RECADO

VOCÊ PODERÁ GOSTAR DE LER: RECADO AO HOMEM.
VEJA EM POSTAGENS POPULARES.
( postado em agosto )

Bom final de semana e fique com essa mensagem :
Só o amor não pode faltar na humanidade, nem a crença em sua possibilidade, mesmo que esteja entre os escombros.

SE FALTAR...

                         SE FALTAR AMOR... FALTA VOCÊ    

   Li essa frase num e-mail de ano novo e veio 
   inspiração para colher esse poema...         

Falta amor na atmosfera
Na família, na escola
Não se tem o que se espera
E quem procura se esfola

Falta afeto e cumplicidade
Aquele toque carinhoso
O amor não conta a idade
É direito da criança ao idoso

Quem ainda não se aceita
É só se vale da revolta
Não entende quem o rejeita
E afasta todo o amor em volta

Julga quando deveria perdoar
E sem transformar a si mesmo
Encontra prazer em magoar
Vive sem rumo, a esmo

O amor que se prende se solta
Só quem é livre se prende
Há quem disfarce a revolta
Diz que ama mas se vende

Se faltar amor...que coragem !
Os corpos já não se afagam
Nada fica na bagagem
E as luzes do palco se apagam

Se faltar amor...que tristeza !
Restarão promessas sem fim
Pediria se tivesse certeza:
-Faltou amor...volte para mim

Se faltar amor...que pena !
O coração também vê
Procuro o leão de minha arena
Volte se perceber que é você

Se faltar amor que sina !
Estou no final da poesia
Se me perceber tua menina
Em meu corpo faça a magia

     KATIA CHIAPPINI

RECORDAÇÕES FEMININAS

            REVELAÇÕES DE UMA DAMA 

A dama leu sua data de nascimento
Cobriu os olhos quase com dor
Lembrou dos cabelos lindos, ao vento
Que outrora penteava, ao toucador

Era cortejada, altiva e confiante
E no andar revelava pernas perfeitas
Olhos verdes e sorriso cativante
Alvo de paixões, aguardava a colheita

Ao olhar para os seios tamanhos
Lembrou que antes rompiam o botão
E escapavam do roupão de banho
Sem precisar dos arcos de sustentação

A pele de veludo sob o corpo torneado
Já provocara suspiros aos turbilhões 
Hoje não existe e só é abraçado
Pelos familiares em festivas ocasiões

A silhueta já não provoca paixões
Os olhos não procuram outros olhares
Os lábios não têm mais razões
Para se colher quais frutos nos pomares

Olha pela janela, escuta a porta se abrir
Ninguém para ocupar o travesseiro
Os dias são iguais e estão a se repetir
Não voltam mais como o amor primeiro

Não colhe mais flores, não usa perfume
Não acende a vela, não escolhe o vinho
E aquele amor a demonstrar ciúme
Virou cinzas ou está em outro ninho

Olha as fotos do álbum e se consome
Procura as jóias, os vestidos de festa
Lembra dos lençóis bordados com seu nome
Do diário esquecido, do violão, da seresta

Nas cartas de amor já amareladas
Nos presentes que um dia ganhou
Nas folhas secas no livro guardadas
Encontra um pouco do consolo que restou

Subitamente esquece os desenganos
Olha-se no espelho e se ilumina
O sorriso não é mais o de trinta anos
Mas descobre-se  bela e feminina

                               KATIA CHIAPPINI











   

SEMPRE O AMOR !

                                           HOJE FALO DE AMOR

                     

Há um sentimento que toma forma
Da criança, do idoso, do adolescente
O único que a todos transforma
Com o mesmo brilho do sol nascente

O amor adormece a consciência
Não amadurecemos para a desilusão
E mesmo que não o estude a ciência
É nosso maios campo de atração

A força que traz em seu bojo
Indiscutível e determinante
Não se contém num estojo
Como o seresteiro, é itinerante

Mesmo longe o sentimos perto
Não se alinha com o preconceito
Acolhe o ser de braços abertos
E torna branda a dor no peito

E ao se aproximar a hora certa
Fervilham, no corpo, as células
No quarto, na janela entreaberta
Pousam, irreverentes, as libélulas

O amor quer saciar fome e sede
E, as vezes, precisa estar oculto
Nos aprisiona, de mansinho, qual rede
Em sussurros e sem tumulto

Vive, ora em paz, ora em lamentações
De acordo com a curta ou longa espera
É uma avalanche de pulsações
E quem não o tem vive de quimera

Só amando sinta o que não sentiu
Reconheça a afirmação como verdade
Deus criou o mundo mas só sorriu
Quando temperou o amor com felicidade

                                   KATIA CHIAPPINI 

SOBRE O AMOR !

                    SIMPLESMENTE TE AMO

Amo-te e amo tanto !
Com ou sem quebranto
Como se ouvisse um canto
Ou lesse a mensagem do santo

Não sei explicar, entretanto
Vem na alegria e no pranto
É o melhor do sutil acalanto
Envolve-me de paz e de espanto

E amo nem sei o quanto
E a cada dia um tanto
Amo até em Esperanto
Em todo e qualquer recanto

Nesse amor me levanto
Só nele me agiganto
Sinto a ternura o encanto
Com precaução, por enquanto

Que Deus em seu amor sacrossanto
Me cubra de bençãos e suplanto
As mágoas e o desencanto
E faço do amor o meu manto

                                     KATIA CHIAPPINI

RECADO !

                     RECADO AO HOMEM !

Mulheres são temperamentais
Mas abrem os teus caminhos
São seres fundamentais
E ocupam lugar em teu ninho

São tua força, teu norte
Sanguíneas, porém sinceras
São da família o suporte
Nos Verões e Primaveras

Qual delas vais preferir ?
Aquela que não contestar
Ou a que verdade intuir
E livre se manifestar ?

Ou mulheres meigas
Ou as mais provocantes ?
As que como manteiga
Se derretem antes ?

E que depois da conquista
Mostram a verdadeira cara?
Deixando bem à vista
Que não são joia rara ?

A mulher de intelecto
Ou a de corpo perfeito ?
A de porte ereto
Ou a dengosa no jeito ?

Aquela que envelheceu
Mas muito amou ?
Que velou teu sono
E em tua mãe se espelhou ? 

A independente que acena
Para o prazer imediato ?
Porque o que quer em cena
É brincar de gato e rato ?

Vais ficar com a linda e faceira
E dispensar a mulher madura ?
Que queiras ou não queiras
É companheira e perdura ?

Ou procuras uma alma nobre
Num corpo menos perfeito
Que ame o rico ou o pobre
E não se imponha preconceito ?

E essas mulheres que ainda
Se escondem na viuvez  ?
Devem ser todas bem-vindas
Por que não amar outra vez ?

Quem escolher a de fé
Vai amar como nunca se viu
Quem controla a força da maré
É a mulher -a que tem brio -

Quem lutar contra a natureza
E não abraçar a cara metade
Vai lutar contra a correnteza
E se afogar na infelicidade

Homem! se permaneceres indeciso
Sem o corpo da mulher escalar
Não darás o pulo mais preciso
Não descobrirás a pele para amar

Homem! tua sorte está lançada
Escolhe a mulher, em paz
Cobre de carícias a amada
Faltou coragem ? capaz !

                                          AO HOMEM AMADO
                                          AO DE TODAS NÓS
                                          ESSE É O RECADO
                                          ESSA É NOSSA VOZ.


                                          KATIA CHIAPPINI

1 1. 0 0 0 !

                                MEU  QUERIDO  LEITOR !

O que significam 11.000 acessos a um simples blog de poesias, iniciado em fevereiro de 2012 ? 
Confesso que ainda não sei a resposta. Mas sei da satisfação que encontro ao visualizar a apreciação dos leitores. Quando escrevo, a alma levita e a felicidade se prolonga. É antes uma satisfação própria ,uma entrega ao mundo mágico da poesia, um mundo cuja leveza transporta e transborda. É uma incursão ao interior ,aos puros sentimentos da alma, aos sonhos acalentados, às aspirações mais íntimas. Então, se quiserem me acompanhar nessa já longa jornada,certamente, todos os sonhos serão renovados e ternos sentimentos brotarão desses breves instantes.

OBRIGADA POR SUA ATENÇÃO
OUÇO UM SINO BADALANDO
ME ENCONTRO EM EBULIÇÃO
NOVOS LEITORES AGREGANDO

VOU SEGUIR MINHA PROPOSTA
TER, NA ESSÊNCIA, O SENTIMENTO
CONTO COM SUA RESPOSTA
E NÃO ME DEIXEM AO RELENTO

katia chiappini   ( com carinho )

ANDANÇAS !

             PENSAMENTOS E ANDANÇAS ...

A meiguice...avança
Ao amor...aliança
Quem nos alegra...a criança
O que fazer do Bem...fiança

Aguardar emprego...cansa
Quem dá seu suor...alcança
O que se esforça...descansa
Na varanda, na rede...balança

Quem briga...depois se amansa
E o guloso...enche a pança
O que usa droga...matança
O que não perdoa...vingança

Depois da chuva...bonança
Quem junta o níquel...poupança
Depois da cheia...maré mansa
Vencer desafios...temperança

Ao sábio...liderança
Partido político...o de sua confiança
Nem ambição...nem lambança
Depois da eleição...cobrança

Poços de petróleo...nova esperança
Escolha os passos...na dança
Comemore...a real festança
Tenha nobreza...pujança

Busque de Deus...a semelhança
Centelha divina...sua crença
Tenha Sua fé ...como herança
E ao grande amor...  jogue a trança

                                KATIA  CHIAPPINI

AMOR !

               AMOR : MOLA PROPULSORA

Será que existe alguém
Que não fale de amor ?
Se ele ora vai, ora vem
E quando presente é protetor ?

A natureza ama a Primavera
A Primavera colhe da chuva os pingos
Pingos de bonança onde impera
A boa safra que faz bingo

É só ir abrindo as janelas
Que vemos seres animados
Como se pintassem telas
Belas, quais anjos alados

O amor tem forma circular
Gira pelo mundo muitas vezes
Traz brandura, formosura sem par
Está na agenda, em todos os meses

Deus o colocou na natureza
Como força vital e redentora
Vai muito além da cama e mesa
É energia - mola propulsora -

Os animais protegem seus filhos
A adoção é um ato elogiável
O voluntariado tem especial brilho
O amor verdadeiro não é descartável

Quem se encontrar solteiro
Ame antes de ser amado
O isolamento é um cativeiro
Só quem se doa é lembrado

Os males de amor acontecem
Os seres , por vezes, se encolhem
Só bons sentimentos enobrecem
Amores que os desafios acolhem

Poetas e seresteiros frequentam
Bares, teatros, avenidas e salões
Cantam o amor e o reinventam
Para enlaçar mais corações

Não sei onde está o amor
A metamorfose é constante
Pois o palhaço chora sua dor
Mesclada ao sorriso impactante

O amor lembra o gentil cavalheiro
Enlaçando a dama e seu vestido rodado
Como as rosas e perfumes, o ano inteiro
Imagem surrealista, sonho não cultivado

                                     KATIA CHIAPPINI

NOVELA!

                               NOVELA :


      -DISTRAÇÃO OU PREOCUPAÇÃO ?

Que mensalão que nada !está na hora da novela.
O país submerge, a novela não. Interessante perceber os editoriais de jornalistas e da intelectual safra de agentes ou ativistas culturais quando se referem às novelas.
Em relação à Avenida Brasil, pode-se aceitar diversas e antagônicas opiniões. Podemos estar do lado daqueles que defendem o perfil do ator em relação ao bom desempenho, ou ficar estarrecidos com as cenas violentas, de um incoerente proceder, exibidas em horário inadequado. Sempre haverá o pensamento de que tudo é possível porque a justificativa está em dizer que a vida é assim mesmo.
Mas o que surpreende é a aceitação pacífica de tudo que se vê, em detrimento de uma formação moral concernente aos hábitos e bons costumes. As cenas impactantes são empurradas aos lares desprevenidos. E os adolescentes assistem as falas e as imagens tanto descabidas como de uma vulgaridade consentida. Esquecem de esperar o pai ,mãe e manos para um jantar tranquilo, onde se pudesse contar o que aconteceu durante o dia. Ou mesmo, poder confidenciar algum assunto que esteja sendo alvo de preocupações. 
E se torna cada vez mais difícil lutar contra a maré e querer orientar os filhos, sem ser chamado de velho, de careta e de outros termos nada amistosos.
Em consequência, o conteúdo aviltante migra para todos os lares e se impõe pela insistência prolongada, como gotas de veneno que se bebe aos poucos, sem que se possa prever a extensão do prejuízo.
E esse rebanho de ovelhas agora já vibra em 3D.
Não vejo os orientadores educacionais, psicólogos, pedagogos e terapeutas se manifestarem sobre a matéria aqui em pauta. 
Nem vejo os professores orientarem suas turmas, como seria o esperado.
Seria hipocrisia se eu dissesse que não assisto a novela. Mas tenho o hábito de espichar as pernas no sofá, sempre nessa hora, quando faço uma parada nas tarefas do dia a dia. Então, seja qual for a novela, costumo assistir. Mas o adulto tem discernimento e uma maturidade que lhe permite filtrar as cenas e não incorporá-las como verdade, em seus atos.
Se a família retira um filme da locadora, assiste e depois devolve, trata-se de um momento. E sob orientação é possível ver um filme adulto enquanto algumas dúvidas podem ser discutidas.
Mas a novela que se repete em capítulos, todos os dias, onde nem sempre os pais estão presentes no local, vai minando os valores, dando como certo o que está errado ,se infiltrando nas mentes e desvirtuando a verdade.
Mesmo porque certos temas do enredo falam de traição sem trégua, poligamia, violência consentida, desrespeito aos pais, perseguição, homofobia, indução à vingança, prática do sexo pela ambição,  tortura,  racismo, assassinato, bajulação e da anarquia descomunal e sem controle. Como não formar lacunas na personalidade se a informação é desse teor ?
A bola de neve cresce e não tem mais freio e nem se tem noção de onde vai parar.
Meu Deus ! quem vai educar nossos filhos ?
Quantas Ninas e Carmem Lúcias ainda terão vez, nesse país tão sofrido ? 
Creio que não falta muito para nos munirmos de pedras nos bolsos para jogar nos nossos irmãos com infundadas justificativas.
E pensem nessa cena :
Uma criança pequena sapateava de braba porque sua mãe deixou o super-mercado sem comprar uma boneca que havia lhe pedido.A mãe segurou o braço da menina, com firmeza, enquanto tentava explicar a razão de sua negativa A criança puxou o braço e antes que  sua mãe percebesse, estava sendo soqueada e ouvindo palavras vulgares da própria filha. Em certo momento, ainda não satisfeita, gritou com toda a força, esbugalhando os olhos e cerrando os dentes : 
-Mãe, eu vou te matar !( frase que Carminha fala para Nina )
Afastei-me da cena mas não do impacto que essa me causou. 
Chegando em casa, liguei o aparelho de T V e lá estava um entrevistador, sem noção, fazendo uma pergunta a uma criança,de tal modo, que a deixou sem jeito.
Onde estão os órgãos de proteção à infância ?
Abaixo o entrevistador !
Salvem nossas crianças tão exploradas, inclusive nos canais de televisão.
E salvem-se da culpa porque é preciso que saibam :
-Se não vier o despertar da consciência o acerto de contas pode ser avassalador !

                                      KATIA CHIAPPINI

PRAIA

                      UM DIA DE PRAIA 

Felicidade é teu nome,criança
Quando vês o cão com seu dono
O beijo dos amantes traz esperança
Que dá vez ao verão e afasta o sono

Ao atleta cabe o aquecimento
Ao jovem, sentir a brisa no rosto
E a vovó no mar, nesse momento
Faz atento o salva-vida em seu posto

O neto brinca com areia molhada
E cobre o vovô aos gritos
A areia seca invade a calçada
Onde desfilam moças e seus modelitos

Redes e roupas de artesanato
Comes e bebes em profusão
Atraem as crianças do orfanato
Que seguram uma corda pela mão

Todos esquecem suas mágoas
Escalam rochas que o mar encobre
Corpos emergem das águas
Tanto os abonados como os pobres

O mate amargo une-se à pinga
Nas barracas a ordem é descansar
A mulata quebra a paisagem com ginga
E insinua com os quadris formas de amar

A areia se deita para o mar
A atmosfera é puro encantamento
Os homens se põem a meditar
Pois a fé não mora só no convento

É tempo de aplacar desavenças
Rever os sentimentos e atitudes
Recapitular os salmos e as crenças
Captar a natureza em sua plenitude

Espero o barco prometido
Que ainda não veio me buscar 
Ou o timoneiro está perdido
Ou ancorou em outro lugar 

                                     KATIA CHIAPPINI

PEDAÇOS DE VIDA!

           RECOLHENDO PEDAÇOS DE VIDA

Leia uma poesia
Da música cante o refrão
Do teatro aplauda a magia
Da pintura a expressão

Do canto de'' Pavarotti''
Guarde um pouco de ilusão
Não deixe o perfume no pote
Cerre os olhos em meditação

Receba um carinho, se ajeite
E o vento em seu rosto acolha
Use uma roupa nova, se enfeite
Como o orvalho enfeita a folha

Dê um pulo de alegria
Perceba a beleza da praça
Olhe a criança e sorria
Veja o cãozinho que passa

Do planeta vem o suor
Da colheita a esperança
A terra nos dá o seu melhor
Pomares e hortas em abundância

No trabalho a sobrevivência
Exige esforço e vontade
Do estudo vem a competência
E o preparo para a realidade

Vida é força renovada
A mais preciosa semente
A felicidade não está na chegada
Ela segue viagem -incoerente -

Existe o homem arrogante
Que se orgulha de nada sentir
Não ama o seu semelhante
E o amor não vai lhe sorrir

Mas outros têm sangue nas veias
Seja feito o que Deus quiser
E o amor tecerá suaves teias
Para unir homem e mulher

Talvez o roupão de capuz
Aguarde a hora de cair
E no quarto uma tênue luz
Descubra dois corpos a se unir

Buscar o amor ideal
É o início da despedida
É ilusão, é risco fatal
Mas é nosso pedaço de vida

                                     KATIA CHIAPPINI

APLAUSO PARA A MULHER

                  A  MULHER QUE SE QUER

Fonte de amor, quase perfeita
Suave e fêmea sabe ser
Quando à noite se ajeita
Para seu homem ter prazer

Eterna deusa que passa
Por onde passa é percebida
Deus a fez mulher de raça
Para poder recriar a vida

Não lhe falta dedicação
Tem porte e cabeça erguida
Faz do lar sua construção
É esposa, mãe e guarida

Tem como dom a magia
Vai do trabalho para o lar
Quando retorna à casa auxilia
Os filhos na tarefa escolar

Ama, sofre e desafia
Não teme nada e a ninguém
Luta, sonha e confia
Faz o bem sem ver a quem

Símbolo de amor e nobreza
Em sua mente o pensamento voa
Nela tudo é certeza
E o filho pródigo perdoa

Mostra-se firme mas sensível
De têmpera especial ungida
Faz o possível e o imprevisível
Para manter a família unida

Quem vela o sono incansável
Quem consola o espírito doente
É a mulher, anjo adorável
Raio de sol, nunca estrela cadente

                                      KATIA CHIAPPINI                                   

CONVERSANDO COM O LEITOR

                     CARO LEITOR !

CREIO QUE GOSTARIAM DE LER ALGUNS POEMAS QUE CONSTAM EM ''POSTAGENS ''POPULARES'', SE ESTIVEREM ENTRANDO NO BLOG INSPIRAÇÕES, RECENTEMENTE. ENTÃO DEIXO A LISTAGEM PARA QUE CONHEÇAM ESSE ESPAÇO QUE DEDICO A TODAS AS PESSOAS SENSÍVEIS E QUE PROCURAM OLHAR PARA O EU ESPIRITUAL COM PENSAMENTOS E PALAVRAS SUAVES E AUXILIARES NA CONSTRUÇÃO DE NOSSA ESSÊNCIA.

POEMAS :
1-A LETRA F (MARÇO-PARTE UM )
2-O GAÚCHO ( MARÇO )
3-PORTO ALEGRE ( MARÇO )
4-A CHÁCARA ( AGOSTO )
5-VISÕES DE UMA IMAGEM NO ESPELHO (JULHO )
6-QUERÊNCIA ( JULHO )
7-INDAGAÇÕES ( PARTE 1, 2,3,4)

CRÔNICAS :
INSPIRAM-SE EM FATOS REAIS OU EM MINHAS EXPERIÊNCIAS PESSOAIS. O LEITOR PODE ANEXAR COMENTÁRIOS, COMO TAMBÉM,TORNAR-SE UM SEGUIDOR CADASTRADO.

1-POR QUE TANTOS BEIJOS ? ( FEVEREIRO )
2-O ANIVERSÁRIO DE MINHA MÃE (FEVEREIRO )
3-INFIDELIDADE CRISTÃ (FEVEREIRO)
4-O MAR E EU (FEVEREIRO )
5-MÃE DE CÃES E GATOS (MAIO )
6-O IRMÃO DE TODOS NÓS ( ABRIL )
7-O ACORDEON (FEVEREIRO )

ESSA ÚLTIMA CRÔNICA FOI PUBLICADA NA COLETÂNEA CONTOS, CRÔNICAS E POEMAS, INTITULADA, JOAQUIM MONCKS E AMIGOS. RECEBEU UM PRÊMIO ESPECIAL POR SER CONSIDERADA A MELHOR OBRA EM SE TRATANDO DE  COLETÂNEA. A PUBLICAÇÃO É DA EDITORA ''ALTERNATIVA''- PORTO ALEGRE -RIO GRANDE DO SUL -BRASIL -ANO 2011-
OBRIGADA E LEMBREM-SE :
ENQUANTO HOUVER UM LEITOR DE BOA VONTADE HAVERÁ UM ESCRITOR NAS MADRUGADAS, INSPIRANDO-SE, COM EMPENHO, PARA OFERECER ALGUMAS GOTAS POÉTICAS QUE LEVAM AOS SONHOS DE TODOS NÓS.

                                    KATIA CHIAPPINI

A CHÁCARA .

-Ainda não enjoaste ?
-De que ?
-De morar em chácara ?
Como poderia ?
Como poderia cansar-me do sol, do céu, do verde, das cores vivas e da riqueza da paisagem ?
Como isso seria possível se a cada manhã há sempre uma nova''vernissage'', pela dinâmica da natureza ?
No verão, a sombra densa e fresca das parreiras e o verde acinzentado das velhas figueiras contrastam com as flores que teimam em desabrochar num roseiral abandonado.
No inverno a paisagem jamais se torna depressiva porque fico a observar as árvores que perdem as folhas, para, na primavera, como num toque de mágica, adquiri-las  mais brilhantes vestindo novas roupagens.
Mas as que se desnudam tristonhas deixo longe de meus olhos.
Prefiro o verde constante e a simpatia dos laranjais, cuja folhagem é perene como a dos cinamomos nogueiras e ameixeiras
Não digo que me sinto perto de Deus, porque ainda não domino minhas imperfeições. Mas sinto que desfruto de uma grande paz morando em chácara, para onde fui por opção 
Na hora de fazer o rancho converso com as amigas que me cercam e desfruto de algumas horas na cidade que não é mais minha verdade.

Minha homenagem a uma grande dama da literatura,vice-presidente da Casa do poeta de Santana do Livramento, que ''partiu fora do combinado''
Minha Tia Thereza publicou as obras : Lembranças de Menina e Corpo e Alma, lá pelos idos de 1997.
Encontrei a crônica : Morando na chácara, que foi publicada no jornal de nome Arcádia, em setembro de 1997,de onde me inspirei para escrever a poesia Chácara, que passo a compartilhar com os leitores de olhar sereno. Os mesmos que gostariam de estar sentados à sombra da figueira, centenária e amiga, sorvendo um mate-amargo e um ''causo'' gauchesco, como eu.

                       KATIA CHIAPPINI

  

A CHÁCARA

             DELÍCIAS DE UMA CHÁCARA...

Morar na chácara é viver
De sol, de céu, de brisa
É o colorido perceber
Amaciar os pés na grama lisa

É o convívio com a natureza
Que pinta telas coloridas
Dando a cada estação riqueza
Plantando harmonia na vida

É observar os plátanos na estrada
E a mancha lacre no cipó
As frutas nas copas das árvores
E o passeio da galinha carijó

Ao romper a primavera
É ver os brotos nas parreiras
Ipês bem firmes à espera
Junto à sombra das figueiras

A floração borda o chão
O jasmim exala seu perfume
O roseiral embeleza o verão
E caquizeiros servem de tapume

De alguns galhos balançam cachos lilases
Camélias e orquídeas se apresentam
Cães e gatos fazem as pazes
E jovens mães os filhos amamentam

O cinamomo, a nogueira e a ameixa
Perdem, no inverno, sua linhagem
A primavera volta e dá a deixa 
- Vistam-se de nova roupagem - 

Pinheiros e ciprestes  possuem
Uma folhagem que se destaca, perene
E os laranjais também  se incluem
Nesse grupo verde, constante e solene

A chácara colhe o melhor do sol
E a ausência de sons urbanos
A lua se torna o prateado farol
Que pacifica, dos seres, os desenganos

Vésper é a primeira e esperada estrela
Que brilha suntuosa ao entardecer
Lição de beleza, como não vê-la ?
É presente vindo do céu, ao renascer

Sons, assobios, pios e trinados
E o zumbido que vem das abelhas
Deixam os grilos assustados
E a raposa escorrega das telhas

Se houver névoa, chuva ou garoa
Os carros somem e a amplidão aumenta
A chuva não deixa a terra à-toa
E a semente se ergue e se reinventa

Vaga-lumes e sapos resmungam
Fazem a música de fundo
Do rumorejo as folhas comungam
E o silêncio não se torna profundo

Congregar-se para viver a calma
É o desejo dos desprovidos de vaidade
Pois só tem a chácara na alma
Quem ante aprisionou a humildade

A chácara é nossa face espiritual
Lá a flora e a fauna se agiganta
E o ser interior em ebulição
Acolhe a sua essência e seu mantra

                                   KATIA CHIAPPINI