O MAR: MEU SONHO DE CRIANÇA!
O mar que se espraia sem fim
Beija a morna e branca areia
Murmura chamando por mim
Sou sua eterna e fiel sereia
O mar me recebeu pequena
Já na praia de Copacabana
Eu permanecia tão serena
Olhando aquela força insana
Tomei banho à luz do luar
Quando tinha apenas 7 anos
Papai me deixava brincar
Fazíamos mil e bons planos
Cresci contemplando baleias
E golfinhos saltitantes
E tenho no signo e nas veias
Esse mar-meu amigo gigante-
Pode ser azul ou verde- piscina
Mas nunca perde a majestade
Penso que ele quer e nos ensina
A brincar com a felicidade
Se está bem calmo sussurra
Como se fosse tranquilo rio
Quando brabo dá uma surra
Mas é brinquedo- já se viu-
O mar abraça os amantes
Convida-os para navegar
E promessas hoje e antes
Nem sempre hão de durar
Mas vale sentir liberdade
No meio do mar dando a mão
Mesmo sonhando inverdade
Mesmo perdendo a razão
KATIA CHIAPPINI
Pensamentos,poesias e crônicas de minha autoria,para os apreciadores de gotas poeticas. Essas constituem um bálsamo para a paz espiritual,cujas ondas se inserem na harmonia do cosmos.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
RAZÃO DE VIVER!
RAZÕES DE VIVER
Não é simples a missão de todos nós
Porque só se vence pela integridade
Tantos querem calar nossa voz
Quantos matam e vivem na maldade!
A árdua batalha é um constante desafio
O dinheiro fácil não permanece impune
Quem se avilta pra viver na lama do rio
Das consequências não fica impune
Mas um dia nos assola de mansinho
Quem leva propina e no dinheiro monta
Perde o equilíbrio e o calor do ninho
Quem come o seu pão e acorda cedo
Sabe que a vida passa uma rasteira
Enfrentar as intempéries sem medo
É não se ver sem eira nem beira
A razão de viver é se exigir
É construir uma vida de valores
E passo a passo um degrau subir
Pra manter a família sem favores
Viver é buscar o lugar nesse chão
Temer as leis de Deus e tentar
Estender a mão com o coração
E não a sua cruz para outro levar
A razão de chegar justifica o partir
Assim como a dor precede o amor
Quem não foge da luta vai descobrir:
-Se ganhar ou perder importa é se pôr
-e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
A SEMENTE DO MAL
SEMENTE DO MAL
A semente do mal
Mal posso explicar
É submundo fatal
É o mundo infernal
Infeliz semeadura
Que impera impura
Que não tem cura
Porque vale a tortura
A semente do mal
Explode por igual
Sê lê no jornal
Do interior e capital
Fala em ditadura
Do general linha dura
Do ser sem envergadura
Que ceifa vidas e tortura
A semente do mal
É a da arma letal
De porte ilegal
E do ser bestial
Quero ordem de soltura
Que o julgamento apura
Peço justiça e lisura
E leis sem ruptura
KATIA CHIAPPINI
A semente do mal
Mal posso explicar
É submundo fatal
É o mundo infernal
Infeliz semeadura
Que impera impura
Que não tem cura
Porque vale a tortura
A semente do mal
Explode por igual
Sê lê no jornal
Do interior e capital
Fala em ditadura
Do general linha dura
Do ser sem envergadura
Que ceifa vidas e tortura
A semente do mal
É a da arma letal
De porte ilegal
E do ser bestial
Quero ordem de soltura
Que o julgamento apura
Peço justiça e lisura
E leis sem ruptura
KATIA CHIAPPINI
MEU TOQUE AO PIANO!
MEU TOQUE AO PIANO!
Estou postando a música ''SHE'' de Charles Aznavour, com arranjo próprio, ao piano. Após ouvir essa, vai abrir outra interpretação minha que se chama'' Ebbe Tide'' e que significa ''maré baixa''.
Tenham um momento musical com a autora do blog e lembrem-se de que a música é o alongamento da alma, o som do melhor momento, a expressão do sentimento de um amor grandioso. E um modo de comungar com o universo de nós mesmos, num recanto escondido e de intimidade plena.
Queridos leitores e leitoras, a hora é essa: permitam-se deixar levar pela emoção.
KATIA CHIAPPINI
Estou postando a música ''SHE'' de Charles Aznavour, com arranjo próprio, ao piano. Após ouvir essa, vai abrir outra interpretação minha que se chama'' Ebbe Tide'' e que significa ''maré baixa''.
Tenham um momento musical com a autora do blog e lembrem-se de que a música é o alongamento da alma, o som do melhor momento, a expressão do sentimento de um amor grandioso. E um modo de comungar com o universo de nós mesmos, num recanto escondido e de intimidade plena.
Queridos leitores e leitoras, a hora é essa: permitam-se deixar levar pela emoção.
KATIA CHIAPPINI
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
FINAL DE VERÃO
FINAL DE VERÃO!
Final de verão na praia de Torres e nas demais.
A cidade começa a perder o seu povo .As ruas estão com pouco movimento de transeuntes. Os restaurantes estão quase vazios. As noites estão desertas. Os artistas de rua já retornam aos locais de origem. As mulheres prendadas e rendeiras já voltaram para o Nordeste. Os vendedores à beira-mar já não passam com as araras repletas de roupas e adereços. Os vendedores de rede para descanso estão retornando também. A juventude já não desfila sua alegria e descontração nas noites enluaradas. A praia começa a mostrar mais areia do que barracas e guarda-sois.
Só a mar não perde sua vida e majestade. E o sussurro das ondas continua a chamar para a próxima temporada. É o que justifica o verão.
Os penhascos já não são trilhados pelos banhistas e o morro do farol já se mostra tranquilo e em estado de descanso.
Os argentinos já deixaram os hotéis e já movimentaram o comércio local. O calçadão recebe menos ciclistas e andarilhos matinais.
A igreja recebe os habitantes da cidade. Mas o padre não precisa mais comprar tantos pirulitos e balas para distribuir,às crianças, após a missa dominical. O grupo de salva-vidas já é mais restrito.
Os bares noturnos já dispensaram a cobrança do couvert artístico.
A vizinhança já retornou porque se inicia o ano letivo. E as comadres não ficam mais nas sacadas sorvendo um bom chimarrão. Toda a visão se modifica e os moradores locais começam a ver a cidade mais calma e retornando às atividades normais.
O silêncio toma conta da noite e alguns edifícios não têm mais luzes acesas. E a ala do condomínio já não tem o movimento das crianças brincando. E dos pais ensinando a andar de bicicleta.
Final de festa!
O horário de verão nos faz voltar à realidade porque já terminou sua vigência.
Retornamos às nossas cidades e já observamos o xingamento no trânsito, a intransigência das pessoas e a falta de tolerância que ocasiona tantos males.
A empregada volta a reclamar de seu salário.
Os governantes se aproveitam do clima de férias para subir os preços dos bens de serviços essenciais. Retornam as passeatas para protestar quanto ao preço da passagem nos ônibus que servem à população que se desloca para o trabalho diário. Sem falar na organização de passeatas de cunho político. Pois a situação do país, como um todo, começa a soprar os ares que podem ocasionar uma possível convulsão social.
Mas a elite privilegiada continua a aumentar seus proventos, já polpudos, em contraste com os da população que realmente trabalha. E nos traz até um desgosto abrir aquela caixa de correspondência a nos esperar impiedosa, coitada.
E os brigadianos, bombeiros e professores ainda não foram valorizados em seus esforços e em seu salário, mesmo desempenhando uma missão social e indispensável às comunidades e à Nação, antes ''mãe gentil''.
Mas se nossa saúde estiver resistindo a todas essas intempéries, ainda estamos no lucro.
A comida na mesa, o sorriso de um filho, o olhar carinhoso do companheiro (a), o sol de cada dia, o hino dos pássaros, a brisa murmurando ao ouvido das flores, a água corrente, são bênçãos do Criador. A harmonia do cosmos ainda é nossa. E a natureza teima em nos contemplar, radiante, com seu viço e formosura.
Precisamos responder ao chamado interior para resolver nossos conflitos, ora aflitos e espalhafatosos e ora contritos e silenciosos.
A providência divina nos proverá e abençoará aos homens de boa vontade.
Que possamos estar, não só entre os chamados, mas entre os escolhidos.
Que nos seja dada a oportunidade de viajar para a próxima e tão esperada temporada de verão. E a verão, com certeza.
KATIA CHIAPPINI
Final de verão na praia de Torres e nas demais.
A cidade começa a perder o seu povo .As ruas estão com pouco movimento de transeuntes. Os restaurantes estão quase vazios. As noites estão desertas. Os artistas de rua já retornam aos locais de origem. As mulheres prendadas e rendeiras já voltaram para o Nordeste. Os vendedores à beira-mar já não passam com as araras repletas de roupas e adereços. Os vendedores de rede para descanso estão retornando também. A juventude já não desfila sua alegria e descontração nas noites enluaradas. A praia começa a mostrar mais areia do que barracas e guarda-sois.
Só a mar não perde sua vida e majestade. E o sussurro das ondas continua a chamar para a próxima temporada. É o que justifica o verão.
Os penhascos já não são trilhados pelos banhistas e o morro do farol já se mostra tranquilo e em estado de descanso.
Os argentinos já deixaram os hotéis e já movimentaram o comércio local. O calçadão recebe menos ciclistas e andarilhos matinais.
A igreja recebe os habitantes da cidade. Mas o padre não precisa mais comprar tantos pirulitos e balas para distribuir,às crianças, após a missa dominical. O grupo de salva-vidas já é mais restrito.
Os bares noturnos já dispensaram a cobrança do couvert artístico.
A vizinhança já retornou porque se inicia o ano letivo. E as comadres não ficam mais nas sacadas sorvendo um bom chimarrão. Toda a visão se modifica e os moradores locais começam a ver a cidade mais calma e retornando às atividades normais.
O silêncio toma conta da noite e alguns edifícios não têm mais luzes acesas. E a ala do condomínio já não tem o movimento das crianças brincando. E dos pais ensinando a andar de bicicleta.
Final de festa!
O horário de verão nos faz voltar à realidade porque já terminou sua vigência.
Retornamos às nossas cidades e já observamos o xingamento no trânsito, a intransigência das pessoas e a falta de tolerância que ocasiona tantos males.
A empregada volta a reclamar de seu salário.
Os governantes se aproveitam do clima de férias para subir os preços dos bens de serviços essenciais. Retornam as passeatas para protestar quanto ao preço da passagem nos ônibus que servem à população que se desloca para o trabalho diário. Sem falar na organização de passeatas de cunho político. Pois a situação do país, como um todo, começa a soprar os ares que podem ocasionar uma possível convulsão social.
Mas a elite privilegiada continua a aumentar seus proventos, já polpudos, em contraste com os da população que realmente trabalha. E nos traz até um desgosto abrir aquela caixa de correspondência a nos esperar impiedosa, coitada.
E os brigadianos, bombeiros e professores ainda não foram valorizados em seus esforços e em seu salário, mesmo desempenhando uma missão social e indispensável às comunidades e à Nação, antes ''mãe gentil''.
Mas se nossa saúde estiver resistindo a todas essas intempéries, ainda estamos no lucro.
A comida na mesa, o sorriso de um filho, o olhar carinhoso do companheiro (a), o sol de cada dia, o hino dos pássaros, a brisa murmurando ao ouvido das flores, a água corrente, são bênçãos do Criador. A harmonia do cosmos ainda é nossa. E a natureza teima em nos contemplar, radiante, com seu viço e formosura.
Precisamos responder ao chamado interior para resolver nossos conflitos, ora aflitos e espalhafatosos e ora contritos e silenciosos.
A providência divina nos proverá e abençoará aos homens de boa vontade.
Que possamos estar, não só entre os chamados, mas entre os escolhidos.
Que nos seja dada a oportunidade de viajar para a próxima e tão esperada temporada de verão. E a verão, com certeza.
KATIA CHIAPPINI
domingo, 22 de fevereiro de 2015
CONEXÕES ESPIRITUAIS
CONEXÕES ESPIRITUAIS
CONEXÕES ESPIRITUAIS Uma brisa que vem no rosto, uma sombra que passa, uma energia que parece passar bem perto, um sonho que parece real, são conexões espirituais.
Minha mãe costumava me dizer que estava se preparando para a vida espiritual. Ela sonhava com meu pai, já falecido, e dizia que ele parecia acenar para ela, sorrindo. E me relatou que após a morte de papai, ela sentia como se estivesse sendo beijada no rosto e logo se acordava com essa impressão. Durante uns 7 dias essa impressão se repetiu e ela me pediu segredo porque poderiam falar mal dela. Ou julgá-la algo alterada com a perda de papai .Fez suas orações e disse que preferia que ele ficasse em seu outro plano e a deixasse viver, em paz, o tempo que ainda lhe restava.
Minha vó Glória também me contava que via seu pai, meu bisavô, transitar pelo corredor da casa, durante a hora que escolhia para rezar o terço, nesse mesmo corredor. E ela ficava sentada na cadeira preguiçosa para cumprir seu ritual.
E isso se repetiu durante um mês, segundo vovó. Mas um dia antes de vovô falecer, ela não enxergou o vulto. Só que na manhã do dia seguinte meu avô teve morte súbita e caiu na farmácia de sua propriedade, onde atendia junto com os demais funcionários.
Eram duas casas: uma da família e outra, ao lado, onde havia uma ala para comportar a farmácia. Então, quando isso aconteceu, minha vó nem teve tempo de se despedir de vovô, a poucos passos de onde ela estava. Ficou impressionada e muito triste por não ver o desenlace e por não poder se despedir do seu primeiro e único marido.
Minha colega de aula da quinta série do fundamental sentava ao meu lado. Marcou uma cirurgia de apendicite e me falou:
- Amanhã vou morrer e quero que vá rezar por minha alma.
Comecei a rir e pedir que não repetisse aquilo novamente, nem de brincadeira. Mas ela ficou séria e parei de rir para argumentar que não havia razão para pensar daquela forma.
No dia seguinte a freira da secretaria entrou em minha classe e percebi algo errado em sua expressão facial. Ela falou:
- Maria Alcione acaba de falecer.
E assim dizendo veio combinar local e horário onde deveríamos estar para assistir ao sepultamento da colega.
Para mim foi um choque violento e minha pressão caiu e comecei a tremer em todo o corpo e a suar frio. A freira da enfermaria cuidou de mim, mas eu teria que ir ao velório, embora fosse dispensada. Mas como não ir? Logo eu que sentava ao lado dela e que ouvi sua premonição?
Ver a cena dos pais de minha colega e familiares, chorando alto e em desespero, ficou gravada em minha mente. E ao relembrar parece que estou naquele frio cemitério e ainda me vem uma tristeza. Fico meditando nos caminhos de Deus.
Depois soubemos que sua morte se deu porque não resistiu à anestesia e a cirurgia nem chegou a ser feita. Minha colega tinha muita altura e pouco peso. E os médicos concluíram que seu coração não resistiu.
Minha colega de magistério perdeu seu pai de uma maneira brutal e chocante: foi suicídio. Logo ela foi acometida de dores por toda a coluna, o que quase a impedia de ir lecionar.
Então ela teve uma luz e pensou que seu pai estava lhe pesando nas costas para pedir perdão ou pedir que não lhe guardasse rancor. Isso porque ela era a filha preferida e a que mais atenções dava aos pais. A situação se prolongou por mais de 30 dias e ela tentou uma providência. Comprou velas e as acendeu na capela onde o pai costumava frequentar aos domingos. Ajoelho-se e rezou por mais de duas horas, até que não aguentou mais o roçar da madeira nos joelhos. E pediu que seu pai fosse descansar no outro plano e a deixasse seguir sua vida. Disse contrita, que o perdoava e que não iria emitir julgamento a respeito do fato e nem denegrir sua lembrança. Minha colega me confessou que repetiu por mais de 100 vezes, como se fosse um mantra, essas palavras:
-Pai, volta para teu lugar e cumpre tua purificação porque eu já te perdoei.
Na manhã subsequente, minha colega chegou mais cedo ,beijou seus alunos na fila da entrada, sorriu para todos e subiu a escada em direção à aula, com sua melhor disposição.
Minha outra colega, que tinha um trabalho específico no centro espírita, resolveu se ausentar para atender dois filhos pequenos e seus alunos de magistério.
Mas começou a sentir uma tristeza, como se lhe faltasse algo. Minha colega tinha dons mediúnicos, fazia palestras, dava aulas no centro espírita, rezava e dava passes. Uma noite sonhou que precisava voltar para se dedicar aos espíritos aflitos. E uma voz lhe disse que esse trabalho de fé não pode ser interrompido porque é uma missão que lhe foi atribuída no plano espiritual.
E voltou às sessões que presidia, com determinação e vontade de continuar a servir o semelhante.
Na véspera de Natal, ela psicografava uma linda mensagem que deveria ler, antes da ceia. E era orientada a rezar um Padre Nosso.
Disse-me que um dia estava tomando banho, bem sossegada, quando sentiu que sua mão esquerda ( porque era canhota ) se mexia e queria escrever. Apressou o banho, sentou-se e trabalhou nessa mensagem. Era do seu pai, dizendo que a família não se preocupasse, pois nada lhe faltava.
Tenho outras pessoas amigas que se dedicam ao centro espírita, e que realmente, não param nunca de atuar.
Essas conexões espirituais não são sentidas pela maioria das pessoas. Apenas algumas almas são agraciadas com esses dons.
Mas quando sentem esse chamado devem pedir orientação espiritual e tentar entender sua missão nessa terra. Nem sempre é fácil lidar com isso. É preciso saber de que se trata e entender todo um processo de entrega que lhe será exigido.
As conexões espirituais são muito mais complexas e os casos dispensam horas de estudo e dedicação.
Aqui ,eu apenas pretendi relatar fatos de meu conhecimento,sem juízo de valor. Apenas, para dizer que nem tudo é explicado, cientificamente. Somos um somatório harmônico de corpo e alma.
E, no campo espiritual, nem é preciso ser religioso para que se dê o chamado. Deus faz as suas escolhas.
São mistérios que se desenrolam nas nossas vidas, sem pedir licença. E quando se instalam transformam a existência.
São as conexões da fé que se manifestam, queiramos ou não.
KATIA CHIAPPINI
-E-MAIL;KATIA_FACHINELLO42@HOTMAIL.COM
CONEXÕES ESPIRITUAIS Uma brisa que vem no rosto, uma sombra que passa, uma energia que parece passar bem perto, um sonho que parece real, são conexões espirituais.
Minha mãe costumava me dizer que estava se preparando para a vida espiritual. Ela sonhava com meu pai, já falecido, e dizia que ele parecia acenar para ela, sorrindo. E me relatou que após a morte de papai, ela sentia como se estivesse sendo beijada no rosto e logo se acordava com essa impressão. Durante uns 7 dias essa impressão se repetiu e ela me pediu segredo porque poderiam falar mal dela. Ou julgá-la algo alterada com a perda de papai .Fez suas orações e disse que preferia que ele ficasse em seu outro plano e a deixasse viver, em paz, o tempo que ainda lhe restava.
Minha vó Glória também me contava que via seu pai, meu bisavô, transitar pelo corredor da casa, durante a hora que escolhia para rezar o terço, nesse mesmo corredor. E ela ficava sentada na cadeira preguiçosa para cumprir seu ritual.
E isso se repetiu durante um mês, segundo vovó. Mas um dia antes de vovô falecer, ela não enxergou o vulto. Só que na manhã do dia seguinte meu avô teve morte súbita e caiu na farmácia de sua propriedade, onde atendia junto com os demais funcionários.
Eram duas casas: uma da família e outra, ao lado, onde havia uma ala para comportar a farmácia. Então, quando isso aconteceu, minha vó nem teve tempo de se despedir de vovô, a poucos passos de onde ela estava. Ficou impressionada e muito triste por não ver o desenlace e por não poder se despedir do seu primeiro e único marido.
Minha colega de aula da quinta série do fundamental sentava ao meu lado. Marcou uma cirurgia de apendicite e me falou:
- Amanhã vou morrer e quero que vá rezar por minha alma.
Comecei a rir e pedir que não repetisse aquilo novamente, nem de brincadeira. Mas ela ficou séria e parei de rir para argumentar que não havia razão para pensar daquela forma.
No dia seguinte a freira da secretaria entrou em minha classe e percebi algo errado em sua expressão facial. Ela falou:
- Maria Alcione acaba de falecer.
E assim dizendo veio combinar local e horário onde deveríamos estar para assistir ao sepultamento da colega.
Para mim foi um choque violento e minha pressão caiu e comecei a tremer em todo o corpo e a suar frio. A freira da enfermaria cuidou de mim, mas eu teria que ir ao velório, embora fosse dispensada. Mas como não ir? Logo eu que sentava ao lado dela e que ouvi sua premonição?
Ver a cena dos pais de minha colega e familiares, chorando alto e em desespero, ficou gravada em minha mente. E ao relembrar parece que estou naquele frio cemitério e ainda me vem uma tristeza. Fico meditando nos caminhos de Deus.
Depois soubemos que sua morte se deu porque não resistiu à anestesia e a cirurgia nem chegou a ser feita. Minha colega tinha muita altura e pouco peso. E os médicos concluíram que seu coração não resistiu.
Minha colega de magistério perdeu seu pai de uma maneira brutal e chocante: foi suicídio. Logo ela foi acometida de dores por toda a coluna, o que quase a impedia de ir lecionar.
Então ela teve uma luz e pensou que seu pai estava lhe pesando nas costas para pedir perdão ou pedir que não lhe guardasse rancor. Isso porque ela era a filha preferida e a que mais atenções dava aos pais. A situação se prolongou por mais de 30 dias e ela tentou uma providência. Comprou velas e as acendeu na capela onde o pai costumava frequentar aos domingos. Ajoelho-se e rezou por mais de duas horas, até que não aguentou mais o roçar da madeira nos joelhos. E pediu que seu pai fosse descansar no outro plano e a deixasse seguir sua vida. Disse contrita, que o perdoava e que não iria emitir julgamento a respeito do fato e nem denegrir sua lembrança. Minha colega me confessou que repetiu por mais de 100 vezes, como se fosse um mantra, essas palavras:
-Pai, volta para teu lugar e cumpre tua purificação porque eu já te perdoei.
Na manhã subsequente, minha colega chegou mais cedo ,beijou seus alunos na fila da entrada, sorriu para todos e subiu a escada em direção à aula, com sua melhor disposição.
Minha outra colega, que tinha um trabalho específico no centro espírita, resolveu se ausentar para atender dois filhos pequenos e seus alunos de magistério.
Mas começou a sentir uma tristeza, como se lhe faltasse algo. Minha colega tinha dons mediúnicos, fazia palestras, dava aulas no centro espírita, rezava e dava passes. Uma noite sonhou que precisava voltar para se dedicar aos espíritos aflitos. E uma voz lhe disse que esse trabalho de fé não pode ser interrompido porque é uma missão que lhe foi atribuída no plano espiritual.
E voltou às sessões que presidia, com determinação e vontade de continuar a servir o semelhante.
Na véspera de Natal, ela psicografava uma linda mensagem que deveria ler, antes da ceia. E era orientada a rezar um Padre Nosso.
Disse-me que um dia estava tomando banho, bem sossegada, quando sentiu que sua mão esquerda ( porque era canhota ) se mexia e queria escrever. Apressou o banho, sentou-se e trabalhou nessa mensagem. Era do seu pai, dizendo que a família não se preocupasse, pois nada lhe faltava.
Tenho outras pessoas amigas que se dedicam ao centro espírita, e que realmente, não param nunca de atuar.
Essas conexões espirituais não são sentidas pela maioria das pessoas. Apenas algumas almas são agraciadas com esses dons.
Mas quando sentem esse chamado devem pedir orientação espiritual e tentar entender sua missão nessa terra. Nem sempre é fácil lidar com isso. É preciso saber de que se trata e entender todo um processo de entrega que lhe será exigido.
As conexões espirituais são muito mais complexas e os casos dispensam horas de estudo e dedicação.
Aqui ,eu apenas pretendi relatar fatos de meu conhecimento,sem juízo de valor. Apenas, para dizer que nem tudo é explicado, cientificamente. Somos um somatório harmônico de corpo e alma.
E, no campo espiritual, nem é preciso ser religioso para que se dê o chamado. Deus faz as suas escolhas.
São mistérios que se desenrolam nas nossas vidas, sem pedir licença. E quando se instalam transformam a existência.
São as conexões da fé que se manifestam, queiramos ou não.
KATIA CHIAPPINI
-E-MAIL;KATIA_FACHINELLO42@HOTMAIL.COM
sábado, 21 de fevereiro de 2015
ONDE ESTOU?
ONDE ESTOU?
Talvez eu me veja
Estacionando
E ainda não esteja
Me encontrando
O giro foi forte
Não aterrissei
Perdi meu norte
Sinto que tropecei
Volte a coragem
A determinação
É minha a viagem
É grande a missão
Vou ser racional
Para trocar de passo
Me afastar do mal
Evitar o fracasso
A quem vou chamar
Pra me erguer do chão?
E quem vai acalmar
Essa inquietação?
Onde fui parar
Com minha dor?
Mas vou superar
Esse mal de amor
Vou correr atrás
Das ondas do mar
Encontrar a paz
Me purificar
Vou estender a rede
Para descansar
E outro olhar verde
Virá me balançar
Vou meus olhos cerrar
De igual verde espanto
E na rede meditar
E acalmar meu pranto
KATIA CHIAPPINI
Seja como for, seja onde eu estiver, vou me reencontrar.
Das profundezas de minha alma vou tirar essa força para seguir.
De minha fé na própria jornada que me tornou forte, vou buscar uma energia infinda que tenho buscado nas horas difíceis.
Não vale à pena esquecer de viver. Só a vida é a grande promessa e nos é desvendada aos poucos .Assim, temos tempo para planejar o próximo passo, estudando e prevenindo as intempéries que se atravessam, uma vez ou outra.
E estar sozinha ou acompanhada é uma preocupação. Mas não é a essencial. Importante é se posicionar dentro dos valore cristãos e deixar como herança uma vida digna.
E o conceito de amor é bem maior do que o conceito de relacionamento a dois. Se quisermos ser amados precisamos amar o semelhante e, de alguma forma, nos tornarmos úteis. Quem se retira para o próprio casulo fica com a visão distorcida e não lhe é possível perceber o quanto há para fazer no sentido de sanar as necessidades de nossos irmãos
A vida é a grande experiência, a melhor vivência. E a família é o único consolo que está sempre ao nosso lado.
Preservar a família é o primeiro passo para conseguir se reerguer das vicissitudes.
E orar com as mãos postas é intensificar a fé e a esperança em dias melhores.
E a Bíblia Sagrada nos conta que Jacó precisou se casar com Lia, por imposição de Labão. E só depois de sete anos conseguiu casar com Raquel, sua irmã, a quem amava.
Então, a paciência e o amor levaram Jacó ao resultado que esperava.
Quem espera sete longos anos para concretizar uma história de amor, indiscutivelmente, tem incontestável valor, sendo digno de absoluta confiança e credibilidade ímpares.
Mas, quem, apesar da longa espera, o amor não concretizou, ainda tem toda a beleza da vida e uma natureza pródiga ao seu dispor.
KATIA
Talvez eu me veja
Estacionando
E ainda não esteja
Me encontrando
O giro foi forte
Não aterrissei
Perdi meu norte
Sinto que tropecei
Volte a coragem
A determinação
É minha a viagem
É grande a missão
Vou ser racional
Para trocar de passo
Me afastar do mal
Evitar o fracasso
A quem vou chamar
Pra me erguer do chão?
E quem vai acalmar
Essa inquietação?
Onde fui parar
Com minha dor?
Mas vou superar
Esse mal de amor
Vou correr atrás
Das ondas do mar
Encontrar a paz
Me purificar
Vou estender a rede
Para descansar
E outro olhar verde
Virá me balançar
Vou meus olhos cerrar
De igual verde espanto
E na rede meditar
E acalmar meu pranto
KATIA CHIAPPINI
Seja como for, seja onde eu estiver, vou me reencontrar.
Das profundezas de minha alma vou tirar essa força para seguir.
De minha fé na própria jornada que me tornou forte, vou buscar uma energia infinda que tenho buscado nas horas difíceis.
Não vale à pena esquecer de viver. Só a vida é a grande promessa e nos é desvendada aos poucos .Assim, temos tempo para planejar o próximo passo, estudando e prevenindo as intempéries que se atravessam, uma vez ou outra.
E estar sozinha ou acompanhada é uma preocupação. Mas não é a essencial. Importante é se posicionar dentro dos valore cristãos e deixar como herança uma vida digna.
E o conceito de amor é bem maior do que o conceito de relacionamento a dois. Se quisermos ser amados precisamos amar o semelhante e, de alguma forma, nos tornarmos úteis. Quem se retira para o próprio casulo fica com a visão distorcida e não lhe é possível perceber o quanto há para fazer no sentido de sanar as necessidades de nossos irmãos
A vida é a grande experiência, a melhor vivência. E a família é o único consolo que está sempre ao nosso lado.
Preservar a família é o primeiro passo para conseguir se reerguer das vicissitudes.
E orar com as mãos postas é intensificar a fé e a esperança em dias melhores.
E a Bíblia Sagrada nos conta que Jacó precisou se casar com Lia, por imposição de Labão. E só depois de sete anos conseguiu casar com Raquel, sua irmã, a quem amava.
Então, a paciência e o amor levaram Jacó ao resultado que esperava.
Quem espera sete longos anos para concretizar uma história de amor, indiscutivelmente, tem incontestável valor, sendo digno de absoluta confiança e credibilidade ímpares.
Mas, quem, apesar da longa espera, o amor não concretizou, ainda tem toda a beleza da vida e uma natureza pródiga ao seu dispor.
KATIA
DA TRISTEZA NASCE O POEMA...
DA TRISTEZA NASCE O POEMA...
Se eu estiver triste
E me ver sentimental
Não sei se isso existe:
-Escrevo quase um jornal
O peso da emoção
Brinca de perto comigo
E me traz com precisão
Um sentimento antigo
Vou do sonho ao devaneio
Até me ver saudosista
Vou da rima ao recreio
Onde descanso a vista
Vou me encontrar na lagoa
Onde me banhava na estância
O pensamento agora voa
Ao tempo de minha infância
Mando partir a tristeza
E vou galopar nos pagos
Lembrar de tia Thereza
De tia Bebê e dos afagos
Volto à rima que chama
E me dá sentido na agonia
Melhor que rolar na cama
Tão triste quanto vazia
KATIA CHIAPPINI
ILUSÕES!
ILUSÕES!
Ilusões são pequenas gotas de felicidade que o Criador houve por bem nos proporcionar. São alguns momentos em que nos sentimos reis ou rainhas e nos deixamos levar pela emoção. E mesmo sabendo que estamos criando mágoas e desencanto, queremos que as ilusões nos cheguem, em alguma época de nossas vidas.
Sonhos são parte das ilusões. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos em estado de vigília, sonhamos nos dias e nas noites, sonhamos para aceitar a realidade que se impõe imperativa.
Imaginamos ser a única, a mais desejada, a melhor companheira, a presença mais esperada, aquele amor grandioso que temos no pensamento. Sonhamos muito e amamos pouco. Queremos acreditar nos sonhos, mesmo sabendo que desacreditamos. As ilusões nos fazem levitar, sair da realidade, e esperar um desfecho que não pode ser outro, mas que não se materializa.
A música e a poesia nos auxiliam nessa especial tarefa, como a cortina de veludo,vermelha, pano de fundo, que serve de moldura para nossa própria história. E que se abre para que se inicie a peça de teatro. Fazemos de nossos sonhos um enredo. Só que esse perde o seu rumo e não se conclui a apresentação, porque a nossa vida é essa peça incompleta. E vamos vivendo desgarrados, confusos, decepcionados com as atitudes do ser humano.Acreditamos em reconciliação, aquela que não se fará, sem que haja mudança de atitude e pela qual já se esperou demais.
E os amores vão se transformando em nuvens, em fumaça, em sombras escuras que se ampliam e penetram na alma em conflito.
Especialmente os amores são feitos de juras vãs. São substituídos ou desprezados sem que se saiba quando isso vai ocorrer. Mas, até se sabe. Difícil é assimilar que o sonho acalentado não passará de sonho perdido.
Difícil não lembrar das horas à sós, das palavras trocadas, das emoções sentidas e da esperança incontida.
Difícil acreditar na inconstância do ser humano e nas promessas feita, sem intenção de cumprir. E então a espera se torna sem sentido, infecunda e um pesado fardo para carregar.
E mesmo vivendo tantas desgraças, atualmente ,em todas as esferas da sociedade em crise, mesmo assim, somos capazes de jogar fora uma presença fiel, que se dizia um amor sincero.
E quando não está bom para um, não está bom para os dois.
E quando se diz uma coisa e se faz outra, a fé vai perdendo força, o semblante vai perdendo o viço e todas as células do ser humano vão perdendo vida. E quantos dias e noites de dedicação são jogados fora! E quantas carícias!
E temos a compreensão de que a vida exige a capacidade de lutar pelos ideais sonhados e não materializados. É essa a condição indispensável: se dispor a percorrer um trajeto, até encontrar uma alma sincera que se prontifique a ser a única e a última a desistir da luta.
Quem pára de lutar pára de viver e morre mesmo antes de morrer.
KATIA CHIAPPINI
Ilusões são pequenas gotas de felicidade que o Criador houve por bem nos proporcionar. São alguns momentos em que nos sentimos reis ou rainhas e nos deixamos levar pela emoção. E mesmo sabendo que estamos criando mágoas e desencanto, queremos que as ilusões nos cheguem, em alguma época de nossas vidas.
Sonhos são parte das ilusões. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos em estado de vigília, sonhamos nos dias e nas noites, sonhamos para aceitar a realidade que se impõe imperativa.
Imaginamos ser a única, a mais desejada, a melhor companheira, a presença mais esperada, aquele amor grandioso que temos no pensamento. Sonhamos muito e amamos pouco. Queremos acreditar nos sonhos, mesmo sabendo que desacreditamos. As ilusões nos fazem levitar, sair da realidade, e esperar um desfecho que não pode ser outro, mas que não se materializa.
A música e a poesia nos auxiliam nessa especial tarefa, como a cortina de veludo,vermelha, pano de fundo, que serve de moldura para nossa própria história. E que se abre para que se inicie a peça de teatro. Fazemos de nossos sonhos um enredo. Só que esse perde o seu rumo e não se conclui a apresentação, porque a nossa vida é essa peça incompleta. E vamos vivendo desgarrados, confusos, decepcionados com as atitudes do ser humano.Acreditamos em reconciliação, aquela que não se fará, sem que haja mudança de atitude e pela qual já se esperou demais.
E os amores vão se transformando em nuvens, em fumaça, em sombras escuras que se ampliam e penetram na alma em conflito.
Especialmente os amores são feitos de juras vãs. São substituídos ou desprezados sem que se saiba quando isso vai ocorrer. Mas, até se sabe. Difícil é assimilar que o sonho acalentado não passará de sonho perdido.
Difícil não lembrar das horas à sós, das palavras trocadas, das emoções sentidas e da esperança incontida.
Difícil acreditar na inconstância do ser humano e nas promessas feita, sem intenção de cumprir. E então a espera se torna sem sentido, infecunda e um pesado fardo para carregar.
E mesmo vivendo tantas desgraças, atualmente ,em todas as esferas da sociedade em crise, mesmo assim, somos capazes de jogar fora uma presença fiel, que se dizia um amor sincero.
E quando não está bom para um, não está bom para os dois.
E quando se diz uma coisa e se faz outra, a fé vai perdendo força, o semblante vai perdendo o viço e todas as células do ser humano vão perdendo vida. E quantos dias e noites de dedicação são jogados fora! E quantas carícias!
E temos a compreensão de que a vida exige a capacidade de lutar pelos ideais sonhados e não materializados. É essa a condição indispensável: se dispor a percorrer um trajeto, até encontrar uma alma sincera que se prontifique a ser a única e a última a desistir da luta.
Quem pára de lutar pára de viver e morre mesmo antes de morrer.
KATIA CHIAPPINI
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
CONHECER É DESCONHECER...
CONHECER É DESCONHECER...
Não se conhece
Nada e ninguém
O homem parece
Que ama alguém
Mas não se importa
E só nos engana
E então se comporta
Como doidivana
Ou então procura
Seu ego priorizar
Fere a criatura
Promete sem pensar
Nascemos limpos
O mundo nos muda
Nos tornamos ímpios
Entristecemos Buda
Amores de cabeceira
Não têm mais sentido
São nuvens passageiras
São de tempos idos
São vícios inerentes
Aos seres humanos
Amores pendentes
Falsos e insanos
Pensamos conhecer
O que desconhecemos
Não há como entender
O ser com quem vivemos
Tudo é simples aparência
Ou uma moldura inútil
Perde-se a real essência
Resta o que é vida fútil
É triste a nossa andança
Para tentar sobreviver
Quem espera não alcança
Quem corre cai sem querer
Nos perdemos do rebanho
E nem voltaremos jamais
Viramos simples estranhos
Páginas viradas dos jornais
KATIA CHIAPPINI
Não se conhece
Nada e ninguém
O homem parece
Que ama alguém
Mas não se importa
E só nos engana
E então se comporta
Como doidivana
Ou então procura
Seu ego priorizar
Fere a criatura
Promete sem pensar
Nascemos limpos
O mundo nos muda
Nos tornamos ímpios
Entristecemos Buda
Amores de cabeceira
Não têm mais sentido
São nuvens passageiras
São de tempos idos
São vícios inerentes
Aos seres humanos
Amores pendentes
Falsos e insanos
Pensamos conhecer
O que desconhecemos
Não há como entender
O ser com quem vivemos
Tudo é simples aparência
Ou uma moldura inútil
Perde-se a real essência
Resta o que é vida fútil
É triste a nossa andança
Para tentar sobreviver
Quem espera não alcança
Quem corre cai sem querer
Nos perdemos do rebanho
E nem voltaremos jamais
Viramos simples estranhos
Páginas viradas dos jornais
KATIA CHIAPPINI
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
COMO ISSO OU AQUILO...
COMO ISSO OU AQUILO...
Como os pássaros que cortam o ar
Preciso semáforos para me orientar
Como a flor que enfeita o andor
Preciso de amor para cessar a dor
Como um alazão galopando ao vento
Preciso de decisão e não de passos lentos
Como a maré vermelha que assola o rio
Meu teto está sem telha, meu amor por um fio
Como os peixes que moram no mar
Preciso encontrar razões para navegar
Como o arco que a flecha não lançou
Espero pelo barco que ainda não ancorou
Como a nuvem que deixa a chuva escapar
Não controlo a lágrima que deixo rolar
Como a onda que cresce na maré
Preciso transbordar em esperança e fé
Como o cravo que brigou com a rosa
Preciso provocar brigas amorosas
E se eu deslizar em ti- insinuante-
Colha-me como precioso diamante
KATIA CHIAPPINI
Como os pássaros que cortam o ar
Preciso semáforos para me orientar
Como a flor que enfeita o andor
Preciso de amor para cessar a dor
Como um alazão galopando ao vento
Preciso de decisão e não de passos lentos
Como a maré vermelha que assola o rio
Meu teto está sem telha, meu amor por um fio
Como os peixes que moram no mar
Preciso encontrar razões para navegar
Como o arco que a flecha não lançou
Espero pelo barco que ainda não ancorou
Como a nuvem que deixa a chuva escapar
Não controlo a lágrima que deixo rolar
Como a onda que cresce na maré
Preciso transbordar em esperança e fé
Como o cravo que brigou com a rosa
Preciso provocar brigas amorosas
E se eu deslizar em ti- insinuante-
Colha-me como precioso diamante
KATIA CHIAPPINI
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
DIA 17 DE FEVEREIRO: ANIVERSÁRIO DE MAMÃE
DIA 17/2:ANIVERSÁRIO DE MAMÃE
Hoje, dia 17 de fevereiro, se comemora o aniversário de nascimento de minha mãe: Eulália Chiappini. Se estivesse viva estaria completando 94 anos de idade. Deus lhe deu a chance de viver até os 90 anos, junto a mim, a todo o momento, no final, pela necessidade da doença. Ontem lembrei e rezei por ela e desejei que esteja sempre comigo. Ainda preciso dela e gosto de pensar que, de onde estiver, está me protegendo.
Estou na praia de Torres, onde mamãe adorava estar, com a família.
Costumávamos comemorar seu aniversário num restaurante que dava vistas para o rio e onde se vislumbra o céu pela janela envidraçada. Eu reunia seus filhos e netos e procurava deixar o ambiente agradável para que seu rosto se iluminasse num sorriso lindo e os olhos brilhassem,verdes e belos.
Mas estou a lembrar como é real a carência na terceira idade. E como se reveste de um valor especial qualquer gesto de carinho.
Vou relatar um fato que nos dá uma pálida ideia dessa afirmação.
Meu filho precisou comprar terno e gravata para comparecer a um evento social que exigia boa apresentação.
Mamãe se prontificou a dar a roupa de presente e nos dirigimos para a loja de trajes sociais masculinos.
Ao chegar fomos atendidos por um vendedor muito educado e prestativo. E mamãe gostou dele, de imediato.
Estávamos, meu filho, minha filha ,minha mãe e eu. Percebemos que o vendedor se ausentou para voltar com vários cabides portando ternos. E os colocou no balcão próximo a nós.
Enquanto meu filho se dirigiu ao vestiário para experimentar as peças, fomos brindados com uma xícara de café expresso, servido por essas máquinas fantásticas. E mamãe acomodou-se numa cadeira confortável. E o vendedor discorria sobre a qualidade dos tecidos, sobre o que estava na moda para os jovens e sobre a tradição da casa. E assim falando acabou por sugerir que mamãe comprasse uns dois ternos completos, dois pares de calças avulsas, gravata, camisa branca e um par de sapatos. E tratou de repetir o cafezinho. E esse tratamento vip fez de mamãe uma pessoa sem resistência e acessível a qualquer sugestão.
Quando nos demos conta, o filho saiu com todas as peças que o vendedor havia sugerido e mamãe assinou um cheque e mal olhou o valor total. E meu filho havia escolhido um par de sapatos de cromo alemão.
Levamos mamãe em casa, agradecemos os presentes e a deixamos com um ar de satisfação indescritível.
No ano seguinte, meu filho pensou em comprar só mais um par de sapatos, menos imponente, que combinasse com as calças avulsas que comprara. E mais uma gravata e uma camisa branca.
Minha mãe se arrumou toda e fomos buscá-la para mais uma ida às compras com meu filho.
Fomos no mesmo estabelecimento. Mamãe, imediatamente, olhou por diversas vezes para todos os lados. Não conseguiu fixar o mesmo vendedor do ano anterior. Ficou decepcionada e agitada.
Soube que a loja tinha transferido esse vendedor para outra de suas filiais. Um outro vendedor atendeu mamãe. Era sério, de poucas palavras.
Meu filho tratou de escolher, rapidamente, um par de sapatos e se deu por satisfeito. Percebeu que mamãe demonstrava inquietude e que não estava à vontade. Andava de um lado para outro.
Tratamos de finalizar a compra, sair da loja e deixar mamãe em casa. Essa estava quieta e bem séria.
Quando a deixei na porta de casa e fui me despedir, mamãe disse:
-Minha filha, a loja já não é mais a mesma.
KATIA CHIAPPINI
Hoje, dia 17 de fevereiro, se comemora o aniversário de nascimento de minha mãe: Eulália Chiappini. Se estivesse viva estaria completando 94 anos de idade. Deus lhe deu a chance de viver até os 90 anos, junto a mim, a todo o momento, no final, pela necessidade da doença. Ontem lembrei e rezei por ela e desejei que esteja sempre comigo. Ainda preciso dela e gosto de pensar que, de onde estiver, está me protegendo.
Estou na praia de Torres, onde mamãe adorava estar, com a família.
Costumávamos comemorar seu aniversário num restaurante que dava vistas para o rio e onde se vislumbra o céu pela janela envidraçada. Eu reunia seus filhos e netos e procurava deixar o ambiente agradável para que seu rosto se iluminasse num sorriso lindo e os olhos brilhassem,verdes e belos.
Mas estou a lembrar como é real a carência na terceira idade. E como se reveste de um valor especial qualquer gesto de carinho.
Vou relatar um fato que nos dá uma pálida ideia dessa afirmação.
Meu filho precisou comprar terno e gravata para comparecer a um evento social que exigia boa apresentação.
Mamãe se prontificou a dar a roupa de presente e nos dirigimos para a loja de trajes sociais masculinos.
Ao chegar fomos atendidos por um vendedor muito educado e prestativo. E mamãe gostou dele, de imediato.
Estávamos, meu filho, minha filha ,minha mãe e eu. Percebemos que o vendedor se ausentou para voltar com vários cabides portando ternos. E os colocou no balcão próximo a nós.
Enquanto meu filho se dirigiu ao vestiário para experimentar as peças, fomos brindados com uma xícara de café expresso, servido por essas máquinas fantásticas. E mamãe acomodou-se numa cadeira confortável. E o vendedor discorria sobre a qualidade dos tecidos, sobre o que estava na moda para os jovens e sobre a tradição da casa. E assim falando acabou por sugerir que mamãe comprasse uns dois ternos completos, dois pares de calças avulsas, gravata, camisa branca e um par de sapatos. E tratou de repetir o cafezinho. E esse tratamento vip fez de mamãe uma pessoa sem resistência e acessível a qualquer sugestão.
Quando nos demos conta, o filho saiu com todas as peças que o vendedor havia sugerido e mamãe assinou um cheque e mal olhou o valor total. E meu filho havia escolhido um par de sapatos de cromo alemão.
Levamos mamãe em casa, agradecemos os presentes e a deixamos com um ar de satisfação indescritível.
No ano seguinte, meu filho pensou em comprar só mais um par de sapatos, menos imponente, que combinasse com as calças avulsas que comprara. E mais uma gravata e uma camisa branca.
Minha mãe se arrumou toda e fomos buscá-la para mais uma ida às compras com meu filho.
Fomos no mesmo estabelecimento. Mamãe, imediatamente, olhou por diversas vezes para todos os lados. Não conseguiu fixar o mesmo vendedor do ano anterior. Ficou decepcionada e agitada.
Soube que a loja tinha transferido esse vendedor para outra de suas filiais. Um outro vendedor atendeu mamãe. Era sério, de poucas palavras.
Meu filho tratou de escolher, rapidamente, um par de sapatos e se deu por satisfeito. Percebeu que mamãe demonstrava inquietude e que não estava à vontade. Andava de um lado para outro.
Tratamos de finalizar a compra, sair da loja e deixar mamãe em casa. Essa estava quieta e bem séria.
Quando a deixei na porta de casa e fui me despedir, mamãe disse:
-Minha filha, a loja já não é mais a mesma.
KATIA CHIAPPINI
QUAL É O SEU CAMINHO?
QUAL É O SEU CAMINHO?
( Posso sugerir? )
Posso aceitar
Só amizade
Vou assimilar
Essa verdade
Posso querer
Viver de saudade
Sem conhecer
A felicidade
Posso seguir
Minha intuição
E não ouvir
A voz da razão
Posso viver
Uma recaída
Mesmo sabendo:
-Ficarei sofrida
Posso arriscar
Uma noite viver
Me decepcionar
Me arrepender
Essa é a vida:
-Ser ou se conter
Ou curar a ferida
Ou acontecer
KATIA CHIAPPINI
As vezes ser feliz é desfazer as malas e voltar atrás
katia
( Posso sugerir? )
Posso aceitar
Só amizade
Vou assimilar
Essa verdade
Posso querer
Viver de saudade
Sem conhecer
A felicidade
Posso seguir
Minha intuição
E não ouvir
A voz da razão
Posso viver
Uma recaída
Mesmo sabendo:
-Ficarei sofrida
Posso arriscar
Uma noite viver
Me decepcionar
Me arrepender
Essa é a vida:
-Ser ou se conter
Ou curar a ferida
Ou acontecer
KATIA CHIAPPINI
As vezes ser feliz é desfazer as malas e voltar atrás
katia
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
CASA CHEIA...
CASA CHEIA
Casa cheia é o que posso dizer do apartamento da praia de Torres, durante os verões.
Um gato, um cão, três filhos, quatro netos, alguns amigos visitantes se encontram nos verões.
Quando tudo silencia, na hora de dormir, podemos vislumbrar, da sacada, o céu estrelado, prenunciando um dia de sol e de praia. E mesmo no silêncio o alarido das crianças permanece na memória. Os carros de bombeiro, polícia, carrinhos e caminhões jogados pelo chão, mesmo imóveis, parecem se movimentar.
Ao entardecer o barulho da chuva bate na vidraça. Mas tem um tempo breve, como chuva de verão que apenas rega a terra. Na manhã seguinte o sol acena para mais um dia de praia. E lá vamos nós pedir um suco, um milho cozido e salgadinhos para a criançada. E uma caipirinha caprichada para os adultos em férias.
Na hora do almoço as crianças são atendidas antes dos adultos. Depois ficam brincando ao redor e o netinho mais novo pede sua mamadeira e dorme o sono dos anjos.
Casa cheia quer dizer encontro de família, fortalecimento dos laços afetivos, oportunidade de exercitar os valores, tais como a paciência, respeito e cordialidade.
Não se tem o mesmo conforto da cidade mas é possível improvisar.
Casa cheia é enriquecimento espiritual, oportunidade de pôr em prática a solidariedade quando há divisão de tarefas. Uns cozinham, outros colocam as roupas na máquina, outros vão às compras, outros distraem e atendem, os pequenos em suas necessidades.
Melhor que casa cheia, só a praça central de Torres, também cheia de atrações diárias. Por lá desfilam grupos de capoeira, de lutas marciais, instrumentistas, mágicos, tatuadores, caricaturistas e demais artistas, como pintores. E mãos habilidosas em objetos artesanais.
As crianças dançam e correm na praça. E os peruanos encantam ao interpretar lindas melodias em suas flautas típicas. Ao retornar à casa, as crianças, já cansadas, se acomodam para o sono reparador e os adultos fazem um carteado ou encontram um momento tranquilo para ler.
Casa cheia significa ter um significativo motivo de alegria. Enquanto estivermos cercados pela família é sinal de que somos amados. E a família é o primeiro local e o último que gostaríamos de estar.
Casa cheia é uma bênção do Criador.
E a cada ano renovamos os votos de amizade e nos encontramos com nossa criança interna. Somos capazes de jogar bola, brincar de esconder, pular corda, jogar dama, xadrez e levar as crianças ao circo ou ao teatro local. Falamos a língua delas, modificamos a voz ao brincar de fada e bruxa, nos atiramos no chão, viramos cambota e provocamos o riso franco das crianças. Conseguimos nos encontrar com os valores fraternos e agir com ternura e transparência, como se voltássemos ao tempo saudoso e antigo de nossa infância.
Quero que a casa cheia continue a se perpetuar em minhas férias de verão.
Casa cheia é o cansaço mais gratificante, a alegria mais intensa e um momento de leveza e ternura reconfortantes.
Casa cheia, para mim, é a alma em harmonia e o espírito transbordando em paz.
Meus filhos e netos: sejam todos a minha casa cheia e meu motivo maior de viver.
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
Casa cheia é o que posso dizer do apartamento da praia de Torres, durante os verões.
Um gato, um cão, três filhos, quatro netos, alguns amigos visitantes se encontram nos verões.
Quando tudo silencia, na hora de dormir, podemos vislumbrar, da sacada, o céu estrelado, prenunciando um dia de sol e de praia. E mesmo no silêncio o alarido das crianças permanece na memória. Os carros de bombeiro, polícia, carrinhos e caminhões jogados pelo chão, mesmo imóveis, parecem se movimentar.
Ao entardecer o barulho da chuva bate na vidraça. Mas tem um tempo breve, como chuva de verão que apenas rega a terra. Na manhã seguinte o sol acena para mais um dia de praia. E lá vamos nós pedir um suco, um milho cozido e salgadinhos para a criançada. E uma caipirinha caprichada para os adultos em férias.
Na hora do almoço as crianças são atendidas antes dos adultos. Depois ficam brincando ao redor e o netinho mais novo pede sua mamadeira e dorme o sono dos anjos.
Casa cheia quer dizer encontro de família, fortalecimento dos laços afetivos, oportunidade de exercitar os valores, tais como a paciência, respeito e cordialidade.
Não se tem o mesmo conforto da cidade mas é possível improvisar.
Casa cheia é enriquecimento espiritual, oportunidade de pôr em prática a solidariedade quando há divisão de tarefas. Uns cozinham, outros colocam as roupas na máquina, outros vão às compras, outros distraem e atendem, os pequenos em suas necessidades.
Melhor que casa cheia, só a praça central de Torres, também cheia de atrações diárias. Por lá desfilam grupos de capoeira, de lutas marciais, instrumentistas, mágicos, tatuadores, caricaturistas e demais artistas, como pintores. E mãos habilidosas em objetos artesanais.
As crianças dançam e correm na praça. E os peruanos encantam ao interpretar lindas melodias em suas flautas típicas. Ao retornar à casa, as crianças, já cansadas, se acomodam para o sono reparador e os adultos fazem um carteado ou encontram um momento tranquilo para ler.
Casa cheia significa ter um significativo motivo de alegria. Enquanto estivermos cercados pela família é sinal de que somos amados. E a família é o primeiro local e o último que gostaríamos de estar.
Casa cheia é uma bênção do Criador.
E a cada ano renovamos os votos de amizade e nos encontramos com nossa criança interna. Somos capazes de jogar bola, brincar de esconder, pular corda, jogar dama, xadrez e levar as crianças ao circo ou ao teatro local. Falamos a língua delas, modificamos a voz ao brincar de fada e bruxa, nos atiramos no chão, viramos cambota e provocamos o riso franco das crianças. Conseguimos nos encontrar com os valores fraternos e agir com ternura e transparência, como se voltássemos ao tempo saudoso e antigo de nossa infância.
Quero que a casa cheia continue a se perpetuar em minhas férias de verão.
Casa cheia é o cansaço mais gratificante, a alegria mais intensa e um momento de leveza e ternura reconfortantes.
Casa cheia, para mim, é a alma em harmonia e o espírito transbordando em paz.
Meus filhos e netos: sejam todos a minha casa cheia e meu motivo maior de viver.
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
domingo, 15 de fevereiro de 2015
AMIGA OU AMIGA PLUS?
AMIGA ? OU AMIGA PLUS?
A amizade é um belo sentimento. As amigas nos acompanham desde os primeiros anos até completarmos os estudos técnicos ou universitários, por exemplo. Temos as amigas vizinhas, do mesmo bairro, com as quais brincamos desde pequenas. E que frequentam nossa casa. Algumas amigas se dispersam mas continuam amigas.
O reencontro é sempre bem-vindo. E não importa o tempo passado onde a distância se faz sentir. Ser amiga é ser confidente a qualquer hora. É se dispor a acompanhar nos momentos de alegria e nos de tristeza. É velar o sono e ajudar quando se fizer necessário. É convidar para ir ao cinema, ao shopping, ao restaurante, ou mesmo à a casa de praia. E esse afeto cresce com a convivência e se fortalece a cada dia.
Hoje em dia existem amigos on-line. Não se conhecem mas mantém um diálogo pela internet. O interesse pode ser a música, a literatura, a troca de informações. É um modo de ter com quem se comunicar e de conhecer pessoas de mundos diferentes.
É um modo de poder fazer intercâmbio cultural.
Mas há amigos e amigas que estreitam relações através da internet e os sentimentos afloram com vigor e podem tomar outra forma.
Há casamentos que iniciam nessa forma de dialogar. E há amizades que são simples amizades mas que duram por longos anos.
Mas há amigos e amigas que conversam pela internet e depois se conhecem para manter relações eventuais e sem compromisso futuro.
Vou chamar de amigas plus algumas mulheres que satisfazem a carência de seus amigos internautas. Como ocorre com as amizades coloridas. Não há intenção de se comprometer, e sim, de manter alguns encontros quando e enquanto as partes interessadas assim o desejarem.
Parece ser uma situação confortável para ambas as partes. Não há cobranças e nem juras de amor eterno. Ao contrário, vale o momento da aventura somente.
Há senhores divorciados que conservam a sua disposição essas amigas-plus. E nesse caso, cada um sabe onde está pisando.
Há homens casados que, eventualmente ,preferem sair com suas amigas-plus porque julgam conhecer seus hábitos.
E há senhoras casadas que buscam seus amigos-plus para ter um instante de prazer que dizem não ter mais com seus parceiros fixos.
São tipos de amizades que nada exigem porque sabem que suas famílias esperam seu retorno ao lar. E que seus compromissos estão a chamar e que seus filhos precisam dos pais presentes.
Nesse universo louco em que vivemos podemos conviver com tipos de relacionamentos fora do convencional. Desde que os parceiros concordem em viver múltiplas aventuras, com promiscuidade e de um modo insólito, tudo se pode esperar. No mundo da saciedade do prazer, os padrões morais já se modificaram. E se torna difícil estabelecer parâmetros sustentáveis.
Em resumo:
Amiga de fé é aquela pessoa que está conosco nos momentos de tormenta ou de bonança. É companheira de todas as horas com quem mantemos uma afinidade total.
Amiga on-line é aquela pessoa com a qual nos correspondemos e que podemos vir a conhecer ou não.
Amiga-plus é aquela que vai além e não se nega a prestar qualquer tipo de favor. Em geral, pensa em sua estabilidade financeira e não em laços afetivos reais. Tratam-se de ''arranjos'' feitos para obter alguma vantagem ou favor. Como se fosse um trato a cumprir.
Mesmo assim, há alguns critérios estabelecidos e exigidos para as amigas-plus.
E aqui não nos cabe julgar comportamentos ou pessoas.
As escolhas são individuais e todos podemos pensar sobre o que nos convém.
Que tipo de amigas queremos ter?
Que tipo de amigas queremos ser?
Avalie os riscos, enfrente suas escolhas e conclua que tipo de amizades você prefere ter.
E seja qual for sua decisão, seja aquela pessoa que joga limpo, que coloca as cartas na mesa e que não se disfarça em coringa, que pula de galho em galho e não se define como pessoa, como gente e como um ser que sabe se portar sem vestir disfarces de toda ordem.
Assuma os riscos e vá em frente!
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
A amizade é um belo sentimento. As amigas nos acompanham desde os primeiros anos até completarmos os estudos técnicos ou universitários, por exemplo. Temos as amigas vizinhas, do mesmo bairro, com as quais brincamos desde pequenas. E que frequentam nossa casa. Algumas amigas se dispersam mas continuam amigas.
O reencontro é sempre bem-vindo. E não importa o tempo passado onde a distância se faz sentir. Ser amiga é ser confidente a qualquer hora. É se dispor a acompanhar nos momentos de alegria e nos de tristeza. É velar o sono e ajudar quando se fizer necessário. É convidar para ir ao cinema, ao shopping, ao restaurante, ou mesmo à a casa de praia. E esse afeto cresce com a convivência e se fortalece a cada dia.
Hoje em dia existem amigos on-line. Não se conhecem mas mantém um diálogo pela internet. O interesse pode ser a música, a literatura, a troca de informações. É um modo de ter com quem se comunicar e de conhecer pessoas de mundos diferentes.
É um modo de poder fazer intercâmbio cultural.
Mas há amigos e amigas que estreitam relações através da internet e os sentimentos afloram com vigor e podem tomar outra forma.
Há casamentos que iniciam nessa forma de dialogar. E há amizades que são simples amizades mas que duram por longos anos.
Mas há amigos e amigas que conversam pela internet e depois se conhecem para manter relações eventuais e sem compromisso futuro.
Vou chamar de amigas plus algumas mulheres que satisfazem a carência de seus amigos internautas. Como ocorre com as amizades coloridas. Não há intenção de se comprometer, e sim, de manter alguns encontros quando e enquanto as partes interessadas assim o desejarem.
Parece ser uma situação confortável para ambas as partes. Não há cobranças e nem juras de amor eterno. Ao contrário, vale o momento da aventura somente.
Há senhores divorciados que conservam a sua disposição essas amigas-plus. E nesse caso, cada um sabe onde está pisando.
Há homens casados que, eventualmente ,preferem sair com suas amigas-plus porque julgam conhecer seus hábitos.
E há senhoras casadas que buscam seus amigos-plus para ter um instante de prazer que dizem não ter mais com seus parceiros fixos.
São tipos de amizades que nada exigem porque sabem que suas famílias esperam seu retorno ao lar. E que seus compromissos estão a chamar e que seus filhos precisam dos pais presentes.
Nesse universo louco em que vivemos podemos conviver com tipos de relacionamentos fora do convencional. Desde que os parceiros concordem em viver múltiplas aventuras, com promiscuidade e de um modo insólito, tudo se pode esperar. No mundo da saciedade do prazer, os padrões morais já se modificaram. E se torna difícil estabelecer parâmetros sustentáveis.
Em resumo:
Amiga de fé é aquela pessoa que está conosco nos momentos de tormenta ou de bonança. É companheira de todas as horas com quem mantemos uma afinidade total.
Amiga on-line é aquela pessoa com a qual nos correspondemos e que podemos vir a conhecer ou não.
Amiga-plus é aquela que vai além e não se nega a prestar qualquer tipo de favor. Em geral, pensa em sua estabilidade financeira e não em laços afetivos reais. Tratam-se de ''arranjos'' feitos para obter alguma vantagem ou favor. Como se fosse um trato a cumprir.
Mesmo assim, há alguns critérios estabelecidos e exigidos para as amigas-plus.
E aqui não nos cabe julgar comportamentos ou pessoas.
As escolhas são individuais e todos podemos pensar sobre o que nos convém.
Que tipo de amigas queremos ter?
Que tipo de amigas queremos ser?
Avalie os riscos, enfrente suas escolhas e conclua que tipo de amizades você prefere ter.
E seja qual for sua decisão, seja aquela pessoa que joga limpo, que coloca as cartas na mesa e que não se disfarça em coringa, que pula de galho em galho e não se define como pessoa, como gente e como um ser que sabe se portar sem vestir disfarces de toda ordem.
Assuma os riscos e vá em frente!
KATIA CHIAPPINI
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