inspirações: NAMORADOS?

sábado, 7 de junho de 2014

NAMORADOS?

A data teve um sentido de afeto, carinho, ternura.
O dia 12 de junho existe mas os namorados tomaram outro rumo e se transformaram em meros parceiros de aventuras e estrepolias sem sentido.
Hoje a pressa é tanta que o namoro também se tornou descartável, imediatista, sem configuração nem formatação.
Os pares desfeitos superam os pares feitos. E o par perfeito, como só existe na imaginação, só o é em sonhos. E não se percebe o espírito de doação e cumplicidade que era a base dos amores mais inteligentes. E nem a leveza para tratar dos problemas que vão se sobrepondo porque é assim o ciclo: alegrias e dores.
Nem se sabe se há seriedade ou apenas um mero oportunismo nos relacionamentos.
Os casais não se sentem seguros porque a permissividade não deixa. Parece que tudo é possível desde que o outro não saiba. E vem aquelas desculpas esfarrapadas de que não representou nada, ou de que foi só uma aventura sem consequência ou fruto da bebedeira da turma.
E quem verdadeiramente ainda quer se envolver quando é tão comum a infidelidade ser justificada? E quando ocorre na primeira rusga?
E se a mulher, num relacionamento sério, tiver um bebê, o que acontece? O homem sai em busca de uma substituta, porque, infelizmente, seu instinto o impele para a aventura, enquanto o certo seria estar ao lado da mulher auxiliando com os afazeres que se dispensa ao recém-nascido.
Mas homens e mulheres querem disputar essa tal igualdade que só traz a irresponsabilidade.
Tanto um como outro abandonam os laços afetivos sem nem tentar resolver as diferenças pertinentes ao ser humano, como individual e único.
Onde estão as rosas, o perfume, o brinde ao amor?
Onde está o convite para ir ao restaurante, à praia, à praça? E nem para beber uma cuia do chimarrão se tem tempo? E as caminhadas no domingo?
Talvez tenham ficado nas primeiras semanas de namoro onde os primeiros olhares começam e onde a conquista predomina, onde tudo é apenas novidade, onde se procura mostrar o lado melhor de nossa personalidade.
Depois...tão triste!
Mas se a esperança nunca se desespera, vou desejar que os casais que já passaram pela fase da paixão saibam valorizar o amor que ficou. Se perceberam que o que mais vale é o amor, então, vou desejar que fujam da rotina, que descubram as qualidades de seus parceiros.
E desejo que os aceitem com seus defeitos se o amor ainda tiver o peso maior.
Se o egoísmo não permitir assimilar nenhum valor, então que cada um vá ''curtir'' sozinho sua vida.
Quem sabe é possível refazer com outra pessoa e sonhar novamente com o prazer de amar a imperfeição do ser, depois de passar por um processo de evolução interior.
Quem sabe a determinação de ser feliz, se for verdadeira, consiga dar bons frutos, numa nova experiência, e criar laços reais, cuja essência seja preservada em nome do amor. Entretanto, nada impede que essa nova experiência seja com a mesma pessoa de quem ainda se tem saudade. Essa que continua a se insinuar em nossos dias e que ainda se guarda no baú de recordações.
Que todos voltem ás raízes do verdadeiro amor para que esse cresça com mais vigor, mais consciência e consistência. Que se permitam separar a liberdade responsável da liberalidade sem freios.
E que a lealdade e os sentimentos cristãos tenham o valor restabelecido na sociedade, pelo menos, entre os seres de boa vontade, de boa formação e caráter.
Não justifique seus erros dizendo que todo mundo faz isso ou aquilo. Você precisa se posicionar e usar a razão, tomar as rédeas de sua vida porque tem identidade própria.
Todo mundo, como argumento, não existe.
Verifique sua carteira de identidade e leia . Você tem um nome a zelar e você não é todo o mundo.
Você recebeu um nome, o sobrenome de sua mãe e o de seu pai: esse é você.
Como formalidade, vou desejar a todos um feliz dia dos namorados.
Mas meu desejo sincero é que mais casais saibam resgatar as emoções de um dia tão especial e acreditar que ainda vale a pena viver um grande momento de amor. E que saibam planejar o próximo com dedicação e estratégia. Vive-se um dia de cada vez.
Quem sabe a paixão possa se aninhar entre os lenções perfumados de cetim e atualmente esquecidos no armário do quarto de casal.