Aquarela de poesias

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Poesias para você

sexta-feira, 21 de julho de 2017

ENCLAUSURADO EM SI MESMO...

            ENCLAUSURADO EM SI MESMO...

Enclausurar-se é evitar o convívio com uma pessoa com a qual você discutiu. É se fechar de forma a criar uma intransponível barreira. Enclausurar-se é perder pontos no jogo da vida.
Pode ocorrer com muitas pessoas, com poucas, por exceção ou com uma só pessoa. Justamente, com aquela pessoa, que lhe dá o seu melhor, no dia a dia. Nesse caso, é triste e desolador.
Quando você está num relacionamento, tente não virar as costas para o problema, tente conversar logo, pois o problema, antes banal, pode se transformar num bloco de um cimento, sedimentado na incompreensão.
É imaturidade se isolar, se convencer de que tem razão, sem querer ouvir a outra pessoa. É criar para essa outra pessoa um clima de insegurança e incerteza. É minar um relacionamento em sua base, em sua estrutura , é estabelecer passos para outros atritos, é não exercitar o princípio da solidariedade e do companheirismo entre o casal.
 A ninguém é dado o direito de ficar num pedestal esperando que lhe beijem os pés.
Se o casal se desentender, o melhor a fazer é sentar lado a lado e conversar com calma, sem deixar o instinto agressivo falar mais alto. Se um grita, o outro deve falar baixo para conscientizar.
Não temos sempre a razão e não estamos sempre errados. Mas como descobrir o fio da meada se não se desenrolar o carretel das mágoas e incompreensões?
Convém pensar que aquele que se isola perde a credibilidade na medida em que a prepotência prevalece.
Quem está tentando quebrar o gelo fica com aquele aperto no peito porque o parceiro não quer deixar o casulo, não quer pensar, não quer se expor. Talvez pense que vai se diminuir se ceder em alguns pontos .Mas, ao contrário, vai crescer e evoluir se entender que há mudanças a serem feitas para conciliar os desentendimentos.
Se é verdade que se um não quer dois não brigam, também é verdade que se um deles quer falar e o outro não quer ouvir, cria-se um desconforto e uma opressão que machuca a alma, que deixa marcas e que fere com intensidade.
Precisamos ter humildade, essa que vem da sabedoria. E ser sábio, é fundamentalmente, ser justo e conciliador. É se permitir dar um passo em direção a quem espera isso de nós.
Os conflitos devem ser resolvidos apenas entre os inseridos neles. As crianças devem ser poupadas de presenciar gestos agressivos entre seus pais.
Quanto menos publicidade melhor.
Mas, o importante é ter o foco certo na hora certa.
Um casal não deveria deitar na mesma cama de costas, um para o outro, por dias e dias ou meses. Se isso acontecer é porque está acontecendo, também, um final, a curto prazo. E, depois de deixar passar o momento, pode ser impossível voltar ao convívio.
A reflexão se faz necessária porque viver a dois é uma arte. Há que ceder, que entender, que se impor, que discordar, mas tudo com postura e verdade. Não se justifica inventar argumentos falsos para dar a última palavra. Não é correto se defender atacando para se sentir superior. Mesmo porque, superior é o que usa a razão e não a apelação.
A arte de amar é respeitar o outro como gostaríamos de ser respeitados. 
E não insista em querer sexo alegando direitos matrimoniais quando desrespeita os princípios básicos da boa conduta,ou da cordialidade, necessárias a uma sadia convivência.
Antes faça uma meditação.Use o tempo que precisar para aceitar as mudanças, acolher novas perspectivas, assimilar nova conduta.
Enclausurar-se,jamais!

KATIA CHIAPPINI

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