Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

MINHA PROFESSORA DE PIANO

                    MINHA PROFESSORA
                             DE PIANO

Ela era Idia Ortigara 
Muitos anos de competência 
Figura pura e joia rara
Amiga fiel por excelência

De piano professora
Também de língua francesa
De canto coral orientadora
Versátil criatura, com certeza

Batalhadora na vida
D.Idia foi abençoada
Deus lhe dará guarida
Como filha muito amada

Deixou esse plano um dia
Segui-a com meu carinho
Fiquei com a sua alegria
Ela se foi, de mansinho

Aceite minha saudade
Sempre a terei na lembrança
As aulas reforçaram a amizade
E me fizeram rir como criança

KATIA CHIAPPINI

MINHAS FILHAS,TATIANA E KARINA TAMBÉM FORAM SUAS ALUNAS.
OBRIGADA E QUE DEUS A TENHA ENTRE SEUS ELEITOS.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O CRAVO E A ROSA.

                      O CRAVO E A ROSA.
                    

O cravo sabe ser protetor da rosa
Como sabe ser um gentil cavalheiro
Cravos se aproximam das  dengosas
Cravos querem se insinuar primeiro

As rosas gostam de parecer ternas
Cravos gostam de chegar e conquistar
As rosas escondem vontades internas
Cravos se comovem e gostam de abraçar

Cravos também sabem rir ou chorar
Rosas se arrependem e pedem perdão
Cravos sabem se aninhar para consolar
Rosas quando amam demonstram gratidão

Precisa haver uma porção de cumplicidade
E reciprocidade palpável nas relações
Amizade e amor se constituem raridade
Mas podem existir se não houver traições

Cravos e rosas são partes de uma corrente 
Cujos elos se fortalecem no pensamento
Quem fala e não pensa se torna irreverente
Feliz é quem equilibra razão e sentimento


KATIA CHIAPPINI

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

NÃO TROQUEM SUAS GORDINHAS!


          NÃO TROQUEM SUAS GORDINHAS!

Diz a estatística que 50% das pessoas, na atualidade, são obesas.
É um dado que serve de alerta para prestarmos mais atenção à saúde.
Mas até que ponto as gordinhas estão ameaçadas?
Será que os homens estão muito preocupados com a estética de suas mulheres?
Parece-me que a beleza da juventude sofre algumas mudanças ao longo dos anos .E tanto homens como mulheres modificam sua silhueta.
A beleza, que serve de moldura, cede lugar a outros valores internos. E esses nos tornam pessoas mais experientes, mais sábias, mais confiáveis e amadurecidas.
Os homens aventureiros até podem se envolver com mulheres jovens e lindas. Até podem se iludir, pensando que são amados. E não perceber que há interesse pecuniário sustentando a relação.
Há uma idade perigosa em que os homens querem provar a si mesmos a masculinidade.E se deixam levar por sentimentos volúveis e perdem a racionalidade em nome de relacionamentos etéreos.
Mas suas gordinhas estão, tanto em casa, como fora do lar em dupla jornada. Cuidam dos filhos, dos afazeres domésticos e de suas obrigações relativas à profissão escolhida.
Os homens dedicados à família sabem dar valor às mulheres que são o equilíbrio do lar.
Se estiverem gordinhas, nem por isso têm menos valor.
Há homens que trocam sua gordinha por outra figura esguia e de beleza perfeita. E o arrependimento, quando vem, pode chegar tarde demais.
Conheci um homem que era amante de uma mulher casada e que resolveu se separar. Em seguida, alugou um apartamento, mobiliou e quis fazer uma surpresa para a amante. Quando ela percebeu que o homem queria viver com ela na mesma casa, levou um susto e voltou para os braços do marido que nada lhe deixava faltar.
Ou seja, a amante queria só os momentos de prazer. Mas o homem casado se apaixonou por ela . 
Quando ele quis voltar para a esposa, essa não o perdoou e não o recebeu de volta. Em pouco tempo esse homem'' ficou a ver navios''
Não troquem, homens da face da terra, suas gordinhas eficientes e amorosas. por figuras insinuantes e com segundas intenções.
Não cometam esse erro e não percam o raciocínio.
Hoje, os relacionamentos não se sustentam porque as facilidades são muitas e parece que tudo é permitido. Tudo parece normal . Os verdadeiros sentimentos e o desejo de formar uma família, onde seus membros se apoiem ao longo da vida, parecem esquecidos no passado.
Quem ama se dedica, acolhe as vicissitudes do ser amado, demonstra lealdade, cumplicidade, companheirismo e afeto sincero.
Ser gordinha não desmerece ninguém.
A falsidade, a infidelidade, os maus tratos, esses sim,criam uma barreira intransponível entre os casais.
Gordinhas de meu Brasil, lutem pelo seu espaço e se permitam a felicidade.
Escolham homens atentos e dispostos ao comprometimento  e com planos futuros de lhes acolher na saúde e na doença, na tristeza e na alegria, na bonança e na tempestade.
Cavalheiros, convidem sua gordinha para dançar, para ir ao cinema, para degustar um manjar especial, para viajar em segunda , terceira ou quarta lua de mel.
Gordinhas, não se deixem abater e confiem em suas qualidades.
Tudo lhes é permitido! Nunca percam sua autoestima.
E acolham em seus braços  aqueles homens que souberem valorizar suas qualidades pessoais. Aqueles que demonstrarem que uns quilinhos a mais não são empecilhos para o amor.
E então, homens de pouca fé, já compraram uma pequena lembrança para presentear e reconquistar sua gordinha?

                              KATIA CHIAPPINI

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

QUANDO

                         QUANDO

                               QUANDO

Quando o coração pedir, lembraremos dos abraços
Quando o verão chegar, esqueceremos as desavenças
Quando a chuva começar, iremos pular descalços
Quando em dúvida, vamos confirmar nossas crenças

Quando o galo cantar, iremos preparar o mate
Quando nos banharmos no açude, pedirei um carinho
Quando no campo, veremos o gado no abate
Quando em casa , daremos alpiste ao passarinho

Quando a bela cachoeira, ao longe, murmurar
Quando aos cavalos formos dar de beber
Quando formos cantar e o amigo violão dedilhar
Quando tudo der certo, pensarei em te acolher

Quando o desvario espalhar roupas pelo chão
Quando a travessura de amor nos comprometer
Quando, finalmente, não adiarmos mais a decisão
Quando a paixão florescer, Deus irá se esconder

KATIA CHIAPPINI

VEM!

                                VEM

Vem!

Vem, eu estou por perto
Com endereço certo
Habita o meu deserto
Fica acessível, esperto

Estou de braços abertos
O portão está entreaberto
Nada tenho de concreto
O destino é incerto

De temores estás coberto
Mas sentimentos não veto
E estás ficando inquieto
Vem ao recanto secreto

Kátia Chiappini

ENVOLVE-ME

                          ENVOLVE-ME

ENVOLVE-ME

Envolve-me pela cintura fina
Envolve-me: sou tua menina
Envolve-me com purpurina
Envolve-me: sou tua sina

Essa fidelidade canina
Sabes que a ti se destina
Espera-me ali na cantina
Aquela que fica na esquina

Envolve-me : descobriste a mina
Temos o dom da sintonia fina
Escolhe: Ou me falas a palavra ferina
Ou me envolves com a carícia divina

Kátia Chiappini

BRINCADEIRA DE INFÂNCIA

                      
                    BRINCADEIRA DE INFÂNCIA



                                         Brincadeiras
                                          de infância

Desenhar a sereia
Jogar 5 Marias
Rolar na areia
Fazer folia

Bater na campainha
Sair andando
E ver a vizinha
Esbravejando

Jogar as pedrinhas
Na calma lagoa
Pular amarelinha
Rir muito, à toa

E o beijo roubado
Do primo travesso
Era um achado
Não tinha preço

No domingo o passeio
No parque de diversões
Era o melhor recreio
Com tantas atrações!

E jogos de tabuleiro
Cartas e dominó
Se insinuavam certeiros
Na casa de minha vó

Oh! Infância, louvo esses laços
De saudosa andança
Quantos beijos e abraços
Guardo em minha lembrança!

         Kátia Chiappini

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

RELACIONAMENTOS

                          RELACIONAMENTOS


RELACIONAMENTOS EM CRISE
Encontramos nossos amores tão rápido como nos desencontramos deles.
Parece até que o amor se tornou a arte do desencontro.
Casais se relacionam aos finais de semana, algum outro dia da semana. E voltam para suas casas paternas, onde moram por longo período.
Depois de certo tempo resolvem casar, depois de uma vida em comum, em casas separadas. Mas, acho que se assustam, um com a presença do outro, no dia a dia, resolvendo esse impasse com a separação.
Não se percebe a intenção de conversar, de rever e dimensionar alguns comportamentos, de ceder, mutuamente, de harmonizar as crises e ir superando obstáculos com maturidade e vontade de acertar.
Na separação, os casais não poupam os filhos.
O pai convida o filho para jantar e só fala mal da mãe da criança, o tempo todo. O filho fica entre os dois se sentindo um fantoche.
Os filhos sofrem calados, choram nos cantos, recolhem as fotos do casal, para vê-los juntos. Os filhos esperam pelo pai no portão da casa e se sentem ansiosos e infelizes quando o pai faz uma ligação telefônica dizendo que não irá mais. E as desculpas se sucedem e frustram os filhos.
As mães criam os seus filhos com dificuldade, assumem a direção da casa e todas as responsabilidades. Pois a pensão que deveriam ganhar, vem nos primeiros meses e depois costuma desaparecer. E, muitas vezes, a mãe desiste de denunciar o pai. Prefere ganhar algumas migalhas, como um par de tênis, uma roupa, vez ou outra, do que ''quebrar os pratos'' definitivamente.
Mães criam seus filhos e perdem a esperança de constituir nova família, pois muitas vezes, seu novo namorado não quer assumir essas crianças que não são dele.
E, não raramente, os companheiros propõem que mães abandonem seus filhos com algum familiar e sigam com eles em nova moradia.
Há mães que se deixam iludir e fazem a escolha errada. Depois, quando percebem que o companheiro não presta, tentam resgatar o amor dos filhos e não mais conseguem. A ausência desfaz o amor filial e deixa mágoas profundas.
Há muitos homens morando sozinhos e se aventurando com mulheres diversas, apenas ficantes e amantes.
Há muitas mulheres morando sozinhas, com os filhos já casados e independentes. E chegam ao entendimento de que morar consigo mesmas, vale mais à pena para ter sua liberdade não vigiada e uma certa tranquilidade que os relacionamentos teimam em tirar.
Mas, fomos feitos para viver em sociedade, em coletividade, em família .Fomos feios para criar vínculos ,educar os filhos de comum acordo. assumir, em conjunto os papéis maternos e paternos.
Em contrapartida, hoje, os casais têm vida dupla, quando um espera o outro sair de casa e vai para frente do computador se relacionar virtualmente. E não se dão conta de que essa situação ilusória pode se transformar em tragédia.
E essas pessoas que assim preferem se relacionar, ficam sem noção da realidade, se apaixonam sem conviver, criam ilusões que logo se transformam em sofrimento, dada as decepções que se sucedem como jatos d'água a jorrar, sem fim.
O egocentrismo está em alta e o altruísmo se perdeu nas esquinas da vida.
Há pessoas que passam a vida se sujeitando a ser a segunda opção de um homem casado e que jamais irá deixar seu lar e filhos por uma ou outra companheira que já foi avisada de que nada pode exigir. E essa carência faz a pessoa entrar e sair pela porta dos fundos.
No mundo moderno não há lugar e nem tempo hábil para exercer a conquista, escolher flores e bombons, olhar para um rosto expressivo e entender a mensagem que quer deixar transparecer. Valorizar o ser humano como alguém digno de respeito e consideração parece ter se tornado utopia.
As relações são etéreas, meteóricas, oscilantes e falsas.
Os casais que costumam sair juntos, como amigos, não raro se tornam amantes, um da mulher do outro.
O descontrole é total e as orgias ( troca de casais ) estão na moda e são consideradas uma ''evolução''. Mas que espécie de evolução é essa que destrói famílias? Que leva ao suicídio? Que submerge num mar de lamas? E que no final da vida traz a solidão como par constante? Que evolução é essa que retrocede à Idade Média?
E que empoderamento feminino é esse que lhe subtrai o direito de ser respeitada? Que mania é essa de falar que o empoderamento da mulher é top?
Relacionamentos são uma loteria remota e quase inacessível.
Creio que precisamos embarcar na arca de Noé, desde que queiramos ser salvos. E desembarcar em outro mundo promissor, livre de tantos impostos e pleno em espírito humanitário.
Precisamos encontrar outra Eva, ou outro Adão, noutra civilização.
Precisamos retomar os verdadeiros valores, o caráter, a cumplicidade, o altruísmo, o companheirismo, a justiça social.
Precisamos que as leis não condenem os pobres e livrem das penas os abastados e manipuladores.
Precisamos de uma roda de mate amargo, de um carteado, de um churrasco de fogo de chão, de uma prenda carinhosa, de um gaúcho hospitaleiro, de uma orquestra de tangos e boleros, de um acampamento na mata, do som dos pirilampos, das luzes dos vaga-lumes.
Precisamos de um acordeon tocando as músicas de Edith Piaf, de um piano interpretando Richard Clayderman, de Procópio Ferreira declamando ''As mãos de Eurídice'', monólogo que o consagrou como grande ator de teatro. Precisamos, de sua filha, Bibi Ferreira, invicta nos palcos, já aos 90 anos de idade. Precisamos reencontrar Paulo Autran e Molière em ''O Avarento'', interpretando Harpagon, o sovina, ainda aos 84 anos de idade.
Precisamos assistir ao balé clássico de Bolshoi, voltar a assistir ''A Noviça Rebelde'', ''A Dama das Camélias, ''O Poderoso Chefão'',''A Dolce Vita'', ''O Morro dos Ventos Uivantes'',''12 Anos de Escravidão e os inesquecíveis musicais do cinema americano, destacando-se Fred Astaire e Ginger Roger ,no sapateado.
Precisamos meditar, recuperar a autoestima, exercer o espírito de coletividade, aceitar se dedicar a um trabalho voluntário. Precisamos voltar a amar para sermos amados.
Precisamos de um sapatinho de cristal para calçar em mimosos pés.
Precisamos de duendes, fadas, mágicos, palhaços.
Precisamos bem mais do gênio da lâmpada do que dos 40 ladrões.
Precisamos de nós mesmos, bem como precisamos de dois travesseiros, de uma cama de casal perfumada. E de lençóis de linho, contendo monogramas bordados com ponto cheio.
Nem que seja em forma de um sonho fantástico enquanto a realidade não nos contempla. O importante é clarear o fundo de nossa essência e tornar possível uma evolução interior.
Que nossa preocupação seja a de buscar um novo olhar, um renascer, um novo caminho. Finalmente, um novo ideal, num mundo melhor em tons de verde-esperança ou de azul celeste.
E que os anjos, arcanjos, serafins e querubins concordem com nossos propósitos e digam amém.
E que coloquem nuvens sobre nossos pés!
KATIA CHIAPINI

ESCULTURA

            
                                 ESCULTURA



                                ESCULTURA

A argila espera por mim
Vou modelar sua figura
Perfumarei com aroma de jasmim
Sua imagem em minha escultura

O semblante será suave
O perfil será elegante
Um dia embarquei em sua nave
Guardei na memória esse instante

Minhas mãos começam a trabalhar
Farei você belo como um Deus
Não repare se eu me deixar levar
Por dores e tremores, antes meus

Esculpir é dom, é guarida, é arte
Olho meu trabalho comovida
Você de mim já fez parte
Além do carnaval na avenida

Quando a saudade apertar
Terei na escultura, meu talismã
Ligue, se um dia você voltar
Servirei o café da manhã

KATIA CHIAPPINI

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

CONFRARIA DA QUADRINHA!

                        
                    CONFRARIA DA QUADRINHA



                    Confraria da quadrinha
               A música é um plano perfeito
              Se ouve na paz ou na guerra
              Na paz repousa em meu leito
              Na guerra é o grito da terra
                             
                           katia.

DORES

                                 DORES



                                     DORES

                                   Alivie suas dores
                                   Não utilize como bengala
                                  Torne pálida suas cores
                                  Jogue todas numa mala

                                  Jogue essa mala no mar
                                  E as dores cairão na lama
                                  Se fortaleça, deixe estar
                                  Não as leve para a cama

                                 Dores são um desafio
                                 Deus as colocou sobre os ombros
                                 Mas nas dores eu não confio
                                 Prefiro vê-la sob escombros

                                Negue às dores do mundo
                                Permanência ou carona
                                Só espíritos não profundos
                                Teimam em trazê-las à tona

                                         Kátia Chiappini

COLEGAS DE BIBLIOTECA

                   COLEGAS DE BIBLIOTECA

                              Colegas de biblioteca
Tenho meus colegas, os livros, como entes vivos em meu dia a dia.
Abro a janela, tiro o pó, disponho por assuntos, pesquiso os temas escolhidos.Os livros agradecem.
Meus colegas de prateleira parecem me entender.
Amo a companhia deles e minha expressão facial se modifica quando estou lendo.
Sinto paz e ternura quando estou cercada pelos livros de todas as tribos.
O Pequeno Príncipe me acena e me lembra de que o essencial é invisível para os olhos.
Mario Quintana me lembra, entre sério e imponente: eles passarão e eu passarinho.
Fernando Pessoa já cansou de repetirei seu lema: tudo vale à pena quando a alma não é pequena.
Meus colegas de biblioteca chamam por mim.Não posso ficar muito longe deles.
Ser ou não ser, sei que nada sei,quanto mais conheço os homens mais admiro os cães,faça- se a luz e a luz foi feita,conhece-te a ti mesmo, olhe para todas as mulheres mas conserve a sua direita (duplo sentido ), ninguém é de ninguém, assim caminha a humanidade, todas essas citações estão nos livros que vislumbram um amplo leque de possibilidades.
A história da civilização está bem documentada nos compêndios encadernados de meus colegas de prateleira.
Minha cadeira de balanço, sob a janela do quarto de dormir, está sempre a postos para a hora da leitura.
Emília, Dona Benta, Narizinho, Visconde de Sabugosa e Tia Anastácia, são os personagens de Monteiro Lobato que estão contidos nos 12 volumes , encadernados e com capa vermelha, que se destacam em minha estante.
A Comédia Humana de Honoré de Balzac, com 17 volumes é um patrimônio cultural do qual não abro mão.
Autores nacionais e internacionais se unem, sem que uns queiram superar outros.
O saber não se mede, não se compara.
Todos os livros guardam sua essência.
E desde a época do pergaminho até o advento do livro digital, a literatura vem dando sua valiosa contribuição à cultura universal.
A mídia televisiva já apresentou em suas novelas, algumas obras literárias de Jorge Amado, Érico Verissimo, dando sua contribuição à literatura.
Meus colegas, dispostos em prateleiras parecem congelados e mudos. Mas não o são.
Podemos dar vida ao texto, lendo em voz alta, declamando, memorizado, no teatro, ou nos inspirando neles para escrever nosso próprio estudo, nosso poema ou prosa.
Há uma preciosa coleção de livros orientais que se refere às histórias das Mil e uma noites e versam sobre poemas e histórias dos califas e nobres reis e príncipes dos imponentes castelos, repletos de odaliscas, seresteiros, menestréis, em festas e bacanais das cortes.
O sultão era dono absoluto do poder e sua palavra era lei.
E as esposas desfilavam em seus aposentos como mercadorias de luxo no mercado persa.
Meus colegas de prateleira são valiosos, não pelo valor de mercado, mas pelo valor estimativo que remete ao meu pai, um bom leitor e poeta nato.
Papai e eu tínhamos o hábito de trocar ideias literárias e deixar o tempo passar, sem pressa de retornar à realidade.
Deixo aqui meu louvor e agradecimento aos livros que são meus mentores espirituais e incansáveis companheiros.
Os livros são meus colegas de trabalho e fonte de minha inspiração .
Devo a eles as horas de sonhos, de levitação temporária, de conhecimento.
Mas, principalmente, devo a eles, a construção de uma harmonia que faz parte da evolução espiritual.
E que respiro por todos os poros, em tempo e a qualquer tempo.
Meus livros, meus tesouros!
Kátia Chiappini

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

PARA 2020

                                 PARA 2020

REFLEXÕES PARA 2020
Viva sem desistir
Escute sem queixas
Fale sem proibir
Ajude ; dê as deixas
Diga sem ofender
Ame sem exigir
Perdoe para crescer
Explique sem ferir
Ouça sem agredir
Espere sem retrucar
Confesse sem fingir
Abrace para amparar
Caia para levantar
Chore sem sofrer
Reclame sem gritar
Construa para ter
Olhe sem interferir
Ajude sem explorar
Converse sem punir
Desculpe sem tripudiar
Lute sem desesperar
Siga sem esmorecer
Trabalhe sem praguejar
Vença sem se corromper
KATIA CHIAPPINI

AUTO-ADJETIVAÇÃO

               
                        AUTO- ADJETIVAÇÃO

Precisamos ter cuidado para não afastarmos as pessoas de nosso convívio.
Uma pessoa que não sabe ouvir se torna indesejada.
Se for invejosa e demonstrar isso, não terá amigos.
Se for aquela pessoa que só fala de doenças ou faz comentários fúteis, sem saber manter uma conversação, também acabará ficando deslocada e sozinha.
Mas se for uma pessoa que se acha superior, ninguém irá suportar.
Esse tipo de pessoa parece que sabe tudo, não aceita opiniões, caminha de nariz erguido e demonstra prepotência.
É um tipo de pessoa que precisa ser elogiada, bajulada porque pensa ser  e quer ser o centro das atenções.
Se formos pessoas simples, podemos viver sem contar vantagens o tempo todo. E nem por isso vamos perder nosso valor.
Se tivermos algum talento especial vamos esperar que outros percebam e que os elogios venham ao natural.
A auto-adjetivação consiste em ostentar riqueza, fama ou poder.
A pessoa se permite dizer que é a mais bonita, a mais bem vestida ou a mais inteligente.Ela fala o tempo todo de si mesma.
Há uma necessidade de se mostrar superior, de chamar atenção para si. 
A auto-adjetivação não é bem-vinda porque não traz a ideia de uma pessoa simpática. Ao contrário, dá a ideia de pessoa petulante, cheia de si, que exibe seus atributos e se expõe deliberadamente.
É certo que podemos vibrar com um troféu recebido, medalha ou certificado, com nossas boas notas, com nosso desempenho no trabalho. Mas isso não pode monopolizar, não pode ser nosso único assunto em sociedade.Pois cria uma situação nada polida e pouco adequada.
Vibrar com os estímulos recebidos, com o afeto dos pais e irmãos, com as amizades fiéis, tudo isso é mais saudável e deve ser uma prioridade na vida. Vibrar com um abraço caloroso, com um convite para dar um passeio, com os netinhos que nos telefonaram, com nossos avós que estão para chegar, tudo isso diz respeito aos sentimentos e trazem alegria e conforto às nossas vidas.
Não podemos perder nossos valores.
Nossas qualidades virão à tona.
A auto-adjetivação é sinal de egocentrismo porque o tempo que  levarmos falando de nós mesmos, é o mesmo que iremos perder de ouvir a outra pessoa. 
Acumulamos vaidades e futilidades sem perceber que estamos deixando de lado o nossos semelhante.
No campo da gramática podemos falar em adjetivação quando um escritor tem um estilo literário que privilegia o uso dos adjetivos para ornamentar o substantivo.
Esses adjetivos valorizam a narrativa e os romancistas os empregam com exuberância.
Ao contrário da auto-adjetivação que provoca uma distorção no comportamento, uma quebra da naturalidade.
A sabedoria está na pureza de espírito, na sinceridade, na autenticidade.
Nunca na auto-adjetivação que remete ao narcisismo.
Não podemos perder nossa identidade e nem nos apresentarmos usando máscaras sociais. 
E não é lícito subir pisando nos outros . Convencer--se de uma falsa superioridade é mostrar uma inferioridade de espírito, disfarçada. 
São carências afetivas que provocam essa ânsia de ser visto a qualquer custo.
Deus deu a cada um, um ou mais talentos. 
E ninguém precisa se comparar a ninguém e nem se julgar superior.
Basta semearmos, lançando a semente em terreno fértil, para colher os melhores frutos que a vida poderá nos ofertar.
 E se formos nos  orgulhar de algo, que seja de palavras e atos que quisermos deixar de exemplo para nossos descendentes.
O espírito se fortifica com ações solidárias.
A auto-adjetivação bloqueia nossos valores e dá vazão à futilidades.
Uma reflexão se faz necessária para equilibrar os ponteiros da balança.
E quem tem valor sempre será notado, sem que necessite fazer ecoar de norte a sul, suas qualidades.
Que a autenticidade e a singeleza sejam a nossa verdade e identidade.
Sem lenço e sem documentos ficarão os insensatos, bajuladores, desonestos e inoportunos.

KATIA CHIAPPINI

UM PENSAMENTO

                             UM PENSAMENTO

Somos belos quando jovens e somos jovens quando
adiantamos o passo em busca da beleza da alma.

                       KATIA CHIAPPINI

SOLIDÃO: POEMA

                              SOLIDÃO: POEMA



SOLIDÃO
Solidão não desejo a ninguém
A vida está em renovação
É possível vencê-la também
Com entrega e meditação
Quem está só não semeou
Se deixou ficar de lado
Não se envolveu,nem arriscou
E não será reconfortado
Se quiser amor ame antes
Os seres precisam de atenção
Transforme pigmeus em gigantes
Ofertando sua dedicação
Nem a dor e nem o fracasso
Justificam o abandono
Seja forte feito aço
Desperte desse seu sono
Busque uma atividade
Tenha um grupo de apoio
Escolha fiéis amizades
Seja o trigo e não o joio
Envelheça com dignidade
Não brigue e nem seja teimoso
Mereça o carinho e a saudade
E seja um feliz idoso
Procure a sua vida interior
Pintura, literatura-quem sabe-
E a música que ia compor?
Coloque na pauta e acabe
Faça dieta e esportes
Voluntariado-por que não?
Descubra em tempo seus dotes
Aprenda francês ou alemão
Só ficará sozinho se quiser
Só se não souber interagir
Enfrente o que pela frente vier
Da vida não se deve fugir

KATIA CHIAPPINI

MÁSCARAS: PENSAMENTO

                     MÁSCARAS

Máscaras!
Será que temos que continuar usando máscaras para sermos aceitos em sociedade?
Até quando vamos nos.privar de nossa real presença?
E se assumirmos a identidade que uma das máscaras sugere em detrimento de nossa própria?
Fujamos em tempo para nos encontrar nas curvas do caminho ou em alguma esquina florida.
Kátia Chiappini.

Kátia Chiappini

POEMA!

                                  POEMA

                               VIOLINISTA CEGO
Triste,levado pela mão do guia
Ei-lo que as ruas a vagar,percorre
Tangendo em cada porta uma harmonia
Que nasce n'alma e d'alma também morre
Que perfeição, que som,que melodia
Quando seu arco pelas cordas corre
Há certos laivos de melancolia
No som que lânguido no espaço morre
Se a música é divina, santa e bela
Não há nada que possa escrevê-la
Se o violino do cego está a vibrar
E, ao vê-lo,, pela rua, porta em porta
Eu penso ver a própria arte absorta
Pobre, inválida e triste a mendigar.
FRANCISCO CHIAPPINI  ( MEU TIO)