Aquarela de poesias

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sexta-feira, 12 de julho de 2019

PACIÊNCIA: REFLEXÃO

                         PACIÊNCIA: REFLEXÃO

Foi pela paciência que a Igreja venceu seus inimigos e o Império Romano. Venceu as heresias, as perseguições, o comunismo, o ateísmo e os pecados de seus filhos.
José e Maria salvaram o Menino Jesus da perseguição de Herodes, indo, passo a passo até o Egito, atravessando um longo deserto.
A paciência do povo cristão não significa resignação constante ou perda de tempo. O que não pudermos mudar devemos aceitar, pacientemente, até que Deus disponha de outro modo.
Exercitar a paciência é uma tarefa que deve iniciar na infância. É um aprendizado que nos acompanha ao longo da vida.
Precisamos ter paciência com os idosos que derrubam comida na roupa. E que deixam o copo quebrar, ao escapar de suas mãos, já com artrite. E precisamos caminhar com eles num ritmo mais lento, sem perder a calma e com um sorriso nos lábios.
Percebemos que as pessoas que dirigem não sabem manter as boas maneiras no trânsito. E não se dão conta de que não adianta colar o dedo na buzina quando há congestionamento.
Nos estabelecimentos comerciais não podemos colocar a culpa nas atendentes, por estarmos com pressa. Esperar é sinal de polidez.
Pessoas impacientes não devem se apresentar para trabalhar numa Escola maternal. Crianças precisam de carinho e redobradas atenções.
Nos hospitais, as enfermeiras são exemplo de dedicação e espírito solidário. Ao cuidar de pessoas doentes e frágeis, não podem mostrar sinais de cansaço e um sorriso deve iluminar a fisionomia. 
Assistimos madames bem arrumadas soltando palavrões, em público, por motivos fúteis. Vemos casais se ofendendo ao invés de conversar. Percebemos os netos criticando os seus avós.
Alunos agridem seus professores e se convencem de que têm razão.
Numa inversão de valores nos convencemos de que a paciência se transformou em mercadoria rara.
Mas o mundo segue seus passos e os acontecimentos, sob certas circunstâncias, não vão se modificar com a impaciência. Iremos assumir as consequências de nossos atos.
Quem distrata seu próximo, com orgulho e falta de paciência, acaba por afastar os amigos e os colegas de trabalho.
Precisamos lembrar que somos seres espirituais passando por experiências humanas. Temos a centelha divina  e precisamos preservar os valores cristãos, como Cristo nos ensinou.
Nos dias atuais precisamos voltar a defender os princípios de boa vizinhança.
Em nome da paciência a língua se deixa calar, o juiz se deixa aplacar, o coração se deixa envolver pelos apelos da razão e os seres recolhem as palavras de sabedoria de Deus-Pai.
Em nome da paciência, o homem não pode se deixar abater pelo peso de um fardo maior
Em nome da paciência o homem deve transpor o tempo de infelicidade.
Citando os ensinamentos da Bíblia Sagrada podemos dizer que a paciência é fruto do espírito e se aperfeiçoa através da fé nas escrituras que revelam os ensinamentos de Deus.
Sejamos como o lavrador que espera, pacientemente, o fruto brotar da terra, enquanto aguarda as primeiras chuvas.
E quando vierem as últimas chuvas e a seca maltratar o solo, ameaçando a colheita, ainda assim, é a paciência que devolverá a esperança de melhor semeadura e próspera safra.
A fé e a esperança se unirão para dizer aos impacientes que voltem os olhos para toda a natureza e descubram a grandeza que ela traz.
E a impaciência se transformará ao perceber que tudo vem a seu tempo e que o próprio Jesus Cristo se sacrificou e aceitou seu caminho, sem blasfemar contra os desígnios de Deus - Pai

KATIA CHIAPPINI

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