DÚVIDA

                           DÚVIDA

                                            Não sei
                                            Se esperarei
                                            Acordei
                                            Sem lei

                                            Agonizei
                                            Vaguei
                                            Gritei
                                            Bem sei

                                            Duvidei
                                            Sonhei
                                            Calculei
                                            Bobeei

                                             Vacilei
                                             Tropecei
                                             Me pisei
                                             Me arranhei

                                              Levantei
                                              Perseverei
                                              Me curei
                                              Reanimei

                                              Se não vem
                                              É desdém
                                              Vou além
                                              Se convém

                                             Ou pensarei
                                             Se falarei
                                             Resolverei
                                             Se voltarei

                                             Se amor tem
                                             Ainda vem
                                             Com ou sem
                                            Nenhum porém

                                  KATIA CHIAPPINI

LEMBRE-SE DE SER FELIZ!

                 LEMBRE-SE DE SER FELIZ!

Um trem correndo passou
Outro vagão  logo virá
Um ciclo já se completou
E outro que nasce sorrirá

Pense em dobrar a esquina
A paisagem irá mudar
Beba o vinho na cantina
Leia o livro e vá passear

Seja o que for e assim será
Não regue a semente do mal
Dê a si mesmo um alvará
Passo firme até o final

O amor não se deixa furtar
Quer reciprocidade
A vida se deixa encurtar
Não viva só de saudade

Mostre força e sabedoria
Busque-as em seu interior
Não se abandone à nostalgia
Pra viver um novo amor

Erga a cabeça sem medo
Desde que seja feliz
Você lutou para vencer
E a derrota não lhe quis

Mais do que nunca persiga
Sua alegria de criança 
A vida não lhe dará guarida
Se não fizer sua andança

Ser feliz é uma conquista
Nem sempre a vida é serena
Seja intensa como o artista
E interprete a sua cena

Lembre-se de realizar
Todos os sonhos em vida
Para nunca se lamentar
Muito menos na partida

                                                    KATIA CHIAPPINI

 AGORA 
       É  
A HORA!

( É O QUE SE TEM )

COMO VIVER UM GRANDE AMOR

         COMO VIVER UM GRANDE AMOR 

Por tudo que já conheci, pela experiência e observação do comportamento humano, arrisco-me a dizer que a arte do amor é a mais difícil de se conservar na mesma energia, em igual harmonia.
Mas, indiscutivelmente, a rotina é a grande vilã.
Quando você sai para comprar o controle remoto do ar condicionado do seu parceiro, só porque ele comentou, você, com esse pequeno gesto, está revelando interesse e atenção.
Ou se levar uma linda bandeja com café na cama, ou se mandar arrumar a gola da camisa social, ou se não deixar faltar a fruta que é apreciada no café da manhã.
Se você brigar após uma noite ''caliente'' e perceber que o outro vira as costas para dormir, tente, na mesma hora, conversar sobre a contrariedade e não perca tempo. Se não o fizer, no outro dia, já o clima ficará pesado e ninguém irá se cumprimentar .E as próximas horas não serão  tranquilas.  E a ansiedade é inimiga do amor.
Vamos dizer que as relações amorosas necessitam de um tratamento especial e de um cuidado constante. Se um dia não for exatamente igual ao outro, se de alguma forma se quebrar a rotina, no sentido de agradar o parceiro, já está valendo o esforço. A criatividade pode afastar a temida rotina. E isso acontece se você estiver em estado de alerta para conservar seu relacionamento estável e com algumas surpresas que fortaleçam os laços afetivos.
Então, quero dizer que as horas de cama levam ao prazer, por momentos. Mas as horas de diálogo, de atenção fora do esperado, de passeios ao ar livre, de alguma pequena viagem, aos finais de semana, de visita à casa dos familiares, de aceitação dos desejos do outro e não só de seus próprios, isso tudo, somado, vai reverter em pontos ganhos. Ainda um carteado, um jogo de xadrez, uma pedalada no bairro, uma cerveja com música ao vivo, farão a diferença. Ainda mais, se considerarmos o fato de que as pessoas se isolam, horas e horas, com seus eletrônicos, e fazem deles sua companhia.
O amor é tanto maior quanto mais os parceiros se preocupem em manter a chama acesa. Mas falo desse amor maior que sabe se doar, trocar, equilibrar as vontades, perdoar, não se isolar , não fugir e, sim, enfrentar e conversar a respeito de tudo, a tempo e a bom termo. Falo desse amor que sabe respeitar e ser cúmplice absoluto.
Assim como as pessoas se dedicam ao trabalho e aceitam as ordens do seu chefe, deveriam perder mais tempo em atenções ao seu lar, notadamente, à sua parceira. O verdadeiro amor não quer ficar rotineiro. Mas se não houver esse desejo de preservar o sentimento, ao invés de se manter, vai perder a força. E, então, começará o período de separação. Esse ocorre muito antes de se tornar formal e legal.
Ninguém disse que é fácil manter um relacionamento .É preciso abrir mão de alguma coisa que o futuro irá demonstrar que se fez necessário: necessário em prol de um ganho maior.
E quando estamos no auge da beleza, parece que tudo é mais fácil.
O valor está em envelhecer juntos e continuar a ver essa beleza. Ela se transforma mas não morre. E algum lugar estará desde que a descubram com os olhos da alma.
Para viver um grande amor é preciso saber viver.
Não no mundo das ilusões, não no mundo da lua.
Mas nessa terra imperfeita que é a nossa realidade e nosso  maior desafio.

                                      KATIA CHIAPPINI

PREPARANDO O NATAL

                  PREPARANDO O NATAL

Quero acreditar que já estamos convidando nossas amizades para o jantar de final de ano, nos lugares que frequentamos. São os colegas de curso, os frequentadores de academia, os que cursam idiomas conosco, os que convidamos para uma tarde de chá com torradas. As amigas da poesia, as cantoras da rádio, as apreciadoras de peças teatrais ou espetáculos musicais.
Quero acreditar que estamos nos preparando para doar brinquedos, roupas e alguma importância em dinheiro, para as instituições de caridade, com as quais nos envolvemos. E nos Correios já se encontram as cartinhas endereçadas ao Papai Noel. Correspondência essa que é feita a cada Natal, para beneficiar as crianças carentes que vivem em orfanatos. Basta ir ao Correio e retirar uma cartinha, comprar um presente e entregar no local indicado, para posterior distribuição. As equipes se organizam e cuidam de entregar toda a arrecadação feita.
Mas a preparação mais valiosa é interna, aquela que faz sorrir mais, amar mais, compartilhar mais e viver com mais criatividade. A preparação que nos leva a continuar nossa missão, nossos estudos, nossos projetos. A que nos faz transbordar em energia, acreditar nos próximos dias e nos preocupar em fazer o bem.
Quero acreditar que já aprendemos a valorizar nossas conquistas sem invejar nada, nem ninguém.
Quero acreditar que saibamos como passar o Natal com nossos pais, irmãos, parentes e amigos, numa confraternização que vá muito alem dos presentes trocados.
Natal é um motivo para reforçar os bons sentimentos  e vivê-los sem confronto, sem mágoas ou retalhações.
Estou agora, num exercício de imaginação tentando escutar o estalar da areia sob as patas dos camelos.
E já se distingue a estrela. E atrás de seus facho luminoso, surgem, ao longe, os Reis Magos que vieram do oriente guiados, justamente por uma estrela brilhante: Melquior, Gaspar e Baltasar.
Melquior deu ouro ao Menino Jesus, presente que se dá aos reis. Esse Rei mago tinha 70 anos e veio de Ur, terra dos Caldeus. E seu nome quer dizer''Meu Reino é Luz''.
Gaspar deu incenso como reconhecimento da divindade, era comum dar aos sacerdotes. Ele era um moço de 20 anos e veio do mar Cáspio. E seu nome quer dizer'' aquele que veio inspecionar''
Baltasar deu mirra, usado para embalsamar corpos, e representava, simbolicamente, a imortalidade. Ele tinha 40 anos e partiu do Golfo Pérsico. E seu nome quer dizer'' Deus manifesta o Rei. ''
Imagino, agora, os pastores ajoelhados, de mãos postas, no silêncio de sua humildade, adorando o Menino que dorme.
E desejo que  tecendo o esplendor das lendas, com a força da fé e o calor da paixão, a Humanidade, de século em século, amplie a beleza dessa história de fraternidade.
E que na noite de Natal os homens se façam pastores, reis, cordeiros e cintilantes estrelas, para viver esse Amor maior como Jesus Cristo ensinou.
E peço que não tirem a ilusão das crianças que queiram preservá-la, quando dizem acreditar em Papai Noel.
Já são tantas as dores do mundo que algumas gotas de ilusão, no mundo infantil, só aquecem nossos corações que há muito já perderam essa pureza  e sensibilidade da infância.

                 FELIZ PREPARAÇÃO PARA O NATAL!

                                    KATIA CHIAPPINI

CONTINUE ACREDITANDO EM ACREDITAR

                             ACREDITE

                                    Isso é o que acho
                                         Desse despacho
                                            De encruzilhada

                                 É mero acidente
                                    Assusta a gente
                                          Sem mais nada

                                 Somos bem mais
                                        Sem olhar atrás
                                              Somos cientes

                                Somos bem fortes
                                   Seguimos o norte
                                        Somos pacientes

                                  Não ao olho grande
                                     Que se expande
                                            Para nos assustar

                                                           Tocar essa vida
                                                              Acelerar a corrida
                                                                   É saber acreditar

                                        No seu próprio dom
                                              Na magia do tom
                                                      Na sua plenitude

                                                   Agrado a Oxum
                                                              Falo com Ogum
                                                                   Mas Deus me ajude

                                                      Viva Yemanja
                                                           Respeito o Orixá
                                                                Mas tenho opinião

                                                        Passo sob a escada
                                                             Gato preto? que nada:
                                                                    -Sem superstição...

                                   KATIA CHIAPPINI

SEM LENÇO NADA PENSO!

    

                  SEM LENÇO NADA PENSO

                                           Sem ter lenço 
                                              Corre o pranto
                                                  Fico tenso
                                                      Nada canto

                                            Quem sou?
                                                Quem serão?
                                                     Esses que estou
                                                        A ver sem chão?

                                                 Não conheço
                                                        Essa gente
                                                            Sem endereço
                                                                   Sem mente

                                                     Onde vamos
                                                           Não sabemos
                                                                  Navegamos
                                                                      Sem os remos

                                                     Não férteis
                                                           Avulsos
                                                               E inertes
                                                                    Sem impulso

                                                          Ficamos imunes
                                                               Ao sentimento
                                                                       Nada nos une
                                                                              Só lamentos

                                                         Mundo da lua?
                                                             Melhor assim
                                                                  A terra nua
                                                                      Não me diz ''sim'' 

                                KATIA CHIAPPINI

                  -E-MAIL:katia_fachinello42@hotmail.com

DOUTOR JIVAGO: L.P.

                       DOUTOR JIVAGO

Um filme da Metro Goldmyn-Mayer e com produção de Carlo Ponti. Um filme de David Lean baseado na obra de Boris Pasternak. Música composta e regida por Maurice Jarre.
Nesse L.P. temos toda a grandeza da trilha sonora do filme, um marco da cinematografia.
Maurice Jarre, era, na época, um jovem compositor francês que foi indicado para esse trabalho. Sua música tem colorido, perfeição, beleza, sensualidade e fidelidade ao tema. Ele interpreta, com  musicalidade ímpar, todos os momentos do filme.
Se o público soube valorizar as melodias, certamente, não conseguiu ficar indiferente e, quem sabe, nem ficou tão absorvido pelo filme ,em certos momentos, e se deixou levar pelo som.
Sua partitura é uma das grandes realizações, incluindo canções folclóricas russas, marchas soviéticas, canções, baladas e músicas feitas para dançar.
Maurice Jarre soube interpretar toda a gama de sentimentos, tanto as mais violentas emoções da revolução, como o amor de Lara por Yuri. Soube definir a beleza lírica do amor e a intimidade  e a paixão do Doutor Jivago.
A música é executada por uma orquestra sinfônica de 105 figurantes e um coral de 40 vozes, a maior e melhor combinação de instrumentos musicais já reunidos num estúdio de Hollywood.
E segue-se o fato de que a orquestra foi acrescida de um conjunto de 24 executantes de balalaica. Durante 10 dias Maurice Jarre dirigiu pessoalmente a orquestra. O resultado foi uma gravação que evoca o poder e a beleza de um verdadeiro momento épico.
A música atinge a pontos culminantes, ricos em emoções tanto nas cenas de violência com nas sequências líricas, de um romantismo cativante e absolutamente envolvente.
O Tema de Lara é a música de destaque do filme  e aparece várias vezes, com diferentes tratamentos, dado pelo autor. Mas sempre conservando sua frescura e beleza.
ABERTURA-executada com os 105 componentes da orquestra e 40 vozes no coral.
TEMA PRINCIPAL- especial para ser ouvIda no início do filme.
LARA DEIXA YURI- essa música realça o momento de tristeza quando o casal apaixonado se despede sem esperança de um reencontro.
NO CAFÉ DOS ESTUDANTES- Uma linda valsa de Maurice Jarre, como fundo musical para a cena em que Komarovsky, que está apaixonado pelos dezessete anos de Lara, tenta impedir seu casamento com Pasha.
ENCONTRO DE LARA COM KOMAROVSKY- essa melodia retrata o encontro num quarto de hotel onde Lara se defende do intrigante Komarovski.
REVOLUÇÃO- aqui a música representa três cenas que retratam o espírito de acontecimentos da Revolução Russa: o assassinato do velho coronel dos Russos Brancos pelos ''partisan'' vermelhos; o esfarrapado, solitário e congelado exército; o comboio do General Streinikov que corre deixando atrás de si cidades incendiadas e desoladas.
TEMA DE LARA- aparece durante várias cenas e se torna internacional: beleza rara.
O FUNERAL- por ocasião do sepultamento da mãe de Yuri.
VALSA DE SVENTYTSKI- na ocasião do noivado de Yuri e Tônya, anunciado numa luxuosa festa.
FUGA DE YURI- Yuri é capturado pelos guerrilheiros, trabalha como médico e escapa chegando à casa de Lara, enregelado e delirando.
TONYA  CHEGA EM VARYKINO- a música expressa alegria de Tonya,Yuri, seu filho e pai de Tonya,chegando em Varikino, depois de 13 dias de miserável viagem de Moscou.
YURI COMPÕE UM POEMA PARA LARA-
Essa música descreve com sensibilidade, a descoberta, por Lara, de um poema que Yuri lhe escreveu.
E a música tema se repete para uma audição final.
Só falta sugerir aos leitores do blog que assistam, novamente, DOUTOR JIVAGO.

                                  KATIA CHIAPPINI

BREVE CRÔNICA FAMILIAR

                            EM FAMÍLIA

Papai era gerente da agência central do Banco do Brasil, em Porto Alegre.
Era um homem boníssimo que exercitava a paciência todos os dias.
Não costumava contrariar minha mãe cuja personalidade forte dominava a família.
Eu estava na adolescência e fazia as argumentações necessárias por meu irmão e por mim. Meu irmão era calado e não queria sair de seu sossego. Por isso, não discutia com mamãe.
Um dia meu pai me ligou marcando um almoço com ele no restaurante do Banco do Brasil, com vista para a cidade. Quando cheguei a secretária me ofereceu um cafezinho e papai sentou-se ao meu lado no sofá.
Então, disse-me ele:
-Filha, queria pedir que tenhas mais cuidado para não contrariar a mãe.
-Mas papai, as vezes, me obrigo a contestar suas opiniões.
-Mas como é tua noite quando te recolhes ao teu quarto?
-Durmo bem, meu pai
-Eu não consigo relaxar e nem dormir um sono tranquilo.
-Mas estás com muitas preocupações no trabalho?
-Na verdade, tento dormir, mas a mãe me acorda a cada movimento que eu faça para virar de lado.
-Alguma razão especial?
-Ela fala ao meu ouvido sobre as discussões que tem contigo, minha filha. E me repassa durante a noite toda, indignada, reclamando que estás teimando muito.
-Vou comprar um tampão para teus ouvidos, meu pai.
-Filha, prefiro que tenhas mais paciência com ela para que eu possa ter uma boa noite de sono, o que há muito tempo não me é permitido desfrutar

                                    KATIA CHIAPPINI

MAYSA; CANTORA INTIMISTA.

                               MAYSA

Maysa notabilizou-se como cantora ,compositora e atriz.
Nasceu em 1936 em São Paulo e faleceu em 1977 no Rio de Janeiro.
Era neta do Barão de Monjardim. presidente da Província do Espírito Santo, por cinco vezes.
Casou-se aos 18 anos com o empresário André Matarazzo .Gravou um único disco e após esse lançamento fez enorme sucesso e passou a ser convidada para fazer várias apresentações. Após sua separação teve vários relacionamentos. Um deles foi com Ronaldo Bôscoli, ligado à bossa nova. Outro foi com o maestro Julio Medaglia, quando esteve em Buenos Aires.
Na década de 1970 entrou em depressão e vivia isolada em sua casa.
Na mesma tarde do casamento de seu filho sofreu um acidente de automóvel e veio a falecer, em 1977.
Maysa cantava samba-canção, bossa nova, MPB, música francesa.
Foi contemporânea de Dolores Duram. Maysa compôs 30 músicas numa época em que havia poucas mulheres nessa atividade.
Sua interpretação era personalista, singular em voz e expressão, sendo considerada a maior cantora da música intimista.
Um de seus momentos memoráveis se deu ao interpretar ''Chão de Estrelas''( Silvio Caldas e Orestes Barbosa) e de ''Ne me quites pas'' (de Edth Piaf ) famosa cantora francesa.
Seus principais sucessos foram: Ouça- Meu mundo caiu-Tarde triste- Resposta- Adeus- Felicidade infeliz- todas essas de sua autoria.
Outras canções: Se todos fossem iguais a você- Eu sei que vou te amar- Bronzes e Cristais- O barquinho- Alguém me disse- Felicidade- Manhã de Carnaval- Bloco da solidão.
Maysa é uma voz íntima, que se ouve na cama, uma voz que enternece, que sabe dizer, que toca, que emociona e envolve.
Ela tem voz de acalanto, ternura, sentimento, mágoa, tristeza e vida.
Ela aprendeu a ser triste enquanto transmitia alegria, enquanto sua alma sangrava.Tinha domínio da voz e se empenhava em cantar com estilo próprio, cheio de intensas vibrações como eram as vibrações de sua vida emocional e afetiva. Ela sabia provocar riso, choro, admiração, carícia, saudade. E como se fosse uma dose de bebida em todos os copos, como se fosse o mistério dos mistérios.
Ao entardecer, você pode ouvir uma canção de Maysa, em sua cadeira de balanço ou na rede da sua varanda. E vai se envolver com a letra sofrida, o amor perdido e a música dolente em tom de lamúria saudosa e sentida. 


KATIA CHIAPPINI

Em todos os ranchos e taperas, em toda a serra, em todos os campos, em todo o litoral do Rio Grande do Sul, em todas as cidades, Estados do Brasil e além fronteiras, Jaime Caetano Braun tem o seu nome reconhecido e nunca esquecido.
Ele exaltou o panorama riograndense com suas declamações e canções. Foi um repentista de primeira linha e um milongueiro consagrado. Ele soube reviver o homem de chiripá de  botas de garrão de touro. Soube conviver com o peão da estância no seu linguajar pitoresco e quase atrevido. E soube embrenhar-se  nos costumes do pampa gaúcho, decifrar as expressões da linguagem, sorver um bom chimarrão, participar de rodas de churrasco, contando e ouvindo ''causos'' típicos do homem do campo. Em suas rimas ricas e impecáveis, trata de domadores e vaqueiros, das damas e das domas, dos atropelos das campereadas, das rédeas e pelegos e da montaria completa que se incorpora ao cavalo.
Quem conhece a obra desse ser iluminado, se vê divagando sobre o pampa gaúcho, no tinir das esporas a mover o cavalo desbravador.
E a lembrança dos descampados do Continente de São Pedro que remonta às jornadas da Colônia do Sacramento, onde se forjaram os gaúchos de três pátrias, está presente com Jaime Caetano Braun. E nos revela, esse payador, a coragem do gaúcho, vencendo as leis bárbaras de uma natureza crua.
O declamador cultua o passado, fala de nossas lutas e se reporta ao presente para nos sentirmos mais riograndenses. E somente um homem à cavalo poderia ter certas vivências. Além da lida do campo, só à cavalo seria possível se arvorar em  vigia e sentinela dos campos, como foi e continua sendo, o gaúcho típico, o que não se contaminou com a cidade grande e sua loucura.
Jaime Caetano Braun nasceu em São Luiz Gonzaga, Foi inimitável payador dessa terra e um divisor de águas autêntico dos pampas, onde quer que se localizem.
Alguns trabalhos seus, lá pelos idos de 1969 foram lançados em vinil, primeiramente.
Num desses ''bolachões'' temos:
A volta do payador
Milonga para Don Jaime ( solo)
Porque guri não sesteia  ( hora da sesta )
Cordeonita
Chimarrão do sem destino
Identidade
Alumiando as maçanetas( solo)
Último Bochincho
Sapo Rengo ( solo)
Seu Esmerildo
Destaco o poema ''Último Bochincho'' como uma obra prima de Jaime Caetano Braun.
Dessas composições, sete delas são de sua autoria.
E esse L.P.que citei, foi produzido pela Chantecler, com direção artística de Aylton dos Anjos. Jaime Caetano Braun tem algumas de suas notas escritas em  livros e muito de seu trabalho diluído nas noites de galpões, nas reuniões sociais.nos encontros de payadores, nos improvisos espalhados por esses pagos.
Esse artista, orgulho dos pampas, soube se transfigurar num índio inculto e entender a linguagem de evocações lendárias do selvagem pagão, onde se forjavam as leis à facão, nas distâncias intermináveis dos pampas, quando os monarcas, ao ritmo das quatro patas, despontavam, ao esvoaçar das crinas de baguais recém domados.

 Ao realizar essa consulta me deparei com dois modos de grafar o nome desse artista. Encontrei ,então, Jaime Caetano Braum e também, Jayme Caetano Braun.  
Mas isso não interfere na grandiosidade desse vulto que é um orgulho dos pampas e de outras fronteiras que o cultuam. E de outros idiomas.                   

                                            KATIA CHIAPPINI

           

PENSAMENTOS DE MEU PENSAR!

                     PENSAMENTOS:

- 1 - Quando queremos esquecer é porque precisamos questionar nossos atos.
Quando queremos lembrar é porque o melhor de nós nos faz falta
- 2 - O desejo é humano mas deve ser comedido.
A satisfação é volátil mas nos tranquiliza
A confiança é a mais bela das posses: só quem sabe confiar é feliz
- 3 - A lágrima escorreu no vestido da noiva: é de pura alegria.
A lágrima molhou o rosto da mãe: é de pura emoção pelo nascimento de seu filho.
A lágrima assustou o homem atordoado: é a da redenção.Pois, todo aquele que orar para que Deus o acolha em Seu reino, sairá fortalecido.
- 4 - O amor é a essência de toda a criação.
A traição é o sentimento antagônico e contraria o ritmo da natureza.
E quem persiste nela terá um destino implacável.E, jamais se beneficiará com sua infâmia.
- 5 - Penso que dieta e amor têm algo em comum. De nada adianta investir se não se preocupar em manter.

                                     KATIA CHIAPPINI

                     -E-MAIL:katia_fachinello@42hotmail.com

MIKLOS ROZSA EM QUO VADIS

                        QUO VADIS?

No cinema cabe ao poder da música o sucesso da trama. É  a música que possui a qualidade emocional para realçar a visão deslumbrante da paisagem de uma cena divertida, de uma cena dramática ou de um filme de suspense.
Miklos Rozsa foi um desses mágicos do som e a indústria cinematográfica não lhe negou moção de louvor. E os conceituados músicos jamais lhe negaram o seu aplauso.
Ao preparar a adaptação musical de ''Quo Vadis'' deu provas de sua magnitude por compreender a importância da música do filme para que a obra transpareça em toda sua grandeza. Compôs, para o filme, uma imponente e trepidante suíte orquestral. E mesmo se baseando em dados falhos sobre a música romana, fez intensa pesquisa para dar o cunho de autenticidade que se fazia necessário. Seus quatro movimentos refletem os principais temas dessa história de Nero e seu drama.
AVE CASAR é uma majestosa marcha que retrata o orgulho, a arrogância do antigo poder romano.Impressiona quando anuncia a aproximação do Imperador e atinge o climax quando Nero aparece em cena.
ROMANZA é uma expressão lírica do amor que louva a beleza das jovens e de Lygia que ama Marcos.Também narra o trágico romance de Petrônio e Eunice, no segundo tempo.
ARABESQUE é a música dos banquetes pagãos,servidos por escravos procedentes da ´Síria, da Babilônia, do Egito e de outras nações que foram dominadas pelo povo romano. Realça as danças sensuais com que as bailarinas do oriente impregnavam de exotismo as festas.
''Quo Vadis Domine'' é um grito de triunfo, um hino à cristandade.
A pergunta de São Pedro ''Quo Vadis Domine'' quer dizer:
-Onde vais senhor?
E essa pergunta é o tema do filme.
A película atinge seu ponto mais alto quando focaliza a vitória da fé e conclui com acordes empolgantes o extraordinário júbilo que toma conta do povo de Deus.
Miklos Rozsa compõe a música e a suite é conduzida pela orquestra de Erich Kloss

                                      KATIA CHIAPPINI

                      Obs:
                  Consulta sobre o filme na contracapa do vinil

L.P ( ACERVO PESSOAL )

Ecos da América Latina- George Feyer ao piano:
Malagueña- Siboney- La cumparsita- Granada- Ojos verdes- Mambo-jambo-Noche de Ronda- El choclo- El manisero- Solamente una vez- Cielito lindo- Tico-tico.
George Feyer teve formação clássica e se aventurou na música popular. Chegou aos Estados Unidos em 1941 e apresentou-se em público em Nova York. O gosto de Feyer só traz arranjos de boa qualidade e se misturam com o que há de melhor na música da América.Excelente pianista e soube escolher com cuidado as músicas que interpretou e com bom gosto natural.

Temas Brasileiros:Alceu Bocchino
Prenda minha-Sapo Jururú-Lampião-Boi Barroso- Não quero que ninguém me prenda- Meu boi morreu- Mestre Carreiro.
Alceu Bocchino estudou em Curitiba, Paraná.Formou-se na Escola de Belas Artes. Foi professor do Conservatório de Santos, concertista, compositor e pianista.Desenvolveu o padrão clássico.
Mas tornou-se profundo conhecedor da música popular.
Levou ao público a música que denominou de clássico-popular.
Contribuiu para a cultura musical e proporcionou, com suas apresentações,  o conhecimento e a  divulgação dos acordes musicais nacionais.

Valsas Brasileiras: com Leo Perachi e sua orquestra:
Branca- Aurora- Último Beijo- Longe dos olhos- Tardes de Lindóia- Rosa desfolhada- Primavera de beijos- Só pelo amor vale a vida.
Léo Perachi foi maestro e arranjador.É considerado o modernizador da orquestra popular brasileira, ao lado de Radamés Gnatalli. Tom Jobim o chamava de ''o meu professor''
Nasceu em São Paulo e foi incentivador de Toquinho, Arthur Moreira Lima, Tom Jobim.
Nasceu em 1911  em São Paulo  e faleceu em 1993 no Rio de Janeiro.
Dirigiu orquestras e trabalhou em rádio.
Dirigiu a orquestra sinfônica da Pensilvânia e lá ficou trabalhando por dois anos.
E considerado um grande maestro por nossos músicos de destaque

KATIA CHIAPPINI.

L.P. (ANTIGOS )

Irving Berlin- interpretado por Frankie Carle
Frankie Carle toca ritmo dançante nesse L.P.
Entre outras músicas temos:
Cheek to Cheek
All Alone
Always
Blue Skies
Em 1943 formou sua orquestra e cumpriu com os primeiros compromissos em Nova York. Foi pianista e compositor.
Uniu-se a banda de Horace Heidt em 1939 e pediu que tocassem uma música de sua autoria: ''Sunrise Serenade''. Depois disso cresceu sua fama como pianista e compositor e chegou aos ouvidos de Eddy Duchin, que resolvendo ingressar na Marinha, ofereceu à Frankie sua própria orquestra. O estilo dançante da orquestra de Krankie, com o seu piano, adapta-se às melodias de Irving Berlin, cujas composições foram alvo de sucesso absoluto. A vendagem dos discos de Frankie Carlie alcançou 50 milhões de exemplares

KATIA CHIAPPINI

L.P.( GRANDES SUCESSOS DO PASSADO )

             O sentido dessa publicação é chamar atenção para os            intérpretes do passado, com suas características próprias .

             E sugerir que procurem o C.D, no Youtube.                    

katia

Gregório Barrios em Boleros Inesquecíveis.
Cantor espanhol radicado na Argentina e cantor de músicas internacionais. Notabilizou-se na interpretação de boleros como:
La Barca, Contigo Aprendi e inúmeros outros sucessos.Popular no México,Argentina, Cuba e Uruguai.Foi um dos primeiros a lançar a música mexicana.
Visitou o Rio de Janeiro e precisou dobrar o período que ficaria, porque lotou as casas de espetáculos. Depois foi para São Paulo, contagiou o público e se dirigiu aos mais distantes rincões desse Brasil, levando sua música. Seu repertório não se prende a um só ritmo.Ele canta boleros, valsas, guarânias músicas folclóricas e tem um repertório imenso.
Foi possuidor de uma inimitável forma romântica de interpretar as canções e de um magnífico timbre vocal.
Nesse L.P, apresenta; Alma vanidosa, Cuenta-me tu vida, Diez minutos mas, Final, Sonãr, Hoy, Corazón a Corazón, Juntos.

Evocações da América Latina:
Anna- Coimbra- Vendedor de pássaros- Maria lá-ô- Quizas,quizas,quizas-Siboney,-Cuban Thunderbird- Intrigue- Swiss samba-Mamãe eu quero-Sheraton samba- Beguin the beguine
Irving Fields é um pianista nascido em Nova York e aos 12 anos de idade dava recitais no Carnegie Hall. Serviu no exército onde cuidava de doentes.Regressou á vida civil e começou a se apresentar com seu trio, em clubes noturnos, nos Estados Unidos.
Figurou em diversos programas de rádio e TV.

Francisco Alves- Álbum da Saudade
Nasceu no Rio de Janeiro.Aprendeu a tocar violão quando bem pequeno e não mais se separou dele.Iniciou sua carreira de seresteiro em Vila Izabel, cidade dos boêmios. Fazia serenata para suas namoradas.Gravou 'Aquarela do Brasil'' de Ary Barroso e a propagou pelo mundo inteiro.Registrou mais de 100gravações da música, em pouco tempo.
''A voz do violão ''foi como o chamaram e também ''O rei da voz''.
A voz do violão foi também o nome do seu trabalho que mais vendeu discos. Se tornou um fenômeno em vendas no Brasil.
Na Argentina foi chamado de ''Gardel brasileiro''.
O italiano Giacomo Vaghi o considerou o maior cantor popular do mundo, pela notável beleza da voz.
''Caminhemos'',uma jóia de canção, foi um dos seus maiores sucessos e teve a tradução em espanhol.
Faleceu em 1952 mas sua voz continua sendo uma glória para a canção brasileira.
Interpreta nesse L.P:
Malandrinha, Cancão da criança, Boa noite amor, São Paulo, coraç]ão do Brasil, A mulher do meu amigo. Brasil de amanhã, Cinco letras que choram, A voz do coração. Toca com acompanhamento de orquestra e esse álbum se chama Álbum da Saudade, volume 1.

KATIA CHIAPPINI

L.P ( ANTIGOS)

Maysa
Seu sucesso residia no modo peculiar de cantar. Ela sabia como colocar a voz, e mais do que isso, sabia colocar a alma na voz. A voz de Maysa transmitia sua dor, sua intimidade, suas frustrações e problemas pessoais. Sabia preencher a sensibilidade do seu público.
Sua voz é acalanto, ternura, carícia na madrugada, lembra a beira da praia, o vento. Sua voz de lamento é queixa e mistério.Seu canto vem aconchegando o coração e ecoando na alma.Nesse L.P,ela interpreta: Se todos fossem iguais a você, Ouça, Escuta Noel, To the end of the earth, o que, Fanquesa, Segredo e Um jour tu verras.
Eis um  lindo boiquet de canções que carrega uma voz autêntica que toca aos corações e desperta as mais belas emoções.
Cada minuto que você dedica à Maysa é especial e único.São fragmentos de encantamento que você agrega ao seu tempo interior.
Maysa nasceu em São Paulo e faleceu no Rio de Janeiro em 1977.
Tinha o apelido de ''a gata mansa'' e era intérprete de músicas francesas, o que fazia com perfeição.
Maysa Matarazzo foi cantora, compositora e atriz. E sua voz e interpretação jamais serão imitadas.

Ethel Smith ( L.P.importado)
Dance tho Latin Rhythms
Solo de órgão acompanhado de uma banda carioca interpretando um repertório latino-americano:
Mambo Jambo- Cuban Cutie-The green Cucatoo-Blame it on the samba-La Bamba de vera cruz- Tic-toc rumba- The samba Polka- Catanã.
Nasceu na Pensilvânia, Estados Unidos e faleceu na Flórida em 1996.Uma das interpretações mais conhecidas dessa organista foi Tico-Tico no Fubá, que vendeu, na época, um milhão de cópias, no ano de 1944.

Parada de sucessos ( 1951)
A ''Sinter'', pioneira de lançamento de L.P. no Brasil, apresenta esse que é o seu segundo L.P, após ter consultado a preferência popular.
Nesse L.P. podemos encontrar:
De papo pro ar- Na baixa do sapateiro- Senhora tentação- Baionando- Tim-tim por tim-tim- Não interessa não- Afinal e Pedro do pedregulho.
Os artistas que interpretam os sucessos são: José Menezes, Orquestra Copacabana, Milita Meireles, Carolina Cardoso, Os Cariocas, Heleninha Costa e Geraldo Pereira.
A ''Sinter''reunia os maiores cantores do Brasil e lançava, periodicamente, os seus sucessos, pesquisando os resultados das vendas.

KATIA CHIAPPINI

L.P DE UM ACERVO PESSOAL E ANTIGO.

 Essas são gravações antigas em L.P, parte de um acervo raro, estimado e conservado com os cuidados necessários.

Ângela Maria canta: Escuta, Sempre teu, Talvez seja você, Foi um sonho, Coisas do passado, Rua sem sol, Caminhos diversos, Acordes que choram.
Nasceu no Rio de Janeiro. Interrompeu seus estudos e empregou-se numa fábrica de tecidos, foi auxiliar de escritório e se dedicou a outras funções para ajudar a família com dificuldades financeiras.
Mas cantava onde estivesse.Venceu inúmeros programas de calouros. Passou a cantar em clubes noturnos no Rio de Janeiro.Até que fez sua primeira gravação numa época julgada saturada de estilos interpretativos e cheios de semelhanças artísticas. Mas sua personalidade ganhou destaque e a ascensão à fama foi um processo rápido.Em 1951 ingressou no rádio e só percorreu o caminho do êxito, arrastando multidões para os auditórios.
Em 1954 ganhou dois títulos: ''Melhor Cantora e ''Rainha do Rádio.
Ainda se apresenta em público em programas de televisão. Fez dupla com Cauby Peixoto e com Agnaldo Timóteo. Esse último foi lançado por ela, que percebeu suas qualidades vocais e o encaminhou. Ângela Maria é madrinha de Agnaldo Rayol.
Seu nome de batismo é Abelim Maria da Cunha. É cantora e atriz brasileira.

Poeta da Vila ( 1953)
Esse L.P.traz sambas de Noel Rosa na voz de Marília Batista que foi sua grande intérprete. Noel Rosa foi chamado de ''filósofo do samba'' e de ''Poeta da Vila.''
Marília Batista traz a música da Vila Izabel:
Feitio de Oração, Até amanhã, Quando o samba acabou, Pra esquecer, Com que roupa?, Quem ri melhor, Pela primeira vez, Dama de Cabaret.
Noel Rosa foi sambista, compositor, cantor e bandolinista. Nasceu e faleceu no Rio de Janeiro.Foi um dos mais importantes artistas brasileiros.

Yma Sumac
Descendente do povo Inca.
Destacou-se mundialmente pela extensão vocal privilegiada. Ela alcança várias oitavas, indo do grave para o agudo com facilidade.
Suas canções são folclóricas. Ela imita o som da natureza e o trinado dos pássaros.
Foi casado com o maestro Moisés Vivanco.
Foi uma cantora lírica e notável contralto peruano. Se apresentou em óperas, casas de espetáculos e fez alguns filmes.
Faleceu em 2008 em Los Ângeles, Califórnia, Estados Unidos.
Nesse L.P. ela interpreta: kuyaway, Suray Surita, No es vida e
Mamallay.( O nome do L.P. é Legend of the sun virgin)
Do outro lado temos: Karibe Tak, Witallia, Lament e Zanã
Acompanha Yma Sumac a orquestra de Moisés Vivanco.

                                  KATIA CHIAPPINI