Aquarela de poesias

Aquarela de poesias
Poesias para você

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

PENSEI QUE VIESSES...

                     PENSEI QUE VIESSES...

Pensei que ainda viesses
Fiquei tempos te esperando
Pensei que vier pudesses
Pensei te ver me abraçando

Fui passear na fazenda
Pra distrair minha mágoa
Yemanjá ,aceitou a oferenda
Que joguei no azul das águas

Enquanto a esperar eu fiquei
Juntei conchinhas no mar
Com flores eu me enfeitei
Das conchas fiz um colar

Tomei um banho de cascata
E comprei água de cheiro
Ensaiei a bela serenata
Decorei um poema campeiro

Depois fiquei a pensar:
- Vou chegar antes da hora
Na rede irei me embalar
E sem amar nem vou embora

Pensei em dizer: és a chama
Como sou quem te enriquece
Só se quer bem quem se ama
E quem se ama não se esquece

KATIA CHIAPPINI

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

MUITOS ANOS DE VIDA

                         MUITOS ANOS DE VIDA

Muitos anos de vida eu almejo
Amor na madrugada sem pejo
Carinhos, mais abraços e beijos

Muitos anos de vinho tinto
Manjares na mesa -não minto-
E fé para vencer labirintos

Muitas rodas de discussões
Com o respeito às opiniões
E um ''carteado'' nos serões

Quero percorrer minha jornada
Andando em paz pela calçada
Amparando e sendo amparada

Quero uma compota de figos
Quero estar entre os amigos
Quero me envolver contigo

Quero honrar meus ancestrais
A paz que minha família traz
E o último carinho: quem me faz?

KATIA CHIAPPINI

sábado, 27 de agosto de 2016

VEM,PRIMAVERA!

                       VEM, PRIMAVERA!

Vem, estação Primavera!
Trazendo flores à terra
Vem, a vida te espera
Queremos paz, não guerra

Vem com teu novo olhar
Tornar teus filhos belos
Não os deixes naufragar
Sem destino e sem elos

Vem florescer de novo
Colher amores também
Trazer mais cores ao povo
Que do temor é refém

Vem espalhar a brisa
Junto com a esperança
Vem como fada ou pitonisa
Ser prenúncio de bonança

KATIA CHIAPPINI

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

UMA PREOCUPAÇÃO NACIONAL

          UMA PREOCUPAÇÃO NACIONAL

Por que o Brasil. em estado de penúria, ainda faz comemorações suntuosas para as altas cúpulas do governo?
Por que viaja em caravanas fantásticas, onde os convidados nem sabem o que vão fazer?
Cada vez mais os dirigentes da nação relegam ao segundo plano os problemas básicos de subsistência, tais como,saúde, moradia, saneamento básico, educação e segurança.
Quem tem em suas mãos a responsabilidade de gerenciar um país não deveria justificar obras faraônicas com tantas desculpas sem veracidade. E só para promover uns e outros, apaniguados e comparsas de menos valia.
Percebemos que após qualquer evento fantástico, restarão obras inacabadas, elefantes brancos, superfaturamento e um total descaso com a população, ávida de soluções que não tomam vulto.
De um lado há o desperdício do dinheiro público e de outro, um povo aflito que sai às ruas e brada por justiça e humanidade.
A escolha da cidade do Rio de Janeiro para receber as delegações olímpicas, por exemplo, se revestiria de real significado, se os recursos arrecadados fossem voltados para investir em obras sociais pertinentes e urgentes.
Mas essas providências não poderiam servir para elevar o ego dos governantes.Esses precisam ver seus nomes gravados em placas e afixados em viadutos, monumentos, rodovias e outras edificações do estilo.
Percebemos que esses eventos extraordinários se destinam a enaltecer a vaidade humana e parecem enriquecer os mais ricos e empobrecer os mais pobres.
Diferente seria se houvesse um esforço ,por parte dos governantes,  no sentido de promover políticas públicas, onde os povos visitantes e abastados, procurassem investir em nossa pátria, num programa salutar de boa vizinhança.
Mas um país despojado intelectualmente só quer pão e circo: carnaval, samba e futebol.
Continuamos a perdoar as dívidas de outros povos, a não cobrar impostos devidos de quem pode pagar.
E,pasmem, liguei o rádio e acabo de saber que houve um bloqueio antecipado de emergências e leitos dos hospitais, quando da olimpíada recente. E um cidadão, portador de leucemia, ficou vagando por 7 dias e 7 noites, sem que lhe fosse oferecido um leito para se acomodar. 
E isso tudo ocorreu em nome e em prol dos doentes ''olímpicos''.
E o que dizer dessa olimpíada da dor que se espalha pelo país?
E essa olimpíada do fracasso que nem quer medalha de ouro e sim, ouvir vozes comprometidas com a desgraça do cidadão?
Queremos ouvir um hino de louvor ao trabalho do homem simples que se contenta com tão pouco e que merece tanto.
Não queremos ouvir os gritos vindos de agressões físicas, de violência moral, psicológica e, de qualquer forma, coercitiva. 
Passada a euforia dos jogos olímpicos, e nem tiro o brilho dos mesmos, nem a superação dos atletas, onde está a equipe política que nos deve um pouco de paz?
Pobre pátria amada, só idolatrada pelo banditismo que prende o homem de bem em gaiolas gradeadas, dentro do condomínio e do domínio da impunidade e da inobservância dos princípios básicos de cidadania.
Convido a todos os brasileiros a se envolverem em movimentos bem orquestrados que possam modificar o'' status quo'' a que nos submetemos calados, porque desolados e já sem esperanças de dias melhores.
À propósito: será que sabemos cantar o Hino Nacional sem cometer erros? 
Deus seja louvado e nos dê forças e um pouco de fé para vivenciar mudanças. E nos permita crer, novamente, nos semelhantes que há muito já não nos representam, mas teimam em dizer que sim.
Que um novo olhar nos contemple, bem como à pátria amada!

KATIA CHIAPPINI

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

POEMA:SENTIMENTO

      
                      POEMA: SENTIMENTO

O poema se vale do encantamento que produz, e se insere, nos sentimentos mais profundos ,desde a antiguidade, ocupando um lugar de relevo entre os menestréis e seresteiros dos tempos de realeza. O poema proclama reclama, se irmana e chama por seus adeptos. Quem lê o poema é sugado por sua magia. Quem escreve o poema precisa fazê-lo para que encontre sentido em seu dia.
O exercício do poema eleva o espírito e torna a alma cristalina.
Quando nos ocupamos da escrita de um poema, temos a necessidade de ler, reler, procurar um novo sinônimo, prestar atenção na concordância verbal e na logicidade do mesmo. Quanto mais fugirmos do lugar comum mais elaborado e belo será o poema. Mas não precisa ser pernóstico, nem um labirinto de palavras indecifráveis. Na simplicidade está a beleza.
É como se escrever um poema fosse dar um mergulho profundo para voltar mais saudável e renovado.
Poderia ser considerado um vício, mas prefiro dizer que é fruto de um talento, de uma habilidade que já nasce com seu autor.
O poema não pode ficar esquecido numa gaveta qualquer de um porão empoeirado. Ele tem vida própria e pede para ser compartilhado.Aprisioná-lo seria desconhecer ou negar sua verdade.
Para o autor sensível, basta a observação de uma pequena cena de rua para florescer e se transformar em uma inspiração poética.
A visão dos pássaros pendurados nos fios de luz, a flor em botão, o trigal com as cores do Sol, as pombas procurando pipoca nas praças, as cachoeiras deslizando por entre os rochedos, tudo isso, é matéria ´prima para que se faça um poema.
O poema vem buscar você quando está alegre ou triste, quando está amando e quando não está.
Ao acordar, se escrever um poema, antes de ler seu jornal, ou tomar o café matinal, o dia vai lhe parecer mais bonito. E sua energia se multiplicará porque já  terá fortalecido o espírito.
O poema passará a ser uma de suas responsabilidades e irá merecer sua atenção na medida que lhe der prazer. E quando perceber a reação dos leitores, quando o montante tomar vulto, jamais vai pensar em parar de escrevê-lo.
O poema trará alento e chegará afoito aos corações que o aprisionarem. Poderá transformar vidas, ampliar os horizontes, para uns, e servir de bálsamo para outros.
Somos, nós escritores, mesmo leigos, aquele pequeno grão de areia  que se agrega a outros grãos, vagarosamente, até formar um volume e uma densidade consideráveis. E vamos recolhendo pelo caminho outros leitores, tentando bloquear os mares de tristeza de tantos quantos precisam de uma palavra de conforto.
Abrace seu poema como se abraçasse um ente querido. E estará abraçando a si mesmo e sorrindo aleatoriamente.
Ainda é possível inventar um ''causo'' para contar na roda de pescadores, ou na roda de chimarrão, ao redor do fogo de chão.
E vá dedilhando ao violão aquelas trovas , repentes, improvisos, modas de viola que embalam sua alma.
E não se faça de rogado se lhe pedirem para declamar aquela poesia que sabe de cor, desde os tempos idos de sua saudosa infância.
E não faça pouco dos poetas e nem faça ouvidos moucos a sua obra.
Se assim o fizer, não se surpreenda se perceber que se permitiu deixar ficar um ser fútil porque oco.
Pense bem nisso e pare de contar suas economias em dinheiro, todos os dias.
Cuide de sua alma .Essa é, verdadeiramente,a fonte de sua fortuna!
Então, recite uma poesia e a tenha como companheira fiel em sua vida.

                                 
KATIA CHIAPPINI

terça-feira, 23 de agosto de 2016

ESTOU COMPONDO A CANÇÃO

              ESTOU COMPONDO A CANÇÃO

Estou me inspirando na canção
Compondo rimas paramo coração
Sem exigir nenhuma retribuição
Estou mascarando uma decepção

A canção é da alma a expressão
Que afasta os instantes de desolação
Transita entre a valsa e o baião
Abraçando de ''Strauss'' a Gonzagão

Estou lapidando uma canção
Buscando da arte o meu quinhão
Faço letra e música como solução
E equilibro a minha indefinição

Estou compondo sob intensa emoção
Amenizando toda essa ingratidão
Minha canção vem enganar a solidão
E serve de sentinela nessa ocasião

Estou compondo com satisfação
Antes que o desalento vire um tufão
Mas tenho a alma imune à destruição
Pois há muito eu caminho sem direção

Meus versos são a minha proteção
E me trazem gotas de meditação
Entre rimas busco a paz e a união
Delas retiro Salmos em louvação

                                  KATIA CHIAPPINI
                        e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com

domingo, 21 de agosto de 2016

EU NUNCA APRENDI...

           
                        EU NUNCA APRENDI...
            

Eu nunca aprendi
A apagar o calor
Em teus olhos eu li
Promessas de amor

Eu nunca aprendi
A ser como eu sou
Esse amor permiti
E ele me aniquilou

Eu nunca aprendi
Respirei o teu ar
Depois não te vi
Comecei a chorar

Eu nunca aprendi
A conter essa dor
Uma noite eu sofri
Lendo cartas de amor

Eu nunca aprendi:
- Oh! mundo cruel
Uma ilusão vivi
Do amor ao fel

Eu nunca aprendi
Mas a vida ensinou
Na tristeza me vi
Já que o amor me deixou

KATIA CHIAPPINI



SEM NINGUÉM

                          SEM NINGUÉM

Sem ninguém
Sem vintém
Nem um bem
Nada vem...

Não convém
Se ainda tem
Ficar sem
Ficar aquém...

Quem vê além
A fé retém
Não diz amém
Busca outro bem

Quem se detém
Sem desdém
Logo obtém
Amor refém

KATIA CHIAPPINI

sábado, 20 de agosto de 2016

VOCÊ NÃO VEM

                         VOCÊ NÃO VEM

Você não vem mais
Mais nada você diz
Diz até, mas seus ''ais''
''Ais'' que um dia quis

Quis até entender
Entender o porquê
Por que ficou a ver
A ver não sei o que

O que aconteceu
Aconteceu, é fato
É fato que se deu
Se deu e se fez ato

Ato de bem querer
Bem querer assim
Assim sem saber
Saber que tem fim

Fim é sofrimento
Sofrimento é real
Real é o alento
Alento, etc...e tal

Tal qual, talvez
Talvez tão atroz
Atroz e sem vez
Sem vez e sem voz

Sem voz todo o mês
Mês que traz saudade
Saudade que se fez
Se fez eternidade

KATIA CHIAPPINI

terça-feira, 16 de agosto de 2016

IMPOSSIBILIDADES

                    IMPOSSIBILIDADES

Impossível não fazer as rimas
Impossível nunca cantarolar
Impossível não ter suas estimas
Impossível não ler para sonhar

Impossível nunca se dispor
Impossível não criar ilusões
Impossível nunca sentir dor
Impossível não ter confissões

Impossível não querer vencer
Impossível não amar os filhos
Impossível não se compadecer
Impossível não cair nos trilhos

Impossível não conseguir agir
Impossível abandonar a luta
Impossível nunca prosseguir
Impossível abandonar a disputa

Impossível não tentar crescer
Impossível não querer desafiar
Impossível não se reerguer
Impossível a vida paralizar

Impossível viver numa ilha
Impossível só lamber os ossos
Impossível aos filhos e filhas
Impossível renegar os nossos

Impossível ter só a incerteza
Impossível aceitar sem gritar
Impossível não pôr pão na mesa
Impossível desistir de amar

KATIA CHIAPPINI

QUASE FILOSOFANDO...

                     QUASE FILOSOFANDO...

As vezes, me vejo pensando, ou falando alto comigo mesma, sobre o sentido da vida. E sobre esse esforço além do esperado, que se faz para bem viver.
É preciso contar com as dificuldades do dia a dia para se preparar e recebê-las com tranquilidade.
Uns vivem para morrer em vida, outros vivem revoltados o tempo todo.
Uns vivem sem definir prioridades e esbanjam seu dinheiro em futilidades.
Outros vivem por viver e são massificados como um rebanho de ovelhas pacíficas que atendem ao comando, sem reagir, sem demonstrar sua inconformidade.
Uns enriquecem ilicitamente, outros vivem com periculosidade e insalubridade em seu trabalho, sem ressarcimento justo.
Uns não vivem bem e não deixam os outros viver em paz.
Uns trabalham a vida inteira, se aposentam, adoecem e não podem realizar o sonho de viajar para outras terras distantes.
Outros se filiam a um partido político e se valem das vantagens e propinas distribuídas aos comparsas.
Uns possuem plano de saúde, outros enfrentam intermináveis filas para depois ouvir:
-Não tem mais ficha, por hoje.
Uns choram suas mágoas e encontram um ombro amigo, outros choram sozinhos e se acostumam a sofrer calados
Uns nascem discriminados e nem a fama lhes tira esse estigma.
Outros assistem a morte violenta de seus pais, crescem, se vingam e vão acabar atrás das grades de um presídio..
Viver é um desafio constante e compulsório. Há os que não sabem assimilar a derrota que se abate sobre suas vidas.
Um rico empresário,quando na falência, sente-se ferido em seu orgulho.Então, para surpresa dos familiares e amigos, se suicida por não ter coragem de enfrentar a si mesmo e de lutar para se reerguer.
Viver é estar sujeito às intempéries.
Apesar da situação política de um país, da quebra de valores, da inversão de hábitos e costumes, da criminalidade crescente e da impunidade, precisamos continuar a nossa jornada e cumprir com nossa missão nessa existência.
A vida é o momento presente porque é o único que nos contempla.
Precisamos enfrentar espinhos e ervas daninhas sem esmorecer,sem bloquear nossos passos.
Só nos é dado viver um dia de cada vez. O dia que está por chegar, esse desconhecemos e não nos cabe viver com ansiedade e insatisfação, já pensando em como resolver o que ainda não aconteceu.
Viver é uma arte.É a arte de assimilar os acontecimentos e procurar se adaptar a novos padrões, ao novo dia.
Precisamos nos valer de nossa força interior para reagir, de nossa fé para acreditar e da esperança para ir em frente, em busca de nossos ideais, há tanto sonhados.
Precisamos viver a vida com todaós as circunstâncias que a cercam e não sentir inveja da vida do outro.
Só Deus sabe o caminho porque nossas certezas são incertas.
Não queiramos ser temidos e sim amados.
Não tenhamos a pretensão de nos julgar superiores. A sabedoria está na prática da humildade.
Precisamos amar a vida, o trabalho, a família,os amigos sinceros e a oportunidade que temos aqui, na terra que habitamos.
Precisamos saber viver com qualidade, dentro dos princípios cristãos de fraternidade e justiça.
E o amor de Cristo nos recompensará!

KATIA CHIAPPINI

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

CIRCULANDO..

                         CIRCULANDO...

Desempenhamos vários papéis em nossa existência.
Circulamos entre os sócios de um clube esportivo, entre os membros de uma comunidade religiosa, entre os leitores de uma biblioteca, entre os voluntários de um grupos de ajuda aos dependentes químicos.
Mas os ciclos têm um início, meio e fim.
Há o ciclo do egoísmo que impede as pessoas de se livrarem do supérfluo para que sejam destinados à casas de caridade.
Algum tipo de carência advinda da infância faz com que as pessoas se apeguem aos bens materiais e se tornem acumuladoras.
Eximir-se de acolher o semelhante, em suas necessidades, é bloquear a energia, estagnar como ser humano.
Quem se volta para si mesmo, deixa de ser gratificado com um aperto de mão, com um sorriso, com um abraço comovido.
Precisamos reciclar nossos valores, ampliar horizontes, dar vida ao pensamento solidário e agregar o sentimento humanitário que nos permita agir como colaboradora de entidades assistenciais.
Circular é rever os caminhos traçados, amenizar as desavenças, buscar o poder da comunicação, ajustar as diferenças e neutralizar os pontos de discórdia. 
Circular é deixar o amor fluir para perdoar o filho pródigo que retorna arrependido.
Deixar circular o sentimento é amar a quem nos ama, sem perder tempo em amar quem não nos quer.
Circular é transitar por caminhos floridos, pelos campos e serras, na busca de momentos de meditação e paz para o espírito.
Circule entre salmos e provérbios que ditam a palavra de Deus e acalmam as vicissitudes. E agradeça por tudo que já conquistou.
Busque sua essência e retire as máscaras da face.
Circule pelos museus, teatros, pinacotecas, bibliotecas, exposições de arte. 
Circule entre os clássicos da música e assista a um espetáculo de ópera ,ou reserve seu lugar para assistir a um concerto musical, onde os instrumentos se alternam e se unem numa simbiose perfeita em harmonia e beleza.
Circule com seus netos na roda gigante, no carrocel. Corra com eles, brinque de esconder, dê milho para as pombas e passarinhos.
Circule distribuindo abraços, beijos, um aperto de mão. Faça um cumprimento aos seus conhecidos, dê um lanche para a mulher que tem um filho faminto.
Seus semelhantes podem ser diferentes de você. Mas é na diversidade que lapidamos o amor solidário.
Circule com seus idosos, ajude-os a fazer compras, dê o seu braço como apoio, caminhe ao redor da quadra e visite-os com certa frequência.
Deixe o sangue circular no coração, deixe o ar encher seus pulmões, deixe o amor transbordar e invadir o seu ser, com a força das marés e a determinação das tempestades.
Ainda é tempo de romper com esse círculo vicioso que lhe deixa sem sentido, sem perspectiva Não permita que a inércia tome conta de seu ser. Vislumbre todas as possibilidades que a vida está lhe oferecendo e comunique-se com seu círculo de amizades, interagindo e enriquecendo seus dias, de forma produtiva.
A semeadura é contante e cabe a nós colher os melhores frutos da vida.
Circular é romper barreiras, transgredir, desafiar os parâmetros, as vezes.
Os desafios nos envolvem para que aprendamos a vencer a nós mesmos.
A escolha é de nossa responsabilidade, dentro de uma liberdade vigiada, com limites esperados.
Eu escolho ser feliz.
E você, já fez a sua escolha? Ou vai permanecer num labirinto sem procurar a saída?

KATIA CHIAPPINI

domingo, 14 de agosto de 2016

CONSTATAÇÕES DO DIA A DIA

                      CONSTATAÇÕES...

Existem frutos mofados na sociedade
E um desacerto notório e a incidência
De conversas cruzadas, de ambiguidade
De teoremas insolúveis e sem referência

Há um povo sofrido e desprotegido
E seres desiguais tratados com desprezo
Há governantes desleais e enxeridos
Cujo despreparo deixa o povo surpreso

Há vidas ceifadas e sem explicação
E moradores de rua jogados ao léu
Há promessas feitas em tempo de eleição
Mas ninguém que mereça tirar o chapéu

KATIA CHIAPPINI



DIA DOS PAIS

                           DIA DOS PAIS

Num domingo ensolarado comemora-se mais um dia dos pais, em agosto de 2016.
Parabenizo a todos os pais pela passagem desse dia em que os filhos presenteiam seus protetores fiéis e companheiros do dia a dia, nessa estrada da existência, as vezes, árida.
Os pais se esforçam para trazer o sustento ao lar e para interagir em todos os momentos com voz firme e experiente. Estão presentes na educação e formação de seus filhos e os estimulam a prosseguir na busca de uma carreira sólida.
É de um lar bem constituído que vamos ter cidadãos de boa conduta e defensores da justiça.
Os pais que passeiam com seus filhos, que brincam, que contam histórias, que se fazem presentes no dia a dia, serão , no futuro, pais felizes com o desempenho de seus filhos no grupo social.
A educação é processo contínuo, mas é também motivo de recompensa, de alegria, quando bem estruturada e atenta.
Há pais que cuidam de seus filhos sozinhos e fazem sacrifícios para alternar o trabalho profissional com os encargos da paternidade.
Meus cumprimentos aos filhos que se espelham no exemplo de seus pais e os têm como heróis. 
A união familiar é fundamental para a formação da personalidade sadia.
 Desejo a todos os pais consanguíneos, aos pais e avós, aos pais por empréstimo, um feliz dia dos pais junto aos entes queridos.


KATIA CHIAPPINI

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

DIVAGAÇÕES ROMÂNTICAS

                DIVAGAÇÕES ROMÂNTICAS

Onde quer que eu vá
          Veja
Em ti meu coração
          Viceja
   Aqui ou acolá
           Esteja
Com paixão, meu quinhão
           Proteja
O amor, seja como for,
           Almeja
Ora alegria, ora dor
           Seja

KATIA CHIAPPINI


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

BREVES MOMENTOS

                      BREVES MOMENTOS

Ora uma sensação
Ora fruto proibido
Ora  doce ilusão
Ora um elo partido

Ora uma verdade
Ora uma ruptura
Ora só amizade
Ora desventura

Ora quase real
Ora quase possível
Ora ocasional
Ora inatingível

Ora página lida
Ora flor passageira
Ora mulher querida
Ora a da vez primeira

Ora tantas promessas
Ora final de festa
Ora falsas são essas
Ora sem sem lua e seresta

Ora carência insana
Ora ilusão que abala
Ora paixão que engana
Ora voz que nada fala

Ora pedi que ficasse
Ora disse que não
Ora deixei que falasse
Ora briguei com razão

Ora vida, ora morte
Ora um querer sem ganho
Ora estive à própria sorte
Ora, no ninho, um estranho

KATIA CHIAPPINI

Observação: esse poema pode ser lido de baixo para cima sem que se altere o sentido e a compreensão do tema.

domingo, 7 de agosto de 2016

QUANDO SE AMA...

                        QUANDO SE AMA...

Quando, de verdade, se ama
A dedicação não tem freios
Um chama e outro se irmana
São , os arrufos, sem arreios

Se o amor se fez presente
O encantamento apareceu
É o momento de estar consciente
De não negar o que já prometeu

Quando se ama de verdade
Se quer feliz o leito e o eleito
Se quer a almejada felicidade
Que é o bem mais perfeito

A esperança é real e insiste
Em não deixar a fé ir embora
Não vamos permanecer tristes
Se o que foi ontem não é agora

Os males de amor hibernam
O destino prepara a armadilha
Caça e caçador se alternam
Vence quem controla a matilha

Então, o amor ora vem, ora some
É um mistério, ainda, sem solução
Se ficar irá saciar a sede e a fome
Intensa e imensa na hora de paixão

KATIA CHIAPPINI


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

TUDO O QUE SABEMOS MAS LAMENTAMOS!

                   TUDO O QUE SABEMOS
                                   MAS
                        LAMENTAMOS...

Quando não há parâmetros a seguir a sociedade enfraquece e as consequências desequilibram nossas vidas.
Quando nossos filhos se envolvem com jogos eletrônicos, dispensando o convívio familiar, cria-se um clima de egocentrismo e isolamento permitido. E esse fato se torna prejudicial e especial motivo de preocupação.
Quando o cidadão se sujeita a um salário de fome, está desistindo de si mesmo, embora seja o que tem no momento.
Quando a empresa demite um trabalhador esforçado por não cumprir as metas exigidas, ele se desespera e perde a fé na humanidade.
Quando o homem busca um novo emprego, faz concurso público, mas não é chamado,porque descobre que foi preterido por ter atingido a idade de 40 anos, passa a bater de porta em porta, acaba por chegar a uma triste realidade: a de que sua formação profissional de nada vale.
Quando um homem trabalha de Sol a Sol e não consegue sustentar sua família, acaba por tirar seu filho da escola para jogá-lo nas ruas. Ou para pedir esmola ou para ser explorado no trabalho infantil, que a lei não permite.
E esses,vítimas de abusos de toda ordem e sem apoio familiar, serão os escolhidos pela cracolândia dos becos nefastos e fétidos.
Quando subimos no emprego porque bajulamos nossos superiores estamos coniventes com a desonestidade que impera no país.
Não raro, tomamos conhecimento de que grandes gênios dos avanços científicos e tecnológicos, infelizes com o mau uso de seus inventos, se suicidaram ou se isolaram do mundo, em estado de depressão, quase mortos vivos.
Quando homens subjugam e torturam suas mulheres com atos de violência, as leis vigentes atenuam suas penas e lhes dão a liberdade. E os homens de bem, que pagam seus impostos, com o suor de seu rosto, precisam gastar uma quantia considerável para se proteger com grades, alarmes e seguranças particulares.
Quando os idosos  são vítimas de maus tratos e postos à margem do convívio de seus lares, de nada reclamam para passar mais um final de ano com os filhos ingratos, recebendo aquele falso abraço por ocasião das festas natalinas.
Outros filhos passam na tesouraria do asilo e deixam seu cheque mensal, mas não pedem para ver seus idosos.
E se o idoso estiver no pátio tomando Sol e perceber o familiar saindo em direção ao carro, ainda irá justificar:
- Meu filho é um executivo e está sempre muito atarefado...
Quando o homem agride a terra e muda seu ciclo, em contrapartida, a terra reage e se manifesta em forma de tornados, enchentes, terremotos, ventos alucinantes ou chuvas abundantes, fora de estação .E os fenômenos climáticos vão  devastando a fauna e a flora e tornando insustentável a vida no planeta.
Há muito se percebe não haver um delineamento de parâmetros a serem seguidos, em prol da preservação da espécie. A ganância leva a acumular lucros, sem escrúpulos. A ânsia pelo poder e o enriquecimento ilícito estão em pauta e as leis caminham com passos de tartaruga.
A insegurança atropela, a teoria da conspiração parece ter sentido, a manipulação da massa, quase analfabeta, se rende aos políticos de plantão e de carreira. Os falsos líderes proliferam e tudo fazem para se perpetuar no poder.
E o poder segue na mão dos poderosos e não nas mãos de homens competentes. Desses que se dedicaram ao trabalho sério e cujos bens  foram adquiridos com o suor do próprio rosto.
Dizem os entendidos que essa é uma fase de transformação da sociedade, uma passagem que ocorre, de tempos em tempos, na história das civilizações.
Mas quem nos garante que a passagem seja para colher resultados que nos beneficiem como cidadãos de bem?

KATIA CHIAPPINI

terça-feira, 2 de agosto de 2016

DIÁLOGO

                               DIÁLOGO

Minha filha e eu conversávamos sobre minha viagem à Salvador:
-Filha,vou para Salvador
- Como não falaste antes?
-Estava pesquisando datas e companhias aéreas
- Qual a razão da viagem?
- Vou confraternizar com o grupo de escritores denominado'' Elos Literários'', em novo lançamento da próxima Coletânea Elos 5.
-Mas não se trata da mesma que faz relançamento,aqui, na feira do livro anual?
-Sim,isso mesmo,filha
-Então, o que vais fazer em Salvador?
-Além de autografar,vou receber uma medalha, na ocasião. 
-Mas vais tão longe só para buscar uma medalha?
-Não filha, não é pela medalha e sim, pelo reconhecimento da minha participação no grupo, em prol da literatura
-Tem certeza,mãe?
-Tenho sim, filha.Vou desfrutar da companhia de outros escritores, poetas, romancistas, criar novos laços de amizade.
-E algo mais,mãe?
-Sim,vou prestigiar uma das homenageadas, Adélia Einsfeldt, dessa obra a ser lançada. Ela será minha companheira de viagem, porque também mora em Porto Alegre. E seu entusiasmo pela arte literária já lhe valeu alguns troféus,certificados e medalhas.
-Mas, mãe, não podias cumprimentá-la em Porto Alegre,onde moras?
-Filha, aproveito para conhecer os pontos turísticos da cidade e as paisagens deslumbrantes à beira mar.
-Tem certeza de que não vais só pela medalha, minha mãe?
-Filha, a medalha vou guardar entre meus pertences, mas não estou livre de perdê-la por furto ou algum acidente imprevisível.
 -Sim ,eu sei,mãe
-Então, as amizades guardarei no lado esquerdo do peito.
E concluindo o raciocínio e o diálogo com minha filha,expliquei:
- Filha, aprenda que para o poeta importam os sentimentos, as trocas de rimas, de sonhos e devaneios, bem mais do que os bens materiais.
Poetas são criaturas aladas, aéreas, mas de boa estirpe. São pessoas dotadas de sintonia fina e de significativa vida interior. E que buscam o silêncio da madrugada, para transbordar em forma de rimas, bem estruturadas e inspiradas, seu interior. 
A sensibilidade do poeta é eivada de sutilezas e sua palavra atravessa gerações, porque se perpetua pela escrita e através das obras que deixa, como legado.
Escrita essa que busca explorar o mundo interior, as nervuras da alma e a essência do ser: mortal e imortalizado pela biblioteca da vida.

KATIA CHIAPPINI

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

RESPEITO AO MUNDO ANIMAL

          
               RESPEITO AO MUNDO ANIMAL

Vejo pássaros pela janela
Pulando ao ciscar na praça
Jogo milho à pomba bela
Que se move cheia de graça

Acaricio o meu Alazão
Que me leva por verdes matas
Estou acompanhada pelo cão
Tão fiel quanto um vira-lata

Vejo o macaco no galho
Descasco a banana e ele come
Espantá-lo é um ato falho
Bem-vindo! amigo do homem

Ainda tenho uma tartaruga
Das crianças a alegria colhe
Acariciam as suas rugas
E o pescoço dela se encolhe

O gato nem faz barulho
Hiberna na almofada
Do vovô é o orgulho
Ambos brincam na sacada

Amar os animais é consciência
A caça às baleias é pura maldade
É ganância e não sobrevivência
É caça aos lucros, em verdade

KATIA CHIAPPINI