficava uma semana em Porto Alegre, frequentando as aulas, e outra em sua cidade,atendendo na prefeitura. E se formou em tempo hábil.
Houve um tempo em que briguei com o primeiro e único namorado, colega de aula e marido. Então pedi que assistisse as aulas em turno inverso, o que era possível, na época. Mas descobri que ia todas as manhãs, no meu turno, durante o recreio, para ver onde eu estava e seguir meus passos.
Nessa época os trotes não eram agressivos. Desfilávamos cantando e pintados pela rua da praia, em perfeita e total harmonia. Éramos recebidos pelos professores, perfilados, no pátio da faculdade com uma salva de palmas e abraços de confraternização.
Os cursos não eram feitos por disciplina. Iniciávamos juntos e nos formávamos juntos, numa única colação de grau.
Era um tempo feliz e de maior apoio, de amizades sinceras, de professores idealistas, de bailes afinados por excelentes conjuntos musicais. Tempo de rodar pelo salão em ritmo de valsa, bolero, samba, tango, milongas, xotes e chamamés. Era tempo de conviver com homens românticos, de flores, perfumes, bombons de gramado, cartas manuscritas, diários, declarações de amor ensaiadas no melhor estilo e serestas que acordavam o bairro todo.
Era um tempo em que se visitava os pais da noiva que eram convidados para jantar num bom restaurante.E isso fazia parte do conjunto de amabilidades.Era tempo de pedir permissão para namorar a moça e de combinar o horário de deixá-la em casa.
Era tempo de prolongar a lua de mel, do casamento na igreja, do
curso de noivos, de desfilar no tapete vermelho em direção ao noivo ansioso, porque o atraso da noiva era um fato comum.
Um tempo de sedução e de sentir a mulher não só como fêmea, mas como uma pessoa por inteiro, em sua essência. E,fundamentalmente, como companheira e cúmplice de todas as horas.
Estou finalizando com um pensamento que gostaria de compartilhar com os leitores :
- Ha quanto tempo não se deixam envolver pela beleza de um entardecer, num banco de praça, olhando para a leveza dos passarinhos, ao tentar se equilibrar no fio de luz ?
KATIA CHIAPPINI
Costumava intercalar temporadas de um convívio familiar na estância de meus tios em Livramento, com as temporadas de verão, na praia, junto aos meus pais e irmão. Esse foi um tempo feliz.
Depois entramos na adolescência e intensificamos os estudos. Logo veio a idade adulta e durante a mesma tive outros momentos felizes que se reportam ao convívio na faculdade. As colegas tinham sonhos, ambições e uma certa ansiedade de conseguir um lugar ao sol. Nessa época tive amigas inseparáveis e uma turma confiante e
identificada com os compromissos assumidos. Lembro de um diálogo que tive com elas :
- Katia, você não acha que chegou a hora de namorar ?
- Não me vejo tão apressada, nem considero que seja urgente.
- Mas não pensa que podemos ficar para ''titia''?
- Quando chegar o momento o candidato vai se apresentar a mim.
- Sim, mas vamos ao baile da Arquitetura ?
- Claro, está combinado.
Interessante foi constatar, anos depois, que nenhuma de minhas amigas havia se casado e que estavam se aperfeiçoando em suas profissões, preferencialmente.
Eu, de temperamento tranquilo, encontrei meu namorado e marido, quando fui ler a lista de conteúdos programados para o vestibular, sua data e horário.
Olhando para a lista afixada na parede e sentindo outro olhar, ao meu lado, conversa vai e conversa vem, consegui minha primeira carona até minha casa. Convidei uma amiga que ficou depois de mim, em sua casa.
Estudamos junto para o vestibular .
Casei durante o terceiro ano de faculdade.
Papai me disse, certo dia, essas palavras:
- Katia, minha filha, já estás formada em Pedagogia
- Sim, meu pai.
- Sabes que faltam 15 dias para o vestibular de Direito ?
- Mas papai, estou lecionando e seguindo uma carreira.
- Eu sei, mas podes tentar, com certeza.
- Mas o que você tem em mente ?
- Bem, a primeira faculdade foi para adquirir qualificação e a segunda pode ser para arranjar marido.
E, realmente, o marido se apresentou a mim, no primeiro dia, como relatei.
Estou a lembrar do ambiente sadio e culturalmente intrigante, onde nossos conceitos eram postos à prova, a todo instante. Os professores eram admirados por sua postura .Ao entrarem no recinto, levantávamos para cumprimentá-los. Após formados, haviam encontros anuais e festivos, ao final de cada ano.
O ambiente universitário é um modo de ensaiar para enfrentar os desafios da vida cotidiana.
Em minha casa, onde nos reuníamos para estudar por ocasião das provas, era servido um lanche reforçado, no meio da madrugada.
Eu não dizia o que estava preparando e intercalava o lanche trivial com sopas, pizza caseira, omelete e outras guloseimas.
Era comum emprestarmos os cadernos aos alunos que, por motivo de força maior, não frequentavam algum dia de aula. Os professores atendiam até no intervalo e seguiam, sentados em suas mesas, a dar explicações para que não ficássemos com dúvidas.
Tive um colega de 55 anos, prefeito de uma pequena localidade no interior do Estado. Ele ficava uma semana em Porto Alegre, frequentando as aulas, e outra em sua cidade,atendendo na prefeitura. E se formou em tempo hábil.
Houve um tempo em que briguei com o primeiro e único namorado, colega de aula e marido. Então pedi que assistisse as aulas em turno inverso, o que era possível, na época. Mas descobri que ia todas as manhãs, no meu turno, durante o recreio, para ver onde eu estava e seguir meus passos.
Nessa época os trotes não eram agressivos. Desfilávamos cantando e pintados pela rua da praia, em perfeita e total harmonia. Éramos recebidos pelos professores, perfilados, no pátio da faculdade com uma salva de palmas e abraços de confraternização.
Os cursos não eram feitos por disciplina. Iniciávamos juntos e nos formávamos juntos, numa única colação de grau.
Era um tempo feliz e de maior apoio, de amizades sinceras, de professores idealistas, de bailes afinados por excelentes conjuntos musicais. Tempo de rodar pelo salão em ritmo de valsa, bolero, samba, tango, milongas, xotes e chamamés. Era tempo de conviver com homens românticos, de flores, perfumes, bombons de gramado, cartas manuscritas, diários, declarações de amor ensaiadas no melhor estilo e serestas que acordavam o bairro todo.
Era um tempo em que se visitava os pais da noiva que eram convidados para jantar num bom restaurante.E isso fazia parte do conjunto de amabilidades.Era tempo de pedir permissão para namorar a moça e de combinar o horário de deixá-la em casa.
Era tempo de prolongar a lua de mel, do casamento na igreja, do
curso de noivos, de desfilar no tapete vermelho em direção ao noivo ansioso, porque o atraso da noiva era um fato comum.
Um tempo de sedução e de sentir a mulher não só como fêmea, mas como uma pessoa por inteiro, em sua essência. E,fundamentalmente, como companheira e cúmplice de todas as horas.
Estou finalizando com um pensamento que gostaria de compartilhar com os leitores :
- Ha quanto tempo não se deixam envolver pela beleza de um entardecer, num banco de praça, olhando para a leveza dos passarinhos, ao tentar se equilibrar no fio de luz ?
KATIA CHIAPPINI
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
A SUA ALMA É PEQUENA ?
SUA PEQUENEZ
Tocou em minha tez
Uma e outra vez
Mil promessas me fez
E refez a cada mês
Fiquei só, sem recomeço
E isso nem mereço
Perdi seu endereço
Fui só um adereço
Sem comprometimento
Foi em vão seu juramento
Desprovido de sentimento
Vãs palavras soltas ao vento
Quando precisou - ajudei -
Até me sacrifiquei
Depois fugiu - eu sei -
E ainda nem superei
Nem sempre faz jus o ser
Às palavras : muito prazer !
Quando só demonstra viver
Para o outro fazer sofrer
Ninguém julgo e nem reclamo
Se encontrar o amor eu amo
Se errar não me queixo - chamo -
E se acertar, a vida proclamo
Sua pequenez não vingou
A outra - sua casa deixou -
Pois quando o amor implorou
Você deu as costas - nem ligou -
Depois se culpou e entendeu
Que a solidão lhe acolheu
Carinhos não mais viveu
E nunca se restabeleceu
Quem não vê além do nariz
Não é da vida aprendiz
Percebe que ninguém o quis
Porque não seguiu uma diretriz
Pequenez é como quinquilharia
Sem valor e sem serventia
Quem a tem vive em apatia
Não responde e nem dá ''bom dia'' !
Pequenez é mesquinharia
É o ego reverenciar
É abraçar a hipocrisia
É acumular agonia
KATIA CHIAPPINI
Tocou em minha tez
Uma e outra vez
Mil promessas me fez
E refez a cada mês
Fiquei só, sem recomeço
E isso nem mereço
Perdi seu endereço
Fui só um adereço
Sem comprometimento
Foi em vão seu juramento
Desprovido de sentimento
Vãs palavras soltas ao vento
Quando precisou - ajudei -
Até me sacrifiquei
Depois fugiu - eu sei -
E ainda nem superei
Nem sempre faz jus o ser
Às palavras : muito prazer !
Quando só demonstra viver
Para o outro fazer sofrer
Ninguém julgo e nem reclamo
Se encontrar o amor eu amo
Se errar não me queixo - chamo -
E se acertar, a vida proclamo
Sua pequenez não vingou
A outra - sua casa deixou -
Pois quando o amor implorou
Você deu as costas - nem ligou -
Depois se culpou e entendeu
Que a solidão lhe acolheu
Carinhos não mais viveu
E nunca se restabeleceu
Quem não vê além do nariz
Não é da vida aprendiz
Percebe que ninguém o quis
Porque não seguiu uma diretriz
Pequenez é como quinquilharia
Sem valor e sem serventia
Quem a tem vive em apatia
Não responde e nem dá ''bom dia'' !
Pequenez é mesquinharia
É o ego reverenciar
É abraçar a hipocrisia
É acumular agonia
KATIA CHIAPPINI
domingo, 22 de setembro de 2013
UM FATO QUE SE REPETE
UM PASSADO
AINDA PRESENTE
Quero me livrar das panelas
De só frequentar a capela
Pra não ficar na janela
E estar sempre na favela
Não quero o fogão à lenha
Quero uma nova senha
Pedir que outra vida venha
Escrever nova resenha
Quero sentar junto ao lago
Galopar pelo meu pago
Encontrar algum afago
Conhecer o príncipe, o mago
Quero evoluir como mulher
Ser aquela que se quer
Sem aceitar o que vier
Escolher bem - se puder -
Cansei de mexer o feijão
Varrer a casa e fazer serão
Ser a mãe de meu irmão
Não ter tempo pro violão
Não tive infância - nem isso -
Nasci para o compromisso
Sufocada pelo serviço
Sem ter vida, sem ter viço
Com voz de trovão censurada
Por poucas faltas - quase nada -
Fui ficando muito abalada
Sempre mandada e nunca amada
Maria da Penha ? loteria
Direitos da mulher ? sem valia
Só Deus me livrará da agonia
Estou oprimida e vazia
Quero voar bem alto
Ainda que tombe no asfalto
Mesmo caindo do salto
Eu posso cantar em contralto
Vou atrás de mim - é preciso -
Já tenho idade e juízo
Vou buscar o paraíso
Que não está na terra onde piso
KATIA CHIAPPINI
AINDA PRESENTE
Quero me livrar das panelas
De só frequentar a capela
Pra não ficar na janela
E estar sempre na favela
Não quero o fogão à lenha
Quero uma nova senha
Pedir que outra vida venha
Escrever nova resenha
Quero sentar junto ao lago
Galopar pelo meu pago
Encontrar algum afago
Conhecer o príncipe, o mago
Quero evoluir como mulher
Ser aquela que se quer
Sem aceitar o que vier
Escolher bem - se puder -
Cansei de mexer o feijão
Varrer a casa e fazer serão
Ser a mãe de meu irmão
Não ter tempo pro violão
Não tive infância - nem isso -
Nasci para o compromisso
Sufocada pelo serviço
Sem ter vida, sem ter viço
Com voz de trovão censurada
Por poucas faltas - quase nada -
Fui ficando muito abalada
Sempre mandada e nunca amada
Maria da Penha ? loteria
Direitos da mulher ? sem valia
Só Deus me livrará da agonia
Estou oprimida e vazia
Quero voar bem alto
Ainda que tombe no asfalto
Mesmo caindo do salto
Eu posso cantar em contralto
Vou atrás de mim - é preciso -
Já tenho idade e juízo
Vou buscar o paraíso
Que não está na terra onde piso
KATIA CHIAPPINI
NOVAMENTE A MELODIA !
Houve algum problema, caros leitores, e o vídeo foi excluído do blog, sem uma explicação plausível ( o anterior ) Então, postei novamente para aqueles que não tiveram acesso ao mesmo, por ocasião da primeira postagem, se permitirem usufruir agora.
Boa audição !Abraço !
Boa audição !Abraço !
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
MÚSICA !
UMA LINDA MELODIA !
Estou ao piano executando essa melodia para qual fiz um arranjo próprio, tentando com as escalas da mão esquerda, imitar o turbilhão do mar.
Chama-se Maré Baixa.
Compartilho com os leitores do blog : inspirações.
Obrigada pela atenção !
Katia Chiappini
Estou ao piano executando essa melodia para qual fiz um arranjo próprio, tentando com as escalas da mão esquerda, imitar o turbilhão do mar.
Chama-se Maré Baixa.
Compartilho com os leitores do blog : inspirações.
Obrigada pela atenção !
Katia Chiappini
terça-feira, 17 de setembro de 2013
NINGUÉM VIU ?
NINGUÉM VIU NADA
Ficou sozinho na casa
Aquele menino doente
Debaixo da goteira que vasa
E sem uma sopa quente
O avô ficou triste
O neto desligou a T.V
Merecia o dedo em riste
Mas ninguém sabe e nem vê
A mãe não esperou o pai
Que chegou e foi ler o jornal
Nem sabe ouvir seus ''ais''
Nem dá mais o beijo matinal
A avó caiu na rua
O filho ficou a reclamar:
-A culpa é toda sua
E a cirurgia nem quer pagar
Ninguém vê e nem viu nada
Só o próprio ego exacerbado
A caridade está desativada
E o ser humano desafinado
Nem a lei que nos rodeia
Está cumprindo seu papel
Político não vai para a cadeia
Nem banqueiro, nem coronel
A humanidade cresceu
Sem se tornar humanitária
A impunidade venceu
A alta cúpula é canalha
Quem tem padrinho que avance
Outros sofrem sem arreglo
A bajulação dá seu lance
A hipocrisia dá emprego
Ninguém viu e nem vê nada
Não há comprometimento
A infração é superfaturada
A inflação dispensa documento
Quem cumpre o dever é ''bolha''
Está na mira do desprezo
A honestidade porta uma rolha
E o vandalismo segue em cortejo
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
Ficou sozinho na casa
Aquele menino doente
Debaixo da goteira que vasa
E sem uma sopa quente
O avô ficou triste
O neto desligou a T.V
Merecia o dedo em riste
Mas ninguém sabe e nem vê
A mãe não esperou o pai
Que chegou e foi ler o jornal
Nem sabe ouvir seus ''ais''
Nem dá mais o beijo matinal
A avó caiu na rua
O filho ficou a reclamar:
-A culpa é toda sua
E a cirurgia nem quer pagar
Ninguém vê e nem viu nada
Só o próprio ego exacerbado
A caridade está desativada
E o ser humano desafinado
Nem a lei que nos rodeia
Está cumprindo seu papel
Político não vai para a cadeia
Nem banqueiro, nem coronel
A humanidade cresceu
Sem se tornar humanitária
A impunidade venceu
A alta cúpula é canalha
Quem tem padrinho que avance
Outros sofrem sem arreglo
A bajulação dá seu lance
A hipocrisia dá emprego
Ninguém viu e nem vê nada
Não há comprometimento
A infração é superfaturada
A inflação dispensa documento
Quem cumpre o dever é ''bolha''
Está na mira do desprezo
A honestidade porta uma rolha
E o vandalismo segue em cortejo
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
SE TU SOUBESSES O QUE SEI...
SE TU SOUBESSES...
Se tu soubesses como eu te quero
Serias cravo e meu Arlequim
E sei que a vida vale porque espero
Ser mais que rosa - ser o teu jardim -
Se ainda ouves meu amargo canto
Que ecoa muito além da esperança
É que não soube sufocar meu pranto
A cada dia dessa minha andança
Queria ser a fada que adivinha
Pra transformar teus sentimentos loucos
E entender como ainda não te aninhas
Mesmo que implore com lamentos roucos
Sou tua seara, sereia e dei sinal
De que te quero e deixo acontecer
Sou tua febre, vício e manancial
E a felicidade que não queres ter
KATIA CHIAPPINI
e-mail : katia_fachinello42@hotmail.com
Se tu soubesses como eu te quero
Serias cravo e meu Arlequim
E sei que a vida vale porque espero
Ser mais que rosa - ser o teu jardim -
Se ainda ouves meu amargo canto
Que ecoa muito além da esperança
É que não soube sufocar meu pranto
A cada dia dessa minha andança
Queria ser a fada que adivinha
Pra transformar teus sentimentos loucos
E entender como ainda não te aninhas
Mesmo que implore com lamentos roucos
Sou tua seara, sereia e dei sinal
De que te quero e deixo acontecer
Sou tua febre, vício e manancial
E a felicidade que não queres ter
KATIA CHIAPPINI
e-mail : katia_fachinello42@hotmail.com
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
SÍNDROME !
SÍNDROME DO PENSAMENTO INQUIETO
Meu pensamento inquieto
Brota da alma qual vertente
As vezes pessoal e secreto
É minha foz e nascente
Recolho sorrisos e paz
Com os poemas que escrevo
E uma certeza me traz :
- Sou sensível e me atrevo
Me atrevo a desenhar rimas
Deixo jorrar do pensamento
Percorro mundos acima
Liberto a imaginação : invento
Escrevendo flutuo no belo
Dou sentido aos sentimentos
Brinco com príncipes e castelos
Colo os poemas no firmamento
Estou diluindo a energia
E conversando com a pauta
Escrevo como terapia
E navego além do internauta
Alivio as dores e humores
E faço sorrir novamente
Pinto a alma de mil cores
Enrolo o poema pra presente
KATIA CHIAPPINI
e-mail :katia_fachinell42@hotmail.com
Meu pensamento inquieto
Brota da alma qual vertente
As vezes pessoal e secreto
É minha foz e nascente
Recolho sorrisos e paz
Com os poemas que escrevo
E uma certeza me traz :
- Sou sensível e me atrevo
Me atrevo a desenhar rimas
Deixo jorrar do pensamento
Percorro mundos acima
Liberto a imaginação : invento
Escrevendo flutuo no belo
Dou sentido aos sentimentos
Brinco com príncipes e castelos
Colo os poemas no firmamento
Estou diluindo a energia
E conversando com a pauta
Escrevo como terapia
E navego além do internauta
Alivio as dores e humores
E faço sorrir novamente
Pinto a alma de mil cores
Enrolo o poema pra presente
KATIA CHIAPPINI
e-mail :katia_fachinell42@hotmail.com
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
POR ANDA ANDA O CARÁTER ?
O CARÁTER
Quase ninguém mais o tem
É lamentável admitir
O homem ora vai, ora vem
Mas continua a transgredir
O professor apanha
O pai ouve palavrão
Não se trata de artimanha
É falta de educação
O namorado gigolô
É interesseiro e indecente
Uma mentalidade retrô
Quer que embrulhe pra presente ?
Que desastre é nosso político
É nefasto - fuja do contágio -
É digno de pena - é crítico -
E o Brasil paga o pedágio
Com a fachada de religião
Avoluma-se o vil dinheiro
Deus só não se ergue do caixão
Porque ressuscitou por inteiro
E nos céus - figura doce -
Tem a tristeza na tez
Como se traído fosse
Por Judas, mais uma vez
KATIA CHIAPPINI
Quase ninguém mais o tem
É lamentável admitir
O homem ora vai, ora vem
Mas continua a transgredir
O professor apanha
O pai ouve palavrão
Não se trata de artimanha
É falta de educação
O namorado gigolô
É interesseiro e indecente
Uma mentalidade retrô
Quer que embrulhe pra presente ?
Que desastre é nosso político
É nefasto - fuja do contágio -
É digno de pena - é crítico -
E o Brasil paga o pedágio
Com a fachada de religião
Avoluma-se o vil dinheiro
Deus só não se ergue do caixão
Porque ressuscitou por inteiro
E nos céus - figura doce -
Tem a tristeza na tez
Como se traído fosse
Por Judas, mais uma vez
KATIA CHIAPPINI
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
O VAZIO
CENAS DO VAZIO
Tirar vantagem
Não está de passagem
A malandragem
Está na bagagem
Vale a moldura
Não a criatura
Vinga a formosura
Não a lisura
É tanto egoísmo
Que leva ao abismo
Ao invés do civismo
Impera o cinismo
E a tecnologia
Quanto mais valia
Mais atrofia
Tira a sintonia
Ela mascara
O cara sem cara
Que o olho não encara
E só no quarto para
O ego se vangloria
Suga do ser a energia
E o ser sem empatia
Acaba em agonia
KATIA CHIAPPINI
Tirar vantagem
Não está de passagem
A malandragem
Está na bagagem
Vale a moldura
Não a criatura
Vinga a formosura
Não a lisura
É tanto egoísmo
Que leva ao abismo
Ao invés do civismo
Impera o cinismo
E a tecnologia
Quanto mais valia
Mais atrofia
Tira a sintonia
Ela mascara
O cara sem cara
Que o olho não encara
E só no quarto para
O ego se vangloria
Suga do ser a energia
E o ser sem empatia
Acaba em agonia
KATIA CHIAPPINI
sábado, 7 de setembro de 2013
A VITRINE !
A VITRINE REVELADORA
Gina era uma estudante universitária, quando se deixou cortejar pelo professor. Resistiu aos seus galanteios por um certo período de tempo e se deixou levar pelo interesse da família em relação a esse namoro.
Gina era uma moça criada no interior, uma jovem de 16 anos, cheia de amigos, com a beleza própria da idade, com todo o vigor físico e os impulsos do coração. Queria acertar ou errar por conta própria, mas, ao mesmo tempo, preservar os princípios de uma educação tradicional. Mesmo que prestasse atenção ao professor, observava outro jovem que teimava em lhe cortejar.
O professor, por outro lado, mais atento, soube se insinuar até convencer a moça a aceitar a sua corte. O fato é que vieram a se casar e Gina teve três filhos desse relacionamento.
O admirador fiel, cansado de esperar por ela, também constituiu família. Mas Gina sempre soube que era amada por esse jovem.
Certa ocasião, disse a ele que se rompesse com a então namorada, aceitaria sua corte. Ele convidou-a para caminhar, e sem que Gina soubesse, passou, de propósito em frente a casa da namorada que o esperava no portão.
Gina ficou envergonhada e se retirou do local e depois desse dia não conversou mais com seu admirador.
Gina tomou a decisão de permanecer casada e se dedicar aos filhos.
Em sua linha de raciocínio, para preservar seus princípios recebidos no seio de um lar cristão, não poderia cogitar de se separar.
Mas a verdade é que se decepcionara com o marido já nos seus primeiros anos de casada. A diferença entre eles era de 20 anos e o marido se mostrou autoritário, ciumento, pouco sensível aos seus anseios.
Gina formou-se em Letras e veio a lecionar as disciplinas de Língua Portuguesa e de Língua Francesa. O trabalho passou a ser sua terapia e afastava um pouco os desmandos do marido.
Como se casou bem jovem, não percebeu nos traços da personalidade dele, esse misto de prepotência e pedantismo e mesmo o descaso que sofreu desde os primeiros anos de casamento.
Mas a vida segue seu curso e nos reserva surpresas.
Certo dia foi atender o telefone e reconheceu a voz do antigo admirador dos tempos de Escola Normal. Ele não se fez de rogado e foi logo querendo saber como estava Gina e passou a indagar fatos de sua vida.
Muitos anos tinham transcorrido e os filhos de Gina e os do antigo namorado estavam adultos. Gina respondeu laconicamente e sem nenhum pretexto desligou logo.
Passados alguns dias atendeu um novo telefonema. Era ele comunicando que soubera, um a um, do nascimento dos filhos de Gina e que nunca tinha deixado de acompanhar a vida dela e todos os seus passos.
Dessa vez Gina não desligou logo porque percebeu que ele não era feliz e nem dono de si mesmo, por inteiro. Deixou-a perceber que seu casamento era só de ''fachada''. É como se quisesse dizer que sua alma tinha ficado no passado, quando a conheceu.
Em dado momento Gina pediu que não voltasse a ligar e se despediu do seu, ainda, admirador.
Algum tempo transcorreu e Gina se dirigiu ao Shopping da cidade.
Estava olhando a vitrine de uma grande loja e nela os vestidos da nova coleção de verão. Ao fixar os olhos na vitrine, ao invés de apreciar a mercadoria, viu a si mesma. E, para seu espanto, reparou na imagem de um vulto refletida na vitrine e olhando para o lado percebeu que era ele, sorrindo para ela.
Em seu pensamento voltaram as lembranças dos dias de faculdade, dos passeios com as amigas de classe, quase sempre, tendo a companhia do admirador. Percorriam a praça central, frequentavam a confeitaria dos estudantes, as festas da escola, os bailes da primavera e a balada nos finais de semana.
Pensou :
- Quem sabe se minha felicidade não estaria depositada nos braços desse rapaz ?
Voltou ao presente, rapidamente, lembrou agora de seu casamento e dos muitos dias de tristeza que a cercavam. E de um marido desatento que , infelizmente, era o seu.
Era possível constatar a diferença entre ambos, mas impossível prever acontecimentos futuros, se ao casar era quase uma criança.
Depois fixou os olhos pensativa no rapaz ao seu lado,,junto à vitrine da loja. Esse aguardava uma oportunidade para se manifestar e Gina ouviu-o dizer :
- Diga para mim por que razão está tão distante ?
-Estou bem, obrigada, e você ?
Parecia um pouco nervoso com a visão de sua eterna musa, quando falou:
-Deixe eu confessar algo que guardo comigo e depois disso prometo não mais te perturbar.
- Sim, estou atenta.
O rapaz foi ficando com as faces rubras, levemente trêmulo, e depois de um breve silêncio, enquanto admirava Gina, colocou as próprias mãos, sobre os ombros dela e ouvindo a aceleração do próprio coração, disse, finalmente, a frase mais surpreendente, que se possa dizer a uma mulher já madura, porque agora, já era mãe e avó.
E a frase ecoou límpida, calando todas as outras;
- Gina, quando eu parti para a minha lua de mel foi você que levei comigo!
Gina apressou o passo preocupada com os transeuntes. E se ouvissem esse desabafo ? Em cidade do interior, onde todas as famílias se conhecem, basta um pequeno comentário para ferir a honra de uma mulher e desmoralizá-la sem que haja volta.
Enquanto se afastava não pôde deixar de ouvir a mesma voz, agora quase um sussurro, concluindo :
- Gina, hoje e sempre eu a levaria de novo !
KATIA CHIAPPINI
e-mail: katia_fachinello42@hotmail.com
Gina era uma estudante universitária, quando se deixou cortejar pelo professor. Resistiu aos seus galanteios por um certo período de tempo e se deixou levar pelo interesse da família em relação a esse namoro.
Gina era uma moça criada no interior, uma jovem de 16 anos, cheia de amigos, com a beleza própria da idade, com todo o vigor físico e os impulsos do coração. Queria acertar ou errar por conta própria, mas, ao mesmo tempo, preservar os princípios de uma educação tradicional. Mesmo que prestasse atenção ao professor, observava outro jovem que teimava em lhe cortejar.
O professor, por outro lado, mais atento, soube se insinuar até convencer a moça a aceitar a sua corte. O fato é que vieram a se casar e Gina teve três filhos desse relacionamento.
O admirador fiel, cansado de esperar por ela, também constituiu família. Mas Gina sempre soube que era amada por esse jovem.
Certa ocasião, disse a ele que se rompesse com a então namorada, aceitaria sua corte. Ele convidou-a para caminhar, e sem que Gina soubesse, passou, de propósito em frente a casa da namorada que o esperava no portão.
Gina ficou envergonhada e se retirou do local e depois desse dia não conversou mais com seu admirador.
Gina tomou a decisão de permanecer casada e se dedicar aos filhos.
Em sua linha de raciocínio, para preservar seus princípios recebidos no seio de um lar cristão, não poderia cogitar de se separar.
Mas a verdade é que se decepcionara com o marido já nos seus primeiros anos de casada. A diferença entre eles era de 20 anos e o marido se mostrou autoritário, ciumento, pouco sensível aos seus anseios.
Gina formou-se em Letras e veio a lecionar as disciplinas de Língua Portuguesa e de Língua Francesa. O trabalho passou a ser sua terapia e afastava um pouco os desmandos do marido.
Como se casou bem jovem, não percebeu nos traços da personalidade dele, esse misto de prepotência e pedantismo e mesmo o descaso que sofreu desde os primeiros anos de casamento.
Mas a vida segue seu curso e nos reserva surpresas.
Certo dia foi atender o telefone e reconheceu a voz do antigo admirador dos tempos de Escola Normal. Ele não se fez de rogado e foi logo querendo saber como estava Gina e passou a indagar fatos de sua vida.
Muitos anos tinham transcorrido e os filhos de Gina e os do antigo namorado estavam adultos. Gina respondeu laconicamente e sem nenhum pretexto desligou logo.
Passados alguns dias atendeu um novo telefonema. Era ele comunicando que soubera, um a um, do nascimento dos filhos de Gina e que nunca tinha deixado de acompanhar a vida dela e todos os seus passos.
Dessa vez Gina não desligou logo porque percebeu que ele não era feliz e nem dono de si mesmo, por inteiro. Deixou-a perceber que seu casamento era só de ''fachada''. É como se quisesse dizer que sua alma tinha ficado no passado, quando a conheceu.
Em dado momento Gina pediu que não voltasse a ligar e se despediu do seu, ainda, admirador.
Algum tempo transcorreu e Gina se dirigiu ao Shopping da cidade.
Estava olhando a vitrine de uma grande loja e nela os vestidos da nova coleção de verão. Ao fixar os olhos na vitrine, ao invés de apreciar a mercadoria, viu a si mesma. E, para seu espanto, reparou na imagem de um vulto refletida na vitrine e olhando para o lado percebeu que era ele, sorrindo para ela.
Em seu pensamento voltaram as lembranças dos dias de faculdade, dos passeios com as amigas de classe, quase sempre, tendo a companhia do admirador. Percorriam a praça central, frequentavam a confeitaria dos estudantes, as festas da escola, os bailes da primavera e a balada nos finais de semana.
Pensou :
- Quem sabe se minha felicidade não estaria depositada nos braços desse rapaz ?
Voltou ao presente, rapidamente, lembrou agora de seu casamento e dos muitos dias de tristeza que a cercavam. E de um marido desatento que , infelizmente, era o seu.
Era possível constatar a diferença entre ambos, mas impossível prever acontecimentos futuros, se ao casar era quase uma criança.
Depois fixou os olhos pensativa no rapaz ao seu lado,,junto à vitrine da loja. Esse aguardava uma oportunidade para se manifestar e Gina ouviu-o dizer :
- Diga para mim por que razão está tão distante ?
-Estou bem, obrigada, e você ?
Parecia um pouco nervoso com a visão de sua eterna musa, quando falou:
-Deixe eu confessar algo que guardo comigo e depois disso prometo não mais te perturbar.
- Sim, estou atenta.
O rapaz foi ficando com as faces rubras, levemente trêmulo, e depois de um breve silêncio, enquanto admirava Gina, colocou as próprias mãos, sobre os ombros dela e ouvindo a aceleração do próprio coração, disse, finalmente, a frase mais surpreendente, que se possa dizer a uma mulher já madura, porque agora, já era mãe e avó.
E a frase ecoou límpida, calando todas as outras;
- Gina, quando eu parti para a minha lua de mel foi você que levei comigo!
Gina apressou o passo preocupada com os transeuntes. E se ouvissem esse desabafo ? Em cidade do interior, onde todas as famílias se conhecem, basta um pequeno comentário para ferir a honra de uma mulher e desmoralizá-la sem que haja volta.
Enquanto se afastava não pôde deixar de ouvir a mesma voz, agora quase um sussurro, concluindo :
- Gina, hoje e sempre eu a levaria de novo !
KATIA CHIAPPINI
e-mail: katia_fachinello42@hotmail.com
MEU AGRADECIMENTO : 21.000 ACESSOS .
1-Gostar de escrever
2-Pensar no leitor
3-Manter continuidade
4-Diversificar os assuntos
5-Atingir indiscriminadamente aos participantes
6-Aceitar críticas e sugestões
7-Estudar as estatísticas e analisar os resultados
8-Amar as pessoas e procurar inserir assuntos que acrescentem mensagens cuja reflexão contribua de algum modo aos anseios de todos nós
9-Indagar, consultar,estudar a língua pátria e aperfeiçoar o texto.
10- Ler, reler, adequar as palavras, o conteúdo lógico, de modo a tornar claro e objetivo o tema em questão.
Essa foi uma tentativa de listar alguns conceitos que achei importantes para que um blog obtenha um número de leitores que justifique sua existência.
Um blog é uma maneira de compartilhar trabalhos autorais com o sentido de inserir temas de interesse coletivo ,com algo de sutileza, carinho e uma real preocupação em agradar aos leitores que o visitam.
Agradeço aos leitores pelos 21.000 acessos e vou prosseguir usando esse espaço aconchegante para compartilhar minhas idéias e inspirações, através de poesias e crônicas que recolho dos acontecimentos que me cercam e dos relatos que me confidenciam e permitem que sejam transformados nesses textos.
Conto com os meus fiéis leitores para vivificar os fatos de nosso mundo real e de sonhos, pois precisamos de ambos, na mesma medida.
MUITO OBRIGADA, QUERIDOS AMIGOS !
Enquanto houver um leitor haverá um escritor de plantão.
Katia Chiappini ( AO DISPOR DOS LEITORES)
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
ON / OFF &
ON /OFF E COMPANHIA
Em OFF a banalidade
Em ON a tenacidade
Em OFF a falsidade
Em ON a amizade
Quero em OFF a liberalidade
E em ON a liberdade
Em OFF a permissividade
Em ON a racionalidade
ADICIONO a caridade
DELETO a inimizade
Um ENTER à sanidade
Nada de CURTIR maldade
CUTUCO a mocidade
LIXO para inverdades
Um E-MAIL para caridade
EXCLUO a crueldade
AUSENTE para futilidade
BATE-PAPO com a melhor idade
COLO amabilidades
COPIO a cordialidade
FAVORITOS: uma preciosidade
PASTA de minha intimidade
Razão de minha saudade
ARQUIVO da felicidade
KATIA CHIAPPINI
Em OFF a banalidade
Em ON a tenacidade
Em OFF a falsidade
Em ON a amizade
Quero em OFF a liberalidade
E em ON a liberdade
Em OFF a permissividade
Em ON a racionalidade
ADICIONO a caridade
DELETO a inimizade
Um ENTER à sanidade
Nada de CURTIR maldade
CUTUCO a mocidade
LIXO para inverdades
Um E-MAIL para caridade
EXCLUO a crueldade
AUSENTE para futilidade
BATE-PAPO com a melhor idade
COLO amabilidades
COPIO a cordialidade
FAVORITOS: uma preciosidade
PASTA de minha intimidade
Razão de minha saudade
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KATIA CHIAPPINI
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