FRAGMENTOS DO CAOS
Ouço o som das fornalhas
Do campo de concentração
Ouço gritos, vejo mortalhas
No horror dessa visão
Cenas de guerra persistem
No mundo inconsequente
Onde homens a morte omitem
E têm a alma descrente
Alimentam a estupidez
Os vícios tristes imperam
Confude-se o ser, talvez
Querem justificar desafetos
Os homens de fraca memória
De que vale abortar fetos
Ou abraçar a luta inglória?
O odor fétido da morte
É o mesmo que o mundo exalaTêm-se na ambição o suporte
E a visão percebe mas cala
Prostituir-se não é solução
Se os ideais estão de partida
Fixar o pensamento na razão
É buscar a paz como guarida
O mundo em devassidão
Culpa o sistema que escraviza
Que traz a fome, nega o pão
E a corrupção eterniza
Se encontra em cada esquina
Valores inexistem como guia
Impera o estupro, a carnificina
Concursos, discursos, quem diria?
Só engatinham de quatro
Cabides de emprego, utopiaSeguem sem direção, sem formato
Sem pai, sem mãe, sem futuro?
Ceifaram do povo a esperança
Roubaram dele o ar puro
Só abandonando as armas mortais
Usando a razão para compreenderAliar-nos-emos aos valores espirituais
Esfolando o caos para em paz renascer
KATIA
Que tristeza essa guerra!!!
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