PACIÊNCIA
Essa é uma virtude que devemos preservar e exercitar ao longo da vida. Desde a hora que saímos com o carro, pela manhã, até a hora de voltar para casa, podemos descobrir maneiras para reconhecer a paciência e tentar mantê-la como uma fiel aliada.
Cumprimentar as pessoas, dar um sorriso para os vizinhos, agradecer o cafezinho que nos servem na firma, são maneiras de agir com tranquilidade. Não precisamos reclamar da demora em servir, por parte do garçom, no restaurante. Não precisamos sair de casa com o semblante fechado porque pode ser que não nos cumprimentem ao chegar no local de trabalho. Se precisarmos esperar pela nossa hora, no consultório médico, o façamos lendo um livro ou uma revista ao alcance. Se a pessoa do lado começar a reclamar, podemos falar que o médico pode estar saindo de um plantão ou de uma cirurgia. Se formos reclamar também, criaremos um clima negativo na sala de espera. E as pessoas sugestionáveis vão se sentir mais ansiosas. Contemporizar e ser uma pessoa equilibrada é manter a calma e não ser aquela que põe fogo na pálida brasa.
Se alguém nos aborrece afeta nossa tranquilidade .Mas só o que nos aborrece serve de nutrição espiritual. Precisamos desses aborrecimentos para ter oportunidade de exercitar a paciência.
Se temos um dia bem tranquilo e amizades mais tranquilas ainda, não temos obstáculos para superar e nem podemos exercitar a paciência.
Então, temos que agradecer àquelas pessoas que nos tiram do sério. Agradecer ao encontrar pessoas brabas, desbocadas, mal educadas, em nosso caminho. E dizer para nós mesmos:
- Não vou perder a calma, não vou alimentar as desavenças.
Só então poderemos tentar alguma estratégia que acalme as pessoas destemperadas. O fato de precisar pensar como vamos agir já é um bom caminho para chegar aos outros com calma ,com as palavras certas. Porque as palavras mudam comportamentos e operam milagres.
O inimigo pode ser o caminho necessário a trilhar para nossa iluminação. Nessa jornada vamos cogitar em nos desfazer da raiva, em ter compaixão.
Se alguém procura nos tirar a tranquilidade e aceitamos isso, duplicamos o problema. Se ficarmos raivosos vamos perceber que aquela pessoa nos cutucou e seguiu seu caminho. E nós ficamos com raiva acumulada. Nas dificuldades vencemos a nós mesmos e procuramos manter a calma. Crescemos como seres humanos. E como seres humanos queremos evoluir e nos tornar melhores.
Para exercitar a paciência devemos relaxar ao fazer as refeições, conversar com as colegas de trabalho e ficar à mesa, no convívio amigo. Há pessoas que não sabem beber um cafezinho mantendo um bom nível de conversação. Essas falam dos outros, se exclamam e reclamam da vida e se tornam desagradáveis, socialmente. Outras ficam olhando para o celular e não dão atenção ao convívio.
O ódio não cassa com mais ódio e sim com uma trégua que só o amor restabelece.
O fato de guardar rancor fará mal a nós na medida que irá nos torturar, talvez mais, e nos causar mais mal do que o inimigo nos causaria.
Exercitar a paciência é nutrir a alma , a mente e o espírito com bondade ,caridade ,perseverança.
Uma sábia e iluminada monja indiana saiu pelo mundo a fazer conferências sobre os valores cristãos que devemos cultivar.
Seu nome é Jetsunma Tenzin Palmo e algumas de suas ideias estou confirmando nessa breve dissertação sobre a paciência.
Peçamos a Deus nossa cura espiritual. Seu ensinamento fundamental é baseado na compaixão pelo semelhante, no amor universal, na bondade e caridade. Essa também é a linha filosófica de Gandhi e de Dalai Lama.
E com paciência estaremos englobando outras tantas virtudes e buscando evoluir no amor ao próximo.
Está surgindo, por exemplo, na Europa, um movimento chamado de ''Slow Food'' que significa comer com vagar, nos restaurantes. Isso porque só assim é possível saborear os alimentos, conversar com a família, com os colegas de trabalho e com os amigos. É um movimento contrário ao conceito de ''Fast Food'.
O objetivo do movimento é chamar a atenção para se dar preferência à qualidade e não à quantidade. É uma tentativa de voltar à calma e rever conceitos que perdemos e das horas que suprimimos do convívio familiar.
Franceses e alemães estão trabalhando menos horas do que os americanos e produzindo mais e com menos estresse.
Os efeitos advindos do ''Slow Food'' são inúmeros. Entre eles podemos salientar o fato de se perceber menos pressão, mais alegria, mais produtividade, mais prazer nas tarefas realizadas, maior satisfação pessoal com resultados que se ampliam para a esfera da vida pessoal e social.
O mundo de hoje precisa de amor e não do consumismo baseado no terror. Precisa de nossa coragem em exercer nossa missão com bom senso e sabedoria. E não de homens covardes que estão com a ideia fixa de destruir o planeta com sua ambição e falta de escrúpulos. Não de homens que teimam em vencer pisoteando seu semelhante.
Nem de homens que teimam em acumular fortunas ou latifúndios e que só crescem em egoísmo pernicioso e desumano.
Dai-nos liberdade com responsabilidade e muita paciência para suportar tantos desmandos e tantas injustiças, meu Deus e meu Senhor.
KATIA CHIAPPINI
Pensamentos,poesias e crônicas de minha autoria,para os apreciadores de gotas poeticas. Essas constituem um bálsamo para a paz espiritual,cujas ondas se inserem na harmonia do cosmos.
domingo, 30 de agosto de 2015
DIGUINHO,MEU AMIGO!
DIGUINHO, MEU AMIGO
Diguinho era um amigo de família. Seu porte volumoso sugeria um sujeito bonachão, sociável e interessante.
Diguinho gostava de uma boa conversa. Sempre tinha um assunto para dissertar ou uma tese para defender. E amava a boa música.
Meu amigo se queixava que família não tinha paciência de acompanhá-lo nos serões noturnos, na própria casa, quando costumava ler ou falar de seu dia de trabalho.
Aos 65 anos tinha a saúde debilitada por conta de uma pulmão comprometido, devido ao fumo, desde a adolescência, o que lhe tornava a respiração prejudicada.
Diguinho gostava de ouvir tangos e boleros. E falava com propriedade sobre notáveis músicos, tais como, Gardel ( Uruguai ), Gregório Barrios (Espanha ), Lucho Gatica ( Chile ),Roberto Luna, brasileiro ( Paraíba ),Francisco Canaro ( Uruguai ) e Astor Piazzolla ( Argentina ).
Diguinho soube que um grupo argentino iria se apresentar em Porto Alegre, sua cidade.
Tratava-se de um espetáculo de tango de renome internacional.
Talvez pelo fato de que era acometido por crises de tosse, que lhe tiravam o fôlego, meu amigo, não conseguia companhia para assistir aos shows musicais.
Então, diante disso, me convidou para ir com ele ao teatro.
Fui retirar os ingressos, antecipadamente, para garantir um lugar na plateia central.
Na noite do espetáculo chamei um táxi e meu amigo veio ao meu encontro com um terno bem talhado e impecável.
Chegando ao teatro tomamos um cafezinho e fomos em busca de nossas poltronas.
Iniciou a apresentação e surgiram no palco os cantores ,a orquestra e os bailarinos perfilados. Por último entrou o maestro sendo muito aplaudido.
Um tango preencheu o espaço e se fez imponente na voz do cantor.
Parecia tudo tranquilo, mas nem tanto.
Meu amigo, inesperadamente, se dobrou ao meio e começou a ter uma crise de tosse e chamou a atenção de todo o público.
Abri minha bolsa e retirei um vidro de xarope que trouxera.
Alcancei o remédio para o amigo e pedi-lhe que tomasse um gole considerável, pelo gargalo. A codeína, contida no xarope, iria acalmar a crise. E como por encanto ou graça divina se deu o milagre: Diguinho parou de tossir para alívio de todos os presentes
Meu amigo voltou a apreciar o show e nem se mexia de tão atento.
Ao final da apresentação, apertou minha mão entre as suas e perguntou:
- Como foste lembrar do xarope?
E lhe respondi:
- Eu quis garantir o sucesso dessa noite.
Chegando em casa, no mesmo edifício,meu amigo se despediu de mim dizendo:
- Muito obrigada, jamais vou esquecer desse gesto.
E eu, novamente me pronunciei:
- Eu também vou lembrar dessa noite e desse sorriso que observei em teu rosto desde o momento que saímos de casa. E ele ainda te ilumina o semblante.
E Diguinho continuou sorrindo e cantarolando pelos corredores do prédio:
- El dia que me quieras...
E Carlos Gardel também sorriu...
KATIA CHIAPPINI
-EMAIL:KATIA_FACHINELLO42@HOTMAIL.COM
Diguinho era um amigo de família. Seu porte volumoso sugeria um sujeito bonachão, sociável e interessante.
Diguinho gostava de uma boa conversa. Sempre tinha um assunto para dissertar ou uma tese para defender. E amava a boa música.
Meu amigo se queixava que família não tinha paciência de acompanhá-lo nos serões noturnos, na própria casa, quando costumava ler ou falar de seu dia de trabalho.
Aos 65 anos tinha a saúde debilitada por conta de uma pulmão comprometido, devido ao fumo, desde a adolescência, o que lhe tornava a respiração prejudicada.
Diguinho gostava de ouvir tangos e boleros. E falava com propriedade sobre notáveis músicos, tais como, Gardel ( Uruguai ), Gregório Barrios (Espanha ), Lucho Gatica ( Chile ),Roberto Luna, brasileiro ( Paraíba ),Francisco Canaro ( Uruguai ) e Astor Piazzolla ( Argentina ).
Diguinho soube que um grupo argentino iria se apresentar em Porto Alegre, sua cidade.
Tratava-se de um espetáculo de tango de renome internacional.
Talvez pelo fato de que era acometido por crises de tosse, que lhe tiravam o fôlego, meu amigo, não conseguia companhia para assistir aos shows musicais.
Então, diante disso, me convidou para ir com ele ao teatro.
Fui retirar os ingressos, antecipadamente, para garantir um lugar na plateia central.
Na noite do espetáculo chamei um táxi e meu amigo veio ao meu encontro com um terno bem talhado e impecável.
Chegando ao teatro tomamos um cafezinho e fomos em busca de nossas poltronas.
Iniciou a apresentação e surgiram no palco os cantores ,a orquestra e os bailarinos perfilados. Por último entrou o maestro sendo muito aplaudido.
Um tango preencheu o espaço e se fez imponente na voz do cantor.
Parecia tudo tranquilo, mas nem tanto.
Meu amigo, inesperadamente, se dobrou ao meio e começou a ter uma crise de tosse e chamou a atenção de todo o público.
Abri minha bolsa e retirei um vidro de xarope que trouxera.
Alcancei o remédio para o amigo e pedi-lhe que tomasse um gole considerável, pelo gargalo. A codeína, contida no xarope, iria acalmar a crise. E como por encanto ou graça divina se deu o milagre: Diguinho parou de tossir para alívio de todos os presentes
Meu amigo voltou a apreciar o show e nem se mexia de tão atento.
Ao final da apresentação, apertou minha mão entre as suas e perguntou:
- Como foste lembrar do xarope?
E lhe respondi:
- Eu quis garantir o sucesso dessa noite.
Chegando em casa, no mesmo edifício,meu amigo se despediu de mim dizendo:
- Muito obrigada, jamais vou esquecer desse gesto.
E eu, novamente me pronunciei:
- Eu também vou lembrar dessa noite e desse sorriso que observei em teu rosto desde o momento que saímos de casa. E ele ainda te ilumina o semblante.
E Diguinho continuou sorrindo e cantarolando pelos corredores do prédio:
- El dia que me quieras...
E Carlos Gardel também sorriu...
KATIA CHIAPPINI
-EMAIL:KATIA_FACHINELLO42@HOTMAIL.COM
sábado, 29 de agosto de 2015
inspirações: PARABÉNS AOS CUIDADORES ! Hoje,dia 29 de agosto é o dia dos licenciados em enfermagem. Mas aproveito para homenagear também aos cuidadores que se dedicam aos idosos e dependentes de cuidados especiais.
inspirações: PARABÉNS AOS CUIDADORES !: CUIDADORES ! Cuidadores são pessoas especiais que se dedicam aos idosos com alguma doença grave que os debili...
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
SINAIS DE AMOR
OS SINAIS DO AMOR
O amor é bebida de suave sabor. É um caminho sem regresso, um estado de embriaguez, onde se mesclam a ilusão e a realidade.
É um jogo de perdas e ganhos se intercalando o tempo todo.
É a busca de si mesmo em outro alguém.
É a serena canção, a glória de um especial momento, uma grinalda de estrelas, um instante de quase perfeição.
Assim como os pássaros pousam nos verdes exuberantes, o amor roça suas asas, num voo profundo, nos mais íntimos anseios de um verde esperança.
O amor é onda que rola tumultuada e que se torna suave ao beijar a morna areia.
É balada que corta a noite e vai se tornando música vibrante como a de uma orquestra, orquestrando sonhos e devaneios do ser humano em estado alfa.
O amor é como um vento no deserto ao soprar nas pirâmides para amenizar o intenso calor que nelas se acumula.
É uma lenda contada ao pé da lareira ou ao pé da cama, onde o leito enfeitado com pétalas de rosa chama pela paixão desordenada e cega.
É uma profusão de palavras ditas ao ouvido, que verdadeiras ou não, naquela hora, é o que queremos ouvir.
O amor é leve sombra, é brisa, é névoa, mas também, é tempestade.
É o inverno procurando o tempo de verão, onde um corpo queima ao seu toque. É uma luz interior que ilumina todo o ser. É o beijo sempre pronto para ser depositado no outro, já à espera, com os lábios entreabertos.
Quando se conhece o amor é como se transbordasse um vinho borbulhante, como se uma música levasse a dançar sozinho.
Se deitarmos numa rede o céu irá chamar suas estrelas para nos espiar. O amor vislumbra nuvens coloridas no poente e tira uma fatia da energia do sol para nos presentear.
A primavera irá nos ofertar flores para enfeitar os cabelos. E o verão estará nos esperando para nele depositarmos as promessas secretas. E a natureza nunca nos parecerá tão bonita como em tempo de amor.
Vamos observar a beleza de um casal de cisnes na lagoa, o sol batendo nos trigais, o bando de andorinhas no céu e um esquilo brincando entre galhos de árvores.
O mar chama para emoldurar nossos sonhos de amor. E o namorado vai recitar um poema para a namorada, extasiada e enlaçada, pela emoção desse sentimento .
Os namorados irão procurar um trevo de quatro folhas para brincar de malmequer-bem-me quer.
Depois irão brincar com bolhas de sabão, com pedrinhas que se jogam no rio para vê-las pular. Irão pular corda, escrever seu nome na areia, trocar fotos que se guardam em estojos perfumados.
Quando o amor terminar porque somos imperfeitos e mutantes, os pensamentos não irão se dissipar.
O verdadeiro amor é recíproco e incapaz de um gesto agressivo. Ele quer proteger a pessoa amada mais do que a si mesmo. Ele enxuga lagrimas e não as provoca. Toda vitória do amado é festejada como se fosse de ambos. Os gestos de carinho e as pequenas atenções irão permanecer ao longo da vida.
A ausência torna fértil a imaginação e transforma o amor em presença constante, desafiando tempo e espaço.
E o canto de Vênus toma forma e se faz ouvir em todos os cantos do Universo.
E a saudade fica tatuada na alma com letras de ouro porque brilha com igual intensidade.
Diz um notável pensador que quando um homem segura fortemente a mão de uma mulher; quando ela lhe corresponde com igual calor, nesse momento, ambos se unem na eternidade.
E, modestamente, eu completo com um pensamento que me veio para esse fechamento:
- O amor é a melhor fase da vida e a melhor face do destino.
E, quem não se arriscar para conhecer as delícias do amor e se conservar no casulo e nas sombras, jamais poderá dizer de peito aberto:
- Eu vivi
KATIA CHIAPPINI
O amor é bebida de suave sabor. É um caminho sem regresso, um estado de embriaguez, onde se mesclam a ilusão e a realidade.
É um jogo de perdas e ganhos se intercalando o tempo todo.
É a busca de si mesmo em outro alguém.
É a serena canção, a glória de um especial momento, uma grinalda de estrelas, um instante de quase perfeição.
Assim como os pássaros pousam nos verdes exuberantes, o amor roça suas asas, num voo profundo, nos mais íntimos anseios de um verde esperança.
O amor é onda que rola tumultuada e que se torna suave ao beijar a morna areia.
É balada que corta a noite e vai se tornando música vibrante como a de uma orquestra, orquestrando sonhos e devaneios do ser humano em estado alfa.
O amor é como um vento no deserto ao soprar nas pirâmides para amenizar o intenso calor que nelas se acumula.
É uma lenda contada ao pé da lareira ou ao pé da cama, onde o leito enfeitado com pétalas de rosa chama pela paixão desordenada e cega.
É uma profusão de palavras ditas ao ouvido, que verdadeiras ou não, naquela hora, é o que queremos ouvir.
O amor é leve sombra, é brisa, é névoa, mas também, é tempestade.
É o inverno procurando o tempo de verão, onde um corpo queima ao seu toque. É uma luz interior que ilumina todo o ser. É o beijo sempre pronto para ser depositado no outro, já à espera, com os lábios entreabertos.
Quando se conhece o amor é como se transbordasse um vinho borbulhante, como se uma música levasse a dançar sozinho.
Se deitarmos numa rede o céu irá chamar suas estrelas para nos espiar. O amor vislumbra nuvens coloridas no poente e tira uma fatia da energia do sol para nos presentear.
A primavera irá nos ofertar flores para enfeitar os cabelos. E o verão estará nos esperando para nele depositarmos as promessas secretas. E a natureza nunca nos parecerá tão bonita como em tempo de amor.
Vamos observar a beleza de um casal de cisnes na lagoa, o sol batendo nos trigais, o bando de andorinhas no céu e um esquilo brincando entre galhos de árvores.
O mar chama para emoldurar nossos sonhos de amor. E o namorado vai recitar um poema para a namorada, extasiada e enlaçada, pela emoção desse sentimento .
Os namorados irão procurar um trevo de quatro folhas para brincar de malmequer-bem-me quer.
Depois irão brincar com bolhas de sabão, com pedrinhas que se jogam no rio para vê-las pular. Irão pular corda, escrever seu nome na areia, trocar fotos que se guardam em estojos perfumados.
Quando o amor terminar porque somos imperfeitos e mutantes, os pensamentos não irão se dissipar.
O verdadeiro amor é recíproco e incapaz de um gesto agressivo. Ele quer proteger a pessoa amada mais do que a si mesmo. Ele enxuga lagrimas e não as provoca. Toda vitória do amado é festejada como se fosse de ambos. Os gestos de carinho e as pequenas atenções irão permanecer ao longo da vida.
A ausência torna fértil a imaginação e transforma o amor em presença constante, desafiando tempo e espaço.
E o canto de Vênus toma forma e se faz ouvir em todos os cantos do Universo.
E a saudade fica tatuada na alma com letras de ouro porque brilha com igual intensidade.
Diz um notável pensador que quando um homem segura fortemente a mão de uma mulher; quando ela lhe corresponde com igual calor, nesse momento, ambos se unem na eternidade.
E, modestamente, eu completo com um pensamento que me veio para esse fechamento:
- O amor é a melhor fase da vida e a melhor face do destino.
E, quem não se arriscar para conhecer as delícias do amor e se conservar no casulo e nas sombras, jamais poderá dizer de peito aberto:
- Eu vivi
KATIA CHIAPPINI
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
CONTRATEMPOS AMOROSOS
CONTRATEMPOS...
(sobre o amor )
O amor toma seu rumo
Foge pela janela
Nos deixa sem prumo
Com a tez amarela
Não é mais sentinela
Nem se compromete
Não está na aquarela
Nem'' pinta o sete''
O amor bate o martelo
Leiloado por pouco valor
Rompe-se mais um elo
Faz-se um desertor
O romance é artificial
Fere como um açoite
Nada mais tem de real
Só precisa de uma noite
O sentimento se anula
A decepção se insinua
O interesse pulula
E o amor se desvirtua
A futilidade ascende
O prazer é o que se quer
Não o carinho que prende
Um homem a uma mulher
A humanidade adoece
O amor agora é virtual
O toque não acontece
O egoísmo é visceral
Amor só traz a certeza
Da incerteza infeliz
Não põe cama e mesa
Não é mais o que se quis
São raros os sentimentos
O amor vinga na bebedeira
E os inesquecíveis momentos
Estão enterrados-ou já caveira
Amor só traz a certeza
Da incerteza infeliz
Não põe cama e mesa
Não é mais o que se quis
São raros os sentimentos
O amor vinga na bebedeira
E os inesquecíveis momentos
Estão enterrados-ou já caveira
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
domingo, 23 de agosto de 2015
QUANDO NÃO QUIS
QUANDO NÃO QUIS...
Quando não quis
Mais eu amei
Planos nem fiz
Nem mais sonhei
Quando não quis
Mais te beijei
E por um tris
Não me declarei
Uma vez amor
Segue na saudade
Com outra cor
Outra intensidade
Segue dando vazão
Se insinua em mim
Sem a permissão
Simples assim
Nem pedi o abraço
Mas senti bem forte
Tremi em teus braços
Recuperei meu norte
Quando menos quis
Acariciaste minha tez
Para me pedir ''bis'
Para abalar de vez'
Quando fui um caso
Nem sei porque fiz
Ao acaso no ocaso
A natureza quis
KATIA CHIAPPINI
Quando não quis
Mais eu amei
Planos nem fiz
Nem mais sonhei
Quando não quis
Mais te beijei
E por um tris
Não me declarei
Uma vez amor
Segue na saudade
Com outra cor
Outra intensidade
Segue dando vazão
Se insinua em mim
Sem a permissão
Simples assim
Nem pedi o abraço
Mas senti bem forte
Tremi em teus braços
Recuperei meu norte
Quando menos quis
Acariciaste minha tez
Para me pedir ''bis'
Para abalar de vez'
Quando fui um caso
Nem sei porque fiz
Ao acaso no ocaso
A natureza quis
KATIA CHIAPPINI
sábado, 22 de agosto de 2015
ABRINDO O BAÚ DE RECORDAÇÕES
EM BUSCA DE LEMBRANÇAS
As vezes nos encontramos saudosistas e as lembranças brotam em forma de lágrimas nos olhos. Preciosos tempos de juventude, dos bailes da faculdade, da faixa de Miss filosofia, dos flertes tão sutis, das conversas no bar, durante o recreio. Saudade dos nossos bons e aplicados professores, dos passeios da Escola, de brincar de esconde-esconde com o namorado, das brigas durante a aula e das pazes, na quarta-feira, quando o namorado podia namorar na casa da moça.
Saudades dos estudos para as provas e dos lanches na madrugada. Saudades do carteado em duplas e de ouvir música sentada no tapete e perto do som. Saudade da bandeja que minha mãe fazia, com o lanche da tarde, que levava no meu quarto.
Saudades de meu pai que nos convidava para passear de carro ao chegar do trabalho. E dos lanches noturnos, com música ao vivo, em família.
Saudades dos meus estudos de piano e apresentações na Escola.
Saudades dos meus estudos de piano e apresentações na Escola.
Saudades dos bailes à fantasia onde mamãe fazia questão de confeccionar meus trajes e máscaras.
Muitas recordações se descortinam no pensamento, entre elas, tantas brincadeiras de uma infância feliz.
Saudades da praia de Torres quando íamos em família, meus pais, meu mano e eu. Mas essa ainda desfruto com filhos e netos. E o mar é meu grande e especial amigo. E confidente de muitos verões. Torres ainda é fonte de meus sonhos românticos que não cessam nem com o fato de eu ter idade avançada. Sonhos são devaneios incontroláveis!
Saudades da praia de Torres quando íamos em família, meus pais, meu mano e eu. Mas essa ainda desfruto com filhos e netos. E o mar é meu grande e especial amigo. E confidente de muitos verões. Torres ainda é fonte de meus sonhos românticos que não cessam nem com o fato de eu ter idade avançada. Sonhos são devaneios incontroláveis!
Saudades da casa de minha avó que nos reunia nas férias escolares e gostava de fazer doces em calda para receber todos os netos.
E, ao anoitecer, o programa preferido era levar as cadeiras para a calçada e ficar conversando e mateando na frente da casa. Os vizinhos vinham chegando e traziam suas cadeiras também. A porta da casa e as janelas ficavam entreabertas e não havia a preocupação que hoje temos à respeito da segurança. O tarro de leite chegava de manhã e o leiteiro ia entrando, sem reservas, pela porta da frente. Entregava a encomenda, recebia seu dinheiro e saía, deixando a porta só encostada.
Saudade das reuniões em família, da mesa com fartura, dos alimentos sem agrotóxicos e dos alimentos que vinham da chácara da tia Thereza. Da estância do tio Léo vinha a carne para a semana e vovó nem precisava comprar quase nada. Ela tinha galinhas e colhia os ovos todas as manhãs. Havia dois pátios grandes e algumas árvores e plantações que davam o sustento para a família.
Saudades da companhia de meu único irmão .Gostávamos de chegar da faculdade e passear de carro na noite. Conversávamos bastante e confidenciávamos, um ao outro, nossas preocupações ou planos para o futuro, nossas expectativas ou desavenças amorosas.
Saudades dos questionários que preenchíamos entre colegas de aula e nossas amigas. Eram 50 perguntas para ler e responder. Saudades dos diários onde constavam nossos namoros de adolescência, nossa efervescência que brotava, aos poucos.
Todo esse volume de lembranças formam a nossa vida e carregamos sempre conosco. Somos feitos de presente, passado e das expectativas para o futuro. Futuro esse que nos preocupa e que nos leva a trabalhar e produzir bons resultados para que nada falte aos nossos descendentes, principalmente, o estudo. e a educação dentro dos princípios cristãos.
Hoje temos a tecnologia de ponta e tudo está ao alcance das mãos. Temos a evolução progressiva e acelerada da ciência, da medicina, dos estudos de física nuclear. Estamos em fase de transição quanto ao desenvolvimento político e social. Mudanças se fazem necessárias. Hoje nos vemos intranquilos com as injustiças e a prepotência da cúpula dominante.
Antes éramos mais felizes. Tínhamos a família reunida à mesa das refeições e nos era exigido o respeito entre pais e filhos e muita serenidade, nessa hora.
Tínhamos mais disciplina e agradecíamos aos pais a preocupação que tinham para conosco. E os professores mereciam e eram respeitados como se fossem o prolongamento de nossos lar.
Antes, empregados e patrões se tornavam amigos.
Hoje, a ambição e a luta pelo poder põem tudo a perder. E nos obrigam a usar máscaras para dançar conforme a música. E nossos empregos parecem estar sempre por um fio. E precisamos bajular, disfarçar os verdadeiros sentimentos para evitar perseguição ou inveja.
Sinto saudade de dançar boleros, tangos, valsas. E dos salões festivos e iluminados que recebiam grandes orquestras e ornamentavam a noite. E traziam o romantismo nas canções e baladas que se intercalavam entre mambos e rumbas.
Hoje ninguém conhece ninguém e vivemos um clima de incertezas e lutamos contra o tempo implacável.
Então, desenrolar o carretel das lembranças de nossas existência, se torna um momento tranquilo e nos leva a recuperar algumas alegrias. Permite que possamos retomar nossa vida e nos reencontrar em meio a esse turbilhão que nos envolve e que desequilibra as energias.
O baú das lembranças é um lenitivo que cura a melancolia. É uma necessidade de trazer à tona os acontecimentos bons, nossas vivências, nossos sonhos. E depois de recordar o passado vamos enfrentar a realidade com um novo olhar, com firmeza e determinação multiplicadas.
Se recordar é viver, como se diz, por que não?
KATIA
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
É OU NÃO É AMOR?
É ou não é amor ?
Ou o amor se faz compulsão
Ou é sobremesa e não do dia, o pão
Ou é sangue, suor, vinho e canção
Ou não nos dá sua permissão
Ou é ternura que se desnuda na ocasião
Ou não se arrisca e nem tem decisão
Ou é, ora brisa ou ora lava de vulcão
Ou se esconde na própria solidão
Ou se apresenta com empolgação
Ou engana e proclama a dissolução
Ou é fonte de prazer e tensão
Ou é morno e sem energização
Ou é motivo maior de inspiração
Ou não sabe entoar a canção
Ou se mantém quieto sem ignição
Ou é combustível e conduz à paixão
KATIA CHIAPPINI
Ou o amor se faz compulsão
Ou é sobremesa e não do dia, o pão
Ou é sangue, suor, vinho e canção
Ou não nos dá sua permissão
Ou é ternura que se desnuda na ocasião
Ou não se arrisca e nem tem decisão
Ou é, ora brisa ou ora lava de vulcão
Ou se esconde na própria solidão
Ou se apresenta com empolgação
Ou engana e proclama a dissolução
Ou é fonte de prazer e tensão
Ou é morno e sem energização
Ou é motivo maior de inspiração
Ou não sabe entoar a canção
Ou se mantém quieto sem ignição
Ou é combustível e conduz à paixão
KATIA CHIAPPINI
CAÍRAM AS MÁSCARAS
CAÍRAM AS MÁSCARAS
Há um estigma
Ventos desnortearam
Não há pessoas dignas
Só males semearam
Estamos no chão
Ou na corda bamba
E sem motivação
Para cantar um samba
Caíram as máscaras
São denúncias mil
Atingiram as raças
De norte a sul do Brasil
Brotaram só os espinhos
O ar ficou viciado
Obstruíram-se caminhos
Pior que um tornado
A cúpula se beneficia
Com cobranças e juros
Menos saúde e moradia
Mais homens impuros
O pobre partilhando
Um pedaço de pão
O rico avolumando
Dólares da corrupção
A fome é de valores
O caos se estabeleceu
Não são só rumores
O homem se perdeu
Cabe investir
Nas necessidades
O ser sabe produzir
Se tiver oportunidade
Soltar as amarras
E lutar com igualdade
É abolir as farras
E voltar à sanidade
Cada um dará seu quinhão
Deus dará a sentença
Queremos retratação
E que a justiça vença
Nos cabe exigir
A devolução do dinheiro
Antes que a lealdade
Fuja para o estrangeiro
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
Há um estigma
Ventos desnortearam
Não há pessoas dignas
Só males semearam
Estamos no chão
Ou na corda bamba
E sem motivação
Para cantar um samba
Caíram as máscaras
São denúncias mil
Atingiram as raças
De norte a sul do Brasil
Brotaram só os espinhos
O ar ficou viciado
Obstruíram-se caminhos
Pior que um tornado
A cúpula se beneficia
Com cobranças e juros
Menos saúde e moradia
Mais homens impuros
O pobre partilhando
Um pedaço de pão
O rico avolumando
Dólares da corrupção
A fome é de valores
O caos se estabeleceu
Não são só rumores
O homem se perdeu
Cabe investir
Nas necessidades
O ser sabe produzir
Se tiver oportunidade
Soltar as amarras
E lutar com igualdade
É abolir as farras
E voltar à sanidade
Cada um dará seu quinhão
Deus dará a sentença
Queremos retratação
E que a justiça vença
Nos cabe exigir
A devolução do dinheiro
Antes que a lealdade
Fuja para o estrangeiro
KATIA CHIAPPINI
e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
SER MAIS OU MENOS, OU APENAS SER?
SER, COM SIMPLICIDADE
Se eu não puder colher a flor que plante a semente
Se não puder ser a cachoeira que seja a nascente
Se a idade avançar no tempo que eu seja experiente
Se eu tiver uma missão que a cumpra consciente
Se estiver em conflito que eu seja paciente
Se eu viver mais alguns outonos que viva contente
Se meus dias entristecerem que não me turvem a mente
Se eu não souber o amanhã que seja hoje previdente
Se precisarem de meu auxílio que eu sempre tente
Se for produtiva que minha produtividade aumente
Se meu corpo for sadio que eu bem o alimente
Se meu sorriso fluir que seja como o do adolescente
Se eu me inspirar nos poemas que sejam pertinentes
Se eu tocar minha música que ecoe ao poente
Se meus amigos me cercarem que isso seja frequente
Se minha família me quiser que seja a especial vertente
Do amor maior que desfruto constantemente
E se um amor eu merecer que se apresente em minha frente
KATIA CHIAPPINI
Se eu não puder colher a flor que plante a semente
Se não puder ser a cachoeira que seja a nascente
Se a idade avançar no tempo que eu seja experiente
Se eu tiver uma missão que a cumpra consciente
Se estiver em conflito que eu seja paciente
Se eu viver mais alguns outonos que viva contente
Se meus dias entristecerem que não me turvem a mente
Se eu não souber o amanhã que seja hoje previdente
Se precisarem de meu auxílio que eu sempre tente
Se for produtiva que minha produtividade aumente
Se meu corpo for sadio que eu bem o alimente
Se meu sorriso fluir que seja como o do adolescente
Se eu me inspirar nos poemas que sejam pertinentes
Se eu tocar minha música que ecoe ao poente
Se meus amigos me cercarem que isso seja frequente
Se minha família me quiser que seja a especial vertente
Do amor maior que desfruto constantemente
E se um amor eu merecer que se apresente em minha frente
KATIA CHIAPPINI
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
ALERTA! ( A ISSO OU AQUILO )
ALERTA ( a isso ou aquilo )
É preciso estar sempre alerta
Não crer na palavra primeira
A mente em constante alerta
Será nossa fiel escudeira
Se quiserem nos submeter
Ás manobras inconsequentes
Mentores de um falso poder
Não sejamos cegos, nem crentes
Mesmo temerosos e sem guarida
Vamos filtrando os acontecimentos
Nada de ceifar inocentes vidas
Justificando sociais movimentos
Desbravadores e interessados
Mantenhamos nossa vida em curso
Massacres são desordenados
Não são dignos de discurso
Alerta, bem mais aos perfumes
Aos milagres do amor e delícias
Aceite as rosas e não tapumes
Viva e receba mãos em carícias
KATIA CHIAPPINI
É preciso estar sempre alerta
Não crer na palavra primeira
A mente em constante alerta
Será nossa fiel escudeira
Se quiserem nos submeter
Ás manobras inconsequentes
Mentores de um falso poder
Não sejamos cegos, nem crentes
Mesmo temerosos e sem guarida
Vamos filtrando os acontecimentos
Nada de ceifar inocentes vidas
Justificando sociais movimentos
Desbravadores e interessados
Mantenhamos nossa vida em curso
Massacres são desordenados
Não são dignos de discurso
Alerta, bem mais aos perfumes
Aos milagres do amor e delícias
Aceite as rosas e não tapumes
Viva e receba mãos em carícias
KATIA CHIAPPINI
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
QUANTAS VEZES...
QUANTAS VEZES...
Quantas vezes ao cair
Soube breve me erguer
Quantas eu quis sorrir
E vi lágrimas verter
Quantas ele prometeu
O que não quis cumprir
Quantas de nada valeu
Um envolvimento sentir
Quantas vezes me olhei
E vazia me percebi
Quantas vezes me alienei
E nem os amigos eu vi
Quantas vezes eu quis
Um amor mais bonito
Gritei, blasfemei e fiz
Ecoar sofrido o grito
Mas ninguém chegou
Apenas outro devaneio
O sonho se dissipou
Vou laçar em outro rodeio
KATIA CHIAPPINI
Quantas vezes ao cair
Soube breve me erguer
Quantas eu quis sorrir
E vi lágrimas verter
Quantas ele prometeu
O que não quis cumprir
Quantas de nada valeu
Um envolvimento sentir
Quantas vezes me olhei
E vazia me percebi
Quantas vezes me alienei
E nem os amigos eu vi
Quantas vezes eu quis
Um amor mais bonito
Gritei, blasfemei e fiz
Ecoar sofrido o grito
Mas ninguém chegou
Apenas outro devaneio
O sonho se dissipou
Vou laçar em outro rodeio
KATIA CHIAPPINI
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
CONFISSÕES
CONFISSÕES!
Se não for por amor
Que então nada seja
Se não houver fervor
Nada e ninguém viceja
Se não for para ficar
Não mais me engane
Se nada acrescentar
O amor não profane
Se faltar a paixão
Nunca me escolha
Se não vibrar o coração
Não quero que me colha
Estou adormecida
Sem pressa de acordar
Não entrego minha vida
Se não puder confiar
Se passar a Primavera
Espero mais um verão
Se voltar a ser o que era
Quero a fusão na explosão
KATIA CHIAPPINI
Se não for por amor
Que então nada seja
Se não houver fervor
Nada e ninguém viceja
Se não for para ficar
Não mais me engane
Se nada acrescentar
O amor não profane
Se faltar a paixão
Nunca me escolha
Se não vibrar o coração
Não quero que me colha
Estou adormecida
Sem pressa de acordar
Não entrego minha vida
Se não puder confiar
Se passar a Primavera
Espero mais um verão
Se voltar a ser o que era
Quero a fusão na explosão
KATIA CHIAPPINI
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
VERDE!
UM VERDE OLHAR!
Verde é Jade, preciosa
Pedra da serenidade
Em parábolas religiosas
No Oriente é venerada
Verde cor de anil
Verde da bandeira
Dos campos do Brasil
Verde da palmeira
Verde farda varonil
Verde da esmeralda
Tons de verdes-mil-
Verde da pastilha Valda
Verde mares espalhados
De beleza sem par
Dos papagaios empolgados
Que falam sem parar
Verde das folhagens
Dos vegetais aos molhos
Escolho na minha estiagem
O verde olhar de teus olhos
KATIA CHIAPPINI
AO ACASO!
Pelas vias
Vinhas
Distraído
Nem por isso
Sem viço
Nem esquecido
Pela vida
Sou movida
Naturalmente
Me olhaste
Reparaste
Simplesmente
Mas passamos
Continuamos
Foi só um olhar
Desfilamos
Os desenganos
Ao pensar
Libertos
Mas cobertos
De incertezas
Fez-se a chama
Que reclama
Por surpresa
Mas foi sadia
A alegria
Do momento
Ao acaso
No ocaso
Sem documento
Doce veneno
No mundo pequeno
Da imaginação
Breve devaneio
No entremeio
Da solidão
KATIA CHIAPPINI
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
DEVANEIOS LÍRICOS
MEUS DEVANEIOS:
Que eu não canse os meus braços
Enquanto os entrelaçar nos teus
Que não se aquietem teus passos
Enquanto seguires os meus
Que não se aplaque o desejo
Enquanto não for satisfeito
Que não se perca o meu beijo
Para depositá-lo em teu peito
Que não se obstruam caminhos
Que não se prendam algemas
Que não me firam espinhos
Que fazem parte de meu tema
Que não cessem as primaveras
Que não seque a água da fonte
Que nossos sonhos e quimeras
Transponham todas as pontes
Que não cesse o tempo de colheita
Nem da cachoeira a água pura
Que a esperança que não se rejeita
Seja presença em toda a semeadura
Que não sejas como o caçador
Que abandona a caça-desleixado-
Que não sejas infiel nem desertor
Desse amor mal acostumado
Que a tua presença não me falhe
Que não abandones meu leito
Viver ou morrer é um detalhe
Mas o amor? não o quero desfeito
KATIA CHIAPPINI
Que eu não canse os meus braços
Enquanto os entrelaçar nos teus
Que não se aquietem teus passos
Enquanto seguires os meus
Que não se aplaque o desejo
Enquanto não for satisfeito
Que não se perca o meu beijo
Para depositá-lo em teu peito
Que não se obstruam caminhos
Que não se prendam algemas
Que não me firam espinhos
Que fazem parte de meu tema
Que não cessem as primaveras
Que não seque a água da fonte
Que nossos sonhos e quimeras
Transponham todas as pontes
Que não cesse o tempo de colheita
Nem da cachoeira a água pura
Que a esperança que não se rejeita
Seja presença em toda a semeadura
Que não sejas como o caçador
Que abandona a caça-desleixado-
Que não sejas infiel nem desertor
Desse amor mal acostumado
Que a tua presença não me falhe
Que não abandones meu leito
Viver ou morrer é um detalhe
Mas o amor? não o quero desfeito
KATIA CHIAPPINI
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
MATINÊ
MATINÊ
O termo matinê é originário do francês ( matinée ) que significa um encontro na hora matinal, onde as tardes reúnem as pessoas para assistir um sarau, um show. De modo geral é uma atividade social que reúne as pessoas na parte da tarde.
Quando eu era pré-adolescente costumava frequentar as matinês de Rivera, Uruguai. Eram sessões de cinema entre 14 e 20 horas. As programações eram diferentes a cada duas horas. Havia quem ficasse para assistir todos os filmes e outros que assistiam duas sessões e se retiravam. Mas o ingresso dava direito a permanecer em todas as sessões programadas à tarde.
Após as 20 horas a programação era feita para os adultos.
As matinês eram frequentadas por rapazes e moças jovens. Os grupos eram formados por colegas da escola, por amigos ou pelos pais e mães que levavam seus filhos. As sessões constavam de histórias românticas, chamadas de ''água com açúcar'', comédias ou bang-bang.
O lanterninha permanecia circulando pela sala, não só para levar os que chegavam com atraso, aos seus lugares, como para cuidar do ambiente e preservar o bom comportamento.
Era possível observar os casais de adolescentes de mãos dadas, ou o namorado envolvendo os ombros da namorada, ou um ''selinho'', sem que nada causasse constrangimento algum.
Certa ocasião presenciei uma cena em que um homem mais velho se acomodou ao lado de uma jovem e colocou sua mão sobre os joelhos dela .Imediatamente, a moça reagiu e deslocou sua bolsa sobre o rosto do homem e bateu nele repetidas vezes. O homem se levantou e saiu do cinema, na mesma hora, sem nada dizer.
Em todos os outros momentos, nas matinês de domingo, jamais presenciei algo semelhante.
Ao sair do cinema era possível parar na confeitaria e sentar nas mesas colocadas nas calçadas, onde a juventude se reunia.
Mas logo depois íamos para nossas casas. Os pais nos davam limites em troca da permissão de sair para as matinês.
Hoje as matinês são de funk e estão se alastrando nas cidades grandes.
O funk nasceu com o propósito de ser a expressão da cultura afro-brasileira.
Quando ensaiou seus primeiros passos, o funk tinha a intenção de chamar atenção para a realidade da vida dos pobres de uma comunidade carente e do povo que habita as favelas.
As batidas das músicas e os lamentos dos cantores refletiam a problemática social e questionavam o abandono de uma parte da população que solicitava proteção para suas famílias e melhores condições de vida.
E o sofrimento do povo não era considerado pelos governantes e as letras falavam do insuficiente envolvimento do Estado nas comunidades carentes das favelas.
Mas depois do ano 2000, a funk tomou outros rumos distintos.
A banalização do sexo e o incitamento à promiscuidade é o aspecto negativo dessa cultura.
As letras trazem em seu conteúdo a aceitação do sexo explícito e pregam a degradação da mulher como objeto de prazer carnal.
Nas favelas o funk se torna , além das considerações de ordem moral, uma assunto de saúde pública. Em comunidades pobres, quase analfabeta, sem conscientização de planejamento familiar. proliferam a gravidez indesejada, o crescimento excessivo da população carente dos mínimos recursos para a sobrevivência e, como consequência e, o que é relevante nessa análise, se percebe a preocupação com o crescimento da favelização.
No ''funk proibidão'' as letras são feitas por traficantes de drogas e tecem elogios ao assassinato dos membros de gangs rivais.
Devido à falta de regulamentação, no baile funk, há consumo de drogas pesadas e o ambiente se torna propenso á criminalidade.
As matinês de funk estão agregando a juventude de todas as classes sociais e levam multidões de jovens aos salões. E quero crer que os pais, muito atarefados e displicentes, ou parte desse universo, não tomou conhecimento do que acontece nesses ambientes.
Não raro, os policiais, os que ainda interagem, colocam moços e moças nas viaturas e lavram ocorrências. Deixam os ''festeiros'' por 24 horas vagando pela delegacia. Depois, exigem a presença dos pais para liberar os filhos.
Ninguém é de ninguém parece ser a premissa dos bailes funk. Saudades dos doces famosos das confeitarias de Rivera, da Avenida Sarandi, onde nos reuníamos para prolongar o domingo das matinês.
Saudades das matinês de minha infância, na Estância São Miguel do Sarandi, onde meus primos e eu éramos recebidos pelos meus queridos tios, Léo e Bebê, durante as férias escolares.
Essas eram matinês dançantes, ao som da sanfona, que se abria em leque, nas tardes de domingo. A música era a do folclore gaúcho e a a dança trazia para os salões, as saias rodadas das prendas e a sua flor vermelha nos cabelos.
E o galpão da estância era o local improvisado e enfeitado para as matinês da gauchada.
Saudade do tempo onde os valores familiares davam oportunidade de uma convivência sadia, fundamental para a transformação de uma criança no homem do amanhã.
KATIA CHIAPPINI
O termo matinê é originário do francês ( matinée ) que significa um encontro na hora matinal, onde as tardes reúnem as pessoas para assistir um sarau, um show. De modo geral é uma atividade social que reúne as pessoas na parte da tarde.
Quando eu era pré-adolescente costumava frequentar as matinês de Rivera, Uruguai. Eram sessões de cinema entre 14 e 20 horas. As programações eram diferentes a cada duas horas. Havia quem ficasse para assistir todos os filmes e outros que assistiam duas sessões e se retiravam. Mas o ingresso dava direito a permanecer em todas as sessões programadas à tarde.
Após as 20 horas a programação era feita para os adultos.
As matinês eram frequentadas por rapazes e moças jovens. Os grupos eram formados por colegas da escola, por amigos ou pelos pais e mães que levavam seus filhos. As sessões constavam de histórias românticas, chamadas de ''água com açúcar'', comédias ou bang-bang.
O lanterninha permanecia circulando pela sala, não só para levar os que chegavam com atraso, aos seus lugares, como para cuidar do ambiente e preservar o bom comportamento.
Era possível observar os casais de adolescentes de mãos dadas, ou o namorado envolvendo os ombros da namorada, ou um ''selinho'', sem que nada causasse constrangimento algum.
Certa ocasião presenciei uma cena em que um homem mais velho se acomodou ao lado de uma jovem e colocou sua mão sobre os joelhos dela .Imediatamente, a moça reagiu e deslocou sua bolsa sobre o rosto do homem e bateu nele repetidas vezes. O homem se levantou e saiu do cinema, na mesma hora, sem nada dizer.
Em todos os outros momentos, nas matinês de domingo, jamais presenciei algo semelhante.
Ao sair do cinema era possível parar na confeitaria e sentar nas mesas colocadas nas calçadas, onde a juventude se reunia.
Mas logo depois íamos para nossas casas. Os pais nos davam limites em troca da permissão de sair para as matinês.
Hoje as matinês são de funk e estão se alastrando nas cidades grandes.
O funk nasceu com o propósito de ser a expressão da cultura afro-brasileira.
Quando ensaiou seus primeiros passos, o funk tinha a intenção de chamar atenção para a realidade da vida dos pobres de uma comunidade carente e do povo que habita as favelas.
As batidas das músicas e os lamentos dos cantores refletiam a problemática social e questionavam o abandono de uma parte da população que solicitava proteção para suas famílias e melhores condições de vida.
E o sofrimento do povo não era considerado pelos governantes e as letras falavam do insuficiente envolvimento do Estado nas comunidades carentes das favelas.
Mas depois do ano 2000, a funk tomou outros rumos distintos.
A banalização do sexo e o incitamento à promiscuidade é o aspecto negativo dessa cultura.
As letras trazem em seu conteúdo a aceitação do sexo explícito e pregam a degradação da mulher como objeto de prazer carnal.
Nas favelas o funk se torna , além das considerações de ordem moral, uma assunto de saúde pública. Em comunidades pobres, quase analfabeta, sem conscientização de planejamento familiar. proliferam a gravidez indesejada, o crescimento excessivo da população carente dos mínimos recursos para a sobrevivência e, como consequência e, o que é relevante nessa análise, se percebe a preocupação com o crescimento da favelização.
No ''funk proibidão'' as letras são feitas por traficantes de drogas e tecem elogios ao assassinato dos membros de gangs rivais.
Devido à falta de regulamentação, no baile funk, há consumo de drogas pesadas e o ambiente se torna propenso á criminalidade.
As matinês de funk estão agregando a juventude de todas as classes sociais e levam multidões de jovens aos salões. E quero crer que os pais, muito atarefados e displicentes, ou parte desse universo, não tomou conhecimento do que acontece nesses ambientes.
Não raro, os policiais, os que ainda interagem, colocam moços e moças nas viaturas e lavram ocorrências. Deixam os ''festeiros'' por 24 horas vagando pela delegacia. Depois, exigem a presença dos pais para liberar os filhos.
Ninguém é de ninguém parece ser a premissa dos bailes funk. Saudades dos doces famosos das confeitarias de Rivera, da Avenida Sarandi, onde nos reuníamos para prolongar o domingo das matinês.
Saudades das matinês de minha infância, na Estância São Miguel do Sarandi, onde meus primos e eu éramos recebidos pelos meus queridos tios, Léo e Bebê, durante as férias escolares.
Essas eram matinês dançantes, ao som da sanfona, que se abria em leque, nas tardes de domingo. A música era a do folclore gaúcho e a a dança trazia para os salões, as saias rodadas das prendas e a sua flor vermelha nos cabelos.
E o galpão da estância era o local improvisado e enfeitado para as matinês da gauchada.
Saudade do tempo onde os valores familiares davam oportunidade de uma convivência sadia, fundamental para a transformação de uma criança no homem do amanhã.
KATIA CHIAPPINI
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