Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

NÃO SOMOS SÓ OS APELOS DOS MODISMOS!

           Não somos só os apelos dos modismos!

Não somos apenas aquele diploma na parede do escritório, nem só o diploma de formatura, nem só aquela medalha de melhor aluno da turma. Não somos o reflexo do carro que temos, nem da casa que adquirimos, nem do emprego que nos garante a subsistência. Nem a riqueza que acumulamos, as vezes, duvidosa e sob suspeita.
Precisamos ser um pouco da criança que fomos, conservar um pouco dos arroubos da adolescência.
Só porque nos tornamos adultos não precisamos nos levar sempre tão à sério. Precisamos continuar jogando futebol com o filho, lendo uma história para a filha pequena, fazendo um brinde pela graça de viver mais um dia com saúde. Precisamos levar flores para nossa cara metade porque é nossa metade ''mui'' cara. E nos prontificar a auxiliar com as crianças para colaborar com a harmonia do lar.
A vida não é afixada na parede como os nossos quadros de estimação. Ela é dinâmica, circular e mutante como todos devemos ser. Não devemos nos recusar a modificar as atitudes sempre que estivermos errados. Tenhamos a humildade de admitir o erro e, ao mesmo tempo, buscar soluções.
 Precisamos lembrar dos nossos pais e de toda a formação do lar. Esses preceitos cristãos que aprendemos na infância devem nortear a nossa vida. Somos o  modo de nos emocionar, de sentir, de nos doar ao semelhante, de amar os ascendentes e descendentes. Nossos pais devem ser o nosso exemplo. E nunca aquela pessoa que vive a metade da existência na academia ou em lojas do shopping para estar sempre impecavelmente vestido. Essas preocupações não devem ser nossa prioridade na vida. Mas são complementos. Então não invertamos a ordem das coisas que realmente importam e que  deixaremos, como herança, para nossos filhos: valores fundamentais que formam a  essência do ser e uma personalidade sadia.
Não deixemos nosso filho bater pé e tirar da prateleira de uma loja aquele brinquedo que  não podemos dar, naquele momento.Sejamos firmes ao dizer: ''não'. Mas temos que  explicar, com argumentos plausíveis, o porque de não  podermos ter tudo o que  vemos nas prateleiras das lojas.
Vamos estar preparados para aceitar aquele convite, para ir ao cinema, com amigos de turma. Ou para jogar xadrez no clube. Além de estar procurando um lazer aprazível, de quebra, ainda deixaremos nossos amigos satisfeitos porque soubemos lhes dar a devida atenção.
A verdadeira sabedoria, e não vou dizer que seja fácil, é manter a simplicidade, seja qual for a circunstância de vida. Ninguém é superior a ninguém. Somos uma grande comunidade universal e precisamos nos apoiar, uns nos outros. Se isso não entendermos, correremos o risco de acabar na solidão de um simples quarto de uma casa comum, como numa mansão suntuosa, onde só as paredes são nosso cenário, a cada manhã. 
Não nos deixemos levar por modismos. Não precisamos ter o nariz perfeito, a barriga negativa, as roupas do último desfile de modas, nem trocar de automóvel todos os anos.
Se assim for, nosso nível de insatisfação e ansiedade nunca será satisfeito. Essa insegurança que nos faz comprar tudo o que vemos, não deixará lugar para conservar o hábito de ler, de apreciar uma boa música, de se inscrever num curso de pintura, de nos beneficiarmos com o estudo de uma língua estrangeira. Ou seja, não desenvolveremos a nossa sensibilidade para apreciar o Belo e nem os ensinamentos relativos aos valores cristãos.
Então, refletindo sobre tudo isso, podemos pensar em algumas maneiras de nos tornarmos melhores como sabemos que podemos ser.
Alguns procedimentos que lembrei de comentar:
-Não precisamos esperar o chamado para visitarmos nossos pais e avós.
-Não precisamos negar um sorriso, um cobertor ou um prato de comida ao desamparado das ruas.
-Não precisamos esperar um abraço do filho. Podemos levá-lo até a parada de ônibus e lhe ofertar aquele abraço. 
-Não precisamos esperar a data de aniversário e sim, fazer uma surpresa a um ente querido.
-Não precisamos nos eximir de passar a noite no hospital, e sim nos oferecer para tal, se essa for a necessidade. Se não nos conscientizarmos, vamos acabar sobrecarregando outros familiares.
-Não precisamos ser bajulados para prestar um favor. Podemo fazê-lo até para aquela pessoa que brigou conosco, sem outros escusos interesses.
O que quero salientar é que parecemos nos afastar das pessoas a cada dia. É esse sentimento de solidariedade que estou propondo resgatar. Hoje, não esquecemos de nosso'' tablets'' e dos demais eletrônicos. Mas esquecemos de ser cordiais, de desejar um bom dia de trabalho, de oferecer um cafezinho. De levar até a porta aquele amigo e pedir que volte sempre a nos visitar.
Estamos perdendo o contato com as belezas naturais. Estamos doentes, depressivos, arrogantes, insensíveis aos apelos do coração.
Estamos elogiando e recolocando no poder aquelas pessoas que nem sempre lutaram pelo nosso país e sim por si mesmas.
Estamos justificando nossos atos cuja justificativa nem existe, à luz da verdadeira justiça. Estamos nos desestruturando como civilização e regredindo, na medida que só nos importa ''vencer',' pisando nosso semelhante.
Que o senhor Deus, mesmo se sentindo abandonado, não nos abandone. E que, um dia, possa sair daquela cruz, onde está preso, até hoje, porque os homens não o reconheceram.  E não o soltaram de lá, onde ainda chora lágrimas de sangue, por nós, seus filhos. 
E, quando se soltar, o que vai ocorrer quando os homens se arrependerem de seus pecados, quando isso acontecer, que possa abrir os braços livres e nos ofertar seu abraço redentor.

                                      KATIA CHIAPPINI


                                    -E-MAIL: KATIA _ FACHINELLO42@HOTMAIL.COM


3 comentários:

  1. SEJAMOS MELHORES A CADA DIA . E SAIBAMOS AGRADECER PELAS GRAÇAS ALCANÇADAS!

    ResponderExcluir
  2. Maravilha Katy, é realmente bem assim, ninguem tem mais tempo pra nada principalmente pra tentar saber o que o seu semelhante sente, nem as mulheres sentam ao lado de seus companheiros pra trocarem algumas palavras e saber o que vai no <3 dele, nem dos filhos querem cuidar mais, colocam nas mãos de estranhos e que se virem, tem de ser independentes os coitadinhos...

    ResponderExcluir
  3. E,nesse caso, ser independente é ser abandonado prematuramente porque os pais não saem de seu comodismo E essa independência será perigosa,desviará por atalhos sem saída.

    ResponderExcluir