APRENDENDO A AMAR!
Chamo
Amo
Proclamo
Venero
Espero
Quero
Meu troféu
Sem véu
És meu céu
Minha parede
Minha rede
Minha sede
Meu euro
Meu tempero
Meu cheiro
Valioso
Harmonioso
Dengoso
Meu regresso
Meu verso
Meu universo
Paixão
Explosão
Alucinação
Sossegue
Se empolgue
Se apegue
Me pegue
Se entregue
Me regue
Katia Chiappini
Pensamentos,poesias e crônicas de minha autoria,para os apreciadores de gotas poeticas. Essas constituem um bálsamo para a paz espiritual,cujas ondas se inserem na harmonia do cosmos.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
6 ANOS DEPOIS...( 27 /2 /2007 A 24 /12 /2013 )
SEIS ANOS DEPOIS...
Foram seis anos de promessas
E ele nada de investir
Só dizia:'' não tenha pressa''
Sem se pronunciar e vir
Ela tentou acreditar
Que um dia ele viesse
Nada fez senão esperar
Só fez mesmo uma prece
Só a ele falou de amor
Provocando suas emoções
Só na tela do computador
Mas haviam fortes explosões
Nunca outro ela namorou
Tinha amigos na internet
Ele perguntou e ela confirmou
Mas longe de ser'' perighete'
Sem cam e sem fone
Só a escrita dava o tom
Diálogo sem sobrenome
Do youtube extraía um som
Ele sintonizou sua antena
E julgou-a mal, se definiu
Ofendeu-a, brusco, sem pena
Inquisidor como não se viu
Antes simulou ser outro
Pediu amizade, fez a armadilha
Entrou no facebook afoito
E bisbilhotou sua trilha
Entre o amor e a liberdade
Só a segunda não tem preço
Ele viverá da saudade
E ela sem o seu arremesso
Não é gente como a gente
Seu mundo é o de um visionário
Quer comandar estando ausente
Vai buscar seu próprio calvário
Disse dela vergonha sentir
Julgamento fácil - sem aval -
Vergonha bem maior é iludir
Fazer dela brinquedo virtual
KATIA CHIAPPINI
EM TEMPO: EM 24 DE DEZEMBRO, DEUS SINALIZOU QUE NADA SERIA POSSÍVEL.E SÓ IRÁ FICAR UMA PÁLIDA E ESFUMAÇADA LEMBRANÇA.
(Ponto final )
.
Foram seis anos de promessas
E ele nada de investir
Só dizia:'' não tenha pressa''
Sem se pronunciar e vir
Ela tentou acreditar
Que um dia ele viesse
Nada fez senão esperar
Só fez mesmo uma prece
Só a ele falou de amor
Provocando suas emoções
Só na tela do computador
Mas haviam fortes explosões
Nunca outro ela namorou
Tinha amigos na internet
Ele perguntou e ela confirmou
Mas longe de ser'' perighete'
Sem cam e sem fone
Só a escrita dava o tom
Diálogo sem sobrenome
Do youtube extraía um som
Ele sintonizou sua antena
E julgou-a mal, se definiu
Ofendeu-a, brusco, sem pena
Inquisidor como não se viu
Antes simulou ser outro
Pediu amizade, fez a armadilha
Entrou no facebook afoito
E bisbilhotou sua trilha
Entre o amor e a liberdade
Só a segunda não tem preço
Ele viverá da saudade
E ela sem o seu arremesso
Não é gente como a gente
Seu mundo é o de um visionário
Quer comandar estando ausente
Vai buscar seu próprio calvário
Disse dela vergonha sentir
Julgamento fácil - sem aval -
Vergonha bem maior é iludir
Fazer dela brinquedo virtual
KATIA CHIAPPINI
EM TEMPO: EM 24 DE DEZEMBRO, DEUS SINALIZOU QUE NADA SERIA POSSÍVEL.E SÓ IRÁ FICAR UMA PÁLIDA E ESFUMAÇADA LEMBRANÇA.
(Ponto final )
.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
BREVE ENSAIO SOBRE O AMOR!
ENSAIO SOBRE O AMOR
Esse é um poema que fiz
Diz sobre amor e respeito
Quero o mesmo que ele quis
Deitar,lado a lado, no leito
O sentimento vivifica
A paixão vem de improviso
O amado ora vai ora vem
Ora traz tristeza, ora riso
Um beijo aproxima a face
O abraço o corpo enlaça
E mesmo que tudo passe
Brindei com vinho na taça
Fui feliz, me completei
O risco ainda me assusta
Mas amar como eu amei
Vale tudo o que isso custa
Ao pensar em nossas noites
Do prazer fico a lembrar
Quero repetir os açoites
Suaves, só pra provocar
Meu amor é o mais intenso
A paixão me tira o sono
Se me queres como te quero
Não me deixes no abandono
Tive o teu corpo no meu
Senti o suor e o calor
Guardo o perfume teu
Nas dobras do cobertor
O tempo mais precioso
É o de descobrir a paixão
Entre selvagem e amoroso
O toque traz a explosão
O amor maduro é bonito
É intenso quanto valioso
Sabe dar o próprio grito
É a alegria do idoso
Vou buscar no amanhã
O amor de minha prece
Mesmo com esperança vã
Quem amou nunca esquece
KATIA CHIAPPINI
Esse é um poema que fiz
Diz sobre amor e respeito
Quero o mesmo que ele quis
Deitar,lado a lado, no leito
O sentimento vivifica
A paixão vem de improviso
O amado ora vai ora vem
Ora traz tristeza, ora riso
Um beijo aproxima a face
O abraço o corpo enlaça
E mesmo que tudo passe
Brindei com vinho na taça
Fui feliz, me completei
O risco ainda me assusta
Mas amar como eu amei
Vale tudo o que isso custa
Ao pensar em nossas noites
Do prazer fico a lembrar
Quero repetir os açoites
Suaves, só pra provocar
Meu amor é o mais intenso
A paixão me tira o sono
Se me queres como te quero
Não me deixes no abandono
Tive o teu corpo no meu
Senti o suor e o calor
Guardo o perfume teu
Nas dobras do cobertor
O tempo mais precioso
É o de descobrir a paixão
Entre selvagem e amoroso
O toque traz a explosão
O amor maduro é bonito
É intenso quanto valioso
Sabe dar o próprio grito
É a alegria do idoso
Vou buscar no amanhã
O amor de minha prece
Mesmo com esperança vã
Quem amou nunca esquece
KATIA CHIAPPINI
domingo, 22 de dezembro de 2013
QUASE, QUASE...
Quase fui feliz
Por um triz quis senti-lo
Quase nada arrisquei
Só não fiz isso ou aquilo
Só agora lamentei
Quase me deixei amar
Por um triz não fui feliz
Se eu for recomeçar
Vou investir no que não fiz
Não quis ficar na emoção
A razão não me permitia
Sofri com a indecisão
A fogueira me consumia
Se eu ouvisse o meu querer
Teria o ato de fato vivido
Pois aquele que hoje quer ser
Procura o meu lado atrevido
Quase aceitei tua fartura
Quando teimoso vieste
Quase perdi a compostura
Quase em mim estiveste
Quase quis te amar
Abrir a porta e a horta
Tirar as vestes e gritar:
- Só teu amor me conforta
Se a emoção me assaltasse
E eu fosse tua aprendiz
Queria que o mundo parasse
Para em teus braços ser feliz
Seria tua única sereia
Ou tua única seara
A emoção vem em cadeia
Quando o amor nos ampara
Se isso fosse acontecer
Ao te tocar desfaleceria
Seria praia ao entardecer
E teu mar me invadiria
Por um triz o verbo amar
Não conjuguei -nunca soube -
E como muito já errei
Vou escalar quem me coube
KATIA CHIAPPINI
Por um triz quis senti-lo
Quase nada arrisquei
Só não fiz isso ou aquilo
Só agora lamentei
Quase me deixei amar
Por um triz não fui feliz
Se eu for recomeçar
Vou investir no que não fiz
Não quis ficar na emoção
A razão não me permitia
Sofri com a indecisão
A fogueira me consumia
Se eu ouvisse o meu querer
Teria o ato de fato vivido
Pois aquele que hoje quer ser
Procura o meu lado atrevido
Quase aceitei tua fartura
Quando teimoso vieste
Quase perdi a compostura
Quase em mim estiveste
Quase quis te amar
Abrir a porta e a horta
Tirar as vestes e gritar:
- Só teu amor me conforta
Se a emoção me assaltasse
E eu fosse tua aprendiz
Queria que o mundo parasse
Para em teus braços ser feliz
Seria tua única sereia
Ou tua única seara
A emoção vem em cadeia
Quando o amor nos ampara
Se isso fosse acontecer
Ao te tocar desfaleceria
Seria praia ao entardecer
E teu mar me invadiria
Por um triz o verbo amar
Não conjuguei -nunca soube -
E como muito já errei
Vou escalar quem me coube
KATIA CHIAPPINI
ENSAIO SOBRE O CRAVO E A ROSA.
O CRAVO E A ROSA
O cravo quer ser o senhor
A rosa é simples mulher
O cravo é dominador
A rosa ainda o quer
A rosa se desfolhou
O cravo a recolheu
A rosa se emocionou
O cravo desapareceu
O cravo é conquistador
A rosa é encantada
O cravo é enganador
A rosa é deslumbrada
O cravo não é fiel
A rosa já sabe disso
Ele confessou no hotel:
- Nada de compromisso
O cravo ama a si mesmo
A rosa quer romantismo
O cravo promete à esmo
Mas comunga do cinismo
A rosa se transformou
Fez múltipla escolha
Do cravo se separou
Busca quem a acolha
Num momento de impulso
A rosa cravou seus espinhos
O cravo falou: -'' sou avulso''
Pois frequenta outros ninhos
A rosa adoece e surta
Será infiel também
Porque a vida é curta
E nem espera por ninguém
O encontro virou desencontro
Cravo e rosa se perderam
Cada um no seu conforto
Sobre o amor nem leram
O cravo deu o exemplo
A rosa consciente aderiu
Agora frequenta o templo
Do inferno que ressurgiu
Katia Chiappini
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
O cravo quer ser o senhor
A rosa é simples mulher
O cravo é dominador
A rosa ainda o quer
A rosa se desfolhou
O cravo a recolheu
A rosa se emocionou
O cravo desapareceu
O cravo é conquistador
A rosa é encantada
O cravo é enganador
A rosa é deslumbrada
O cravo não é fiel
A rosa já sabe disso
Ele confessou no hotel:
- Nada de compromisso
O cravo ama a si mesmo
A rosa quer romantismo
O cravo promete à esmo
Mas comunga do cinismo
A rosa se transformou
Fez múltipla escolha
Do cravo se separou
Busca quem a acolha
Num momento de impulso
A rosa cravou seus espinhos
O cravo falou: -'' sou avulso''
Pois frequenta outros ninhos
A rosa adoece e surta
Será infiel também
Porque a vida é curta
E nem espera por ninguém
O encontro virou desencontro
Cravo e rosa se perderam
Cada um no seu conforto
Sobre o amor nem leram
O cravo deu o exemplo
A rosa consciente aderiu
Agora frequenta o templo
Do inferno que ressurgiu
Katia Chiappini
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
sábado, 21 de dezembro de 2013
UMA MENINA ESPECIAL!
A MENINA DE OLHOS AZUIS
Após o término desse relato terei cumprido uma promessa feita e demonstrado meu agradecimento à Tatiana, minha filha. Tanto a promessa como o agradecimento falam por si. E os fatos são os seguintes:
Quem a visse pequena com ar de boneca diria:
- Que linda menina!
Mas não era só linda. Era uma criança preocupada em ajudar os semelhantes, cultivar amizades, ser carinhosa com os irmãos. E sobretudo, boa filha. E com um belíssimo par de olhos azuis.
Eu lecionava numa escola de primeiro grau para alunos de quinta e de sexta séries. A falta de atenção e algumas brincadeiras em aula refletiam na aprendizagem, principalmente em Matemática.
Tati levava sua mochila e saía comigo, risonha e saltitante, se acomodando na última classe para ficar mais à vontade.
Um certo dia, ao perceber que meus alunos conversavam durante a explanação, ficou indignada e falou:
- Vocês não sabem que quando um burro fala o outro abaixa a orelha?
A primeira reação foi a de riso mas logo se acalmaram e continuei sem interrupções.
Tati continuou me acompanhando e levava suas tarefas escolares para fazer e se comportava de modo irrepreensível.
Em certa ocasião eu falava sobre números relativos e introduzia as primeiras operações a esse respeito. Depois coloquei alguns exercícios no quadro para que a turma pudesse praticar.
Tati entendeu perfeitamente, levou o caderno para que eu o corrigisse e não errou nenhum exercício. Mas estava cursando a terceira série, na ocasião. Ao me deparar com essa façanha tive a ideia de reunir os alunos em grupos de cinco, para que Tati e eu pudéssemos circular entre eles e dirimir pequenas dúvidas.
Tati cumpriu muito bem a tarefa e passou a ser uma auxiliar eficaz e querida pelos meus alunos.
Aos poucos, Tati foi sugerindo as consultas em biblioteca, em obras diversas, para ajudar a esclarecer cada assunto dado em aula.
Sugeriu que cada grupo se responsabilizasse por elaborar polígrafos dos assuntos estudados , incluindo exercícios com a resposta no final. Tati, com sua atitude carinhosa, contribuiu para despertar o gosto pela disciplina e sugeriu procedimentos diversos para manter o interesse da turma, não só nas aulas como na mudança de hábitos. Era evidente o crescimento e maturidade adquirida pelos alunos em relação às tarefas propostas.
Tati também me ajudava na correção dos testes e com a chave das respostas conseguia total concentração e acerto nessa tarefa.
Eu me obrigava a revisar a correção e a atribuir a nota final.
Quando pequena, e mesmo depois, gostava de estudar no quadro negro que ocupava uma das paredes de seu quarto.
Passei um período sem levar Tati comigo. Ela tinha seus compromissos com os estudos e com a prática de esportes que sempre a envolveu, paralelamente. Ainda praticava piano e estudava Inglês.
Passou a frequentar minha classe apenas uma vez na semana porque os alunos se acostumaram com ela. Queriam mostrar que o caderno estava completo e que os exercícios estavam com a correção da professora.
Quando Tati completou 14 anos, já bem desenvolvida, começou um novo ciclo para ela com as transformações próprias da idade.
Agora já mostrava as curvas bem feitas de seu corpo e um novo andar. Não a levei mais porque despertava a atenção e eu não iria expô-la a galanteios desagradáveis que porventura viessem a ser proferidos.
Um dia perguntou-me:
- Mãe, quando vou voltar ao colégio?
- Qualquer dia desses, minha filha.
Ela foi assimilando que iniciara um novo tempo e que eu não a levaria mais comigo.
Meus alunos mandavam convites para que ela fosse às festas juninas, à comemoração da semana da Primavera e às quermesses da escola.
Alguns anos transcorridos foram mostrando uma Tati na faculdade, no mestrado e no doutorado.
Casou e teve um casal de filhos e trabalha na Dell computadores, tendo se formado em Engenharia Mecatrônica. Em paralelo a isso lecionou em duas universidades e estagiou na P.U.C de Porto Alegre, onde cursou a faculdade.
Os bonecos com os quais falava , como se desse aulas, quando bem pequena, eram para ela, alunos atentos e disciplinados. E enquanto achasse que não tinham aprendido a lição, repetia tudo novamente.
Mas, em algum recanto do coração de Tati estão aqueles alunos de verdade, de uma escola estadual, meus alunos, que adoravam sua ida e sua explicações, nesse tempo. E que recebiam um sorriso franco e um olhar de cor azul-violeta, lindo, que mostrava a mesma transparência de sua alma.
E tenho certeza de que sempre haverá em seu coração, mais um cantinho para auxiliar, sempre que puder, os desprotegidos da sorte que se espalham pelas esquinas da vida.
Basta um aconselhamento, um prato de comida e depois um encaminhamento para alguma instituição governamental, algo de que Tati não vai se eximir.
Tati será sempre a menina de estrela brilhante a refletir sua luz ao redor dos que dela se aproximam. E aqueles lindos olhos grandes e azuis vão competir com o brilho das estrelas.
Tati realizou outra façanha: abriu uma escola infantil, onde caminha, ainda se equilibrando, no ramo da educação, mas já frequentando um curso em gestão escolar para poder assinar como diretora da escola.
Voltou a lidar com crianças que parecem ser sua grande escolha nessa vida. Sempre me dizia, desde bem pequena
- Mãe, vou ser professora
- Mas filha, pense em outra profissão.
E então explicava a ela o desinteresse dos governantes com a educação e a não valorização do magistério, ano após ano.
Mas o grande desafio está em pauta e Tati já tem o apoio dos pais de alunos, dos professores e funcionários. Pretende inovar, deixar o prédio com equipamentos modernos e abrir o berçário.
Mas lembro-me de que suas vivências mais significativas se referem aos alunos de brinquedo a aos de minha escola, inicialmente.
Foi nesse tempo que teve outras inspirações para sua vida, fortaleceu sua determinação para os estudos. E se dedicou longos anos a eles para completar sua formação e atingir os objetivos a que se propôs.
Essa referência do mundo infantil continuará sendo o vínculo permanente, o elo mais precioso de sua personalidade. Tati se tornou uma mamãe dedicada e preocupada em impor os limites que a educação exige e que o verdadeiro amor justifica.
Creio que essa referência do mundo infantil continuará sendo um forte vínculo em sua personalidade, um precioso elo de uma corrente solidária e construída com dedicação e carinho ímpares.
E estou convencida de que minha filha aprisionou um pedacinho do céu, não só com os belos olhos azuis, como com pureza da alma.
Aliás, a mesma que só os anjos, no firmamento ,se permitem cultivar em seu estado de Graça e Perfeição.
KATIA CHIAPPINI
Após o término desse relato terei cumprido uma promessa feita e demonstrado meu agradecimento à Tatiana, minha filha. Tanto a promessa como o agradecimento falam por si. E os fatos são os seguintes:
Quem a visse pequena com ar de boneca diria:
- Que linda menina!
Mas não era só linda. Era uma criança preocupada em ajudar os semelhantes, cultivar amizades, ser carinhosa com os irmãos. E sobretudo, boa filha. E com um belíssimo par de olhos azuis.
Eu lecionava numa escola de primeiro grau para alunos de quinta e de sexta séries. A falta de atenção e algumas brincadeiras em aula refletiam na aprendizagem, principalmente em Matemática.
Tati levava sua mochila e saía comigo, risonha e saltitante, se acomodando na última classe para ficar mais à vontade.
Um certo dia, ao perceber que meus alunos conversavam durante a explanação, ficou indignada e falou:
- Vocês não sabem que quando um burro fala o outro abaixa a orelha?
A primeira reação foi a de riso mas logo se acalmaram e continuei sem interrupções.
Tati continuou me acompanhando e levava suas tarefas escolares para fazer e se comportava de modo irrepreensível.
Em certa ocasião eu falava sobre números relativos e introduzia as primeiras operações a esse respeito. Depois coloquei alguns exercícios no quadro para que a turma pudesse praticar.
Tati entendeu perfeitamente, levou o caderno para que eu o corrigisse e não errou nenhum exercício. Mas estava cursando a terceira série, na ocasião. Ao me deparar com essa façanha tive a ideia de reunir os alunos em grupos de cinco, para que Tati e eu pudéssemos circular entre eles e dirimir pequenas dúvidas.
Tati cumpriu muito bem a tarefa e passou a ser uma auxiliar eficaz e querida pelos meus alunos.
Aos poucos, Tati foi sugerindo as consultas em biblioteca, em obras diversas, para ajudar a esclarecer cada assunto dado em aula.
Sugeriu que cada grupo se responsabilizasse por elaborar polígrafos dos assuntos estudados , incluindo exercícios com a resposta no final. Tati, com sua atitude carinhosa, contribuiu para despertar o gosto pela disciplina e sugeriu procedimentos diversos para manter o interesse da turma, não só nas aulas como na mudança de hábitos. Era evidente o crescimento e maturidade adquirida pelos alunos em relação às tarefas propostas.
Tati também me ajudava na correção dos testes e com a chave das respostas conseguia total concentração e acerto nessa tarefa.
Eu me obrigava a revisar a correção e a atribuir a nota final.
Quando pequena, e mesmo depois, gostava de estudar no quadro negro que ocupava uma das paredes de seu quarto.
Passei um período sem levar Tati comigo. Ela tinha seus compromissos com os estudos e com a prática de esportes que sempre a envolveu, paralelamente. Ainda praticava piano e estudava Inglês.
Passou a frequentar minha classe apenas uma vez na semana porque os alunos se acostumaram com ela. Queriam mostrar que o caderno estava completo e que os exercícios estavam com a correção da professora.
Quando Tati completou 14 anos, já bem desenvolvida, começou um novo ciclo para ela com as transformações próprias da idade.
Agora já mostrava as curvas bem feitas de seu corpo e um novo andar. Não a levei mais porque despertava a atenção e eu não iria expô-la a galanteios desagradáveis que porventura viessem a ser proferidos.
Um dia perguntou-me:
- Mãe, quando vou voltar ao colégio?
- Qualquer dia desses, minha filha.
Ela foi assimilando que iniciara um novo tempo e que eu não a levaria mais comigo.
Meus alunos mandavam convites para que ela fosse às festas juninas, à comemoração da semana da Primavera e às quermesses da escola.
Alguns anos transcorridos foram mostrando uma Tati na faculdade, no mestrado e no doutorado.
Casou e teve um casal de filhos e trabalha na Dell computadores, tendo se formado em Engenharia Mecatrônica. Em paralelo a isso lecionou em duas universidades e estagiou na P.U.C de Porto Alegre, onde cursou a faculdade.
Os bonecos com os quais falava , como se desse aulas, quando bem pequena, eram para ela, alunos atentos e disciplinados. E enquanto achasse que não tinham aprendido a lição, repetia tudo novamente.
Mas, em algum recanto do coração de Tati estão aqueles alunos de verdade, de uma escola estadual, meus alunos, que adoravam sua ida e sua explicações, nesse tempo. E que recebiam um sorriso franco e um olhar de cor azul-violeta, lindo, que mostrava a mesma transparência de sua alma.
E tenho certeza de que sempre haverá em seu coração, mais um cantinho para auxiliar, sempre que puder, os desprotegidos da sorte que se espalham pelas esquinas da vida.
Basta um aconselhamento, um prato de comida e depois um encaminhamento para alguma instituição governamental, algo de que Tati não vai se eximir.
Tati será sempre a menina de estrela brilhante a refletir sua luz ao redor dos que dela se aproximam. E aqueles lindos olhos grandes e azuis vão competir com o brilho das estrelas.
Tati realizou outra façanha: abriu uma escola infantil, onde caminha, ainda se equilibrando, no ramo da educação, mas já frequentando um curso em gestão escolar para poder assinar como diretora da escola.
Voltou a lidar com crianças que parecem ser sua grande escolha nessa vida. Sempre me dizia, desde bem pequena
- Mãe, vou ser professora
- Mas filha, pense em outra profissão.
E então explicava a ela o desinteresse dos governantes com a educação e a não valorização do magistério, ano após ano.
Mas o grande desafio está em pauta e Tati já tem o apoio dos pais de alunos, dos professores e funcionários. Pretende inovar, deixar o prédio com equipamentos modernos e abrir o berçário.
Mas lembro-me de que suas vivências mais significativas se referem aos alunos de brinquedo a aos de minha escola, inicialmente.
Foi nesse tempo que teve outras inspirações para sua vida, fortaleceu sua determinação para os estudos. E se dedicou longos anos a eles para completar sua formação e atingir os objetivos a que se propôs.
Essa referência do mundo infantil continuará sendo o vínculo permanente, o elo mais precioso de sua personalidade. Tati se tornou uma mamãe dedicada e preocupada em impor os limites que a educação exige e que o verdadeiro amor justifica.
Creio que essa referência do mundo infantil continuará sendo um forte vínculo em sua personalidade, um precioso elo de uma corrente solidária e construída com dedicação e carinho ímpares.
E estou convencida de que minha filha aprisionou um pedacinho do céu, não só com os belos olhos azuis, como com pureza da alma.
Aliás, a mesma que só os anjos, no firmamento ,se permitem cultivar em seu estado de Graça e Perfeição.
KATIA CHIAPPINI
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
MÚSICAS!
CONVERSANDO COM OS LEITORES
Sou professora de piano e estou começando a colocar minhas interpretações e arranjos próprios , entre os poemas e crônicas, para dar um tom maior ao blog e um som que nos leve aos sonhos e quimeras.
Compartilho com os leitores mais esse trabalho. Além da literatura ocupo meu tempo com as aulas de música, com os eventos onde me apresento, com composições próprias.
Espero que apreciem essa iniciativa e que sigam me acompanhando no blog, agora também pontilhado com pautas musicais.
FELIZ NATAL!
QUE AS BÊNÇÃOS DE DEUS, NOSSO PAI,SE ESPALHEM SOBRE NÓS, SEUS FILHOS IMPERFEITOS MAS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE.
Sou professora de piano e estou começando a colocar minhas interpretações e arranjos próprios , entre os poemas e crônicas, para dar um tom maior ao blog e um som que nos leve aos sonhos e quimeras.
Compartilho com os leitores mais esse trabalho. Além da literatura ocupo meu tempo com as aulas de música, com os eventos onde me apresento, com composições próprias.
Espero que apreciem essa iniciativa e que sigam me acompanhando no blog, agora também pontilhado com pautas musicais.
FELIZ NATAL!
QUE AS BÊNÇÃOS DE DEUS, NOSSO PAI,SE ESPALHEM SOBRE NÓS, SEUS FILHOS IMPERFEITOS MAS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
NATAL!
É NATAL!
As luzes da decoração, os sinos que badalam na alma, o espírito mais receptivo, o prenúncio da ceia e a troca de presentes, são momentos que denunciam a chegada do Natal.
Há um mistério no ar, uma vontade de ser melhor e diversos movimentos para arrecadar presentes para serem distribuídos aos carentes.
Abrem-se as portas da esperança, os elevados propósitos e as promessas são renovadas.
Cânticos celestiais se fazem ouvir nos parques, nas empresas nos estabelecimentos bancários. Enfeites luminosos são colocados nas casas, nas árvores das ruas. Anjos alados, animais,a manjedoura, o menino Jesus, os reis magos,todos fazem parte do presépio.
O espírito de Natal envolve a humanidade e uma criança especial nasce para ligar,com espírito de fraternidade, as pessoas de boa vontade e cuja fé em Cristo é verdadeira.
Rezamos na igreja e assistimos a missa natalina, onde pedimos as bênçãos para a família, para os governantes e para os esquecidos nas ruas da solidão.
Mas o amor deve ser mais significativo que os presentes recebidos. A troca de abraços e beijos e as demonstrações de amizade são o verdadeiro espírito de Natal.
Viver com amor supõe perdoar, não julgar, erguer a mão para auxiliar o doente, atravessar o cego, se doar com desprendimento, amar os animais e não discriminar ninguém.
O amor é uma expressão da essência divina que há em cada ser
Temos que agradecer aos antepassados, aos nossos pais que nos deram vida, aos professores, à família que temos.
Cabe-nos agradecer por estar vivo, ter um trabalho produtivo e uma formação escolar que possibilite lutar por um lugar ao sol.
E que nosso guia seja Jesus Nazareno, suave e meigo.
Feliz Natal e que o espírito infantil seja também o nosso na noite da ceia comemorativa.
Vamos pedir proteção para nossas crianças, para que se tornem a esperança de um futuro menos violento, menos egoísta.
E que o amor se manifeste em todos os corações cada vez mais verdadeiro e promissor.
FELIZ NATAL !
KATIA CHIAPPINI ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................
As luzes da decoração, os sinos que badalam na alma, o espírito mais receptivo, o prenúncio da ceia e a troca de presentes, são momentos que denunciam a chegada do Natal.
Há um mistério no ar, uma vontade de ser melhor e diversos movimentos para arrecadar presentes para serem distribuídos aos carentes.
Abrem-se as portas da esperança, os elevados propósitos e as promessas são renovadas.
Cânticos celestiais se fazem ouvir nos parques, nas empresas nos estabelecimentos bancários. Enfeites luminosos são colocados nas casas, nas árvores das ruas. Anjos alados, animais,a manjedoura, o menino Jesus, os reis magos,todos fazem parte do presépio.
O espírito de Natal envolve a humanidade e uma criança especial nasce para ligar,com espírito de fraternidade, as pessoas de boa vontade e cuja fé em Cristo é verdadeira.
Rezamos na igreja e assistimos a missa natalina, onde pedimos as bênçãos para a família, para os governantes e para os esquecidos nas ruas da solidão.
Mas o amor deve ser mais significativo que os presentes recebidos. A troca de abraços e beijos e as demonstrações de amizade são o verdadeiro espírito de Natal.
Viver com amor supõe perdoar, não julgar, erguer a mão para auxiliar o doente, atravessar o cego, se doar com desprendimento, amar os animais e não discriminar ninguém.
O amor é uma expressão da essência divina que há em cada ser
Temos que agradecer aos antepassados, aos nossos pais que nos deram vida, aos professores, à família que temos.
Cabe-nos agradecer por estar vivo, ter um trabalho produtivo e uma formação escolar que possibilite lutar por um lugar ao sol.
E que nosso guia seja Jesus Nazareno, suave e meigo.
Feliz Natal e que o espírito infantil seja também o nosso na noite da ceia comemorativa.
Vamos pedir proteção para nossas crianças, para que se tornem a esperança de um futuro menos violento, menos egoísta.
E que o amor se manifeste em todos os corações cada vez mais verdadeiro e promissor.
FELIZ NATAL !
KATIA CHIAPPINI ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................
UM DESAFIO SEMPRE ATUAL!
O GRANDE DESAFIO
Resgatar a ética como o saber
Buscar o valor dito essencial
É tentar com ânimo converter
O caos e o desequilíbrio social
Retornar é fundamental
Procurar o Bem e a Verdade
Pensar com lucidez é o ideal
Como conquistar a liberdade
A corrida é desenfreada
Nos arrasta ao precipício
A sociedade fragmentada
Acolhe o mal e o vício
Poder econômico é um abismo
Define o horizonte mental
Abandono gera conformismo
Ou atos de violência fatal
As dúvidas estão a nos assaltar
Homens armados sobem o muro
Prédios estão a desmoronar
É crime, é nosso lado obscuro
Os engenhos da tecnologia
Não desfazem inquietações
Mais evolução, menos valia
Mais conflitos e menos soluções
Os movimentos religiosos
Nas mais diversas concepções
Desviam o dinheiro dos idosos
Com promessas e ilusões
Creio que a cultura e o saber
Podem descortinar novos ninhos
Se o governo for além de prometer
Se as mudanças estiverem a caminho
Saúde, moradia e trabalho
Precisam conviver lado a lado
Não escondam as cartas do baralho
O grande desafio está lançado
Temos que cuidar da criança
Dar um basta ao analfabetismo
À corrupção não dar fiança
Para não desvirtuar o civismo
KATIA CHIAPPINI
Resgatar a ética como o saber
Buscar o valor dito essencial
É tentar com ânimo converter
O caos e o desequilíbrio social
Retornar é fundamental
Procurar o Bem e a Verdade
Pensar com lucidez é o ideal
Como conquistar a liberdade
A corrida é desenfreada
Nos arrasta ao precipício
A sociedade fragmentada
Acolhe o mal e o vício
Poder econômico é um abismo
Define o horizonte mental
Abandono gera conformismo
Ou atos de violência fatal
As dúvidas estão a nos assaltar
Homens armados sobem o muro
Prédios estão a desmoronar
É crime, é nosso lado obscuro
Os engenhos da tecnologia
Não desfazem inquietações
Mais evolução, menos valia
Mais conflitos e menos soluções
Os movimentos religiosos
Nas mais diversas concepções
Desviam o dinheiro dos idosos
Com promessas e ilusões
Creio que a cultura e o saber
Podem descortinar novos ninhos
Se o governo for além de prometer
Se as mudanças estiverem a caminho
Saúde, moradia e trabalho
Precisam conviver lado a lado
Não escondam as cartas do baralho
O grande desafio está lançado
Temos que cuidar da criança
Dar um basta ao analfabetismo
À corrupção não dar fiança
Para não desvirtuar o civismo
KATIA CHIAPPINI
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
VOTOS DE FELIZ NATAL
FELIZ NATAL
Com fé e esperança em dias melhores a todos os leitores, envio meus votos de Feliz Natal. Escolhi três arranjos musicais que fiz e que interpreto, em minha casa, onde busco a tranquilidade, ao final do entardecer. Através da execução dessas melodias que seleciono para exercitar a técnica, viajo pelo meu mundo interior, minhas lembranças e sonhos.
Compartilho meu amor pela música com vocês e desejo que uma onda de paz se aproxime dos corações.
Com carinho: Katia
Com fé e esperança em dias melhores a todos os leitores, envio meus votos de Feliz Natal. Escolhi três arranjos musicais que fiz e que interpreto, em minha casa, onde busco a tranquilidade, ao final do entardecer. Através da execução dessas melodias que seleciono para exercitar a técnica, viajo pelo meu mundo interior, minhas lembranças e sonhos.
Compartilho meu amor pela música com vocês e desejo que uma onda de paz se aproxime dos corações.
Com carinho: Katia
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
OS OLHOS DE MEU ALUNO!
QUE LINDOS OLHOS!
Sou professora estadual aposentada. Iniciei aos 18 anos com uma classe de 40 alunos de quinta série. Estive em sala de aula por 33 anos. Só me foi possível realizar essa façanha porque a motivação veio da infância, quando então, eu colocava as bonecas sentadas na garagem e lhes dava aula, escrevendo num enorme quadro negro que meu pai mandou afixar numa das paredes.
Antes de alfabetizar precisamos aprimorar o espírito de doação. E antes de obter um bom desempenho escolar é preciso ensinar bons hábitos de conduta: princípios básicos de uma convivência social adequada. Outro cuidado que devemos ter é em relação ao cultivo de um bom relacionamento com a comunidade escolar.
E o professor, além da formação básica, precisa ter um amparo psico-sociológico e instrumental para se manter ciente dos novos métodos em educação.
Quando lecionei o elo entre professor e alunos era consistente e promissor. E as aulas transcorriam com a tranquilidade que se espera delas.
Encontro ex-alunos por onde passo e sou reconhecida de imediato.
Um de meus ex-alunos, formado em jornalismo, encontrou-me na rua Caldas Junior, junto ao prédio do Correio do Povo, em Porto Alegre. Conversamos e relembramos os tempos de escola tentando identificar alguns profissionais que foram de minha turma, quase todos pais de família, nesse momento.
Meu aluno lembrou que ele e eu nos identificamos pelo hábito da leitura. Ambos temos essa sensibilidade de interagir através do texto. Temos uma certa serenidade ao escrever, um pouco de mistério ou um magnetismo que faz com que o leitor se coloque no texto de alguma forma.
Com esse espírito saudosista, Luizinho e eu conversávamos, como referi, quando o inesperado saiu de sua voz:
- Professora, guardo uma lembrança sua até hoje
- Algo que eu tenha lhe dito?
- Sim, algo muito especial:
- E então?
- Lembro-me da senhora se dirigindo até minha classe e me falando com admiração:
- E o que eu falei a você?
- Que lindos olhos você tem, Luizinho!
E quando ouvi isso tive ímpeto de abraçar meu aluno e assim o fiz, recebendo em troca um lindo sorriso.
Pela expressão de Luizinho, percebi tudo. O elogio o acompanhara em sua trajetória e a emoção que despertei nessa alma infantil ficou aprisionada em seu coração.
Como não pensar no poder da palavra amiga, do sorriso franco?
Não só os olhos de meu ex-aluno seguem lindos sobre a sobrancelha cerrada, como meus olhos ampliaram a visão em relação aos detalhes do comportamento humano, cheios de sutileza.
Uma simples frase ficou em sua lembrança e brotou quando nos encontramos, como se tivesse sido pronunciada naquele momento, tal a força que adquiriu, tanto para Luizinho como para mim.
Hoje quando encontro Luizinho, volto a vislumbrar a mim mesma naquele grupo escolar, gesticulando, falando alto, escrevendo no quadro, pedindo atenção e percorrendo as classes, uma a uma ,para dar visto aos temas escolares solicitados .E ainda recebo um abraço e um beijo caloroso e noto o sorriso de menino, sempre acolhedor.
E quando estou comigo mesma, introspectiva, gosto de pensar que esse aluno querido, deixou em meus olhos um pouco do brilho dos seus.
Nesse momento sinto o ímpeto de me aproximar de minha essência e meditar sobre a vida e seus verdadeiros valores.
O ser em aparência é diverso de nosso verdadeiro Eu. Assim temos que nos voltar para o interior e sair mais fortalecidos para a luta diária.
Tive a satisfação de ser sincera e espontânea com meus alunos, como me permiti ser ao elogiar os olhos de Luizinho.
Lembrei-me de que teimamos em portar máscaras e véus para andar de acordo com o que nos exigem, muitas vezes.
Se eu tivesse esse olhar distante, teria sido lembrada por Luizinho?
Em última análise ele me fez lembrar de que procurei ser conselheira, confidente e uma professora amiga e próxima para dirimir qualquer problema que interferisse no aprendizado.
E se teimarmos em ter um olhar velado e um Eu aparente, vamos acabar por frustrar a nós mesmos e sufocar nossos melhores sentimentos para nos submeter à hipocrisia social abominável.
KATIA CHIAPPINI
E-MAIL:KATIA_FACHINELLO42@HOTMAIL.COM
domingo, 8 de dezembro de 2013
O POEMA!
NÃO ABANDONEI O
O poema me chamou
Ainda na tenra infância
Só agora retornou
É do poeta a fragrância
Sempre esteve em meu pensar
Intercalado às obrigações
Preenchendo o meu andar
Alinhavando as emoções
O verso é encantador
As rimas vêm em profusão
O efeito é o do sonhador
Vivendo sua ilusão
O texto está a se impor
Se desenvolve sem o papel
O interior fica em ebulição
Como a canção do menestrel
Questão de tempo - vem a explosão -
Tudo fica armazenado
Um dia, sem aparente razão,
O poema dá o seu recado
Preocupada com filhos e netos
Permaneço atenta ao poema
É parte de meu real afeto
Estudo-o tal qual um teorema
O poema traz em essência
O despertar da sensibilidade
É bálsamo, é coerência
Dos amores é saudade
Poema é uma afinidade
Nunca esquecemos de ler
É sussurro na saciedade
Chama da paixão e do querer
O poema não me abandonou
Verte do interior sem ter hora
Quando sinalizei ele estacionou
Nele embarquei mundo a fora
Nem eu abandonei o poema
Há muito que o adotei
É meu insubstituível tema
Dom que em prazer transformei
KATIA CHIAPPINI
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
CONVERSANDO COM O LEITOR
É a você que eu me revelo
Sou presença em seu pensamento
E se me aprecias sou um elo
Tenho rimas a oferecer
Pode ler sempre que quiser
Sou companhia ao anoitecer
E só virei enquanto você vier
Estou compartilhando cada frase, cada texto, com seriedade e respeito. Essas gotas poéticas que me levam a vocês, caros leitores, são as inspirações que deixo aqui registradas, procurando atingir aos amantes da literatura e dos pensamentos poéticos que nos levam a sonhar com nossos anseios mais profundos e íntimos.
Uma querida amiga se pronunciou sobre esse trabalho como sendo uma fábrica de poesias. Achei interessante porque olhando o número de textos aqui produzidos e autorais, entendi porque minha amiga se surpreendeu com o blog. Mas quem escreve tem a vontade de compartilhar e quem percebe que está sendo lido multiplica essa produção naturalmente.
Agradeço por mais de 25.000 acessos, em dezoito meses aproximadamente, esperando poder contar com a apreciação dos queridos leitores que aqui podem meditar, refletir sobre assuntos, os mais diversos, repassar aos amigos, se inscrever como seguidores, fazer comentários, os quais sempre leio com atenção e respondo com consideração especial.
Também é possível sugerir temas usando meu e-mail que se encontra abaixo dos textos.
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!
MUITO OBRIGADA!
KATIA CHIAPPINI.
OU
OBRIGADA!
SAUDAÇÕES FRATERNAIS!segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
FINAL DE ANO!
FESTAS DE FINAL DE ANO!
É reunião de família
Ou simples desolação
Alguns seres são ilhas
Sem amigos ou inclusão
Ou são noites de festa
Ou momentos de tristeza
Ou canções em seresta
Ou afirmação de pobreza
Um aluno completa o ano
Outro nem está na escola
Um pai tem o carro do ano
Outro junta restos em sacolas
O desespero está ao lado
Os fatos vêm em enxurrada
Muitos jovens atropelados
Outros mortos na balada
Há tanta esmoleira na rua
Esperando o seu natal
A consciência anda nua
O fato já é habitual
Só o comércio comemora
Lucra o seu quinhão
A união não vigora
Se nega o pão ao irmão
O Natal não leva o ser
À tomada de consciência
A indiferença faz sofrer
E não supre toda a carência
O mundo está conturbado
O vil metal ainda reza
Só se dá bem o abastado
Mas não vale quanto pesa
Pouco são os dedicados
Aos problemas sociais
Os votos não vêm desse lado
Mas de obras monumentais
Hoje vingam os vendilhões
No templo da impunidade
Novo ano, novas eleições
Nova moldura para a inverdade
Assim, Natal e Ano Novo
Perderam o cunho amoroso
Ainda se engana o povo
Que sobrevive de teimoso
KATIA CHIAPPINI
É reunião de família
Ou simples desolação
Alguns seres são ilhas
Sem amigos ou inclusão
Ou são noites de festa
Ou momentos de tristeza
Ou canções em seresta
Ou afirmação de pobreza
Um aluno completa o ano
Outro nem está na escola
Um pai tem o carro do ano
Outro junta restos em sacolas
O desespero está ao lado
Os fatos vêm em enxurrada
Muitos jovens atropelados
Outros mortos na balada
Há tanta esmoleira na rua
Esperando o seu natal
A consciência anda nua
O fato já é habitual
Só o comércio comemora
Lucra o seu quinhão
A união não vigora
Se nega o pão ao irmão
O Natal não leva o ser
À tomada de consciência
A indiferença faz sofrer
E não supre toda a carência
O mundo está conturbado
O vil metal ainda reza
Só se dá bem o abastado
Mas não vale quanto pesa
Pouco são os dedicados
Aos problemas sociais
Os votos não vêm desse lado
Mas de obras monumentais
Hoje vingam os vendilhões
No templo da impunidade
Novo ano, novas eleições
Nova moldura para a inverdade
Assim, Natal e Ano Novo
Perderam o cunho amoroso
Ainda se engana o povo
Que sobrevive de teimoso
KATIA CHIAPPINI
UM DESEQUILÍBRIO!
DESEQUILÍBRIO SOCIAL
Hoje não se fala, se berra
Não se responde, se ignora
O homem cá dessa terra
Não está em boa hora
Muito se deve ao preconceito
Que abala, por si, os valores
O corrupto segue o eleito
Nesse circo dos horrores
Esperança não se tem mais
A família se desintegrou
Há interesseiros demais
O mundo se transformou
O pai o jornal folheou
A mãe lê um livro também
A filha nem pernoitou
Ninguém fala com ninguém
Está configurada a loucura
O professor já se retira
O aluno perdeu a compostura
Melhor que ninguém se fira
Os lares vivem em conflito
Adeus para a vida serena
Os seres ficam aflitos
A educação saiu de cena
Mesmo judiada, de boca torta
A mulher segue com o marido
Sofre mas nem mais se importa
Seu grito não foi ouvido
O relacionamento está no escuro
Não há responsabilidade
Os amores não são seguros
Terminam após a saciedade
Beber ao volante: perigo
O palavrão dá a partida
As leis não dão mais abrigo
E as drogas ceifam vidas
Quando virá o despertar?
Para transformar essa andança?
Quanto mais fico a esperar
Menos vislumbro a mudança
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
Hoje não se fala, se berra
Não se responde, se ignora
O homem cá dessa terra
Não está em boa hora
Muito se deve ao preconceito
Que abala, por si, os valores
O corrupto segue o eleito
Nesse circo dos horrores
Esperança não se tem mais
A família se desintegrou
Há interesseiros demais
O mundo se transformou
O pai o jornal folheou
A mãe lê um livro também
A filha nem pernoitou
Ninguém fala com ninguém
Está configurada a loucura
O professor já se retira
O aluno perdeu a compostura
Melhor que ninguém se fira
Os lares vivem em conflito
Adeus para a vida serena
Os seres ficam aflitos
A educação saiu de cena
Mesmo judiada, de boca torta
A mulher segue com o marido
Sofre mas nem mais se importa
Seu grito não foi ouvido
O relacionamento está no escuro
Não há responsabilidade
Os amores não são seguros
Terminam após a saciedade
Beber ao volante: perigo
O palavrão dá a partida
As leis não dão mais abrigo
E as drogas ceifam vidas
Quando virá o despertar?
Para transformar essa andança?
Quanto mais fico a esperar
Menos vislumbro a mudança
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
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