A chuva é água bendita
É maná do imenso céu
Eis que a fauna grita
Eis que a flora retira o véu
O ar parece que vibra
A terra se alimenta
O riacho se equilibra
A flor se reinventa
O opaco vira brilho
A natureza desperta
A poeira sai do trilho
A lavoura se põe alerta
A chuva na deserta estrada
Traz um clima misterioso
A chuva da madrugada
Deixa o amado dengoso
A chuva acaricia o solo
Penetra na terra e na rua
Também germina no colo
Quando a paixão se insinua
Gotas de chuva de verão
Como lágrimas na pele deslizam
Os amantes fazem serão
E as carícias se improvisam
A chuva miúda e sem jeito
Lembra dor e desilusão
Pois sabe que o amor desfeito
Verte lágrimas qual chuva então
Aos maltrapilhos da noite
A chuva se faz impiedosa
Castiga mais que o açoite
Mais que o espinho da rosa
A chuva quando abençoada
Deixa a grama mais macia
As lágrimas na madrugada
São bênçãos para a agonia
A chuva ainda roga ao sol
Que se ponha por inteiro
Como a noite pede ao farol
Que ilumine o timoneiro
KATIA CHIAPPINI
Chove chuva e traz meu amor mesmo assim
ResponderExcluirAmo q chuva que renova as forças da natureza e dá um ar misterioso aos corações apaixonados,no silêncio da noite,que abriga duas respirações em silêncio,como se fossem uma só.
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