Aquarela de poesias

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Poesias para você

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

UMA PREOCUPAÇÃO NACIONAL

          UMA PREOCUPAÇÃO NACIONAL

Por que o Brasil. em estado de penúria, ainda faz comemorações suntuosas para as altas cúpulas do governo?
Por que viaja em caravanas fantásticas, onde os convidados nem sabem o que vão fazer?
Cada vez mais os dirigentes da nação relegam ao segundo plano os problemas básicos de subsistência, tais como,saúde, moradia, saneamento básico, educação e segurança.
Quem tem em suas mãos a responsabilidade de gerenciar um país não deveria justificar obras faraônicas com tantas desculpas sem veracidade. E só para promover uns e outros, apaniguados e comparsas de menos valia.
Percebemos que após qualquer evento fantástico, restarão obras inacabadas, elefantes brancos, superfaturamento e um total descaso com a população, ávida de soluções que não tomam vulto.
De um lado há o desperdício do dinheiro público e de outro, um povo aflito que sai às ruas e brada por justiça e humanidade.
A escolha da cidade do Rio de Janeiro para receber as delegações olímpicas, por exemplo, se revestiria de real significado, se os recursos arrecadados fossem voltados para investir em obras sociais pertinentes e urgentes.
Mas essas providências não poderiam servir para elevar o ego dos governantes.Esses precisam ver seus nomes gravados em placas e afixados em viadutos, monumentos, rodovias e outras edificações do estilo.
Percebemos que esses eventos extraordinários se destinam a enaltecer a vaidade humana e parecem enriquecer os mais ricos e empobrecer os mais pobres.
Diferente seria se houvesse um esforço ,por parte dos governantes,  no sentido de promover políticas públicas, onde os povos visitantes e abastados, procurassem investir em nossa pátria, num programa salutar de boa vizinhança.
Mas um país despojado intelectualmente só quer pão e circo: carnaval, samba e futebol.
Continuamos a perdoar as dívidas de outros povos, a não cobrar impostos devidos de quem pode pagar.
E,pasmem, liguei o rádio e acabo de saber que houve um bloqueio antecipado de emergências e leitos dos hospitais, quando da olimpíada recente. E um cidadão, portador de leucemia, ficou vagando por 7 dias e 7 noites, sem que lhe fosse oferecido um leito para se acomodar. 
E isso tudo ocorreu em nome e em prol dos doentes ''olímpicos''.
E o que dizer dessa olimpíada da dor que se espalha pelo país?
E essa olimpíada do fracasso que nem quer medalha de ouro e sim, ouvir vozes comprometidas com a desgraça do cidadão?
Queremos ouvir um hino de louvor ao trabalho do homem simples que se contenta com tão pouco e que merece tanto.
Não queremos ouvir os gritos vindos de agressões físicas, de violência moral, psicológica e, de qualquer forma, coercitiva. 
Passada a euforia dos jogos olímpicos, e nem tiro o brilho dos mesmos, nem a superação dos atletas, onde está a equipe política que nos deve um pouco de paz?
Pobre pátria amada, só idolatrada pelo banditismo que prende o homem de bem em gaiolas gradeadas, dentro do condomínio e do domínio da impunidade e da inobservância dos princípios básicos de cidadania.
Convido a todos os brasileiros a se envolverem em movimentos bem orquestrados que possam modificar o'' status quo'' a que nos submetemos calados, porque desolados e já sem esperanças de dias melhores.
À propósito: será que sabemos cantar o Hino Nacional sem cometer erros? 
Deus seja louvado e nos dê forças e um pouco de fé para vivenciar mudanças. E nos permita crer, novamente, nos semelhantes que há muito já não nos representam, mas teimam em dizer que sim.
Que um novo olhar nos contemple, bem como à pátria amada!

KATIA CHIAPPINI

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