Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

sábado, 31 de março de 2012


MEDITAÇÃO

              MEDITANDO SOBRE A VIDA

Caminha agiliza o passo
Percebe do dia a beleza
Concentra-te, joga o laço
Prende o céu, o rio, a natureza

Sente o ar menos poluído
Pela manhã ao raiar a luz
Alivia o coração sofrido
Em comunhão com Jesus

Caminha ao sabor do vento
Medita e oxigena o teu ser
Relembra um bom momento
E não aceites sofrer

Renova votos de felicidade
A todos que te querem bem
Procura conservar as amizades
E fazer o bem sem olhar a quem

A vida é a grande caminhada
Prepara-te, passo a passo
Como quem não quer nada
Procura alguém e dá teu abraço

Distribuir só felicidade
É ter uma real visão
Amar sempre a humanidade
É querer apertar sua mão

Não descuides filhos e pais
Dá à família amor profundo
Só ela compreende teus ''ais''
Só ela preenche teu mundo

-Deixai vir as criancinhas-
 Deus pediu e pensou antes :
-Quem cumprir as leis minhas,
Deve amar seus semelhantes

KATIA











sexta-feira, 30 de março de 2012

SIMPLES MISTÉRIO

             MISTÉRIOS DO AMOR

Em que amor investes ?
No que vive de aparatos
No que suga como peste
Ou no que veste farrapos ?

De que amo me falas ?
Se ora enganas, ora tramas ?
Ao deixar prontas as malas
Ocultas sob a cama ?

Porque no amor pões ira
Eo tornas impuro ?
Por que as costas viras
Sem transpor o muro ?

A que amor te reportas ?
Juraste ser o amparo
Abrir todas as portas
Viver o momento raro

Crês que o amor é ilha
Isolado e sem consciência ?
Sem ouvir a voz da filha
Ou qualquer interferência ?

De que os amores precisam ?
De gastos exorbitantes
Que o bem dos lares não visam
E só alimentam amantes ?

Amor é sonho perdido ?
Assim o vês em teus lamentos ?
Vamos rever tempos idos
Quando feriste sentimentos ?

Amor é permanecer omisso
E nunca se arrepender
De ficar amargo , sem viço
Sem saber o que é viver?

Olha! em teus pés há um brilho
O amor é um simples ato
O neto se abaixa-lembra o filho-
A sorrir e a lustrar teu sapato

De Deus: nossa imagem e semelhança
Recebeste a melhor cena
Acorda! beija essa criança
Acolhe a vida-vale a pena

KATIA



quinta-feira, 29 de março de 2012

SER

                         SOU

Sou aquela que não fui
Sou quem me deixei ser
Onde a liberdade flui
Onde o viver não é morrer

Sou agora o que queria
Tranquila, madura-mulher menina-
Faço versos, teço rimas
Ser feliz é minha sina

Sou presente, sou o momento
Não vivo passado ou futuro
Deixo brotar o sentimento
Não navego no escuro

Sou eu, você, nós e eles
Todos quantos queiram ser
Convoco todos aqueles
Para sonhar, amar e viver.

katia/projeto poesia/2012

quarta-feira, 28 de março de 2012

O GAÚCHO

               Canto ao gaúcho

O gaúcho o é por inteiro
Cedo para ele aceno
Cuida bem do potreiro
Como colhe feixes de feno
Ovelhas em bando e cavalos
Porcos, galinhas, perdiz
O gado lambendo os ralos
São visões que sempre quis

O capataz dá a diretriz
Organiza a lida da manhã
Quem não entendeu diz
Nada de conversa vã
Depois do almoço a espera
Pelo descanso merecido
Do verão à Primavera
O dia a dia é sofrido

A ''boia'' vem caprichada
Domingo tem vinho à mesa
Alegria da peonada
Que ainda recebe sobremesa
 Cultua, com certeza
O folclore, a tradição
A prenda mostra a beleza
Nas danças de salão

Uma delas é a do facão
A outra é a do pau de fita
No rodeio- forte emoção-
Ou se cala ou se grita
Bem cedo o mate amargo
Sorve para se hidratar
E lá vem a lenha-sem embargo-
Para o churrasco assar

Canja, feijão com ovelha
Morcilha, torresmo, linguiça
O porco assado na grelha
Tudo isso, o gaúcho atiça
O gaúcho faz sua trova
É repentista na canção
A prenda sorrindo aprova
E a gaita geme o refrão

O lenço vai no pescoço
A faca na cintura
O favo de mel-em esboço-
Na bombacha é formosura
Na cavalgada é ligeiro
Recolhe o gado e anoitece
Arruma o galpão e o celeiro
Conta ''causos'' que não esquece

O mascate vem de mansinho
Pra vender mercadorias
Pede a comida e o ninho
Descansa e segue outras vias
Para domar o cavalo
É preciso destreza e coragem
E o rodeio com seu embalo
O gaúcho traz na bagagem

Os cães seguem o gaúcho
No pastoreio, na vacinação
Correm sem medo e sem luxo
Oferecem fiel proteção
O gado berra agitado
No dia da marcação
A ferro e fogo é marcado
Tem seu dono e patrão

O gaúcho tem seus costumes
Gratifica com gado o peão
Dá-lhe terras ou um curtume
Passa a ser sua proteção
Mas o costume primeiro
Que cultiva desde menino
É o de ser hospitaleiro
E de fazer do pago o seu hino

KATIA

terça-feira, 27 de março de 2012

VISÃO DE UMA IMAGEM AO ESPELHO

                       A imagem no espelho

 Vi no espelho da estante
 Ao atender o celular
 Minha imagem num instante
 Envelhecendo no olhar

Congelei pensativa
O coração em agonia
Ciente de ser ativa
Não como a imagem me via

Tratei de ficar risonha
Transformar a aparência
Mesmo com a vida tristonha
Ter no interior a aparência

Das águas claras e correntes
Do céu, do Cruzeiro do Sul
Da chuva molhando as sementes
Do mar belo e azul

Das neves de pura alvura
Dos pássaros soltos no espaço
Das folhas e suas nervuras
Dos camelos em seu espaço

Tenhamos em nós a beleza
Das águas que curam lesões
Das mãos cuja destreza
Do toque despertam paixões

Comprei espelhos tamanhos
E coloquei em vários locais
E conto os pontos ganhos
Para cada sorriso a mais

Observo com serenidade
No espelho a minha figura
Uno imagem e realidade
Extraindo do interior candura

Retoco a expressão do olhar
Visualizo serena a alma
Procuro me comunicar
Busco a ternura e a calma

Assimilo o real -sem a imagem-
Converso com minha essência
Não quero ser só miragem
Amar e sofrer é a existência

Se o espelho se partir
Em meu rosto provocar dor
Terei outro espelho a sorrir
O dos olhos de meu amor

  KATIA

SOBRE A LETRA '' F''.

                    A letra ''f''

A letra F de felicidade?
Nem sempre-há exceções-
O uso que dela se faz
Firmará as opiniões

Fugitivo, frouxo, fanático
Faminto, febril, falido
Vocabulário lunático
A ferro e fogo fundido

Fumou? bem fundo ficou
No funeral-baixo astral-
Um outro a faca atirou
Pra ferir o marginal

Fundamentalismo funesto
Fatal força da religião
Sob máscara de protesto
Foge a nossa compreensão

O facínora é feroz
Frenético e infernal
Fraudulento e atroz
Tem a face do mal

O foragido é fugaz
Porque é falho o sistema
Frustra a nossa paz
É um indecifrável teorema

Não entres fácil na fossa
Fragilizado ou desprevenido
Pois nessa vida há quem possa
Lutar e não ser vencido

''F'' está em felicidade
Como em fecundação
Não o queiras em falsidade
Usa-o com moderação

Após ''F'' no alfabeto
Enfim ''G'', ''H'', ''I''
Foge, o caminho está aberto
Fui... deu pra ti!

KATIA: ( mais de trinta palavras com a letra ''F'', quer conferir? )

O LIVRO

                       O livro: um amigo

Não dobre o livro descuidado
Aproveite o ensinamento
Seja dele um aliado
E não o seu tormento
Absorva o que dele emana
Divida o número de folhas
Leia um pouco por semana
Faça valer suas escolhas

Há livros-infinidades-
De diferentes estilos
Memória da humanidade
Seguem fiéis aos pupilos
Mulheres vestidas de homem
Se beneficiavam da escrita
Dos livros tinham fome
Serviam-lhes de consolo na desdita

Colaboraram em profusão
Com os homens da ciência
Mas não tinham a apreciação
De sua competência
O prazer de ler,por momentos,
Ao sim da música-posso provar-
Produz um relaxamento
E a vontade de meditar

Pessoas que apreciam ler
Descobrem o escondido
Encontram conforto e lazer
Atenuam ideais reprimidos
Revelar cultura e saber
Construir seu mundo interior
São formas de conhecer
Da vida, algum valor

Aos livros devemos emoções
De amores que não tivemos
Vibramos, com as sensações
Dos beijos que nunca demos
O ''MORRO dos Ventos Uivantes'
O vento levou em tempos idos
Mas não deu paz aos itinerantes
-Ciganos, retirantes e excluídos

Isso nos livros aprendemos
Lamentamos pelas favelas
Nem todos do pão comemos
Só em fábulas e novelas
As conspirações e as guerras
Quando aos homens atingem
Imperam em todas as terras
E de negro o Universo tingem

Um exercício para a mente
É ler sobre Ecologia
Ver que morre a boa semente
No solo desmatado em agonia
É a terra dando o seu grito
São os animais a falecer
É o colono tentando aflito
Em vão o trigo recolher

Não abandone a andança
Pela trégua sempre bendita
Até que os povos em aliança
Respeitem a lei escrita
Veja mísseis, ogiva nuclear
Ciência e a medicina
Mas seu livro vá consultar
Masculino de alma feminina.

KATIA



sábado, 24 de março de 2012

UM PEDIDO DE RESPEITO AOS AVÓS :1

           A saga de um avô

A idade retira do físico
E ao espírito compensa
E o avô de aspecto saudável
Nem cai de cama
O neto troca o canal de TV
Pois em si pensa
E o velho pra não se indispor
Nada reclama

O ônibus passou correndo
E não estava atrasado
O ancião sinalizou
Mas permaneceu na rua
Saiu do supermercado
Com um volume pesado
Tentou pedir ajuda e ouviu:
-Vovô fica na tua

Atravessou na faixa
Arrastando as pernas
E causou pânico
No motorista estressado
Ouviu impropérios
Como se viessem das cavernas
Esses homens de terno
Supostamente educados

Pensou assistir um filme
-Bom divertimento-
Driblar a solidão
Estar com toda gente
Trocou de calça
E esqueceu o documento
E lhe negou o desconto
O indesejável gerente

Sentou com a senha
Aguardando o chamado
E funcionários do Banco
Cortaram-lhe a frente
Ficou junto ao caixa
Para ser lembrado
Mas foi repreendido
E sentou novamente

Pediu o orçamento da TV
Já com o fio exposto
Trouxeram o aparelho
Consertado, para cobrar
Na praça recebeu
Uma bolada no rosto
E a mãe da criança
Desviou o olhar

Saiu com a filha
Para o rancho providenciar
Pagava as contas
Da princesa, no ato
Ouviu desaforos
Ao se desequilibrar
Ao perder o salto
Já gasto do sapato

Quis participar
Da eleição-não minto
Votou, mas saiu da sala
Com a cédula na mão
O mesário o reconduziu
Novamente ao recinto:
-Coloque o voto na urna
Seu velho trapalhão

Pensou em colar na testa
Uma faixa provocante
  -S.O.S maturidade-
Seria a inscrição
Para que não o tratassem
De forma abusiva
E respeitassem sua idade
E  sua limitação

Mas isso são devaneios
O amor virou miragem
Tem um teto e um chão
Mas na alma o abandono
Decidiu-se pelo asilo
Talvez haja vantagem
Em receber sem implorar
Em não ser um cão sem dono

Sentindo-se pela família
Certamente abandonado
Via-os em sonhos
E acordava constantemente
Não estava em dívida
O dinheiro vinha disfarçado
Em forma de cheque
Silenciosa e simplesmente

Foi ,aos poucos,definhando
E se ausentou da vida
Entrou em depressão
Cantarolava impropérios
Entrou em pânico
Sem fé, sem guarida
E fez de sua morte
Um indecifrável mistério

Quem não se doa
Amor não recebe
O filho ingrato
O mesmo passará
O momento senil
Atinge o rico e a plebe
E a vida faz justiça
-Quem viver verá-

KATIA

UM PEDIDO DE RESPEITO AOS AVÓS:2

                            O avô

Ao  avô não se nega a sopa
A casa, o dinheiro, a paz
Deixe os trocados que poupa
Para que não se sinta incapaz

O avô aceita sua vida
Prefere esconder sua dor
Disfarça a tristeza sabida
Pra passar o natal com amor

Ao ver o neto se formar
Vai lacrimejar, rezar o terço
Quer ser o primeiro a abraçar
Porque ajudou a embalar o berço

O avô aprofunda o sentimento
Como o lírio do campo, é delicado
Ouça com carinho seu lamento
Conserve-o presente a seu lado

KATIA

UM PEDIDO DE RESPEITO AOS AVÓS :3

                    Reflexões sobre a velhice

Enquanto a idade avançada
For sinônimo de fim de vida
A competência aprisionada
Não será vista ou sentida

Conseguir trabalho: um sacrifício
Ser respeitado-uma ilusão-
Mas os filhos têm por ofício
Pedir-lhes o conselho e o pão

E se o ancião, ao sentir, relatou
O desamor que o deixou magoado
É porque ofertou para o beijo a face
E recebeu um tapa em cada lado

Refletir sobre o tema é preciso
A ingratidão aos pais é humilhante
Nossos velhos são nosso esteio
A água da fonte, a luz mais brilhante

KATIA

sexta-feira, 23 de março de 2012

MAGISTÉRIO

Estamos no magistério
Não há nenhum critério            AOS PROFESSORES, COM CARINHO!
Na difícil situação
Andamos quase com fome
Enquanto não há quem tome
O controle da solução

Crianças perdem o saber
Não se cumpre mais o dever
A escola é uma utopia
Ao mestre falta atenção
Perdeu-se toda ilusão
E os tempos são de agonia

Avaliam a displicência
Os alunos em sã consciência
O prometido é descumprido
O governo se faz surdo e mudo
Não prioriza o estudo
Mantém o ensino oprimido

Óh! governador nos socorra
Talvez não saiba quem morra
Afirmo que é a educação
Esvasie a greve e aprenda
Retire dos olhos a venda
Deixe-nos crescer como Nação

Promessas são feitas às pressas
Rumo à eleição-meras peças-
Pregadas sem consideração
Mantenha o plano de carreira
Como condição primeira
Pra restabelecer a união

Ouvi dizer que é moda
E como tal não incomoda
Poupar um certo valor
Mas não é certo, é tolo
Desviar o único consolo :
A promoção do professor

Há professoras cedidas
E outras desaparecidas
Por suas próprias conveniências
Se algúem, por acaso, as viu
Denuncie sem medo: é um desvio
Pois arcamos com as consequências

Governador, reverta a história
Nosso passado tem memória
Não nos jogue no esquecimento
Tome todas as providências
Se não houver no poder decência
Então governar é fingimento

A luta,  de fato, é antiga
Mas não é pela classe, temida
Avante! tenhamos constância
Professores! lancem seus brados
Mas o que representam seus fardos
Comparados à carência da infância ?

KATIA                PROFESSORA

quinta-feira, 22 de março de 2012

MÚSICA 1

ZÈ NO FESTIVAL

Zé pensou não vacilou
Levou sua canção
Pra os acordes dedilhar
Comprou um violão

Comprou roupa e sapato
E até se barbeou
Se estranharem vai dizer
Que no festival entrou

Zé pensa em Maria
Que roupas novas quer
Se vencer o festival
Dará tudo à mulher

Palmas na platéia
Já se sente o Zé artista
E o júri além da nota
Grita; é o melhor sambista

Zé leva o dinheiro
E a vitória pra Maria
Mas não a encontra
No barraco-que ironia-

Não vai mais fazer samba
Nem letra,nem melodia
Se estranharem vai dizer;
Não sai samba sem Maria

Zé perdeu sua Maria
Não quer mais festival
Mas ainda canta seu samba
Que foi o seu bem e o seu  mal

KATIA


MÚSICA 2

                                         
          O PIANO

Ouço o som místico  que faz parte
Do rutual que eleva o coração
Envolve  os seres : é pura arte
Tranquiliza minha imensidão

E o toque das mãos quais dois leques
Faz vibrar a corda da consciência
Nesse momento não há quem peque
O som é beleza e existência

Fonte de eterna pesquisa
Ao concertista dá prazer
Dos amantes é som que eterniza
É encanto do entardecer

Sempre fiel companheiro
Dos barítonos e sopranos
Envolve os ouvintes por inteiro
Segue a bailarina por anos

Presença nos chorinhos e valsas
Nas cortes se fez executar
Acompanha as crianças descalças
Nas cirandas a rodopiar

Esteve presente com o Minueto
Harmoniza guitarra e teclado
Marca presença em dueto
Preenche o palco iluminado

As notas pretas ,emblemáticas
Invadem as brancas,sem sentir
Conduzem á escala cromática
No direito de ir e vir

As teclas pretas produzem
Um gemido sofrido e oriental
Com o tom menor conduzem
À tensão do acorde final

Pretas e brancas em harmonia
Enriquecem o som que acalma
Deus disse no oitavo dia :
A música é dos puros de alma

KATIA

quarta-feira, 21 de março de 2012

MÚSICA 3

                   

MÚSICA: SUBLIME MÚSICA


Harmonia que preenche e acalma
Em forma de choro ao nascer
Fiel companheira de minha alma
Atenua as mágoas e o sofrer

Dupla emoção quando em versos
A música a todos apraz
Se reporta a outros universos
Renova as esperanças e a paz

Deus descansou no sétimo dia
Ao som da música nas matas
Sorriu ao contemplar tanta magia
Ouviu pássaros,ventos e cascatas

A música torna o ser mais nobre
É bálsamo aos  loucos no hospício
Revela o talento e o ser descobre
Retira o menor do vício

Ritmos e sons trazem encanto
Todos os estilos  têm valor
A batida forte como o acalanto
Soam como formas de amor

Façamos da vida um prazer
E uma canção de louvor
Que ao percorrer nosso ser
Possa nossas forças repor

Pena de quem sem pena
Tira da canção o critério
Só pra permanecer em cena
Pra ser o centro do hemisfério

Bach, Mozart- eu creio
Beethoven, nunca igualados
Dá música são o esteio
Eternamente cultuados

Parabéns ao músico popular
Cuja luta é ferrenha
Pra vencer e se situar
Precisa mostrar a senha

O importante é o sentimento
É colher a música para amar
Em meio a tantos lamentos
Com ela vou me acariciar

Recorre à meditação  ao deitar
Acende no interior um farol
Ouve  o som pra reconfortar
Dorme até o nascer do sol

Pede a Deus pra te abraçar
E ao anjo da guarda, proteção
Almeja mais um dia pra cantar
E leva contigo uma canção

katia

MÚSICA :4

Bossa nova/ bossa velha

Bossa nova e bossa nova
Discutiam sem parar
Bossa nova descontente
Não queria aceitar

Esse samba diferente
Que faz bá-bli-ú-bi-bá
E dizia impertinente
Deixa agora eu falar :

Apesar de menos nobre
Sou o samba verdadeiro
Dança o rico e o pobre
Com meu ritmo brejeiro

E os passistas com sua arte
Vão mostrando que sou lindo
Mas agora bossa-nova
Me responda, estou ouvindo:

Eu sou nova e inteligente
Não esqueça,estou surgindo
E por isso toda a gente
Já está me consumindo

Sou um samba diferente
Com semiton e sincopado
Peço licença, eu só quero
Aproveitar o meu reinado

KATIA

sexta-feira, 16 de março de 2012

DESAMOR : PARTE 1

                         
FRAGMENTOS DO CAOS

Ouço o som das fornalhas
Do campo de concentração
Ouço gritos, vejo mortalhas
No horror dessa visão

Cenas de guerra persistem
No mundo inconsequente
Onde homens a morte omitem
E têm a alma descrente

Armas e drogas proliferam
Alimentam a estupidez
Os vícios tristes imperam
Confude-se o ser, talvez

Querem justificar desafetos
Os homens de fraca memória
De que vale abortar fetos
Ou abraçar a luta inglória?

O odor fétido da morte
É o mesmo que o mundo exala
Têm-se na ambição o suporte
E a visão percebe mas cala

Prostituir-se não é solução
Se os ideais estão de partida
Fixar o pensamento na razão
É  buscar a paz como guarida

O mundo em devassidão
Culpa o sistema que escraviza
Que traz a fome, nega o pão
E a corrupção eterniza

Incesto, assalto, pedofilia
Se encontra em cada esquina
Valores inexistem como guia
Impera o estupro, a carnificina

Concursos, discursos, quem diria?
Só engatinham de quatro
Cabides de emprego, utopia
Seguem sem direção, sem formato

Que será de nossa criança
Sem pai, sem mãe, sem futuro?
Ceifaram do povo a esperança
Roubaram dele o ar puro

Só abandonando as armas mortais
Usando a razão para compreender
Aliar-nos-emos aos valores espirituais
Esfolando o caos para em paz renascer

KATIA

DESAMOR :PARTE2

              CAIRAM TODAS AS MÁSCARAS

Sob a nação há um estigma
Os ventos desnortearam
Não vejo a pessoa digna
Os homens males semearam

Estamos caídos ao chão
Sem graça na corda bamba
Ficamos órfãos,  não há razão
Pra soar o pandeiro no samba

Caíram máscaras e farsas
Em razão de denúncias mil
Atingiram todas as raças
De norte a sul do Brasil

Brotaram o joio e o espinho
A agua impura, o ar viciado
Obstruiram-se os caminhos
Só ficaram os tornados

A alta cúpula se beneficia
Com a cobrança de juros
Pouco aplica na moradia
Engana os de coração puros

O pobre ainda partilha
Bondoso, um naco de pão
O rico faz contrabando
Tem armas e drogas na mão

A fome se agrava,é pior
E o pobre vive ao relento
É preciso um mundo melhor
Pra renascer um novo alento

Aos governantes cabe investir
Na riqueza do solo brasileiro
Qualificar o povo para produzir
É evitar a intromissão do estrangeiro

É importante soltar as amarras
Lutar pela própria identidade
Não comungar com corrupção e farras
Banir a injustiça e a insanidade

Cada um pagará seu quinhão
Deus dará sua sentença
Almejamos um ciclo de evolução
Onde o homem pela razão vença

KATIA



DESAMOR :PARTE:3

                         CONFLITOS
Dinheiro, petróleo, armamento
Geram conflitos, desunião
E a trégua cai no esquecimento
Como os pactos de não agressão

O uso da ciência para destruir
De nada vale a  humanidade
Apontando armas para nos ferir
Sepultamos os ideais e a verdade

De que valem as conquistas bélicas
E a luta pelo poder
Se famílias ficam histéricas
Á mingua sem nada ser?

É preciso perseguir a bonança
Não comungar com a falsidade
Compartilhar fé e esperança
E afastar da terra a maldade

E a ambição que destrói o planeta
Mata o grão, tira o pão : é atroz
Joga o ser sem ação na sarjeta
Sem calor, sem amor e sem voz

Nem só nas armas está a ameaça
Nem só nas guerras a injustiça
Pior abraçar a política e suas trapaças
Levar o dinheiro da plebe para a Suíça

Minar a esperança do povo é crime
E quem se corrompe nem dorme em paz
Nem se embala na cadeira de vime
Morto ou vivo,que diferença faz?

Katia


DESAMOR : PARTE: 4

                        Balada para Bush

De que vale a canção
Se nã posso cantar
É só devastação
É só guerra no ar

De que vale a emoção
Se não posso expressar
É só desolação
Ninguém mais quer amar

Quando o mundo ruir
Os homens doentes
Vão a terra invadir
Sem ter água ou semente

Se o céu enfurecer
E a natureza agredir
O homem vai entender
Que evoluiu para destruir

Se o sol não iluminar
E o solo não tiver plantio
Se a casa não mais abrigar
Como vencer o desafio?

Sofrendo aprenderão
Que precisam se desarmar
E torturadores não serão
Em terra, no ar ou no mar

Se usarem para o bem a ciência
Então poderão ser heróis
De que vale a inteligência
Se continuarem eternos cowboys?

Katia

terça-feira, 13 de março de 2012




                                      700!!!!

ANTECIPANDO O DIA DA POESIA: 14 DE MARÇO

                           QUEM ESCREVE

Quem escreve
Tem a alma florida
Jamais será imunda

Quem escreve
Ao verso dá guarida
E a mente aprofunda

Quem escreve
É de luz guarnecida
De segunda a segunda

Quem escreve
À palavra dá partida
Não se encolhe, corcunda

Quem escreve
Sua vida proibida
Do pecado oriunda

Por certo se atreve
Pra ficar menos sofrida
E a dor menos profunda

E mais escreve
Pra não sangrar a ferida
Nem a depressão que afunda

Quem a Deus serve
Vive com fé sua vida
E a palavra fecunda

Katia

VERSIFICANDO O DIA DA POESIA!

                              O VERSO : EM SEU DIA!

Não tenho controle do verso
Ele brota e se expande nas folhas
Surge, aos borbotões, disperso
E na mão que escreve faz bolhas

Vem à tona, a expressão : a palavra
Dando forma às ideias em desalinho
E os versos que confesso de minha lavra
Se espalham e penetram de mansinho

Na carta, no diário, na agenda
Vão se ordenando , por encanto
Como se viessem de encomenda
Para ceifar , da alma, o desencanto

O verso revela o sentimento
Alegrias e tristezas personifica
Transforma, informa dá alento
Liberta as emoções e comunica

Honesto ou desonesto, sem fronteira
Une, desune-é causa e consequência-
Não permanece sem ''eira nem beira''
É lazer, prazer é ciência

Versos modificam semblantes
Enrubecem as maçãs do rosto
Nas entrelinhas se mostram arrogantes
Revelando o ódio ou o desgosto

Provocam lágrimas, podem emocionar
Como conduzir à meditação
O verso conjuga o verbo amar
Com pujança, eivado de paixão

Versos e versículos também são
Como mantras ou santos protetores
E o poema contido na canção
Conforta , na liturgia, os pecadores

Li versos num livro de porte
Selecionei um deles como conselheiro
Hei de seguí-lo-será meu norte
Exemplo de vida, fiel escudeiro

Junto aos versos a sensibilidade
De quem faz rima ,é evidente
É  como o vinho : se bebe na saudade
É poder amar,após lançar a semente

katia

MINHA HOMENAGEM

                                   
                         DIA DA POESIA  : 14 DE MARÇO

Poesia.ouço teu canto
Ilumina meu caminho
És canto, encanto e pranto
És pássaro, livre do ninho

A poesia vai aos lares
Conhecer as dores do mundo
Bebe em todos os bares
O poeta que é fecundo

Ela vai à periferia
Ao recôndido lugarejo
Tanto alegre como em agonia
Versifica o amor e o desejo

A poesia não faz política
É como deseja ser
Seu compromisso é com a crítica
Sua missão é esclarecer

Não crê nas evidências
Provoca, é combativa
Coloca em xeque as consciências
E de ningúem é cativa

Poeta! todos te conclamam
És presença na hora mais bela
Os trovadores te declamam
E os artistas te retratam na tela

Poeta! tens a rima como guia
E o amor pela natureza
Da matéria te desvencilia
Guarda, na alma, a riqueza

A poesia fascina
E ilumina a vida
O verso aquece a menina
E cura, da alma, a ferida

Poeta! desperta teu povo
Desvenda a filosofia
Vale a pena começar de novo
Se te calarem algum dia

Enquanto livre te mantiveres
Não procures o conformismo
Fala ou cala- o que preferires-
Mas não caias no ostracismo

Poetas de todas as cores
Erguei a voz contra os grilhões
Cantai , na terra, os amores
Transformai dores em orações

KATIA

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia da mulher!

                              
                                                 Homenagem


Hoje, 8 de março, dia da mulher, escolho D. Maria , merendeira, para que nos represente e seja a voz , o sorriso, a determinação de todas nós.


D. Maria, merendeira

Risonha, carinhosa e faceira
Solidária com os professores
Lá vem ,D. Maria, merendeira
Sem se queixar de suas dores

Faz em casa o alimento
E traz para o bar da escola
Do trabalho tira o sustento
E tira o amor da sacola

Não tem horário,só suor
Não se nega a vender fiado
Contorna os problemas de cor
Mas vejo seu ar cansado

Tem nas filhas, aliadas
Que lhe ajudam no balcão
São suas filhas prendadas
Que sabem dar atenção

Acerta na culinária
E cumpre com seu dever
Respeita as funcionárias
E não se deixa abater

Na escola houve festa junina
E D. Maria declamou
Amou as palmas, qual menina
Então sorriu e depois chorou

Ligeira nos prensados
Atendia a toda gente
Vendia seus enrolados
E dava pastéis aos carentes

Teus passos vão ser só teus
Almeja a dignidade
Caminha , filha de Deus,
Como irmã da humanidade.

Katia      Dia da mulher!






terça-feira, 6 de março de 2012

SANTANA DO LIVRAMENTO

           
           Sabem o que é Santana?
           Só se for de Livramento
           De minha alma alimento
           De meu espírito, nirvana
       
           Terra dos Bica e dos Brochado
           De São Miguel do Sarandi
           Querência onde vivi
           Que abrigou os tios amados

           Fronteira de gente garrida
           Laçando o gado antes do sol
           Sem que a loucura do arrebol
           Se faça presente na lida

           Santana ! vamos poetar
           Terra gente hospitaleira
           Quem vai pela vez primeira
           Pensa em não mais voltar

           Crianças na espreguiçadeira
           A porta só encostada
           E o papo nas madrugadas
           Não era sem eira nem beira

           O papo amigo e o chimarrão
           Nos  tempos de boa gente
           Sem malfeitores na frente
           Convidavam ao serão
    
           Santana! nesses pagos pensei
           Trago comigo a lembrança
           Do tempo que era criança
           Pois a minha infância voltei

               Katia Chiappini 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Porto Alegre


                

Porto Alegre de encanto tamanho
Eu te acompanho com o meu andar
Sou dessa terra e não abro mão
Desse teu chão para me abrigar

A tua história revelou talentos
Lutando ao relento pra te defender
Tua glória ultrapassou fronteira
Desde a vez primeira lutas pra vencer

Tens nas artes desenvoltura
E na literatura a premiação
Tuas canções vencem festivais
Não tens rivais na dança do facão

The ''United ''States'' com seus deleites
Levam o gaúcho para seduzir
O minuano fica endiabrado
Laça o filho amado pra não mais partir

És Porto Alegre, porto do farol
Prestigiada pelo trovador
O Rio Guaíba veio de encomenda
Recebe a oferenda ao santo protetor

katia/casa do poeta/



sábado, 3 de março de 2012

ESTÂNCIA SÃO MIGUEL DO SARANDI

       

Estamos nessa campanha
Que nos acompanha
Bem longe, ao sul
Saudando a natureza
E a beleza  
Desse céu azul

E as crianças com alegria
Algum dia vão recordar
Que na estância
Passaram a infância
Sempre ligeiras
A galopar

E a filhinha já está gordinha
E um petisco foi lambiscar
Pois na cidade
Oh! que maldade
Só se tem tempo
De trabalhar

E os churrascos apetitosos
Para os gulosos saborear
E a canjica
E a mexerica
E a sobremesa
Vão nos engordar

E a Verinha, a sinhazinha
Quer ocupar o seu coração
Alguém batendo
Ela sai correndo
Mas não é ele:
-É um peão

Só o minuano é que não perdoa
Nos atordoa com seu uivar
A gauchada
Fica pesteada
Mas assim mesmo
Vive a cantar

The ''United States,''com seus enfeites
Quase roubaram nosso patrão
Mas a saudade
Trouxe a vontade
De retornar
Ao seu rincão

As cozinheiras e as copeiras
Também merecem nossa gratidão
A Vicentina
E a Jovelina
São para nós
De estimação

Oh! que beleza esse mutirão
Que veio ao rincão para festejar
Os aniversários
Embora os salários
Da gauchada
Estejam a minguar

E o gauchão Dr Léo Brochado
Por nós amado é o patrão
Tia Bebê
Veio de encomenda
É  a mais linda prenda
Desse rincão.

A meus segundos pais, tios Léo e Bebê,
a quem devo minhas melhores férias ,desde a infância até a idade adulta, dediquei esses versos feitos ainda menina.
E o galope à cavalo, os banhos no açude os toques de gaita, ao entardecer, a canjica, o feijão com carne de ovelha ,são lembranças de São Miguel do Sarandi  : meu eterno amor.

Com carinho, dedico aos tios, meus companheiros de infância, e aos primos que comigo viveram esses dias de eterna lembrança


Katia Chiappini







               

Praia de Torres

           

Torres, praia feiticeira
A onda em ti é rendeira
Que faz rendas pra casar

És estranha Loreley
Ondina que eu encontrei
Entre as águas desse mar

Iara de claro canto
Olhos de verde espanto
Murmúrios de enfeitiçar

De dia tu tens o sol
A noite a luz do farol
Em tuas mãos a brilhar

Teu corpo de morna areia
Tem balanço que tonteia
Os olhos de quem olhar

Nesses braços estendidos
Tens amor, beijos perdidos
E outra vida pra me dar...

Adaptação de um poema que minha tiaThereza de Almeida compôs para Cabeçudas, uma praia de Santa Catarina.
Achei uma beleza e adaptei para Torres, linda praia de nosso litoral, no Rio Grande do Sul, onde veraneio desde criança

Katia/Thereza de  Almeida

Poema: Sou

                     
  

Sou aquela que não fui
Sou quem me deixei ser
Onde a liberdade flui
Onde o viver não é morrer

Sou agora o que queria
Tranquila menina-mulher
Faço versos, teço rimas
Ser feliz é minha sina

Sou presente, o momento
Não vivo passado ou futuro
Deixo brotar o sentimento
Não navego no escuro

Sou eu, você, nós e eles
Todos quantos queiram ser
Convoco todos aqueles
´Para sonhar, amar, viver
Katia

sexta-feira, 2 de março de 2012

CONVERSANDO COM O LEITOR

                          

Sérá que nosso interior está encoberto por expressar sombras, ou  sabe o valor dos sentimentos?
Será que sonhos e fantasias ainda povoam nosso século?
Será que basta uma palavra de ternura para ressurgir das cinzas a labareda do amor ao semelhante?
Quero crer que minha tentativa de levar o ser para o interior de si mesmo terá êxito
E peço licença para seguir tentando enquanto houver uma alma sensível para vibrar.
Ofereço pequenas gotas poéticas aos meus leitores para que visualizem suas expectativas e mistérios, suas alegrias e dores.
Quero ser um pequeno condutor de energia, com poder de eletrificar todas as células a serviço do bem. E redirecionar
a fé e a esperança daqueles que plantam boas sementes para que não deixem de ser guerreiros e não entreguem suas armas.
Só assim estarão inseridos na tentativa de evolução do ser.
 Então, com poemas, crônicas e pensamentos, espero vislumbrar um mundo de possibilidades a cada leitor, na medida em que exercitar sua faculdade de reflexão sobre os fatos da vida
Dedico a todos meu arco-íris poético: desfrute-o

Com carinho
Katia