A menina nasceu com problemas neurológicos e sua mente tinha o alcance de uma criança de 8 meses. Quando as dores de cabeça se tornavam insuportáveis, ela se batia nas paredes ou agredia as pessoas que estivessem por perto.
A mãe dava-lhe um abraço. esboçava seu melhor sorriso.cantava para ela e contava histórias, até que se acalmasse.
O pai, sem paciência, revidava os socos que recebia com outros mais fortes e puxava a filha pelos cabelos. Mas, quando ela estava calma, dava umas voltas de carro com a filha. Percebia que ela gostava muito de ficar olhando pela janela e observando cada detalhe da paisagem.
A menina cresceu, engordou pelo efeito das medicações e se tornou uma mulher forte.
O pai adoeceu e se pôs de cama.
Um dia acordou, com os socos da filha deficiente, que só parou de bater quando viu sangue escorrendo da boca do pai.
Mas a moça guardou, não na memória, mas por reflexo condicionado, os maus tratos que sofrera, desde menina.
Repentinamente, olhou para o pai e viu lágrimas nos olhos dele.
Assustada, chamou por sua mãe. Essa entendeu a situação que presenciou e abraçou a filha, mais uma vez. Esperava que se acalmasse.
Mas, passado o surto psicótico, que a acometera, a menina-mulher chorou compulsivamente. Depois se dirigiu para o quarto do pai e lá passou a noite, sem se afastar do local.
KATIA CHIAPPINI
OS FATOS SÃO VERDADEIROS!
ResponderExcluirTocante, Katia! Ainda mais se sabemos que esses fatos são verdadeiros! Muito bem narrado! Um abraço.
ResponderExcluirSim,verdadeiros,mas com algumas ideias novas no final.
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