Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

terça-feira, 30 de junho de 2015

RECEIO DE AMAR!


                         RECEIO DE AMAR

                                 O amor não é mais um projeto
                                 Há muito receio solto no ar
                                 Pessoas viraram simples objeto
                                 Vale mais enganar do que amar

                                 A presença se torna ausência
                                 Nada mais está em seu lugar
                                 O amor está pedindo falência
                                 E vai deixar a alma a chorar

                                 Vinga uma falsa entrega
                                 Perdeu-se  a cumplicidade
                                 Ser romântico virou''brega''
                                 Ficou lá na antiguidade

                                 Vou propor uma reviravolta
                                 Que o ''Minuano'' a soprar
                                 Traga o bem-querer de volta
                                 Sem nenhum receio de amar



                                    KATIA CHIAPPINI

OBS:

Minuano é o nome do vento forte que assobia e que sopra com toda a sua força, nos pampas gaúchos, Rio Grande do Sul, Brasil, por 3 dias.
Também é a denominação de uma tribo. Essa tribo indígena foi extinta. Habitou às margens do rio Ibicuí, no Rio Grande do Sul. E, ainda no Uruguai e na Argentina.
 katia

segunda-feira, 29 de junho de 2015

CRÔNICA À PARTEIRA: D. Carolina Fachinello

                   CRÔNICA À PARTEIRA
         ( vó Carolina-homenagem póstuma )

 D.Carolina era uma benfeitora no interior de Santa Catarina, nas, então, pequenas cidades de Ouro Verde e Abelardo Luz, entre outras. Há tempos idos era preciso lavar a roupa longe da casa, deixar quarar ao sol, recolher e voltar. As funções domésticas incluíam matar o porco, vender os ovos, cozinhar no fogão à lenha, alimentar os cães, cuidar dos filhos da comadre, em alguma emergência. 
E vovó Carolina cuidava da loja de secos e molhados que era responsável pelo sustento da família .E servia refeições aos caminhoneiros que vinham em busca de sua culinária, simples ,mas impecável. Cuidava do marido, de seus quatro filhos e de uma filha de criação que uma freira do hospital lhe colocara nas mãos.
Mesmo com tantas ocupações,em certa ocasião, foi chamada,às pressas, para auxiliar um médico em trabalho de parto de uma paciente. Vó Carolina se dirigiu para o local, ajudou em tudo e prestou atenção aos procedimentos feitos. Ao ver a criança apontar a cabecinha e ao ouvir o choro habitual, ficou emocionada ao colocar suas mãos para sustentar a criança.
Depois dessa data não parou mais .Nesse instante ela se impôs uma missão humanitária e sem preço.
Saía de sua casa de carroça, enfrentava o mau tempo, o frio das noites, os tropeços da carroça que transitava entre as pedras e a estrada de chão batido a desafiar o cavalo.
Não recusava seu auxílio a nenhuma pessoa.
Certa ocasião, depois de enfrentar uma estrada íngreme e cheia de curvas, chegou à casa de uma mulher que gritava e se contorcia de dor. Era o seu primeiro filho. Vó Carolina viu que algo estava errado, ao tocar na mulher. Tratou de avisar o marido e disse que faria o possível para finalizar o trabalho de parto com sucesso.
A mulher estava exausta de fazer tanta força. D.Carolina pediu-lhe que tentasse mais uma vez. E  que  com decisão e firmeza e buscasse as últimas forças dentro de si.
A mulher desmaiou e o bebê foi expelido na mesma hora. A criança estava roxa e com várias voltas de cordão umbilical ao redor do pescoço. Vó Carolina tentou de todas as maneiras reanimar o bebê. Mas, subitamente, nada mais era possível fazer. A criança deu um pálido suspiro, revirou os olhos e faleceu.
Minha sogra chorou copiosamente, bem mais do que a mãe da criança que estava, ainda, fora de si. Nunca havia perdido nenhuma criança no parto.
Mas ,em seguida, lembrou da mãe da criança e foi tratar de acordá-la e dar-lhe uma medicação para pressão baixa. A parturiente estava muito fraca e só queria voltar a dormir.
D.Carolina voltou a olhar para o bebê. Ao tocar em seu corpo inanimado voltou a chorar, com todo o sentimento de uma boa  e dedicada mulher, quase analfabeta. Mas, mesmo assim, consciente de seu trabalho de parteira que a colocou nessa missão de trazer novas vidas às famílias daquele interior agreste.
Voltou, aos poucos, à realidade.  E percebeu, nesse instante, que apesar de ter feito uns 1000 partos, com sucesso, e de se alegrar com cada criança nascida, nada apagaria a dor que lhe invadiu ao ver uma criança não nascida.
Na manhã seguinte, ao levantar, ainda sofrida, leu um bilhete que havia sido colocado sobre sua mesa de café. As mal traçadas linhas pediam que fosse atender outra parturiente, num local distante e árido. 
Sem raciocinar, bebeu uma taça de café preto, ajeitou sua mala, ajoelhou-se diante da estátua da Virgem Maria e fez uma prece.
Saiu, fechando a porta da casa, sem saber quando retornaria.

                                     KATIA CHIAPPINI


                           e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com

sábado, 27 de junho de 2015

A PARTEIRA DE BOA VONTADE!

           A PARTEIRA DE BOA VONTADE
                                 ( Homenagem póstuma 
                                    para vovó Carolina )

Ainda quase aos 80 anos
Minha sogra se dividia
Entre as gestantes da cidade
Atendendo o parto do dia

Era solidária antes e agora
Viajava de carroça-saltitando-
Nada impedia essa senhora
De atender a mãe esperando

A estrada - sacrifício repetido -
Onde o cavalo corria em desatino
Era de pedras e de chão batido
Mas cumpria-se a missão e destino

Carolina conquistara seu lugar
Afilhados lhe beijavam a mão
E minha sogra em seu andar
Recebia respeito e devoção

Com sol forte, chuva ou trovoada
Ela  não se negava em atender
Determinada e muito amada
Muitas vidas tocou ao nascer

A gorjeta não era pedida
Quem quisesse dava o quinhão
A ajuda era prometida
À parturiente e sem distinção

A criança ainda sentada
Era colocada na posição
Outras ainda trancadas
Recebiam o auxílio das mãos

Aquele choro feito vida
E o forte abraço dos pais
Era a sua cena preferida
A que não se esquece jamais

E Carolina,vovó divina
Praticou o bem até os 93
Muito trabalho e pouca purpurina
Grande mulher- a fada da vez -

                                     KATIA CHIAPPINI

 OBRIGADA,VOVÓ CAROLINA QUE ME ATENDEU NOS TRÊS PARTOS, SEM QUE EU SOLICITASSE, POR LIVRE INICIATIVA!


sexta-feira, 26 de junho de 2015

INDAGAÇÕES!

                           INDAGAÇÕES!

Se não gostas de ti quem gostará?
Se desistes de lutar quem o fará?
Se não amas ninguém quem te amará?

Por que não te contentas com o que tens?
Por que não valorizas teus suados vinténs?
Por que não te preocupas em saber a que vens?

Por que o descrédito de tuas decisões?
Por que colocas fel nas emoções?
Por que destróis tuas afeições?

Por que não abraças tuas opções?
E na maledicência fazes serões?
E deixas à mostra teus dragões?

Por que não vês que a rotina aniquila?
Por que não vês que o ódio afunila?
Por que não vês que dilatas a tua pupila?

Porque não convives com o amor?
Por que te contentas com o rancor?
Não tens da solidão nenhum temor?

Porque não perdoas as falhas tuas?
Porque segues com a alma nua?
E em tua insanidade nem vês a lua?

                                  KATIA CHIAPPINI


SÍNDROME DAS MÃOS INQUIETAS

                         MÃOS INQUIETAS

Mãos inquietas traçam linhas e planos
Deslizam nas pautas de um diário
Com poemas afastam os desenganos
E guardam cartas como relicário

As mãos envolvem filhos e netos
Abrem mais outro bloco de notas
Porque a inspiração não aceita vetos
Quando os poemas batem à porta

As mãos lavam peças de roupa
E procuram a tábua de passar
No intervalo vem uma ideia louca
Que impele o poeta a registrar

As mãos dedilham os livros
Enquanto aprisionam saudade
Anotam, sublinham e fazem crivo
Tratam livros como raridades

O poema vem antes do café
Na manhã o ar é perfeito
A inspiração vem com força e fé
E se instala na alma com jeito

Agora a mão descreve a paixão
Queria abraçar um amor verdadeiro
Fechar as rimas e abrir o coração
Preencher o leito e os dois travesseiros
       

                                 KATIA CHIAPPINI

     

                          e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com

ESCREVENDO NA JANELA

                 ESCREVENDO NA JANELA

Na janela escrevo meu enredo
Vejo um barco cortando o mar
Vejo um balde de brinquedo
E a natureza a tontear

A janela descortina o belo
O mar, a montanha e a serra
Vejo o brilho do sol amarelo
E conchas afundando na terra

O s namorados andam abraçados
E a melhor idade de mãos dadas
E a vovó de cabelos prateados
Passeia com o cão nas calçadas

E percebo na chuva fria
 A paz da terra umedecida
Vejo o mendigo de mãos vazia
Buscando outra mão estendida

Não só a natureza inspira
O ser humano é um bem
O mesmo ar que se respira
Oxigena o homem sem vintém

A inspiração revela a poesia
Uma canção ou uma pintura
Mas o alcance de nossa filosofia
Também se inspira na amargura

Vejo da janela um átomo de justiça
Incrível visão-mas só um atalho-
Alguém dispensou a preguiça
Repartiu o pão e o agasalho

A janela apoia meu relato
Descobre o ser em sua passagem
Amar o semelhante é um fato
E importa mais do que a imagem

Há no mundo contradições
Nem tudo agrada ao olhar
Elevo minhas preces e orações
Para o amor se estender além-mar

                                   KATIA CHIAPPINI






domingo, 21 de junho de 2015

POEMA DE AMOR!

              
                            POEMA DE AMOR
      

                                        Quando o corpo estremece
                                        O amor é a única prece
                                        Nada mais sublime acontece
                                        E acontece com quem merece

                                         Se fosse fácil e se eu pudesse
                                         Gostaria que você me desse
                                         Aquele amor que enobrece
                                         E que toda dor adormece

                                          Gostaria que você fizesse
                                          Uma surpresa que enternece
                                          Que nosso ser enaltece
                                          Que nossa alma aquece

                                           Que sem querer quisesse
                                           Se confessar como se viesse
                                           Dizer que jamais me esquece
                                           E que sem mim desfalece


                                  

                                                 KATIA CHIAPPINI



sábado, 20 de junho de 2015

EVOCAÇÕES!

            EVOCAÇÕES DE UMA DAMA!

Por tantos verões ao entardecer
Estive na praia a esperar
O mar parecia se enternecer
E já convidava a me banhar

Antes da luz da lua clara
Eu te imaginava chegando
Olhava a árvore que estancara
A fria e fina garoa gotejando

Junto ao mar a areia divina
Aquecia os meus pés saltitantes
Eu parecia feliz como a menina
Menos quanto aos sonhos inquietantes

Cantigas de roda, então, eu entoava
Junto às crianças eu queria correr
À tarde o arco-íris me olhava
À noite as estrelas vinham me ver

Andorinhas vinham em revoada
Pescadores lançavam suas redes
Eu os acompanhava na jornada
E sentia ora cansaço ora sede

Se vieres ou não é um detalhe
Virou costume eu esperar ainda
E mesmo que esse sonho falhe
Já colhi uma saudade infinda

                                   KATIA CHIAPPINI


OS PÁSSAROS!

                             PÁSSAROS!

Acreditava-se que os pássaros seriam emissários de boas notícias. Talvez porque lembrassem os pombos-correios que cortavam o céu trazendo as boas novas.
Minha vó tinha uma casa bem espaçosa, em Livramento. Ela deixava as janelas de um amplo corredor sempre abertas porque podia ver os pássaros, pousando por perto, tanto dentro como fora da casa. Nas janelas havia miolo de pão que eram deixados para eles e sempre na mesma hora.Também podia se tratar de mais uma das tantas superstições do dito popular.
O fato é que minha avó ficava sorrindo pela casa ao ver os pássaros pousarem, pouco a pouco, em seu trajeto diário, nos corredores da casa ou nos pátios, por onde circulava para recolher os ovos, as frutas e hortaliças. Pedia que os filhos e netos caminhassem lentamente para não espantar essas aves, quando surgiam em algum canto. E vovó contagiava a todos. E passávamos a esperar a boa notícia do dia, cada um a sua. De qualquer modo a esperança de um dia feliz já nos fazia mais humanos. Era como se os pássaros e seu canto ficassem no nosso inconsciente transformando o cotidiano e amenizando nossas carências.
E ouvíamos vovó anunciar,pelas manhãs:
-Levantem e venham ver as andorinhas!
E passado o verão vovó ficava pensativa, junto à janela, porque o bando de andorinhas não iria permanecer nas manhãs ou madrugadas de outono, já mais frias.
Os pardais ganhavam sobras de arroz que eram deixadas num prato especial, na área dos fundos.
Quando a velha casa foi reformada, os andaimes permaneceram mais tempo e causaram estranheza. Então vovó explicava para os curiosos de plantão:
-Há ninhos nos buracos e estamos esperando...
E esperava, na verdade, que chegasse o inverno quando não havia mais ninhos.
E na casa da chácara minha vó ensinava aos seus netos:
- Não quero ver bodoque e nem quero que mexam nos ninhos.
Mas, minha tia Thereza percebeu que os passarinhos atacavam as figueiras e bicavam os figos. E para evitar esse ataque ela passou a levantar muito cedo para colhê-los .Com eles eram feitas saborosas compotas em caldas douradas. 
A plantação de árvores, na chácara, fez com que aumentassem o número dos comilões.
A pomba-rola, o bem-te-vi, o sabiá, o papa-laranja, o beija-flor os pelinchos devastadores de caquis, o tico-tico eram frequentadores do pomar da chácara de vovó.
Sempre que lembro da casa da cidade me deparo com saudade dos pássaros que vovó tanto apreciava. Quando acordava já abria portas e janelas por onde os via descansar e buscar o miolo do pão dormido.
Mas de quem me lembro com saudade é do canarinho da terra, o primeiro a chegar, derramando seu concerto de trinados amorosos, com requintes de grande cantor, a exibir-se em algum peitoral de janela, no esplendor da terra morna. 
 E me alegro ao pensar nesses pássaros encantadores que surgiam nos verões para embalar a saudade do núcleo familiar.
E falo com propriedade se disser, que de certa maneira,sem nunca possuir gaiolas,sempre tive a alegria de ver pássaros dentro da casa de minha avó querida: Dona Glória.

                                     KATIA CHIAPPINI 


                        -e-mail:katia _fachinello42@hotmail.com

terça-feira, 16 de junho de 2015

ANIVERSÁRIO INFANTIL

                 ANIVERSÁRIO INFANTIL

  

Difícil não se comover com o aniversário de uma criança. É uma imagem de pura alegria que se propaga por todo o ambiente e encanta pela simplicidade da cena. De um lado, vemos as crianças na praça de esportes do condomínio a se deslocar pelos  balanços, escorregadores, barras de exercícios, gangorras e casinhas construídas sobre uma árvore. E os meninos não dispensam os jogos de futebol, na quadra de esportes. De outro lado, vemos outras crianças no palco improvisado, cantando, dançando, brincando de teatro e vendo alguns vídeos de desenhos. E os palhaços percorrem o salão convidando para fazer uma roda e brincar de ciranda. E as moças conseguem agregar todas as crianças para fazer um lanche ,ao redor de uma mesa grande, feita com uma tábua de madeira e tendo os  cavaletes como suporte. Os presentes fazem volume sobre uma mesa e só depois da festa serão levados para a casa do aniversariante. Eles constituem um prolongamento da festa porque, antes de deitar, à noite, os aniversariantes vão abrir todos eles e brincar um longo tempo.
Os amiguinhos vão chegando e procurando companhia para brincar. Os branquinhos e negrinhos ainda são os doces preferidos da garotada. E o cachorro quente é servido, no ponto certo, pela turma da cozinha. 
Na hora do parabéns a criançada canta e repete o canto e as velas são assopradas com muita alegria. Seguem-se as fotos com a família, com os amigos e colegas da escola.
Todo esse ambiente não é só para mostrar um poder aquisitivo, como possa parecer. Significa bem mais do que isso.
Durante a vida temos momentos de trabalho, obrigações em família dupla jornada, dias de sacrifício, enfrentando o frio e a chuva. 
Quando crescemos, o que nos conforta, é saber que fomos filhos queridos e que nossos pais nos proporcionaram momentos felizes por ocasião desses eventos, tais como, aniversário, primeira comunhão, formatura, casamento. Marcar essas datas é intensificar os sentimentos. São essas ocasiões que vão permanecer na lembrança. E as recordações vindas de reuniões familiares são as melhores que teremos.
Se observarmos as festas de aniversário das crianças, vamos sentir essa energia que compartilhamos ao nos comunicar junto aos que nos querem bem. E o sorriso das crianças, aquela correria pelo salão e aquelas risadas soltas e descontraídas, nada mais são do que o melhor de nossas vidas.
E o beijo e o abraço que elas nos dão para agradecer a festa e os presentes,emocionam e encantam.
Pode parecer um momento irreal dentro do mundo em que vivemos. Mas e os sonhos? também são irreais e não os dispensamos. Não vivemos sem sonhar, idealizar, alimentar esperanças íntimas. 
Vamos deixar as crianças com suas brincadeiras de infância. Precisamos promover mais diversões, mais excursões à beleza natural, mais caminhadas, mais passeio às praças. E, como pais, temos que programar mais vida e menos facebook, mais calor humano e menos jogos eletrônicos.
Que todas as crianças do mundo possam, um dia, ainda distante, ter sua festa de aniversário!

                                      KATIA CHIAPPINI

Parabéns, Bruno e Helena, meus queridos netos, aniversariantes do mês de junho.




segunda-feira, 15 de junho de 2015

THE BEATLES

                            THE BEATLES

O primeiro LP com músicas compostas pelos Beatles foi feito para um filme chamado ''Os Reis do Ié,Ié,Ié. O LP data de 1965.
Alun Owen iniciou o trabalho desta peça para cinema. O incansável produtor Walter Shenson e o diretor Richard Lester  observaram o trabalho do grupo no palco do teatro Astória do Finsbury Park de Londres. Carretéis e carretéis do filme já enchiam as latas, antes mesmo que fosse selecionado um título. para o filme da United Artist.
Ringo, por acaso, falou, durante uma agitada sessão de filmagem:''é a noite de um dia duro'': A Hard Day's Night''.
E a história se desenrola dentro de 48 horas consecutivas das atividades de quatro rapazes: John, Paul, George e Ringo.
''A Hard Day's Night'' é a primeira canção do filme, cantada e tocada pelo grupo, à medida que vão passando as legendas da abertura. O número apresenta a voz de John dublada, produzindo um efeito de dueto
.'' Should Have Known Better'', ouve-se durante uma sequência de trem rodando, onde o grupo joga cartas.
''If I Feel''  é a próxima música e a vocalização fica por conta de John e Paul. Mostra o grupo ensaiando para um programa de televisão.
''I'm Just to Dance whit You'' dá uma oportunidade para George, na parte vocal
''I Love Her'' tem Paul a evidenciar o solo.
Teel  me Why'' apresenta Paul e John no solo.
Cant Buy me Love'' se tornou um sucesso mundial com The Beatles.
 A primeira música, A Hard Day's  Night',' se repete durante a trilha sonora em diversos momentos, quando, por exemplo, os rapazes são perseguidos através de um campo, após uma fuga rápida de um estúdio de televisão. A cena é bem viva: correm os Beatles, seus fãs e a polícia pelas ruas e alamedas abaixo.
Essas saõ as faixas do lado 1 do LP.  Foi um desafio esse trabalho porque havia um tempo programado para produzi-lo. Isso porque além do filme havia uma série de apresentações a serem feitas em Paris e ainda uma excursão às Américas..Em Paris havia um piano no apartamento para agilizar todo esse trabalho a ser feito.
Depois de muito esforço e ensaios constantes, o grupo havia feito outras 6 composições para constarem no filme. Elas compõem o lado 2 do LP. E ficou evidente que esse seria um número suficiente para não tirar o brilho das cenas do filme, de seu enredo, de sua ação.
Então no lado 2 desse LP temos as músicas:'' Any Time At All'', ''I'll Cry Instead'',''Things We Said Today'',''When I Get Home''.
''You Cant Do That'' e ''I'll Be Back''.
Embora a voz de George Harrison esteja em evidência nesse LP, a parte vocal, no lado 2, está equilibrada entre John e Paul que são os compositores das canções.
Esse é um trabalho de músicas compostas e interpretadas pelos Beatles e um documento histórico que se impõe na história universal da música.
Assina a contracapa do LP, Tonny Barrow.
O filme ''Os Reis do Ié, Ié,Ié, retrata as diferentes facetas da personalidade de cada um dos componentes do grupo, conforme haviam combinado entre eles.
O conteúdo cômico apresenta toda a importância, sendo que John, Paul, George e Ringo não perderam nenhuma oportunidade para mostrar seu senso de humor.
Se quiserem relembrar essas músicas do primeiro LP dos Beatles, procurem as gravações no Youtube, em CD, e relembrem, com saudade, esses momentos musicais de extrema qualidade.

                                         KATIA CHIAPPINI
        
Consulta de dados na contracapa do LP;''A Hard Day's Night, de meu acervo pessoal.''




domingo, 14 de junho de 2015

AMORES

                                AMORES

Desfeitos e imperfeitos
Jogados no leito sem jeito
Viciados ou embriagados
Disfarçados ou rotulados

São amores em desatino
Clandestinos e sem destino
De aparência ou conveniência
Sem convivência e sem essência

Há outros manipulados
Prepotentes e tragados
Cruéis entre bordéis
Sem menestréis e infiéis

Há amores sem distintivos
Inativos e não cativos
Submissos ou omissos
Feitiço sem compromisso

Só os amores escolhidos
Bem construídos e colhidos
Fazem da alma seu canteiro
E acertam o alvo por inteiro

                                  KATIA CHIAPPINI


sábado, 13 de junho de 2015

BRAÇOS E ABRAÇOS

                      BRAÇOS E ABRAÇOS

Abraços estás pedindo
Braços abertos e bem-vindos
Calorosos e infindos
E o teu ser seduzindo

Ou a falta deles destruindo
Quando não estás te inserindo
Eu ,por mim, espero vindos
Do amor ou da esperança - lindos -

Quando um abraço vem vindo
Veja se o outro não está saindo
Só se a vida formos conduzindo
Não veremos o amor partindo

E agora eu estou pedindo
Para que não vá se esvaindo
O amor está quase sucumbindo
Aos abraços e braços já surgindo

                                   KATIA CHIAPPINI

quinta-feira, 11 de junho de 2015

DIA DOS NAMORADOS!

                  DIA DOS NAMORADOS

Com simplicidade e verdade
Nasce um amor sem fronteiras
Onde se respeita a amizade
Desde a palavra primeira

Um amor é como a semente
Faz-se o plantio com devoção
Mulher madura ou adolescente
Quer do amor a sedução

Quando sopram os bons ventos
O amor vem com delicadeza
É o melhor de todos os eventos
E a mais preciosa riqueza

Um é a terra prometida
O outro é como a luz do farol
Ambos aprisionam a vida
Se prendem entre o lençol

Depois não se deixam mais
Fazem da vida um presente
Sonham e amam demais
Seguem a estrela cadente

O amor é mágico- nem duvide -
É verso, reverso, dor e riso
Quem puder o amor revide
Ou o acolha no paraíso

O dia é dos namorados
A noite espera no céu aberto
Homem e mulher se tornam alados
Quando levitam no voo certo

Um é do outro a certeza
Quando um pede o outro faz
Navegam na correnteza
Mas voltam em busca de paz

                                     KATIA CHIAPPINI






quarta-feira, 10 de junho de 2015

UM PEDIDO!

                              UM PEDIDO!

Gostaria de te ver chegar
Com abraço largo e acolhedor 
Para poder finalmente trocar
Essa longa espera pelo amor

Parece que perco a consciência
Quando teimo em afirmar
Que é real tua existência
Mas que não estás em meu andar

E para que seja acreditada
Preciso estar ao teu lado
Desfilar de saia rodada
Receber o sorriso esperado

Meu pedido já foi feito
Quero teu olhar perceber
Palavras perderam o efeito
Só a presença fará crer

Quero te fazer relatos
Para que ouças comovido
Podes me ver no melhor sapato
Ou descalça em chão batido

Aceitando meu pedido e desejo
Serás o mar revolto que quero ter
Sou a sereia à espera do beijo
Pois de amor platônico - triste é o viver -

                                      KATIA CHIAPPINI





terça-feira, 9 de junho de 2015

PAIXÃO

Um toque apaixonado,ao piano, com o romântico som dos irmãos gaúchos,Kleiton e Kledir Ramil.
A vida se esvai com brevidade e esquecemos de anunciar nossos sentimentos. E esquecemos que para vir ao mundo, nossos pais nos desejaram e receberam com carinho.
Nesse dia dos namorados, que se aproxima, quero que as paixões ainda sensibilizem todos os mortais
O que seria da realidade se não existissem grandiosas paixões para torná-la mais suave?

                                     katia