Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ABRACE ESSA IDEIA !

A dança dos sete véus !


Faça a dança dos sete véus para aquela pessoa especial.Assista o filme Salomé e aprenda os passos do amor.
Pare um pouco de pensar em trabalho versus dinheiro. Pense em você de vez em quando e em primeiro lugar. Dê essa prioridade a seus anseios contidos. Solte-se, dance com alegria e tenha só seu amor como platéia.
Agite seu mundo interior e dê prazer ao prazer de viver e amar com intensidade e qualidade.
Leia a dança dos sete véus e aprenda a relaxar e a se entregar aos seus mais profundos sentimentos e desejos.
                             Com carinho !
                          Katia  Chiappini

  Em tempo :

 Sempre com você nesse recanto de meu encanto.

A dança dos sete véus !

                           OS SETE VÉUS

Cada véu tem um nome
Bordado no lindo tecido
Retire-os se tem fome
Se for um pouco atrevido

Serei a única odalisca sua
Vou dançar com sete véus
Retire-os e me verá nua
Verá estrelas em meu céu

Danço porque você me quer
Requebro e quebro com molejo
Não resista -sou sua mulher -
Retire os véus -espero seu beijo -

O primeiro se chama alegria
Danço leve e deliciosamente
Retire-o com simpatia
Venha e se faça presente

O segundo se chama folia
Deixa perfume onde piso
Retire-o sem alegoria
Dele não mais preciso

O terceiro se chama magia
Retire-o bem docemente
Sou cadência e sintonia
Num movimento crescente

O quarto se chama nostalgia
É o véu próximo da solidão
Remova-o com sabedoria
Quero-o rastejando ao chão

O quinto se chama melodia
E agita essa dança envolvente
Retire-o com toda a maestria
E respire profundamente

O sexto se chama timidez
Penúltimo véu dessa dança
Retire-o -assim  Deus me fez -
E sua mão já me alcança

O sétimo se chama vergonha
Eu o retiro até aos pés descer
Não resista -sou eu quem sonha -
Faça-me, suavemente, desfalecer



                                         Katia Chiappini
                        Email : katia_fachinello42@hotmail.com




segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

DESPOJANDO-SE...

                            DESPOJO-ME...

Despojo-me da inverdade
Da insaciedade
Da adversidade
Da insanidade

Despojo-me das medalhas
De minhas tralhas
De minhas malhas
De minhas falhas

Despojo-me dos vícios
De meus precipícios
Deixo os comícios
Volto ao início

Despojo-me das riquezas
Das avarezas 
De tantas certezas
Das asperezas

Despojo-me da agonia
De sentir nostalgia
De ser dama sem via
Sem identidade ou magia

Despojo-me para renascer
Para te conhecer
Para me achar em teu ser
Pra me aninhar e viver

Despojo-me e assim consentes
Vou sentir o que sentes
Para feliz ou infelizmente
Ser tua foz e nascente

Despejo-me com clareza
Despojo-me com destreza
Sou fêmea por natureza
Fino manjar , tua sobremesa

Despojo-me -nem me conhecia -
Desculpe-me a ousadia
Está chegando a hora e o dia
De despojar-me da agonia

Despojo-me e volto a viver
Sem nunca me arrepender
Escolho-te para colher
Do meu corpo o teu prazer



                                      KATIA CHIAPPINI

domingo, 27 de janeiro de 2013

16.000 ACESSOS : MUITO OBRIGADA !


MEU AGRADECIMENTO :


        Obrigada por 16.000 acesso à inspirações
        É um  prazer chegar até aqui, com os leitores
        Cantinho de muitas e reais emoções
        Que embalam meus sonhos de muitas cores.

        Agradeço com sinceridade e satisfação
        Porque percebo que a palavra transforma
        Dos corações aflora toda a emoção
        Com mil nuances e mil formas


        Só posso dizer  : sigam comigo
        Estou aqui na noites calmas
        No silêncio escrever eu consigo
        Meu interior, sem querer, bate palmas


    MEUS AGRADECIMENTOS POR QUASE

                            katia Chiappini               
                            Email : 
                            katia_fachinello42@hotmail.com                            






DESEJOS EM CONFLITO !

                     DESEJO & CONFLITO

Quem sabe!
Sinto arpejos
Ainda aceito
O cortejo

Nada entrevejo
Nem sei
Pois o desejo
Te entreguei

Meu molejo
Não mais dei
Não há ensejo
Decepcionei

E sem ensejo
Entendi
Não quero beijo
Me esqueci

Hoje vejo
Com nova visão
Não tenho o queijo
Nem a faca na mão

Não tenho pejo
Tenho tristeza
Não te farejo
Perdi a destreza

Nem sou tua cama
Nem mais gaguejo
Fui tua dama
Fui teu desejo

Como o sertanejo
Ficarei''bebum''
Não mais rastejo
Estou de jejum

                                        KATIA CHIAPPINI
                       Email :katia_fachinello42@hotmail.com



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

SOZINHA !

     SOZINHA ? UM ESTADO DE ESPÍRITO

Interessante saber como isso aconteceu. Não foi planejado, nem comentado.Mas uma certa manhã, minha filha e meus dois netinhos, bem pequenos,voltaram da praia de Torres para Porto Alegre. Ajudei com as malas, dei a mão para os netos até ficarem bem acomodados, em suas respectivas cadeirinhas, no banco de trás do carro. Subi ao apartamento, olhei para a sala vazia sem o D.V.D, sem os vídeos infantis, sem as bonecas, sem os bichos de pelúcia. Respirei fundo e após lavar a última louça da pia,vesti minha roupa de banho e tratei de aproveitar o resto daquela linda manhã de sol. Caminhei do calçadão até o Mampituba, voltei, tomei um banho de mar, pedi meu suco de abacaxi com morango, deitei na cadeira da preguiça e fiquei olhando, extasiada, a paisagem que se descortinava a minha frente. No céu, vi os praticantes de esportes radicais, olhei para o mar e os vi também. Percebi a alegria dos idosos, brincando com seus netos, dentro das águas do mar. Vi a intimidade dos casais e aquele riso que ilumina a face. Olhei para o meu interior e confesso que , em momento algum, me vi sozinha.
Impossível me sentir só com tanta vida acontecendo, se meus amigos me oferecem uma cuia de mate amargo, se param para conversar comigo. Como me sentir só se me perdi do calendário ?
Ao chegar de volta ao apartamento uma amiga me convidou para almoçar fora com ela. A zeladora do prédio bateu a minha porta para me entregar as cadeiras e esteiras já limpas e secas.
Depois de almoçar com minha amiga fui à Prefeitura pedir informações sobre o I.P.T.U do apartamento, comprei roupa de banho, roupas íntimas, lençol de solteiro e uma cama box para meu filho se ajeitar melhor. Parei na sorveteria e pedi um sorvete de chocolate e morango e uma garrafa de água. A seguir marquei hora no salão de beleza. Fui ao supermercado, para esperar os filhos com tudo o que fosse necessário, tanto para a família como para o gato de estimação de minha neta e o cachorro festeiro que não para de lamber os dedos das pessoas com chinelos. Já em casa, fiz um rápido intervalo para assistir a novela, tomei outro banho e fui ouvir música no bar do calçadão e lanchar uma torrada com ovos.
Quando percebi, estava com as pernas cansadas, pelo fato de ter caminhado o dia todo.
Nessa pseudo-solidão, encontrei tempo para escrever algumas crônicas e poesias a meus leitores do blog. Quem se detém a observar as belezas da natureza, a atenção dos amigos, a si mesmo em compasso de espera, vê as oportunidades que a vida oferece para atingir a evolução do espírito.
Fiquei só na praia por mais 5 dias até receber minha outra filha com 2 netinhos e meu filho.
Fiquei livre de horários, contemplativa, tranquila, fiz três pedidos a uma estrela cadente, senti as ondas do mar, verdes como meus olhos. ( Gosto de brincar com isso. ) Li um livro deitada na rede da sacada, não sem fazer, uma ou outra pausa, para me erguer da rede e anotar as inspirações que tenho, constantemente, para escrever a próxima poesia ou um simples relato. Fiz uma faxina no apartamento, cozinhei para esperar os filhos. O fato de tê-los na lembrança não me deixava ficar triste.
Apenas, enquanto só, povoei minha mente com fadas e duendes, com sonhos românticos e com temas relativos aos próximos textos.
E com tantos leitores do blog, como poderia ficar me sentindo só ?
Desenvolvo, após ter me aposentado das letras, um trabalho com música e literatura que se torna estimulante e instigante. Pois os resultados são inesperados e eivados de surpresas. Leciono piano para a terceira idade, em especial, me apresento em eventos com piano solo e escrevo para coletâneas, em forma de cooperativa, onde cada autor procura revelar seu talento e criatividade.
Então, posso dizer que nunca estou só.
Ah !antes que me esqueça, aceitei o convite de um dedicado e especial amigo, para passear de barco até a Ilha dos Lobos, em Torres.
E, nesse momento, já em meu ocaso, peço que o acaso me ajude a deixar Deus distraído.
Amém !

                                     KATIA  CHIAPPINI




Email :katia_fachinello42@hotmail.com

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

MEU VÍCIO

               POESIA : MEU VÍCIO É VOCÊ !



Estou veraneando na praia de Torres com meus netos. E inúmeras são as atividades diárias para manter uma casa em bom funcionamento, o que me impede de escrever, como de costume. Quando me encontro em Porto Alegre procuro esboçar um rascunho, na primeira hora da manhã, para postar à noite. Pode ser uma poesia, crônica,um breve pensamento ou uma conversa com o leitor.
Certa manhã, enquanto escrevia, ouvi o toque da campainha. Era minha neta que descia as escadas, vinda do apartamento dos avós paternos, que fica no mesmo edifício onde moro. Ao abrir a porta já escutei sua voz infantil e encantadora me dizendo :
-Vovó, vamos tomar um café juntas ?
-Com certeza, é só entrar e esperar um pouco.
Ao entrar na sala minha neta se surpreendeu ao ver meu caderno de notas e disse:
-Até na praia,vovó, será que isso é um vício ?
Fiquei rindo e, num primeiro momento, nem respondi nada.
Tomamos o café da manhã, fomos à praia, caminhamos e tomamos banho de mar. Depois ela voltou para a casa dos avós paternos.
Quando me vi só, novamente, tratei de escrever uma poesia, cujo tema já estava povoando minha mente para se projetar, já pronto  na folha. Foi só começar a escrever que as letras deslizaram e as ideias foram ordenadas em ritmo, rima e métrica, adquirindo forma e  alinhamento que requer uma poesia. Sempre, ao escrever, vem a libertação do cotidiano e a alma transmigra em todas as dimensões, sem fronteiras.
Penso que escrever poesia é realmente um vício, mas é muito mais que isso. É terapia que se escolhe, um modo único de partilhar os sentimentos. Uma maneira de responder aos anseios de tantos que procuram no texto poético um bálsamo para seus desamores e conflitos íntimos. É um modo de redescobrir a própria essência, de deixar de lado certos papéis assumidos compulsoriamente para substitui-los por outros de livre arbítrio. É um jeito de perceber as belezas da natureza, dos seres inanimados e dos seres animados.
Escrever poesia é transbordar o interior na busca da própria essência dos valores como : O Bem, o Belo e  o Verdadeiro.
Ser poeta é transformar a areia em dunas; o orvalho em semeadura; a árvore em abrigo; o banco da praça em cama; o homem humilde em sábio e o sábio em homem humilde .Bendito vício que leva a esperança, o conforto e a paz aos espíritos inquietos.
Quem escreve poesia tem sensibilidade aguçada e se impõe a tarefa de fazê-lo. Quem faz rimas extrai o melhor de si.
As poesias são como filhas cultas, nobres e merecedoras de louvores. Mas embora se apresentem com altivez alcançam os corações menos nobres, os necessitados, os exilados, os esquecidos.
Alcança a todos quantos desejam se beneficiar com ela e com o seu conteúdo solidário. Atende aos que desejam um aconselhamento, uma nova luz e um momento tranquilo ao final de um dia exaustivo.
Desse modo, quem escreve assim o faz para desempenhar uma missão que é a sua. Se não o fizer o ar não se rarefaz, a alma aperta o peito, o coração fica pálido e o sentido da vida se esvai, sem dúvida ,definitivamente. E o amor não será anunciado como o ato mais perfeito da humanidade e o de maior prazer. E, em nome do amor, tudo acontece: a procriação, os inventos e a própria evolução da espécie.
Então, minha querida netinha, respondendo agora a sua pergunta sobre o vício de escrever, tenho a dizer o seguinte:
-A poesia é um vício que me faz viver, que levo onde vou, que está em meu livro e da qual não me livro jamais.

                                          KATIA CHIAPPINI
                                                  katia_fachinello42@hotmail.
               



domingo, 20 de janeiro de 2013

AMAR !

            SE EU QUISER TE AMAR MAIS...

Se eu quiser te amar mais
Vou me vestir bem menos
Vou ancorar no teu cais
Suave como sabe ser Vênus

Se eu quiser te amar mais
Vou querer te amar de verdade
Não só em noites tropicais
Escondendo a identidade

Se eu quiser te amar mais
Vou te responder -eu quero -
Vais entender meus sinais
E me acolher como espero

Se eu quiser te amar mais
Escolherei teu porte de Sansão
Atravessarei rios e pantanais
Pra pedir colo e proteção

Se eu quiser te amar mais
No corpo vou espalhar perfume
Vestir meus trajes orientais
Dançar pra provocar ciúme

Se eu quiser te amar mais
Vou me fazer tua sereia
Vou te encantar uma vez mais
Ser tua paisagem na areia

Se eu quiser te amar mais
Pedirei que meu sono veles
Que não me deixes jamais
Depois de tocar minha pele

Se eu quiser te amar mais
Viverei para te completar
Gravarei tuas iniciais
Na terra, no céu e além -mar

Se eu quiser te amar mais
Vou fazer pouso em teu peito
Me posicionar e amar demais
E abrigar teu cansaço em meu leito

Se eu quiser te amar mais
Serás meu único destinatário
Terás vinho e velas artesanais
Mesmo que amar seja o meu calvário

                                     KATIA CHIAPPINI
                         Email :katia_fachinello42@hotmail.com






sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

FUGA INGLÓRIA !

            SE EU QUISER FUGIR DE MIM...

Fugir de si não é a missão
Encontrar-se é o critério
Fugir é soltar a mão
Deus pode levar à sério

Fugir é capitular
Se isolar para virar vulto
A vida não vai perdoar
Mostra a face que eu osculto

Problemas não põem a mesa
Sobreviver é a questão
Lutar com fé e destreza
É garantir o ganha pão

O lugar está marcado
Nos cabe honrar a vida
Sofrer mas dar o recado
Velar a pessoa querida

Não somos sós, nem ilha
Fazer o bem é a senha
Honrar e amar à família
E se o amor vier -que venha -

Amar é como pular corda
Traz um sorriso à face
Quem a si doa, transborda
E quem recebe renasce


KATIA CHIAPPINI

Para ADELIA, com carinho !


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O PIANO

               APRESENTANDO O PIANO !
        ( e minhas recordações e ilações,junto a ele)



O piano é um instrumento nobre e apenas sua visão nos transporta aos célebres músicos eruditos tais como Bach, Mozart, Beethoven, Schubert, Liszt, Brahms. Nos vemos em salões de Viena em meio a valsas, minuetos, mazurcas. Quem ouve o som de um piano lembra de anjos dançando, de um mundo de magia onde as fadas se espreguiçam e se acordam para habitar os livros de histórias infantis.  Ou visualiza os duendes acordando os sete anões para dizer a eles que Branca de Neve está demorando para voltar para casa.
Chamo as teclas brancas de plebeias e as pretas de nobres.
Sempre pensei que somos um pouco de tudo e que necessitamos nos completar, uns aos outros. Quando as teclas pretas são chamadas para harmonizar, a melodia se torna expressiva e atinge o seu apogeu. Os tons menores precisam das teclas pretas para expressar sua tristeza. Aos tons maiores cabe expressar alegria. Os tons menores finalizam com um sentido de suspensão, algo inacabado como se faltasse mais um acorde. Os tons maiores finalizam com determinação e não deixam dúvidas de sua resolução.
Em nossa vida, ora somos Dó maior, ora Dó menor. As vezes alegres e outras tristes, mas nunca só alegres ou só tristes.
Estar feliz ou triste é uma permissão que damos a nós mesmos, por nossa livre escolha, por nosso modo de ver a vida.
Mas seja qual for a hora que estivermos vivendo a vida se nos exige continuidade e constância.
Quando nos encolhemos em nossas angústias ,sentados no chão, pendendo a cabeça sobre os joelhos, então é porque estamos nos tornando um Dó diminuto. Quando cantamos bossa nova com nova postura e um novo olhar, tentando colher as estrelas do céu, então é porque nos sentimos um Dó aumentado, em toda plenitude E, certamente, João Gilberto, Vinicius de Morais e Tom Jobim ergueriam sua taça para brindar conosco.  Quando o riso nos vem leve e solto estamos nos transformando numa escala cromática brincalhona e saltitante. Se pisarmos em ovos o andamento é lento; se andarmos rápido é presto; se corrermos na chuva de verão é prestíssimo; se cantarmos para ninar a criança nos transformamos em adágio; se sambarmos na casa de bamba, estaremos no Brasil e a gafieira pedirá passagem. Se estivermos vivendo um grande amor estaremos vivendo o Bolero de Ravel, em toda sua intensidade.
A música é criativa e nos acompanha em todos os nossos passos. Pertence a todos os povos de todos os continentes.
Tenho a felicidade de ter um piano em minha sala e acima dele uma pintura à óleo de Frederico Scheffel, um talento do Rio Grande do Sul, que fez sua fama nos países europeus. A tela remete ao Rio de Janeiro ,ano de 1951, quando lá morei com meus pais. Retrata minha mãe,no auge da beleza, aos trinta anos. Sua presença ali, junto ao piano, é um modo de tê-la comigo para dedicar-lhe as músicas que me pedia para tocar.
O piano encanta a todas as gerações É um privilégio tocá-lo, ouvi-lo, abrir sua tampa ao entardecer, para então abrir as comportas da emoção, através de um som inigualável em beleza. Quando a tampa se fecha saímos embevecidos e de alma leve, sem querer sair.
Saímos do mundo do sonho, bruscamente, ao ouvir um dos filhos, por exemplo, gritar, inquieto:
- Mãe, precisa fazer mais feijão !
Que sensível diferença entre esses dois mundos!
Que mundo prosaico nos aguarda onde a realidade nos atropela com outros compromissos inadiáveis em nome de nossa responsabilidade e competência !
Então,perdemos um tempo para tratar da obrigação culinária.
Mas, logo depois, a fuga também se faz inadiável:
- Filho, está pronto o feijão.
E assim dizendo volto a sonhar Chopin, o meu compositor preferido.

                                       KATIA CHIAPPINI
                        Email : katia_fachinello42@hotmail.com










terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MEU SORRISO !

                             O SORRISO !

BREVE ENSAIO SOBRE O SORRISO

                              O SORRISO

Ele ilumina o nosso rosto
No espelho vai se  refletir
Um sorriso lindo e bem posto
É luz constante a se expandir

Clareia também nossa alma
É a janela do coração
Indica paz traz a calma
Na face, na expressão

É um dom de Deus - gentil - 
Não se compra, se conquista
Não acolhe o homem vil
Que nos desvia sua vista

O sorriso tanto vai como vem
É produto de outro sorriso
Comunica o bem e vai além
Quero-o comigo onde piso

É entendido o sorriso
Em todo e qualquer idioma
Aprender a sorrir é preciso
Pra em vida, não entrar em coma

Sorrir é falar de um amor
Demonstrar carinho e afeto
Sorrir é enganar a dor
É banir o mal secreto

O sorriso vale a palavra
Ajuda a ser e a crescer
Nesse poema de minha lavra
O sorriso é pra dar -não vender -

Sorrir é alegrar os seus
É conquistar o namorado
Se sorrir aos crentes ou ateus
Estará transmitindo seu recado

Quem não tem um sorriso
Precisa ainda mais do seu
Não sorrir é sempre um aviso
De que o caos se estabeleceu

Um rosto amigo e ainda alegre
Pode ser visto da janela
Sorria, sim, em Porto Alegre
Na cidade ou na favela

Quem busca só fama e ouro
Não tem tempo pra nada ser 
Antes quer repassar o choro
Desvirtuando o bem-viver

Dar sentido ao seu viver
É sorrir continuamente
É pôr as mágoas pra correr
É sorrir já ao sol nascente

O efeito de um riso amigo
É desabrochar na alegria
É trazer a esperança consigo
É fugir da pálida nostalgia

Sorrir é saber brincar de roda
Rodopiar com o filho e o neto
Vai estar sempre na moda
Como o seu melhor projeto

Cuido de uma amiga, em seu leito
Que aos oitenta sorri ao me ver
Conto minha história ou invento
E seu sorriso é só o que quero ter

                                     KATIA CHIAPPINI


                          Email: katia_fachinello42@hotmail.com

domingo, 6 de janeiro de 2013

COMUNICADO !

             CONVERSANDO COM O LEITOR

Caro leitor:
Seja bem-vindo ao mundo da poesia e das crônicas que escrevo.
Você pode conferir os trabalhos que tiveram mais acessos nesse blog :
O gaúcho - em 28/3
Porto Alegre -em 5/3
Sobre a letra F -em27/3
Meditação - 31/3
Porto Alegre- 7/4
Amor ou amizade -7/4
Visão de uma imagem no espelho -27/3
Sobre a paixão -8/4
Ser -29/3
O acordeon -21/2

Se você descobriu o blog ,agora, no mês de janeiro de 2013, será interessante descortinar os textos de maior acesso.
Se já o conhecia mas ainda não leu os citados, poderá ter um panorama geral dos sentimentos que movem a autora a se expressar com poemas e crônicas para compartilhar todas as noites com seus leitores. 

SEJAM SEGUIDORES E DIVULGADORES DO BLOG
OBRIGADA ! 

KATIA CHIAPPINI.

Passe um e-mail comentando o que você mais apreciou e auxilie a autora a ver quais os temas de sua preferência.
Ou pode sugerir quais os temas ou o tema que  gostaria de ver publicado nesse blog que é para seu momento de lazer.
Os temas sugeridos poderão se transformar em poesia !
MUITO OBRIGADA POR SUA ATENÇÃO !   

 email: katia_ fachinello42@hotmail.com



sábado, 5 de janeiro de 2013

AMOR : PALAVRA MÁGICA !

                   AMOR : MAGIA E VIDA



Inúmeras vezes ouvimos dizer que o amor opera milagres, move montanhas, vence o mal e impulsiona o ritmo da vida. Uma relação estável não se mantém sem cultivar a presença do amor.
Existe o amor filial, o de quem pratica voluntariado, o do sacerdote, o do médico por seus pacientes, o do professor por seus alunos. Existe o amor que se prende à aventuras radicais, cujos perigos, evidentes, não assustam seus praticantes. Existem os apaixonados por automobilismo, que mesmo após inúmeros acidentes, nem pensam em desistir das corridas. Existem cadeirantes que dançam nos palcos orientados por abdicados professores.
O famoso compositor da Sonata ao Luar, não se abateu com sua surdez e tornou-se um dos gênios da música erudita. E os drogados encontram forças para compor lindas melodias, em nome do amor. E muitos escritores injustiçados, quando estão se dedicando ao trabalho, demonstram seu amor pelos textos publicados e se tornam gênios da ficção. E os pais adotivos amam incondicionalmente.
Mas toda essa explanação foi para contar que tive uma prova irrefutável do poder mágico da palavra amor.
Fui casada por 33 anos, tive meus filhos, tive o prazer de vê-los formados e de se tornarem bons profissionais. Apesar de estar separada por 15 longos anos amei meu marido e tive uma família que só me deu alegrias.
Ao constituir outra família, meu ex-marido e eu passamos a nos falar com menos frequência porque a separação seguiu seu ritmo normal e a distância foi resultante de  um processo gradativo e natural.
Esse ano de 2012 passei, como é de hábito, a noite de natal e a de ano novo junto aos filhos. Em dado momento lembraram de ligar para o pai, pela passagem do ano novo. Fiquei observando o modo carinhoso como se dirigiam a ele desejando um ano repleto de novos projetos de vida. Um dos filhos confirmou o comparecimento ao almoço de primeiro de janeiro, aceitando o convite do pai.
Enquanto eu os ouvia ao telefone, assistia um filme de minha própria vida de casada, onde a alegria do ex-marido, ao brincar com os filhos, era um verdadeiro espetáculo de ternura, eivado de risos.
Lembrei do convívio à hora do almoço, do churrasco dos finais de semana, dos verões na praia de Torres, das saídas noturnas para dançar no clube com casais amigos.
Esses acontecimentos levaram meu pesamento a outros tempos, quando a família estava completa.
Ao mesmo tempo, cuidava os filhos ao telefone. Antes que o último a falar desligasse pedi para dar uma palavra com o ex-marido.
Mas vejam o que me veio do fundo da alma, de antiga memória e que me fez voltar ao passado :
- Oi, amor, quanto tempo ?
-Sim, nega, como vai ?
-Estou bem e só vim desejar um bom ano.
- Obrigada, amor.
Não só minha voz ficou diferente. A voz do outro lado me respondeu com lentidão, trêmula, com pequenas pausas e com a mesma emoção que percebi em minha própria voz.
Nesse instante ainda ouvi minha filha falar baixinho :
- Mas o que é isso ?
Ao mesmo tempo vi meu filho fazendo sinal e tinha a fisionomia de poucos amigos, ao balançar a cabeça surpreso.
Os filhos não queriam que eu deixasse o pai deles triste o que poderia acontecer facilmente se o diálogo se prolongasse.
Mas tenho que referir que após a separação, meu ex-marido continuava a me presentear, toda a semana, com cucas, mariola, frutas, vinhos e outras guloseimas que trazia de suas viagens. E muito tempo ainda continuou telefonando na tentativa de me fazer aceitar seu convite para jantar, embora eu o recusasse.
E quantos anos se passaram sem que ouvisse de meus lábios a palavra amor ?
Mas falei brevemente e senti um dos filhos me tocando no braço e pedindo que passasse o telefone antes de desligar. Ele queria dar um último recado ao pai e assim o fez.
Ao soltar o telefone no gancho olhou para mim sorrindo e disse: 
- Mãe, pela voz do pai percebi que ainda não te esqueceu.
Nesse momento, pensei na palavra amor que desencadeou dupla emoção, pois apenas usada para cumprimentar, trouxe à tona tantos sentimentos guardados.Tive a sensação de que o amor por mim ele  levou com ele e, ao mesmo tempo, o deixou comigo. Assim, a saudade que deixei naquele companheiro de longos anos, é a mesma que permaneceu em mim.
Só existe uma palavra que tem o poder de operar milagres e remover as pedras do coração deixando à mostra sentimentos contidos. Palavra mágica ! o teu nome é amor.
E lembrei agora de minha colega de magistério que ficou viúva, mas cujo marido já não estava mais no  mesmo teto. Em nome desse amor que ficou arraigado nela, seu sentimento de dor, e talvez  de inconformidade, a fez ficar de luto e usar trajes escuros durante um ano. Só o amor nos leva ao mundo dos sonhos perdidos, mas que se constituem nossos pedacinhos de vida.  E só o sentimento que surge  do ato de amar faz jorrar sentidas lágrimas de saudade, abundantes e ruidosas como a força das águas que deslizam da cachoeira, sem que se possa contê-las. Não se represam as forças da natureza e nem as manifestações provenientes de vivências amorosas.
E antes de concluir devo dizer que fiquei estranhamente feliz quando me surpreendi ao telefone, na noite de ano novo, dizendo :
- Oi, amor, quanto tempo? 

                                      KATIA CHIAPPINI




                        Email: katia_fachinello42@hotmail.com

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

DEUS DE TODOS OS ANOS !

                                 DEUS !
                                 DEUS !                

                                      Chamo por ti Senhor
                                      Deus -rei da criação -
                                      Chamo na alegria e na dor
                                      Pra não me faltar o pão

                                      Posso te ver ao léu
                                      Na lua, na chuva que cai
                                      No pintor e no pincel
                                      Na dor de quem se vai

                                      Na flor, na montanha
                                      No verde -esperança
                                      Em toda a façanha
                                      No riso da criança

                                      Na fonte esplendorosa
                                      Na nuvem que corre
                                      No cravo amando a rosa
                                      Na lágrima que escorre

                                      Na estrela cadente
                                      Quando se pede um desejo
                                      O que se pede se sente
                                      Com minha fé eu te vejo

                                      Tão justo quanto perfeito
                                      És  Arquiteto do Universo
                                      Habitas todos os leitos
                                      Sem acolher o perverso

                                     Te vejo nos oprimidos
                                     Em mãos que se procuram
                                     Nos bons sonhos vividos
                                     Nos amores que se torturam

                                     Te vejo no amor doação
                                     Que escolhe fazer o bem
                                     És esperança em meu coração
                                     Como no de quem nada tem

                                     Não te quero lá no céu
                                     Te quero perto de mim
                                     Homem simples sem véu
                                     Pra me ensinar a que vim

                                     Se sou tua centelha divina
                                     És ser humano também
                                     Se me quiseres tua ovelha
                                     Guia-me para o bem

                                    KATIA CHIAPPINI



              Email : katiachiappini_fachinello42@hotmail.com